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Filosofia como a arte do bem viver : uma perspectiva aristot?licaPormann, Bruna Nery 31 March 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Philosophy as a way of life is the main content of the philosophical schools of antiquity; therefore, anyone who lived according to philosophical precepts was as a philosopher as the ones who possessed a more theoretical background. Philosophy in classical antiquity was not only a theoretical construction, but also a method of training people to live and perceive the world under a new paradigm. This is Pierre Hadot?s central idea, a philosopher who studied and defended philosophy as a way of life. The central idea of this study follows Hadot?s thesis: the eudaimonist ethics of Aristotle, a philosopher who has a great and consistent ethical treatise. The philosopher proposes an ethics based on actions, since, according to him, the will is not enough to change in fact. One must act for the facts to happen and, likewise, one must educate the desire for it to be allocated within the scope of the middle ground. In this sense, action becomes the path between reason and desire. However, there are two worlds: one where the desire was not educated and one where it already listens to and obey the reason. Thereby, when the desire has already been educated, one becomes a virtuous man, once one will always desire what is right. Thus, the desire begins to be felt only by what is appropriate, at the right time and in the right way. We may desire something that presents itself as something pleasurable, but it is not the field of the rational to desire the pleasure itself. In this way, pleasure is determinant, since it is necessary, but it does not occupy a sufficient place for it to be the motive or the realization of happiness. That is, one should not desire pleasure, but rather, if one wishes in the right way, it will already be pleasurable. Thus, the desire, once educated, begins to contribute to the good life and, consequently, leads us to eudaimonia, the good life. As a conclusion, the present study makes a theoretical essay, in which it shows approximations and distances between the ancient philosophers therapeutics the therapies existing in the contemporary scenario. / A filosofia como modo de vida ? o conte?do principal das escolas filos?ficas da antiguidade, assim quem vivesse de acordo com os preceitos filos?ficos era t?o fil?sofo quanto aquele que possu?a um cunho mais te?rico. A filosofia na antiguidade cl?ssica n?o era somente uma constru??o te?rica, mas um m?todo de forma??o de pessoas para viver e perceber o mundo sob um novo paradigma. Essa ? a ideia central de Pierre Hadot, fil?sofo que estudou e defendeu profundamente a filosofia como um modo de vida. E ? a partir dessa tese de Hadot que chegamos para a ideia central do presente estudo: a ?tica eudaimonista de Arist?teles, fil?sofo que tem um grande e consistente tratado ?tico. O fil?sofo prop?e uma ?tica pautada nas a??es, uma vez que, segundo ele, n?o basta querer para se mudar de fato. Deve-se agir para que os fatos aconte?am e, da mesma forma, deve-se educar o desejo para que ele se aloque no ?mbito do meio termo. Nesse sentido, a a??o passa a ser o caminho existente entre a raz?o e o desejo. No entanto, existem dois mundos: aquele onde o desejo ainda n?o foi educado e aquele onde ele j? ouve e obedece a raz?o. Com isso, quando o desejo j? foi educado, como consequ?ncia, torna-se um homem virtuoso, uma vez que somente se desejar? o certo. Assim, o desejo passa a ser sentindo somente por aquilo que ? adequado, no momento certo e da maneira correta. Podemos desejar algo e isto se apresentar como algo prazeroso, mas n?o ? do campo do racional desejar o prazer propriamente dito. Dessa maneira, o prazer ? determinante, uma vez que ? necess?rio, mas n?o ocupa um lugar suficiente para que ele seja o motivo, a realiza??o da felicidade. Ou seja, n?o se deve desejar o prazer, mas sim, ao se desejar de maneira correta j? ser? prazeroso. Dessa forma, o desejo uma vez educado passa a contribuir para o bem viver e, consequentemente, nos leva a eudaimonia, ao bem viver. E como conclus?o, o presente estudo faz um ensaio te?rico onde mostra aproxima??es e distanciamentos entre a terap?utica dos fil?sofos antigos e as terapias existentes no cen?rio contempor?neo.
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