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Práticas e eventos de letramento: um estudo sobre os usos sociais da escrita de jovens de meios popularesLira dos Santos, Roberta 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Universidade Federal de Pernambuco / A presente pesquisa teve como objetivo geral conhecer as práticas de letramento de
jovens de meios populares. O trabalho tem por base os pressupostos teóricos do
letramento enquanto uma prática social. Essa perspectiva analisa o letramento como
prática processada pela intermediação da palavra escrita; como atividade interativa,
social, cultural e historicamente situada. A pesquisa foi realizada em um bairro pobre
do Recife chamado Coque com o qual a pesquisadora já mantinha um vínculo desde
o ano de 2006. A aproximação com o Coque deu-se através de uma ação de
extensão (uma oficina de memoriais) realizada pela orientadora e pela orientanda
dessa pesquisa no NEIMFA, uma associação que atua no bairro há 24 anos. Foi por
meio desta ação de extensão da UFPE que a pesquisadora conheceu os três
sujeitos da pesquisa. Durante mais de dois meses, a pesquisadora acompanhou a
rotina dos jovens por meio de entrevistas semi-estruturadas e coletou materiais
escritos que circulavam entre eles. Foram realizadas em torno de sete entrevistas
com cada jovem. Entre as perguntas que nortearam a pesquisa estavam: em que
eventos de letramento os jovens se inserem e a partir de que domínios (do trabalho,
educativo, religioso, do lazer)? Como se dava o acesso e a circulação dos materiais
escritos? Que concepções e valores associam-se à leitura e à escrita? E, por fim,
como tem se configurado a trajetória de letramento desses jovens e em que medida
se relacionam com as suas atuais práticas de letramento? Os dados apontam para a
presença de diferentes domínios de atividade, em especial, do domínio da
educação, do lazer e o doméstico dando origem a diferentes eventos de letramento.
Os materiais escritos em circulação envolviam um leque grande de opções:
diferentes tipos de livros (teóricos, de literatura, técnicos, biografias, ficção, livros
didáticos, religiosos), revistas, jornais, fanzines, dicionários, apostilas,
correspondências, entre outros. Entre as principais formas de acesso percebemos o
papel das bibliotecas, das associações, das redes de amizades, através das
compras, da internet e com pessoas da família. Notamos que a trajetória dos jovens
esteve marcada pela presença da escola uma vez que os três jovens possuem mais
de dez anos de escolarização, mas que, no que se refere a esta instituição,
percebemos formas distintas de engajamento em suas práticas. Os eventos de
letramento do domínio do lazer têm uma relação forte com as inserções sociais e
culturais possibilitadas pelas associações comunitárias, marcando até hoje as
práticas de letramento dos jovens relativas a este domínio. Os resultados reforçam a
importância de se pensar o letramento a partir das experiências sociais e culturais
em que os jovens se engajam
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Práticas e eventos de letramento em meios populares: uma análise nas redes sociais das crianças na comunidade do CoqueCláudia Ribeiro Tavares, Ana 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo desta pesquisa foi investigar a presença e os modos de circulação das práticas e
dos eventos de letramento em uma comunidade da periferia da cidade do Recife, tendo em
vista os momentos de interação das crianças com a leitura e a escrita, sob a ótica de suas
redes sociais de pertencimento. Argumenta-se que as comunidades de baixo poder
aquisitivo e/ou risco social são consideradas meios iletrados por apresentarem baixos
níveis de rendimento escolar e/ou competências de escrita. Nesse sentido, as crianças
provenientes desses meios são comumente associadas, nos diagnósticos e documentos
norteadores das políticas públicas de educação à idéia de fracasso escolar. No entanto,
acredita-se que a discussão das práticas e dos eventos de letramento só faz sentido se for
abordada a partir de condições que tornem possível sua compreensão contextual e não mais
como um modismo educativo . Por essa via, neste trabalho, o eixo teórico do letramento
inscreveu-se na linha de investigação que aborda a escrita em seus usos, funções e
significados sociais, como também a sua contribuição para o desenvolvimento individual e
coletivo, imersos numa perspectiva social e etnográfica. Devido à escolha de uma análise
que não pode ser dissociada do acontecimento do lugar, da ocasião e/ou das pessoas nos
quais os estudos são realizados, optamos pelo paradigma sociológico das redes sociais. Na
perspectiva metodológica, esta pesquisa se caracterizou pela aplicação do mapa de redes
e das entrevistas com as crianças, das entrevistas com os sujeitos que constituíam as redes
sociais primárias e secundárias das crianças e das observações nos espaços delimitados em
que as crianças circulavam na comunidade. Os resultados obtidos permitiram concluir que
as crianças se ancoravam em suas relações concretas de pertencimento, por isso, não
desvinculavam, nem fragmentavam suas interações com a leitura e a escrita de suas redes
sociais, inclusive, daquelas geradas pelo espaço público, como a escola. Esse
reconhecimento das práticas de letramento constitui as redefinições de uso da leitura e da
escrita, pois as crianças construíam um fator de valoração em suas interações que as
levavam a considerar o que era significativo nos eventos de letramento, em que o modo de
circulação da leitura e da escrita era crucial para fazer sentido em suas relações sociais.
Nossa compreensão, portanto, é que aprender e fazer uso da leitura e escrita exige mais do
que o domínio de um código, exige um necessário reconhecimento mútuo: falar a
linguagem da outra pessoa transcende falar uma linguagem dada, perpassa certos usos
simbólicos da língua que podem favorecer ou dificultar uma linguagem comum.
Acreditamos que os resultados obtidos a partir das análises tanto da perspectiva do
letramento quanto das redes sociais contribuem não apenas como recursos críticos para o
reducionismo do fracasso escolar nos meios populares, mas nos permitem a ressignificação
de táticas concretas para a consolidação, alargamento e ligação dos sujeitos (professores,
alunos, pais, amigos, ...) que compartilham o objetivo de acessar o mundo letrado
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Percepções de professores de língua portuguesa sobre a formação leitora de seus alunos dos meios populares / Perceptions of Portuguese language teachers on the reader education of students from lower classesRenesto, Ana Paula Carneiro 31 October 2014 (has links)
Esta pesquisa inseriu-se no campo dos estudos relacionados à leitura e à educação e objetivou compreender, da perspectiva da psicologia histórico-cultural, questões referentes às opiniões que os professores de língua portuguesa do 2º. segmento do ensino fundamental e do ensino médio manifestam sobre a formação leitora dos alunos das camadas populares. A coleta de dados para análise consistiu de 87 textos escritos por professores, em sua maioria da rede pública de ensino da região metropolitana da cidade de São Paulo, e objetivou investigar que aspectos os docentes valorizam ao explicar os raros casos de constituição leitora entre tais alunos. A partir da análise dos dados, percebeu-se que há uma tendência a atribuir o mérito pelo êxito na constituição leitora à família do aluno e a ele próprio por suas características inatas, suas capacidades, e seu papel ativo , e que há uma perspectiva pouco crente no papel da escola e do professor, aos quais apenas um quarto dos sujeitos atribuíram papel relevante. A análise também apontou que a graduação em instituições de maior prestígio está ligeiramente vinculada a um menor recurso a justificativas endógenas e fortemente ligada a uma crença maior na possibilidade de a escola e o professor serem fatores de constituição leitora. Tais achados apontam a importância de sólida formação: que enfatize que o desenvolvimento humano e, portanto, a constituição leitora, não se devem a características inatas, e não são espontâneos ou naturais; que aqueles, ao contrário, requerem não apenas a mediação desafiadora, qualificada e cativante de membros mais experientes do grupo cultural, mas também trabalho por parte do aluno; e que fortaleça a crença dos professores na educação e em si próprios. Do ponto de vista teórico, foram levados em consideração os estudos sobre leitura e letramento de Magda Becker Soares, Marisa Lajolo e Maria Zélia Versiani Machado, as análises sociológicas de Bernard Charlot, Bernard Lahire e Zaia Brandão, as reflexões sobre a formação e o trabalho docente por Bernardete Gatti, José Carlos Libâneo, Maria Isabel de Almeida e Maurice Tardif, e os estudos sobre a perspectiva vygotskiana do desenvolvimento humano conduzidos por Ana Luíza Smolka, Marta Kohl de Oliveira, Pablo del Río e Teresa Rego. / This study has sought to understand, from the perspective of cultural-historical psychology, the opinions of primary and secondary Portuguese teachers on the reader education of underprivileged students. Data collection consisted of 87 texts written by teachers who work in public schools in the metropolitan region of São Paulo, and aimed to investigate what aspects teachers emphasized to explain why a few students succeed in becoming proficient readers while most do not. Data analysis evidenced that teachers tend to attribute the credit for the success in reading education mostly to students themselves and their families rather than to schooling and teachers. The analysis also showed that higher education in more prestigious institutions is linked to a slightly lesser recourse to endogenous reasons and strongly linked to a greater belief in the potential of schooling and teachers to favor reader education. Such findings indicate the importance of solid training that emphasizes: that human development and thus reader education are not spontaneous, natural or due to innate characteristics; that, on the contrary, they require challenging and qualified mediation by more experienced members of one\'s cultural group and students work; and that strengthens the belief of teachers in education and in themselves as promoters of development. This investigation was grounded on the studies on reading and literacy by Magda Becker Soares, Marisa Lajolo and Maria Zélia Versiani Machado, the sociological analyses of Bernard Charlot, Bernard Lahire and Zaia Brandão, the reflections on teacher education and work by Bernardete Gatti, José Carlos Libâneo, Maria Isabel de Almeida and Maurice Tardif, the studies on the Vygotskian perspective of human development conducted by Ana Luiza Smolka, Pablo del Río, Marta Kohl de Oliveira e Teresa Rego.
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Percepções de professores de língua portuguesa sobre a formação leitora de seus alunos dos meios populares / Perceptions of Portuguese language teachers on the reader education of students from lower classesAna Paula Carneiro Renesto 31 October 2014 (has links)
Esta pesquisa inseriu-se no campo dos estudos relacionados à leitura e à educação e objetivou compreender, da perspectiva da psicologia histórico-cultural, questões referentes às opiniões que os professores de língua portuguesa do 2º. segmento do ensino fundamental e do ensino médio manifestam sobre a formação leitora dos alunos das camadas populares. A coleta de dados para análise consistiu de 87 textos escritos por professores, em sua maioria da rede pública de ensino da região metropolitana da cidade de São Paulo, e objetivou investigar que aspectos os docentes valorizam ao explicar os raros casos de constituição leitora entre tais alunos. A partir da análise dos dados, percebeu-se que há uma tendência a atribuir o mérito pelo êxito na constituição leitora à família do aluno e a ele próprio por suas características inatas, suas capacidades, e seu papel ativo , e que há uma perspectiva pouco crente no papel da escola e do professor, aos quais apenas um quarto dos sujeitos atribuíram papel relevante. A análise também apontou que a graduação em instituições de maior prestígio está ligeiramente vinculada a um menor recurso a justificativas endógenas e fortemente ligada a uma crença maior na possibilidade de a escola e o professor serem fatores de constituição leitora. Tais achados apontam a importância de sólida formação: que enfatize que o desenvolvimento humano e, portanto, a constituição leitora, não se devem a características inatas, e não são espontâneos ou naturais; que aqueles, ao contrário, requerem não apenas a mediação desafiadora, qualificada e cativante de membros mais experientes do grupo cultural, mas também trabalho por parte do aluno; e que fortaleça a crença dos professores na educação e em si próprios. Do ponto de vista teórico, foram levados em consideração os estudos sobre leitura e letramento de Magda Becker Soares, Marisa Lajolo e Maria Zélia Versiani Machado, as análises sociológicas de Bernard Charlot, Bernard Lahire e Zaia Brandão, as reflexões sobre a formação e o trabalho docente por Bernardete Gatti, José Carlos Libâneo, Maria Isabel de Almeida e Maurice Tardif, e os estudos sobre a perspectiva vygotskiana do desenvolvimento humano conduzidos por Ana Luíza Smolka, Marta Kohl de Oliveira, Pablo del Río e Teresa Rego. / This study has sought to understand, from the perspective of cultural-historical psychology, the opinions of primary and secondary Portuguese teachers on the reader education of underprivileged students. Data collection consisted of 87 texts written by teachers who work in public schools in the metropolitan region of São Paulo, and aimed to investigate what aspects teachers emphasized to explain why a few students succeed in becoming proficient readers while most do not. Data analysis evidenced that teachers tend to attribute the credit for the success in reading education mostly to students themselves and their families rather than to schooling and teachers. The analysis also showed that higher education in more prestigious institutions is linked to a slightly lesser recourse to endogenous reasons and strongly linked to a greater belief in the potential of schooling and teachers to favor reader education. Such findings indicate the importance of solid training that emphasizes: that human development and thus reader education are not spontaneous, natural or due to innate characteristics; that, on the contrary, they require challenging and qualified mediation by more experienced members of one\'s cultural group and students work; and that strengthens the belief of teachers in education and in themselves as promoters of development. This investigation was grounded on the studies on reading and literacy by Magda Becker Soares, Marisa Lajolo and Maria Zélia Versiani Machado, the sociological analyses of Bernard Charlot, Bernard Lahire and Zaia Brandão, the reflections on teacher education and work by Bernardete Gatti, José Carlos Libâneo, Maria Isabel de Almeida and Maurice Tardif, the studies on the Vygotskian perspective of human development conducted by Ana Luiza Smolka, Pablo del Río, Marta Kohl de Oliveira e Teresa Rego.
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