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Padres e pajés: o xamanismo tupinambá no encontro religioso colonial / Priests and pajés: tupinamba shamanism in colonial religious meetingRamos, Antonio Martins 18 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work consists of research on the cultural-religious meeting held between
Shamanism and Catholicism, focusing on Brazil, between the sixteenth and
seventeenth centuries, involving more directly European missionaries, especially the
Jesuits, and Tupinambás shamans, known as pajés. This meeting resulted in a rivalry
that, for large similarities in the relations of alterity, was inserted in a broader field,
between different indigenous groups in South America, as the Guarani, and other
Europeans of different nationalities, religious orders and lay people such as travelers
and chroniclers, reaching up to the following centuries.
By reading the European written sources, we can find descriptive elements of the
Tupi-Guarani shamanism and also of the point of view of European alterity, through
many commonalities among the various accounts. From the European point of view,
we identify the condemnation of pajés and their association with witchcraft, that
although discrediting their practices, they have served to them for their catechetical
actions. About tupinambá shamanism, reports realize various practices such as
medicinal cures, rituals, speeches and gestural actions, and spiritual intermediary
through sacred symbols, such as the maraca, so it is possible to draw a profile of this
shamanism.
For the methodology of reading these sources, we start from the assumption that it
is possible to withdraw relevant information, if not the voice of the Indians, at least the
European alterity and processes and facts of meeting and dispute. This is not only to
deepen the history of catechesis and of shamanism, but also the elements that
constituted the cultural exchange and its consequences / Este trabalho consiste na pesquisa sobre o encontro cultural-religioso ocorrido entre xamanismo e catolicismo, com foco no Brasil, entre os séculos XVI e XVII,
envolvendo mais diretamente missionários europeus, especialmente os jesuítas, e os
xamãs tupinambás, conhecidos como pajés. Este encontro resultou numa rivalidade
que, por grandes semelhanças nas relações de alteridade, esteve inserida num
campo mais amplo, entre diversos grupos indígenas da América do Sul, como os
guaranis, e outros europeus de diversas nacionalidades, ordens religiosas, e também
leigos, como viajantes e cronistas, alcançando até os séculos seguintes.
Através da leitura das fontes escritas europeias, podemos encontrar elementos
descritivos do xamanismo tupi-guarani e também do ponto de vista da alteridade
europeia, através de muitos pontos em comum entre os mais diversos relatos. Do
ponto de vista europeu, identificamos a condenação dos pajés e sua associação com
a feitiçaria, que embora desacreditando suas práticas, serviram-se delas para suas
ações de catequese. Sobre o xamanismo tupinambá, os relatos dão conta de práticas
diversas tais como, curas medicinais, rituais, ações dircursivas e gestual, e
intermediação espiritual através de simbologias sagradas, como a do maracá, de
modo que é possível traçar um perfil deste xamanismo .
Para a metodologia de leitura destas fontes, partimos da hipótese que é possível
se retirar informações relevantes, quando não da voz dos índios, ao menos da
alteridade europeia e dos processos e fatos do encontro e da disputa. Trata-se não
apenas de se aprofundar a história da catequese e do xamanismo, mas também dos
elementos que constituíram as trocas culturais e as suas consequências
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