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Discursos e práticas sociais em escolas de Canguçu – Rio Grande do Sul : articulações entre racialização e desenvolvimentoFinokiet, Manuela January 2016 (has links)
Esta tese analisa como os discursos e as práticas sociais específicas, que envolvem a racialização e o desenvolvimento/subdesenvolvimento, circulam, são apropriados e/ou ressignificados em espaços escolares no município de Canguçu, que faz parte da região que se convencionou chamar de “Metade Sul” do Rio Grande do Sul. Para isso, buscamos compreender de que maneiras os dispositivos que fazem circular essas ideias nas escolas são operacionalizados, como esses discursos se articulam às questões de racialização e quais os efeitos de realidade que daí emergem. Constatou-se que as ideias sobre atraso, estagnação e “subdesenvolvimento” da “Metade Sul” se consolidaram como “regimes de verdade”, principalmente a partir dos anos 1980-1990, ancoradas na constituição de uma subjetividade local dominante, qual seja, a do colono imigrante descendente de europeus brancos, estabelecendo uma correspondência necessária entre desenvolvimento e descendentes de imigrantes, que, no caso de Canguçu, são em geral alemães e pomeranos. Assim, muito embora esses discursos não abranjam a realidade, eles, ao mesmo tempo, a constroem, ou seja, geram efeitos como a racialização de grupos não incluídos entre esses predominantes nas escolas – como quilombolas, negras/os, Mbyás Guaranis, assentadas/os, mulheres –, evidenciando também uma desconexão entre os discursos político e acadêmico e os discursos e práticas do cotidiano local O olhar direcionado às escolas públicas permitiu identificar como ocorre a articulação entre desenvolvimento/subdesenvolvimento e a racialização de determinados grupos e, nesse sentido, a agricultura, vista aqui como um dispositivo, foi central, uma vez que possibilitou identificar que há uma correspondência que se estabeleceu entre a modernização da agricultura, o modo de produção “convencional” e a subjetividade dominante no cenário local, reforçada em diversas situações dentro e fora das escolas. Dessa forma, as escolas, como lugares de possibilidades, potencializam uma “guerra de baixa intensidade” entre quem faz parte da subjetividade dominante e quem não faz parte dela, por meio de um processo de disputas e lutas permanentes, por vezes, surpreendente, as quais evidenciam que há múltiplas formas de constituição de subjetividades em jogo que promovem uma crítica, sutil, ao poder e à hegemonia dos discursos e práticas sobre atraso e estagnação e as diferentes articulações raciais. / Esta tesis analiza como los discursos y las prácticas sociales específicas, que envuelven la racializacion y el desarrollo/subdesarrollo, circulan, son pertinentes y/o resignificados en espacios escolares en el municipio de Canguçu, que forma parte de la región que se convencionou llamar de “Mitad Sur” del Rio Grande do Sul. Para eso, buscamos comprender de que maneras los dispositivos que hacen circular esas ideas en las escuelas son operacionalizados, como esos discursos se articulan a las cuestiones de racializacion y cuáles los efectos de realidad que de ahí emergen. Se constató que las ideas sobre retraso, estagnación y subdesarrollo en la “Mitad Sur” si consolidaron como “regímenes de verdad”, principalmente a partir de los años 1980-1990, ancladas en la constitución de una subjetividad local dominante, cuál sea, a dé el colono inmigrante descendiente de europeos blancos, estableciendo una correspondencia necesaria entre desarrollo y descendientes de inmigrantes, que, en el caso de Canguçu, son en general alemanes y pomeranos. Así, aunque esos discursos no comprendan la realidad, ellos, a la vez, a construyen, o sea, generan efectos como la racializacion de grupos no incluidos entre esos predominantes en las escuelas – como quilombolas, negras/los, Mbyás Guaranis, asentadas/los, mujeres –, evidenciando también una desconexión entre los discursos político y académico y los discursos y prácticas del cotidiano local El mirar direccionado a las escuelas públicas permitió identificar como ocurre la articulación entre desarrollo/sub desarrollo y la racializacion de determinados grupos y, en ese sentido, la agricultura, vista aquí como un dispositivo, fue central, una vez que posibilitó identificar que hay una correspondencia que fue establecida entre la modernización de la agricultura, el modo de producción “convencional” y la subjetividad dominante en el escenario local, reforzada en diversas situaciones dentro y fuera de las escuelas. De esa forma, las escuelas, como lugares de posibilidades, potencializan una “guerra de baja intensidad” entre quien forma parte de la subjetividad dominante y quién no forma parte de ella, por medio de uno proceso de disputas y luchas permanentes, por veces, sorprendente, las cuales evidencian que hay múltiples formas de constitución de subjetividades en juego que promueven una crítica, sutil, al poder y a la hegemonía de los discursos y prácticas sobre retraso y estagnación y las diferentes articulaciones raciales.
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Discursos e práticas sociais em escolas de Canguçu – Rio Grande do Sul : articulações entre racialização e desenvolvimentoFinokiet, Manuela January 2016 (has links)
Esta tese analisa como os discursos e as práticas sociais específicas, que envolvem a racialização e o desenvolvimento/subdesenvolvimento, circulam, são apropriados e/ou ressignificados em espaços escolares no município de Canguçu, que faz parte da região que se convencionou chamar de “Metade Sul” do Rio Grande do Sul. Para isso, buscamos compreender de que maneiras os dispositivos que fazem circular essas ideias nas escolas são operacionalizados, como esses discursos se articulam às questões de racialização e quais os efeitos de realidade que daí emergem. Constatou-se que as ideias sobre atraso, estagnação e “subdesenvolvimento” da “Metade Sul” se consolidaram como “regimes de verdade”, principalmente a partir dos anos 1980-1990, ancoradas na constituição de uma subjetividade local dominante, qual seja, a do colono imigrante descendente de europeus brancos, estabelecendo uma correspondência necessária entre desenvolvimento e descendentes de imigrantes, que, no caso de Canguçu, são em geral alemães e pomeranos. Assim, muito embora esses discursos não abranjam a realidade, eles, ao mesmo tempo, a constroem, ou seja, geram efeitos como a racialização de grupos não incluídos entre esses predominantes nas escolas – como quilombolas, negras/os, Mbyás Guaranis, assentadas/os, mulheres –, evidenciando também uma desconexão entre os discursos político e acadêmico e os discursos e práticas do cotidiano local O olhar direcionado às escolas públicas permitiu identificar como ocorre a articulação entre desenvolvimento/subdesenvolvimento e a racialização de determinados grupos e, nesse sentido, a agricultura, vista aqui como um dispositivo, foi central, uma vez que possibilitou identificar que há uma correspondência que se estabeleceu entre a modernização da agricultura, o modo de produção “convencional” e a subjetividade dominante no cenário local, reforçada em diversas situações dentro e fora das escolas. Dessa forma, as escolas, como lugares de possibilidades, potencializam uma “guerra de baixa intensidade” entre quem faz parte da subjetividade dominante e quem não faz parte dela, por meio de um processo de disputas e lutas permanentes, por vezes, surpreendente, as quais evidenciam que há múltiplas formas de constituição de subjetividades em jogo que promovem uma crítica, sutil, ao poder e à hegemonia dos discursos e práticas sobre atraso e estagnação e as diferentes articulações raciais. / Esta tesis analiza como los discursos y las prácticas sociales específicas, que envuelven la racializacion y el desarrollo/subdesarrollo, circulan, son pertinentes y/o resignificados en espacios escolares en el municipio de Canguçu, que forma parte de la región que se convencionou llamar de “Mitad Sur” del Rio Grande do Sul. Para eso, buscamos comprender de que maneras los dispositivos que hacen circular esas ideas en las escuelas son operacionalizados, como esos discursos se articulan a las cuestiones de racializacion y cuáles los efectos de realidad que de ahí emergen. Se constató que las ideas sobre retraso, estagnación y subdesarrollo en la “Mitad Sur” si consolidaron como “regímenes de verdad”, principalmente a partir de los años 1980-1990, ancladas en la constitución de una subjetividad local dominante, cuál sea, a dé el colono inmigrante descendiente de europeos blancos, estableciendo una correspondencia necesaria entre desarrollo y descendientes de inmigrantes, que, en el caso de Canguçu, son en general alemanes y pomeranos. Así, aunque esos discursos no comprendan la realidad, ellos, a la vez, a construyen, o sea, generan efectos como la racializacion de grupos no incluidos entre esos predominantes en las escuelas – como quilombolas, negras/los, Mbyás Guaranis, asentadas/los, mujeres –, evidenciando también una desconexión entre los discursos político y académico y los discursos y prácticas del cotidiano local El mirar direccionado a las escuelas públicas permitió identificar como ocurre la articulación entre desarrollo/sub desarrollo y la racializacion de determinados grupos y, en ese sentido, la agricultura, vista aquí como un dispositivo, fue central, una vez que posibilitó identificar que hay una correspondencia que fue establecida entre la modernización de la agricultura, el modo de producción “convencional” y la subjetividad dominante en el escenario local, reforzada en diversas situaciones dentro y fuera de las escuelas. De esa forma, las escuelas, como lugares de posibilidades, potencializan una “guerra de baja intensidad” entre quien forma parte de la subjetividad dominante y quién no forma parte de ella, por medio de uno proceso de disputas y luchas permanentes, por veces, sorprendente, las cuales evidencian que hay múltiples formas de constitución de subjetividades en juego que promueven una crítica, sutil, al poder y a la hegemonía de los discursos y prácticas sobre retraso y estagnación y las diferentes articulaciones raciales.
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Discursos e práticas sociais em escolas de Canguçu – Rio Grande do Sul : articulações entre racialização e desenvolvimentoFinokiet, Manuela January 2016 (has links)
Esta tese analisa como os discursos e as práticas sociais específicas, que envolvem a racialização e o desenvolvimento/subdesenvolvimento, circulam, são apropriados e/ou ressignificados em espaços escolares no município de Canguçu, que faz parte da região que se convencionou chamar de “Metade Sul” do Rio Grande do Sul. Para isso, buscamos compreender de que maneiras os dispositivos que fazem circular essas ideias nas escolas são operacionalizados, como esses discursos se articulam às questões de racialização e quais os efeitos de realidade que daí emergem. Constatou-se que as ideias sobre atraso, estagnação e “subdesenvolvimento” da “Metade Sul” se consolidaram como “regimes de verdade”, principalmente a partir dos anos 1980-1990, ancoradas na constituição de uma subjetividade local dominante, qual seja, a do colono imigrante descendente de europeus brancos, estabelecendo uma correspondência necessária entre desenvolvimento e descendentes de imigrantes, que, no caso de Canguçu, são em geral alemães e pomeranos. Assim, muito embora esses discursos não abranjam a realidade, eles, ao mesmo tempo, a constroem, ou seja, geram efeitos como a racialização de grupos não incluídos entre esses predominantes nas escolas – como quilombolas, negras/os, Mbyás Guaranis, assentadas/os, mulheres –, evidenciando também uma desconexão entre os discursos político e acadêmico e os discursos e práticas do cotidiano local O olhar direcionado às escolas públicas permitiu identificar como ocorre a articulação entre desenvolvimento/subdesenvolvimento e a racialização de determinados grupos e, nesse sentido, a agricultura, vista aqui como um dispositivo, foi central, uma vez que possibilitou identificar que há uma correspondência que se estabeleceu entre a modernização da agricultura, o modo de produção “convencional” e a subjetividade dominante no cenário local, reforçada em diversas situações dentro e fora das escolas. Dessa forma, as escolas, como lugares de possibilidades, potencializam uma “guerra de baixa intensidade” entre quem faz parte da subjetividade dominante e quem não faz parte dela, por meio de um processo de disputas e lutas permanentes, por vezes, surpreendente, as quais evidenciam que há múltiplas formas de constituição de subjetividades em jogo que promovem uma crítica, sutil, ao poder e à hegemonia dos discursos e práticas sobre atraso e estagnação e as diferentes articulações raciais. / Esta tesis analiza como los discursos y las prácticas sociales específicas, que envuelven la racializacion y el desarrollo/subdesarrollo, circulan, son pertinentes y/o resignificados en espacios escolares en el municipio de Canguçu, que forma parte de la región que se convencionou llamar de “Mitad Sur” del Rio Grande do Sul. Para eso, buscamos comprender de que maneras los dispositivos que hacen circular esas ideas en las escuelas son operacionalizados, como esos discursos se articulan a las cuestiones de racializacion y cuáles los efectos de realidad que de ahí emergen. Se constató que las ideas sobre retraso, estagnación y subdesarrollo en la “Mitad Sur” si consolidaron como “regímenes de verdad”, principalmente a partir de los años 1980-1990, ancladas en la constitución de una subjetividad local dominante, cuál sea, a dé el colono inmigrante descendiente de europeos blancos, estableciendo una correspondencia necesaria entre desarrollo y descendientes de inmigrantes, que, en el caso de Canguçu, son en general alemanes y pomeranos. Así, aunque esos discursos no comprendan la realidad, ellos, a la vez, a construyen, o sea, generan efectos como la racializacion de grupos no incluidos entre esos predominantes en las escuelas – como quilombolas, negras/los, Mbyás Guaranis, asentadas/los, mujeres –, evidenciando también una desconexión entre los discursos político y académico y los discursos y prácticas del cotidiano local El mirar direccionado a las escuelas públicas permitió identificar como ocurre la articulación entre desarrollo/sub desarrollo y la racializacion de determinados grupos y, en ese sentido, la agricultura, vista aquí como un dispositivo, fue central, una vez que posibilitó identificar que hay una correspondencia que fue establecida entre la modernización de la agricultura, el modo de producción “convencional” y la subjetividad dominante en el escenario local, reforzada en diversas situaciones dentro y fuera de las escuelas. De esa forma, las escuelas, como lugares de posibilidades, potencializan una “guerra de baja intensidad” entre quien forma parte de la subjetividad dominante y quién no forma parte de ella, por medio de uno proceso de disputas y luchas permanentes, por veces, sorprendente, las cuales evidencian que hay múltiples formas de constitución de subjetividades en juego que promueven una crítica, sutil, al poder y a la hegemonía de los discursos y prácticas sobre retraso y estagnación y las diferentes articulaciones raciales.
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