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Sócrates e Paulo Freire : aproximações e distanciamentos. Uma introdução ao pensamento educacional

de Oliveira Maia, Marcelo 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:21:07Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3648_1.pdf: 806809 bytes, checksum: b43299fd323b253384dda58dc15ac793 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / A presente dissertação, no intuito de fornecer subsídios para uma possível influência do pensamento de Sócrates em Paulo Freire, desenvolve um estudo comparativo entre esses dois autores. Utilizaremos à metodologia da hermenêutica para analisarmos os elementos que constituem as bases filosóficas que fundamentam a prática pedagógica dos dois educadores acima mencionados, bem como, os seus instrumentários teórico-metodológicos próprios de suas atividades enquanto educadores. Estabelecido um corte na abordagem e no material de análise, a interpretação da contribuição desses pensadores se guiou por três questões básicas do pensamento pedagógico: a visão do educando e o sentido da vida humana como sendo a meta educacional, a compreensão do conhecimento e sua construção e a relação pedagógica, incluindo a metodologia em que ela se realiza. No caso de Sócrates a meta se concentra no cuidado com a própria alma, baseada numa vida virtuosa tanto na esfera privada quanto na pública. Os conhecimentos se possibilitam a partir de um reconhecimento que tem por base à própria ignorância e a relação pedagógica se realiza na maiêutica como princípio para o diálogo e a construção desses conhecimentos. Em Freire, encontramos a meta educacional no ser mais do homem no sentido de libertar-se das forças opressivas dos agentes políticos, econômicos e sociais. O conhecimento se constrói no confronto dos saberes populares dos oprimidos e das elaborações teóricas dos educadores, sendo o diálogo a forma pedagógica em que se dá essa mediação. A maior discordância que encontramos na comparação desses dois autores é que Sócrates se dirige ao individuo para ao longo do processo prepará-lo para a vida pública, ao passo que Freire aposta numa ação educativa coletiva, para gerar nos oprimidos, condições de uma vida melhor, fundamentada no respeito e na dignidade da pessoa humana. Em termos de aproximação no que diz respeito ao pensamento pedagógico de Paulo Freire e Sócrates, destacam-se os seguintes problemas: o da inconclusão da vida humana na busca infinita de sua realização como tarefa que norteia a existência de todo ser humano, o conhecimento como condição única para a liberdade dos homens, e a não imposição nem submissão entre o educador e o educando, por isso, a importância do diálogo para uma educação libertadora e igualitária. Todas esses elementos podem ser, e isso fica aberto para pesquisas futuras, indícios de uma possível influência do pensamento de Sócrates sobre Paulo Freire
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Reflexões em torno da questão da Meta Educacional no pensamento Filosófico e Pedagógico de Karl Jaspers

SANTOS, Roberta Gulart dos 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T17:16:15Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo137_1.pdf: 1186644 bytes, checksum: 994f3aa9ad3dc0945fad492f896c7be4 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As teorias educacionais são elaboradas a partir de alguns fundamentos básicos, tais como: visão de mundo, sociedade e as projeções que temos dela, bem como a concepção do ser humano. As formas diversas como esses fundamentos são interpretados resultam num múltiplo e complexo conjunto de teorias educacionais que, em sua maioria, disputam entre si a legitimidade de suas finalidades. Röhr (2003) vai mais além e sinaliza que a meta da educação, bem como os fundamentos que a norteiam, estão ligados, em última instância, a um fator comum: o sentido da vida. Diante dessa problemática, podemos notar que todos os pensamentos filosóficos fazem, direta ou indiretamente, uma reflexão sobre essa questão. Essas reflexões resultam em diferentes compreensões e essas posições, numa análise inicial do autor, caminham em direções opostas, a princípio, baseadas em dois conceitos fundamentais: destino e liberdade. O sentido da vida pode ser visto de duas formas distintas: ele pré-existe e o ser humano tem que corresponder a ele; ou esse sentido é resultado da livre criação do homem. Levando o reflexo dessa problemática para o âmbito educacional, denominam-se duas formas de teorizar sobre a educação bem como definir a sua meta, a saber: Teorias da Educação de Correspondência (o sentido pré-existe) e Teorias da Educação de Irreverência (o sentido é criado livremente). Partindo dessa problemática, o intuito do nosso trabalho foi refletir sobre a questão da meta educacional nessa perspectiva a partir do pensamento de Karl Jaspers. Para isso, buscamos inicialmente compreender quais são os elementos da sua filofosia que podem subsidiar a possibilidade de uma mediação da dicotomia entre destino e liberdade e posteriormente qual seria a meta educacional subjacente ao seu pensamento. Nossa pesquisa é teórica e nossa metodologia baseia-se em duas abordagens: a fenomenologia e a hermenêutica. A meta educacional em Jaspers aponta que o destino do homem é o tornar-se humano, que acha o seu fundamento no salto que realiza da Imanência para Transcendência, a partir da Fé Filosófica. Analisando o ato de ser autenticamente Existência, percebe-se que nele se suspende qualquer Autoridade e encontra a si mesmo na própria liberdade. Sua teoria não é, portanto, nem de correspondência e nem de irreverência, mas aponta uma interdependência entre ambas, indicando que elas se complementam mutuamente na realização da própria Existência. Para chegar tanto ao destino quanto à liberdade, o ser humano precisa necessariamente experimentar na sua vida a força das referências. Segundo ele, qualquer pessoa para se encontrar existencialmente tem que, em algum momento, ter passado por uma vivência de fé numa Autoridade. Sem noção dela o ser humano não chega a sentir a seriedade do seu existir. Manter-se num relativismo não ajuda e nem instiga a pessoa a se apropriar de sentidos e nem tornar-se algo próprio, que Jaspers chama de Exceção. Nessa perspectiva, na concretude histórica, o pensamento pedagógico de Jaspers baseia-se na vivência de uma fé inicial na Autoridade e realiza-se no apoio pedagógico da sua superação em tornar-se Exceção

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