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Prevalência e fatores associados ao comprometimento cognitivo mensurado através do Mini Exame do Estado Mental em idosos longevos de dois municípios do sul de Santa Catarina

Campos, Ana Carolina Brunatto Falchetti January 2018 (has links)
Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, para obtenção do grau de Doutora em Ciências da Saúde. / Com o aumento da expectativa de vida da população o número de idosos vem crescendo significativamente em todo o mundo. No Brasil esse número está em torno de 10% da população total. Entretanto, associado ao envelhecimento estão o aparecimento de alterações nas funções cognitivas, alterações de humor e diminuição da capacidade funcional, os quais podem ou não estar associados a outras doenças crônicas, que influenciam significativamente na qualidade de vida desse indivíduo. Considerando que a prevenção e diagnósticos precoces sejam o alvo da Saúde Pública, propostas voltadas para essa realidade (Atenção Básica em Saúde) que visam estratégias de rastreio cognitivo, bem como a investigação de possíveis fatores de risco envolvidos nesse processo, faz-se de extrema importância. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e fatores associados ao comprometimento cognitivo mensurado através do Mini Exame do Estado Mental em idosos longevos de dois municípios do sul de Santa Catarina. Esse estudo é do tipo transversal, cuja a amostra censitária foi de 165 idosos longevos com idade ≥80 anos e que aceitaram participar do estudo. A média de idade foi de 84,8 ± 3,7 anos, destes 63% (104) são do sexo feminino, 65,5% (108) residem na área rural, mediana da escolaridade foi de 3 anos (2-4). O índice de massa corporal (IMC), apresentou uma média de 25,6 ± 4,6 e mais de 50% dos idosos praticam algum tipo de atividade física, cerca de 64,8% (107) avaliam sua saúde como sendo boa, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) aparece como a mais prevalente entre os idosos em 75,8% (125), a perda subjetiva de memória foi relatada em 23% (38) dos indivíduos. Foi observado que 67,3% (111) apresenta independência modificada ou completa nas atividades básicas e instrumentais de vida diária. A prevalência de comprometimento cognitivo avaliado pelo Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi de 35,2% (58). A idade, a zona de moradia (rural e urbana), a pessoa com quem o idoso reside, uso de fármacos para pressão, presença de ansiedade e a funcionalidade global, apresentaram associação significativa com o comprometimento cognitivo nos idosos (p≤0,05). A regressão de Poisson evidenciou que o IMC, a renda total do idoso, a funcionalidade global e os sintomas de ansiedade generalizada permaneceram associados com o comprometimento cognitivo (p≤0,05). Em relação a qualidade de vida, os domínios de Capacidade Funcional, Limitação por Aspectos Físicos e Aspectos Sociais, foram estatisticamente significativos na associação com o comprometimento cognitivo (p≤0,05). Este é um dos raros estudos que investigou a prevalência de comprometimento cognitivo, utilizando uma bateria breve de rastreio cognitivo e ao mesmo tempo buscou identificar os fatores associados a esse comprometimento em em idosos longevos com ≥80 anos do Sul do Brasil e a nível mundial. Além disso, também é um estudo que buscou fortalecer a saúde pública, mostrando que métodos de investigação e rastreio para comprometimento cognitivo, problemas de saúde mental e aspectos gerais relacionados a saúde em idosos, são fáceis de serem aplicados e podem prevenir agravos de saúde considerados até então comuns para a idade.
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ESTUDO DA MEMÓRIA DE TRABALHO EM ADULTOS E IDOSOS NORMAIS / WORKING MEMORY STUDY AT NORMAL ADULTS AND SENIORS

Siqueira, Larissa de Souza 24 March 2006 (has links)
This study has the objective of investigating the performance of adults and seniors in terms of working memory skills and at the Mini-Exam of Mental State, verifying how these skills relate to each other, to the age and to the scholarship level. The sample was composed by 34 people, with ages among 37 and 83 years-old, Brazilians, Portuguese speakers, literate and without any evident and referred neurological and/or cognitive alterations and it was shared into four groups according to the age group. The adults and seniors performance at the working memory assessments was checked through the repetition of non-words task to assess specifically the phonological memory and the repetition of a sequence of digits to assess the central executive and the phonological memory, according to Baddeley and Hitch s proposal (1974 apud GATHERCOLE & BADDELEY, 1993). The Mini-Mental State Examination, Folstein and McHugh s proposal (1975), was used to assess the orientation, immediate memory, attention, calculation, mandate, language, reading and constructive praxis. In order to analyze the co-relation among the evaluations it was used the non parametric test, the Sperarman s Correlation Coefficient, from which it was identified: 1) the younger people had a better performance at the three tasks applied when compared with the older ones; 2) there was a significant correlation between the repetition of non-words and repetition of a sequence of digits tasks; 3) the Mini-Mental State Examination has a small correlation with the memory working tasks; 4) it was observed significant correlation of age and scholarship with the tasks of repetition of non-word, repetition of a sequence of digit and Mini-Mental State Examination. Comparing the four groups, it was verified that the rightness average at the three assessmests diminished as much as the age group increased. It was observed that the rightness averages at the working memory and Mini- Mental State Examination tasks increased according to the scholarship level. It concluded that older people with low scholarship level, considered as a group not individually, present smaller performance at the working memory and Mini-Mental State Examination tasks than younger people and with higher scholarship level / Este estudo teve por objetivo investigar o desempenho de adultos e idosos em habilidades de memória de trabalho e no Mini-Exame do Estado Mental, verificando como estas habilidades relacionam-se entre si, com a faixa etária e com o nível de escolaridade. A amostra foi formada por 34 sujeitos, com idades entre 37 e 83 anos, brasileiros, falantes do português, alfabetizados e sem alterações neurológicas e/ou cognitivas evidentes e referidas, e foi dividida em quatro grupos conforme a faixa etária. O desempenho dos adultos e idosos nas avaliações de memória de trabalho foi verificado através da tarefa de repetição de não-palavras para avaliar especificamente a memória fonológica, e da tarefa de repetição de seqüência de dígitos para avaliar o executivo central e a memória fonológica, segundo a proposta de Baddeley & Hitch (1974 apud GATHERCOLE & BADDELEY, 1993). O Mini-Exame do Estado Mental, proposto por Folstein & McHugh (1975), foi utilizado para avaliar orientação, memória imediata, atenção, cálculo, evocação, linguagem, leitura e praxia construtiva. Para analisar a correlação entre as medidas foi utilizado o teste não-paramétrico Coeficiente de Correlação de Spearman, através dos quais verificou-se que: 1) os sujeitos mais jovens desempenharam melhor as três tarefas aplicadas quando comparados com os sujeitos mais velhos; 2) houve correlação significativa entre as tarefas de repetição de não-palavras e repetição de seqüência de dígitos; 3) o Mini-Exame do Estado Mental apresentou fraca correlação com as tarefas de memória de trabalho; 4) houve correlação significativa entre idade e escolaridade com as tarefas de repetição de nãopalavras, repetição de seqüência de dígitos e com o Mini-Exame do Estado Mental. Na comparação entre os quatro grupos, verificou-se que as médias de acertos nas três avaliações aplicadas diminuíram conforme a faixa etária aumentou. Comparando-se as médias de acertos nas tarefas de memória de trabalho e no Mini-Exame do Estado Mental de acordo com o grau de escolaridade, observou-se que as médias nas tarefas analisadas aumentaram em função do grau de escolaridade. Concluiu-se que sujeitos mais velhos e com baixa escolaridade, quando considerados como um grupo e não individualmente, apresentam desempenho inferior nas tarefas de memória de trabalho e no Mini-Exame do Estado Mental do que os sujeitos mais jovens e com níveis mais altos de escolaridade

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