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O narrador na fronteira entre deixar e apagar marcas: um estudo sobre O matador de Patricia MeloPereira, Maria de Fátima da Silva 11 May 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-05-11 / We observe in the contemporary novel an increasing lack of narration naturalness that implies in the multiplication of points of view and as a consequence in the narrator s presence inconstancy.
Patrícia Melo s novel, O Matador, also shows the instability of this point of view because although the narration is done in first person by the protagonist it doesn t guarantee the constant narrator s presence in the storytelling.
This mix between literary and non-literary procedures directly interferes in the narrator s authority because at the time of oral narration the narrator based his story on experience, but currently bases his authority on presentiveness , according to contemporary demand that privileges simultaneity.
In this novel the strategies used to obtain presentification of the storytelling have a double consequence: on the one hand they give legitimacy to the facts since they seem to renounce to the narrator s presence and on the other hand they eliminate the protagonist-narrator s traces since at times he behaves as a spectator.
Ultimately, the study of this narrator who often oscillates between leaving and eliminating traces, behaving as an observer of the roles played by himself, questions and at the same time reinvents the representation apparatus using the different presentification strategies like advertisements, TV news, newspapers, lack of marks in the change in voice in the dialogues, etc. This attitude will set a fast pace to the story and the apparent lack of mediation will contribute to strengthening a pact with the reader. Therefore in O Matador we observe the dramatization of the loss in the naturalness of telling a story through discourse / Observamos no romance contemporâneo uma acentuada perda da naturalidade de narrar, que redunda na multiplicação dos pontos de vista e, conseqüentemente, na inconstância da presença do narrador.
O romance O Matador, de Patrícia Melo também apresenta essa instabilidade de ponto de vista, pois apesar da narração ser feita em primeira pessoa, pelo protagonista, isso não assegura presença constante do narrador na condução do relato.
A mescla de procedimentos literários e não-literários interfere diretamente na autoridade desse narrador, pois se na época das narrativas orais, o narrador respaldava seu relato na experiência, atualmente, ele ancora sua autoridade na presentidade, mais de acordo com a demanda contemporânea, que privilegia a simultaneidade.
Neste romance, as estratégias utilizadas visando à presentificação do relato têm dupla conseqüência: de um lado conferem legitimidade aos fatos, uma vez que parecem prescindir do narrador e, de outro, apagam as marcas do narrador-protagonista, já que este se comporta, por vezes, como um espectador.
O estudo deste narrador, que oscila entre deixar e apagar marcas, comportando-se como observador dos fatos que protagonizou, acaba questionando e, ao mesmo tempo, reinventando os aparatos de representação por meio de diferentes estratégias de presenticação tais como: propagandas, noticiários de TV e de jornal, ausência de marcação de mudança de voz nos diálogos, etc. Essa atitude imprimirá um ritmo veloz ao relato e a aparente ausência de mediação contribuirá para o fortalecimento do pacto com o leitor. Por isso, em O Matador observamos a dramatização da perda da naturalidade de narrar por meio do discurso
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O narrador-personagem: instabilidade romanesca e subjetividade fílmica entre O Matador e O homem do anoTeles, Maria de Lourdes 24 September 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-09-24 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This is an analysis of O Matador (The Killer), a novel by Patrícia Melo, and its transposition to the film (2002) O homem do ano (The man of the year) by the film maker José Henrique Fonseca, pointing at the deviations in the narrative focalization and its effects after the book adaptation. The leading thread is the narrator s role in the construction of the fable both in the novel and the film. Even presenting himself as an autodiegetic narrator, Máiquel decentralizes, in the novel, his role as the central subject of the narrative whenever he clearly evinces his absence putting himself, at the same time, in the condition of reader and listener of the story he himself narrates. In the film, on the contrary, Máiquel reports, in off, his trajectory in the world of crime. In his report the events are narrated linearly. To explain this linearity of the filmic text, it was considered the hypothesis of the establishment of a narrator with an angle of vision fixed in the facts, obtained by means of a camera, that is, in the film, image and voice express Máiquel s thoughts, feelings, and perceptions. Thus, this narrator cannot hide his presence nor change his point of view, as the narrator in the novel does. Starting from these perspectives, an attempt was made to analyze both texts by using the theoretical concepts of Friedman (1967), Bourneuf (1976) e Genette (1989), in order to evaluate the role of the subject of enunciation in the narrative plot of the novel and film. The filmic transmutation was analyzed in the light of the theories of Benjamin (1983), Campos (1992), Einsenstein (2002) e Pudovkin (2003), with the purpose of tackling aspects which explain the subjectivity of the film narrative and how it took shape, since the film was here considered as a re-creation of the novel / Esta dissertação tem por objetivo a análise do romance O Matador (1995), de Patrícia Melo, e da transposição fílmica O homem do ano (2002), do cineasta José Henrique Fonseca, visando apontar os desvios de focalização narrativa e seus efeitos após a adaptação do livro, tendo como fio condutor a atuação do narrador na construção das fábulas romanesca e fílmica. Mesmo se apresentando como um narrador autodiegético, Máiquel descentraliza, no romance, seu papel de sujeito central da narrativa, ao deixar evidências claras de sua ausência, colocando-se, ao mesmo tempo, na condição de leitor e ouvinte da história que ele próprio narra. No filme, ao contrário, Máiquel relata, em off, sua trajetória pelo mundo do crime; os acontecimentos são narrados linearmente. Para explicar a linearidade narrativa do texto fílmico, consideramos a hipótese da instauração de um narrador com ângulo de visão fixo nos fatos, obtido por meio da câmera, ou seja, no filme, a imagem e a voz expõem os pensamentos, sentimentos e percepções de Máiquel. Logo, esse narrador não pode ocultar sua presença ou mudar seu ponto de vista, assim como faz o narrador do romance. A partir dessas perspectivas, procuramos analisar os dois textos utilizando os conceitos teóricos de Friedman (1967), Bourneuf (1976) e Genette (1989), para avaliar o papel do sujeito da enunciação na trama narrativa do romance e do filme. A transposição fílmica foi analisada à luz das teorias de Benjamin (1983), Campos (1992), Einsenstein (2002) e Pudovkin (2003), com o objetivo de abordar aspectos que expliquem a subjetividade da narrativa fílmica e como essa nova narrativa foi configurada, visto que consideramos o filme uma re-criação do romance
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