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A questão da simbolização na psicossomática: estudo com pacientes portadores de transtorno neurovegetativo somatoforme e de transtorno de pânico / The issue of symbolization in Psychosomatics: study of patients with somatoform autonomic dysfunction and panic disorder

Guilherme Borges Valente 12 July 2012 (has links)
A Psicossomática se constituiu como campo de saber tendo como uma de suas principais influências as contribuições de Freud a respeito da relação entre mente e corpo. Desde Alexander até os teóricos de orientação psicanalítica mais atuais, a questão da somatização, no sentido lato, vem sendo discutida e, apesar das divergências teóricas, o que sempre está em pauta nas somatizações é o comprometimento da capacidade de simbolização do sujeito frente às vicissitudes da vida. Essa mesma característica é central nas neuroses atuais, de forma que há possível associação entre a somatização e a neurose atual. Dessa forma, os objetivos principais são verificar se esse comprometimento na capacidade de simbolização está presente e como se apresenta em sujeitos com somatização e em sujeitos com neurose atual. Para se realizar o estudo, foram eleitos dois transtornos que são representantes das categorias acima citadas: nas somatizações, vamos pensar a partir dos transtornos somatoformes, utilizando a subcategoria dos transtornos neurovegetativos somatoformes, elegendo a Síndrome do Intestino Irritável; e nas Neuroses Atuais, o Transtorno de Pânico (Neurose de Angústia). Os resultados vão permitir uma comparação, a partir da capacidade de simbolização, entre essas duas categorias e a verificação de maiores relações entre ambas, assim como relação com alexitimia, pensamento operatório e personalidade tipo A, características geralmente associadas a esses tipos de pacientes. A pesquisa foi feita a partir de estudos bibliográficos e psicodiagnóstico dos sujeitos da pesquisa, com entrevista semi-dirigida, aplicação de pranchas do TAT, escalas de alexitimia (TAS e OAS) e entrevista para Personalidade tipo A. Foram utilizados três sujeitos com Síndrome do Intestino Irritável e dois com Transtorno de Pânico. Nos sujeitos da pesquisa, quando aparece comprometimento na capacidade de simbolização, as histórias no TAT são mais curtas, descritivas, concretas, com introdução de nenhum ou poucos elementos externos à prancha, dificuldade na resolução de conflito, personagens pouco integrados, ausência de referências afetivas ou afetividade negativa, prejuízo da integração do ego, com predomínio de pensamento do tipo operatório. Pensar o comprometimento da capacidade de simbolização em pacientes com somatização a partir do pensamento operatório faz sentido, visto que os sujeitos apresentaram tal forma de pensamento, embora apresentem variações significativas na intensidade e frequência de funcionamento metal do tipo operatório. Contudo, definir o paciente com somatização ou com neurose atual necessariamente como alexitímico é insuficiente, visto que nem todos apresentaram tal característica. Pela análise de dados dos sujeitos, há pacientes os quais o comprometimento na capacidade de simbolização funciona como defesa psíquica diante da angústia, de forma a prejudicar a integração do ego em razão de manter um funcionamento mental mais estável; e há os que esse comprometimento é característico do funcionamento mental. Compreendendo o funcionamento psicológico que há por trás das somatizações o comprometimento da capacidade de simbolização e as formas como se configura na dinâmica psíquica do sujeito como defesa psíquica ou como característica do funcionamento mental pode-se estabelecer métodos de abordagens e técnicas psicoterápicas mais eficientes e condizentes com pacientes com somatizações / The Psychosomatic constituted itself as a field of knowledge has as one of his major influences the contributions of Freud on the relationship between mind and body. From Alexander to the psychoanalytic theoristis more current, the issue of somatization in the broadest sense, has been discussed and, despite the theoretical differences, is always at hand in somatization the impaired ability of symbolization of the subject facing the vicissitudes of life. This same feature is central to the actual neurosis, so that there is a possible association between somatization and actual neurosis. Thus, the main objectives are to determine if that impairment in the ability of symbolization is present and how shown in subjects with somatization and in subjects with actual neurosis. To perform the study, two disorders that are elected representatives of the categories mentioned above: in somatization, we think from the somatoform disorders, using the subcategory of somatoform autonomic dysfunction, electing the Irritable Bowel Syndrome, and in Actual Neurosis, the Panic Disorder (Anxiety Neurosis). The results will allow a comparison, from the capacity for symbolization, between these two categories and the verification of relations between the two, as well as compared with alexithymia, operational thinking and type A personality, characteristics associated with these types of patients. The survey was conducted from bibliographic studies and psychodiagnostic research subjects, with semi-directed interview, application of TAT cards scales of alexithymia (TAS and OAS) and interview for Type A Personality. We used three subjects with Irritable Bowel Syndrome and two with Panic Disorder. In the research subjects, when it appears impairment in the ability of symbolization, the TAT stories are shorter, descriptive, concrete, with few or no introduction of foreign elements to the board, difficulty in conflict resolution, low integrated characters, no references affective or negative affectivity, impaired ego integration, with a predominance of thought like operatory. Thinking the impaired ability of symbolization in patients with somatization from operational thinking makes sense, because the subjects had this way of thinking, although they have shown significant variations in intensity and frequency of operation of the metal type operatory. However, defining the patient with somatization or actual neurosis necessarily as alexithymic is insufficient, since not everyone had such a feature. For the data analysis of the subjects, there are patients who compromise the ability to symbolizing as psychic defense in the face of anguish, in order to undermine the integration of the ego to maintain a more stable mental functioning, and there are that this commitment is characteristic of mental functioning. Understanding the psychological functioning that is behind the somatization - the impaired ability of symbolization - and the ways to configure the psychic dynamics of the subject - such as defense or as a psychological characteristic of mental functioning - can establish methods of psychotherapeutic approaches and techniques more efficient and consistent with patients with somatization
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O coping religioso-espiritual em pacientes de hospital escola: uma compreensão biopsicossocial / The religious-spiritual coping in hospital school patients: a biopsychosocial understanding

Clayton dos Santos-Silva 20 October 2014 (has links)
O coping religioso/espiritual (CRE) pode ser positivo ou negativo, de acordo com os seus efeitos. A pesquisa pretendeu verificar como tal fenômeno ocorre e se apresenta em pacientes internados nas clínicas médica e cirúrgica do Hospital Universitário da USP. Em uma primeira fase foi feita uma pesquisa quantitativa com o objetivo de mensurar na amostra estudada o CRE Positivo (CREP) e o CRE Negativo (CREN) em cada paciente, permitindo assim saber: a frequência de cada um desses tipos, o cálculo da razão CREN/CREP de cada paciente e a sua frequência na amostra, bem como em quais situações clinicas os tipos de CRE seriam mais frequentes; e se buscar correlações estatísticas desses valores com características demográficas dos pacientes. O objetivo da segunda fase foi buscar compreender através do referencial teórico psicodinâmico como os pacientes estabelecem relações com a doença, o tratamento, a internação e o coping religioso-espiritual. As duas fases foram realizadas simultaneamente. A amostra da primeira fase foi composta por 120 pacientes selecionados randomicamente, sendo 60 de cada clínica, 30 homens e 30 mulheres. Para isso foram utilizados dois instrumentos: a escala CRE-Breve e um formulário geral que levantou características demográficas da amostra. Na segunda fase, a pesquisa se concentrou qualitativamente em oito casos, já participantes da etapa anterior, utilizando de entrevistas semidirigidas que foram analisadas levando-se em consideração os objetivos dessa fase da pesquisa e o método da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que 88,3 % dos pacientes utilizam mais CRE Positivo, enquanto 11,7% utilizam predominantemente o CRE Negativo, contudo apenas 28,3% da amostra utilizava o CRE Positivo a ponto de ter ganhos para a qualidade de vida. Não foi possível identificar em quais situações clínicas os tipos de CRE são mais frequentes, mas existe relação significativa entre os níveis da razão CREN/CREP com as variáveis escolaridade e estado civil. A análise das entrevistas revelou como na amostra o CRE Positivo é usado como fonte de conforto contra a ansiedade, além de busca de sentido para a experiência e de ajuda divina no restabelecimento da saúde. O CRE Negativo por sua vez é difícil de ser manifestado, já que provoca culpa e vergonha. Em alguns casos foi identificado como os pacientes se relacionavam com a divindade de forma semelhante a outras relações que tinham, repetindo padrões de relacionamento / Religious coping can be positive or negative, depending on its effects and consequences. The survey sought to study the impact in patients admitted to medical and surgical clinics of the University Hospital of USP. The first stage was quantitative research with the objective of measuring the sample studied Positive Religious Coping (PRC) and the Negative Religious Coping (NRC) in each patient, allowing namely the frequency of each of these types, the ratio calculation NRC/PRC each patient and their frequency in the sample, as well as clinical situations in which the types of religious coping would be more frequent; and seek statistical relationships of these values with demographic characteristics of patients. The objective of the second phase was to seek understanding through psychodynamic theoretical framework as patients establish relationships with the disease, treatment, hospitalization and religious coping. The two components of the study were made simultaneously. The first component of the sample consisted of 120 randomly selected patients, 60 of each clinic, 30 men and 30 women . For this step, two instruments were used: the brazilian Brief RCOPE scale and a general form that lifted demographic characteristics of the sample. In the second component, the research focused on eight cases qualitatively, with participants from the previous step, using semi-structured interviews that were analyzed, taking into account the objectives of this phase of research and content analysis method. The results showed that 88.3 % of patients used more Positive Religious Coping and 11.7 % utilized predominantly Negative Religious Coping, yet only 28.3 % of the sample used Positive Religious Coping enough to have benefits for the quality of life. The study was unable to find clinical situations in which the types of religious coping are more frequent, but identified a significant relationship between levels of ratio NRC/PRC with the variables education and marital status. The analysis of the interviews showed as the Positive Religious Coping was used as a source of comfort against anxiety and seeking divine help in restoring health. The Negative Religious Coping on the other hand was difficult to be expressed, as it causes guilt and shame. In some cases it was identified that the patients relates with divinity similarly to other relationships that have, repeating relationship patterns
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Estudo descritivo e compreensivo da capacidade adaptativa de pacientes adultos submetidos ao implante de cardioversor desfibrilador implantável / Descriptive study and understanding of adaptive capacity of adult patients undergoing implantation of implantable cardioverter defibrillator

Andréa Cristina Boldrim Pinto Gomes 25 November 2014 (has links)
O cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) é um dispositivo eletrônico utilizado no tratamento de pacientes com episódios ou risco de parada cardíaca. Tem a capacidade do monitoramento contínuo do ritmo cardíaco para o reconhecimento de arritmias fatais e o consequente disparo de choques para revertê-las. Esses choques elétricos são classificados como apropriados quando o disparo ocorre em decorrência de arritmia potencialmente fatal, ou inapropriados quando o CDI dispara o choque em função de interpretação incorreta dos batimentos cardíacos. Em geral, ocorrem com o paciente consciente provocando desconforto inesperado, geralmente de forte intensidade. A maneira como o paciente vivencia tais acontecimentos, suas reações e sua capacidade de enfrentamento diante de situações inesperadas influenciam de forma relevante sua adaptação à doença e ao CDI. Além disso, o dispositivo é um objeto estranho alojado dentro do corpo, que remete a falha no funcionamento cardíaco, podendo despertar sentimentos ambivalentes e dificuldade de elaboração. Assim, o principal objetivo desse estudo foi descrever e compreender como os pacientes entrevistados vivenciaram e se adaptaram ao implante do CDI a partir das quatro variáveis possíveis relacionadas ao funcionamento do dispositivo: ausência de choques, presença de choques apropriados, presença de choques inapropriados e presença de choques mistos (apropriados e inapropriados). Para tanto, foi utilizado o método clínico-qualitativo. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 4 pacientes submetidos ao implante de CDI que representam cada uma das variáveis. Os critérios de inclusão foram pacientes do sexo masculino, com cardiopatia isquêmica prévia, implante do CDI como prevenção primária ou secundária de morte súbita cardíaca (MSC), idade entre 50 e 70 anos e dispositivo implantado há, pelo menos, dois anos. Todos os pacientes foram selecionados no ambulatório da Unidade Clínica de Estimulação Cardíaca Artificial do Instituto do Coração HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Os dados foram analisados a partir do referencial Piscossomático e Psicanalítico Freudiano e categorizados posteriormente pela Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada Revisada (EDAO-R). Os resultados demonstraram que a adaptação, segundo o conceito utilizado, ao impacto do CDI e do choque está diretamente ligada ao impacto do IAM e do adoecimento como um todo, e as reações dos pacientes diante dos diferentes episódios parecem análogas evidenciando que só é possível compreender as repercussões psíquicas relativas ao CDI a partir da compreensão das repercussões causadas pela doença que levou o paciente a ter o dispositivo implantado. Um paciente demonstrou estar adaptado ao adoecimento e ao CDI, embora não tenha vivenciado episódios de choque, e os outros três pacientes demonstraram estar em processo de adaptação, vivenciando conflitos psíquicos que influenciam sua capacidade adaptativa. Existem evidências de que, se intervenções psicológicas e informativas forem adotadas, esse processo ocorrerá de maneira mais eficaz / The implantable cardioverter - defibrillator (ICD) is an electronic device used to treat patients with episodes or risk of cardiac arrest. It is able to continuously monitor of the patients heart rate for the recognition of fatal arrhythmias and the consequent triggering of shocks to reverse them. These electric shocks are classified as appropriate when the triggering occurs due to potentially fatal arrhythmias or inappropriate when the ICD fires the shock due to incorrect interpretation of the heart beat. In general, the shocks occur while patients are conscious, thus causing unexpected discomfort of strong intensity. The way the patient experiences such events, their reactions and their ability to cope with unexpected situations substantially influence their adaptation to the disease and to ICD. Furthermore, the device is a foreign object lodged inside the body, which refers to a malfunction of the heart and may arouse ambivalent feelings and difficulty of adaptation. Thus, the main objective of this study was to describe and understand how surveyed patients experienced and adapted to ICD implantation from the four variables related to operation of the device: the absence of shocks, the presence of appropriate shocks, the presence of inappropriate shocks and presence of (appropriate and inappropriate) mixed shocks. In order to carry out the study, the clinical-qualitative method was used. Semi-structured interviews were conducted with 4 patients undergoing ICD implantation that represent each variable. Inclusion criteria were male patients with previous ischemic heart disease, ICD implantation as primary or secondary prevention procedure of sudden cardiac death (SCD ), aged between 50 and 70 years who had the implanted device for at least two years. All patients were selected from the outpatient clinic of the Clinical Unit of Cardiac Pacing of the Heart Institute - HC - USP (Hospital das Clinicas, Medical School, University of São Paulo). Data were analyzed having the Psychosomatic and Freudian Psychoanalytic referential and subsequently categorized by the Revised Operational Adaptive Diagnostic Scale (ROADS). The results have shown that adaptation (according to the concept used) to the impact of ICD and shock is directly linked to the impact of AMI and to the disease as a whole and that the reactions of patients on the different episodes seem analogous, showing that you can only understand psychic repercussions on the ICD from the understanding of the effects caused by the disease that led the patient to have the device implanted. One of the patients proved to be adapted to the illness and the ICD, although he has not experienced episodes of shock while the other three patients demonstrated to be somewhere along the adaptation process, having experienced psychic conflicts that influence their adaptive capacity. There is evidence that if psychological interventions are adopted, this adaptation process will occur much more effectively
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Repercussões da intervenção psicológica em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável / Repercussions of psychological intervention on patients with irritable bowel syndrome

Guilherme Borges Valente 16 December 2016 (has links)
Na Psicossomática, dentro do modelo biopsicossocial, entende-se que respostas psicológicas a condições de vida podem interagir com fatores somáticos existentes, alterando a susceptibilidade e manifestação da doença, o que se mostra evidente nas somatizações, como na Síndrome do Intestino Irritável (SII), onde há alteração da motilidade intestinal e no formato das fezes, acompanhada de dores abdominais. O funcionamento mental associado às somatizações, no qual a pessoa apresenta dificuldade em relacionar o adoecimento com seu universo psicológico, é que a capacidade de simbolização, ou seja, a construção de representações mentais para o alívio do estado emocional, é afetada, cronificando as alterações fisiológicas correspondentes. O objetivo da pesquisa foi verificar se o atendimento clínico psicológico, baseado na técnica da Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO), com ênfase na promoção da capacidade de simbolização em relação a determinadas questões significativas, pode contribuir para a melhora dos sintomas no quadro clínico de pacientes com SII. O método utilizado na pesquisa foi o clínico-qualitativo, a partir do estudo de caso de duas pacientes adultas, com o diagnóstico principal de transtorno neurovegetativo somatoforme, portadoras de SII. A intervenção psicológica foi estruturada em três fases: 1) psicodiagnóstico, composto por entrevista semi-dirigida, Sistema Diagnóstico Adaptativo Operacionalizado (SISDAO) e Teste de Apercepção Temática (TAT), questionário de avaliação clínica da SII; 2) psicoterapia breve, em doze sessões; 3) reavaliação após seis meses. A capacidade de simbolização da primeira participante era comprometida fundamentalmente relacionada à sua dificuldade em lidar com a perda da mãe quando criança, num luto não elaborado. Apresentava dores abdominais forte, a cada dois ou três dias, evacuando uma vez ao dia e quando em crise, duas ou três vezes por dia. A segunda participante apresentou uma capacidade de simbolização que passava a ser comprometida quando o conflito entre o desejo de ser aceita por sua família, em especial sua mãe, e o de rompimento tornava-se insuportável. Apresentava dores moderada, a cada cinco dias, evacuando quatro vezes ao dia e, quando em crise, seis vezes ao dia. A intervenção clinico psicológica em pacientes com SII, baseada na técnica da PBO, com elaboração da demanda psicológica e das questões significativas que comprometiam a capacidade de simbolização, possibilitou a elaboração psicológica dos estados emocionais que estariam influenciando os sintomas da SII, de forma que contribuiu para a melhora do quadro clínico das participantes. Após seis meses da psicoterapia, a primeira participante apresentou dores fracas a cada cinco dias, frequência única de evacuação por dia, não apresentou crises. A segunda participante estava evacuando uma a duas vezes por dia, dores fracas a cada cinco dias e crises ocorriam em menor frequência. O modelo de intervenção mostrou-se vantajoso para as participantes da pesquisa, de forma que seu uso no tratamento clinico psicológica para pacientes com SII, levando em consideração as especificidades do funcionamento mental associado às somatizações, apresenta-se promissor / In Psychosomatics, within the biopsychosocial model, it is understood that psychological responses to living conditions may interact with existing somatic factors, altering the susceptibility and manifestations of diseases, which is evidenced in somatizations, such as the case of Irritable Bowel Syndrome (IBS), where there is altered intestinal motility and stool format, accompanied by abdominal pain. The mental functioning associated with somatizations, in which a person presents difficulties in associating the illness to their psychological universe, that is, the capacity of symbolization, i.e. the construction of mental representations for the relief of the emotional state is affected, cronifying the physiological changes. The research objective was to determine whether psychological clinical care, based on the technique of Operationalized Brief Psychotherapy (OBP), with emphasises on promoting symbolization capacity regarding certain significant issues, can contribute to the improvement of symptoms in clinical condition of patients with IBS. The method used in the study was the clinical-qualitative, from the case study of two female adult patients with primary diagnosis of somatoform autonomic disorder, suffering from IBS. Psychological intervention was structured in three phases: 1) psychodiagnosis, composed of semi-directed interview, Operationalized Adaptive Diagnostic System (OADS) and Thematic Apperception Test (TAT), questionnaire of clinical evaluation of IBS; 2) brief psychotherapy split in twelve sessions; 3) re-evaluation after six months. The symbolization capacity of the first participant was compromised primarily because of her difficulty dealing with the loss of her mother when a child, in a non-elaborated mourning. The patient presented strong abdominal pains, every two or three days, evacuating once a day and when in crisis, two or three times a day. The second participant presented a symbolization capacity that began to be compromised when the conflict between the desire to be accepted by her family, especially her mother, and the disruption became unbearable. She felt moderate pain, every five days, evacuating four times a day, and when in crisis, six times a day. Psychological clinical intervention in patients with IBS, based on the technique of OADS, with development of psychological demand and significant issues that compromised the capacity of symbolization, allowed the psychological development of emotional states that would influence the symptoms of IBS, so it contributed to the improvement of the clinical condition of the participants. After six months of psychotherapy, the first participant presented weak pains every five days, single daily stool frequency, no crisis. The second participant was evacuating once or twice a day, felt weak pains every five days and crisis occurred less frequently. The intervention model was advantageous to the participants, so that its use in clinical psychological treatment for IBS patients presents promising, taking into account the specifics of mental functioning associated with somatization

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