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Comer e armazenar no hamster: duas estrategias comportamentais que se integram / Not informed by the author

Otta, Emma 07 December 1984 (has links)
A maioria das teorias sobre regulação do consumo de alimento baseia-se em dados obtidos com ratos de laboratório, que, como muitos outros mamíferos, compensam períodos de privação aumentando o consumo de alimento e, desta forma, recuperam rapidamente o peso perdido. Hamsters diferem acentuadamente de ratos, na medida em que exibem pouca ou nenhuma compensação após privação (Silverman & Zucker, 1976). Quando submetidos a esquemas de privação, intermitente, não conseguem manter os níveis de peso corporal e muitos animais morrem. Silverman e Zucker propuseram uma hipótese funcional, sugerindo que compensação, no que diz respeito a consumo de alimento, pode não ter evoluído no hamster ou pode ter sido perdida em virtude do desenvolvimento do armazenamento como uma adaptação alternativa a condições de escassez de alimento. O armazenamento pode estar livre de consequências inibitórias internas eventualmente produzidas pela ingestão de alimento. No entanto, apesar de sua possível importância como parte de um sistema regulatório ligado à alimentação, o armazenamento não atraiu muita atenção. O objetivo do presente trabalho foi estudar o consumo e o armazenamento de alimento no hamster como duas adaptações a contingências de escassez de alimento. Foram realizados seis experimentos. No Experimento 1(N=30) e no Experimento 2 (N= 30) investigamos, respectivamente, efeitos a longo prazo (em 24 horas de realimentação) e a curto prazo (em 1 hora de realimentação) de três períodos de privação, 0, 6 e 24 horas. Hamsters machos e fêmeas, de 12 semanas, foram transferidos de gaiolas coletivas do biotério para caixas individuais, compostas de um compartimento pequeno e escurecido que podia ser usado como ninho, e uma área aberta adjacente, em que havia água, pelotas de alimento e sementes de girassol. A longo prazo, a privação não aumentou nem o consumo de alimento, nem o armazenamento. Foi encontrado, no entanto, efeito de sexo: o consumo de alimento, o descascamento de sementes e o armazenamento foram maiores nos machos que nas fêmeas. A curto-prazo a privação aumentou os níveis de consumo, mas não afetou o armazenamento. Um resultado inesperado do, nos dois experimentos, foi uma consistente perda de peso associada à transferência das caixas coletivas de biotério (em que os animais viviam em grupos de cinco ou seis) para as caixas experimentais, provavelmente um tipo de efeito de neofobia. Em virtude deste efeito, os animais não haviam recuperado os níveis de peso de linha de base ao ser introduzida a privação experimentalmente programada. No Experimento 3 procurou-se verificar se a duração do período de adaptação às novas condições de manutenção influencia a reação do hamster a esquemas de privação. Os sujeitos foram hamsters adultos (28 semanas). Os animais do Grupo Adl (n= 6) foram privados de alimento por 24 horas na primeira semana do período de adaptação e aqueles do Grupo Ad4 (n= 6) foram privados na quarta semana. Nos dois grupos, não houve aumento dos níveis de consumo após uma privação de vinte e quatro horas; mas os animais no Grupo Adl recuperaram os níveis de peso pré-privação, presumivelmente através de mecanismos fisiológicos de regulação. Não houve recuperação os déficits de peso produzidos pela mudança nas condições de manutenção. No experimento 4, realizado com o objetivo de verificar a influência da variável idade, hamsters jovens (10 semanas) foram submetidos ao procedimento usado com o Grupo Ad4 no Experimento 3. Os hamsters jovens recuperaram o peso perdido pela mudança nas condições de manutenção, mas não aumentaram o consumo de alimento após privação. O Experimento 5 testou a possibilidade de que hamsters ajustassem seu armazenamento em função da quantidade de alimento acumulada. O acesso a uma quantidade pequena de alimento deveria produzir, como uma reação compensatória, aumentos subsequentes em armazenamento, restabelecidas condições de abundância. Hamsters machos de 12 semanas foram submetidos a um período de escassez (10 gramas de sementes de girassol e uma pelota de girassol diariamente na área aberta da caixa) e/ou a períodos de abundância (300 gramas de sementes de girassol e uma pelota de alimento diariamente na área aberta). Na condição Controle (n= 6), a abundância era permanente (semanas 1, 2, 3 e 4). Na condição Experimental (n= 6), programou-se abundância nas semanas 1, 2 e 4 e escassez na semana 3. Registrou-se diariamente a quantidade de sementes armazenada. Na condição experimental, quando se permitiu acesso a uma quantidade grande de sementes, após um período de escassez, o armazenamento aumentou ligeiramente, mas os resultados não apoiaram de maneira inequívoca a hipótese de um efeito de privação de armazenamento. O Experimento 6 foi urna tentativa adicional de verificar a existência de um efeito de privação de armazenamento em hamsters que diferiam quanto à experiência precoce. Os sujeitos foram hamsters machos. O Grupo A (n= 12) foi criado com alimento em abundância e o grupo E (n= 12) com escassez de alimento, embora nunca fosse submetido a restrição alimentar. Todos os animais foram transferidos para caixas individuais com 12 semanas. Após um período inicial de adaptação de nove dias, metade dos animais de cada grupo foi submetida ao procedimento de privação de armazenamento (como no Experimento 5). Encontrou-se um efeito fraco de privação de armazenamento. Os animais usados no Experimento 5,mantidos apenas com pelotas (antes dos testes experimentais) diferiam significativamente daqueles usados no Experimento 6, mantidos com pelotas e com sementes de girassol: armazenaram mais e exibiram maior descascamento durante os dias 1 a 9 do período de adaptação / Most theorizing about regu1ation of food intake has been based on data from 1aboratory rats which, as many other mammals, compensate for periods of deprivation by increasing food intake and thus rapidly regain lost body weight. Hamster differ markedly from rats as they show 1itt1e or no post-fast food compensation (Si1ver.man & Zucker, 1976). When on intermittent deprivation schedu1es, they do not maintain body weight leve1s and many even die. Silverman and Zucker\'s functional hypothesis is that food compensation may never have evolved in hamsters or may have been 1ost because of the development of hoarding as an alternative adaptation to food shortage. Hoarding behavior may be free from the inhibitory interna1 consequences eventual1y produced by food ingestion. In spite of its possib1e re1evance as part of a food regulatory system, hoarding has not attracted much attention. The purpose of the present work was to study eating and hoarding in the hamster as two, probably interacting, adaptations to contingencies of food shortage. Six experiments were performed. In Experiment 1 (N= 30) and Experiment 2 (N= 30), we investigated, respective1y, 1ong-term (24 hours of refeeding) and short-term (1 hour of refeeding) effects of O, 6 or 24 hours of food deprivation. Ma1e and fema1e hamsters, 12 wk-o1d, were taken from their co1ony cages and individually housed in cages containing a small darkened compartment which could be used as a nest, and an adjoining open area, with water, food pellets and sunflower seeds available. Deprivation failed to increase, on a long-term basis, either food intake or number of seeds hoarded. There was, however, a sex effect: food intake, unshelling of seeds and hoarding were higher in males than in females. On a short-term basis, deprivation led to higher levels of intake but did not influence hoarding. An unexpected result, in both experiment a, was the considerable weight loss contingent on transfer from colony cages (where animals lived in groups of 5 or 6) to the experimental cage, maybe a kind of neophobia effect. Due to this effect, animals had not regained their baseline weight levels when experimenter controlled deprivation began. Experiment 3 investigated wether length of\' adaptation to the new housing conditions influences the hamster\'s responsiveness to deprivation schedules. Subjects were \"aged\" (28-week old) hamsters. Animals in Group Adl (nm 6) were deprived of food for 24 hours on the first week, in Group Ad4 (n= 6) on the fourth week of the adaptation period. In both groups, hamsters failed to increase intake after a 24 hr fast; but animals in Group Adl recovered predeprivation weight levels, presumably through physiological regulation mechanisms. There was no recovery of weight deficits produced by changed housing conditions. In Experiment 4, the purpose of which was to assess the influence of the age variable, \"young\" (10-week old) hamsters were subjected to the procedure used with Group Ad4 in Experiment 3. \"Young\" hamsters recovered from weight losses induced by environmental change but didn\'t increase food intake after deprivation. Experiment 5 tested the possibility that hamsters adjust their hoarding activity in accordance with the amount of food hoarded. Lowered amounts of seeds available could. Procedure compensatory reaction, later increases in hoarding. 12-wk old males were subjected to periods of scarceness (10 gr. of sunflower seeds and a food pellet daily in the open area of the cage) and/or periods of plentifulness (300 gr. of sunflower seeds and a food pellet daily in the open area). In the Central condition (n= 6), plentifulness was permanent (weeks 1, 2, 3 and 4). In the Experimental condition (n= 6), plentifulness was scheduled on weeks 1, 2 and 4, and scarceness on week 3. Number of seeds hoarded was recorded daily. When, in the Experimental condition, access to a large amount of seeds was permitted after a period of scarceness, hoarding activity increased slightly, but the results did not support unequivocally the hypothesis of a deprivation of hoarding effect Experiment 6 was an attempt to further verify the existence of a deprivation of hoarding effect in hamsters differing in early experience. Subjects were male hamsters. Group P (n= 12) was reared with plenty of food, Group S (n= 12) with limited amounts of food, but were never subjected to food deprivation proper. All animals were transfered to individual cages at 12 weeks of age. After an initial, 9 day adaptation period, half of the animals in each group were submitted to the deprivation of hoarding procedure (as in Experirnent 5). A srnall deprivation of hoarding effect was found. The animals used in Experirnent 5, maintained on pellets only (prior to the experimental tests) differed significantly from those used in Experirnent 6, maintained on both pellets and sunflower seeds: they hoarded greater arnounts of seeds and unshelled more seeds over days 1 to 9 of the adaptation period
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Comer e armazenar no hamster: duas estrategias comportamentais que se integram / Not informed by the author

Emma Otta 07 December 1984 (has links)
A maioria das teorias sobre regulação do consumo de alimento baseia-se em dados obtidos com ratos de laboratório, que, como muitos outros mamíferos, compensam períodos de privação aumentando o consumo de alimento e, desta forma, recuperam rapidamente o peso perdido. Hamsters diferem acentuadamente de ratos, na medida em que exibem pouca ou nenhuma compensação após privação (Silverman & Zucker, 1976). Quando submetidos a esquemas de privação, intermitente, não conseguem manter os níveis de peso corporal e muitos animais morrem. Silverman e Zucker propuseram uma hipótese funcional, sugerindo que compensação, no que diz respeito a consumo de alimento, pode não ter evoluído no hamster ou pode ter sido perdida em virtude do desenvolvimento do armazenamento como uma adaptação alternativa a condições de escassez de alimento. O armazenamento pode estar livre de consequências inibitórias internas eventualmente produzidas pela ingestão de alimento. No entanto, apesar de sua possível importância como parte de um sistema regulatório ligado à alimentação, o armazenamento não atraiu muita atenção. O objetivo do presente trabalho foi estudar o consumo e o armazenamento de alimento no hamster como duas adaptações a contingências de escassez de alimento. Foram realizados seis experimentos. No Experimento 1(N=30) e no Experimento 2 (N= 30) investigamos, respectivamente, efeitos a longo prazo (em 24 horas de realimentação) e a curto prazo (em 1 hora de realimentação) de três períodos de privação, 0, 6 e 24 horas. Hamsters machos e fêmeas, de 12 semanas, foram transferidos de gaiolas coletivas do biotério para caixas individuais, compostas de um compartimento pequeno e escurecido que podia ser usado como ninho, e uma área aberta adjacente, em que havia água, pelotas de alimento e sementes de girassol. A longo prazo, a privação não aumentou nem o consumo de alimento, nem o armazenamento. Foi encontrado, no entanto, efeito de sexo: o consumo de alimento, o descascamento de sementes e o armazenamento foram maiores nos machos que nas fêmeas. A curto-prazo a privação aumentou os níveis de consumo, mas não afetou o armazenamento. Um resultado inesperado do, nos dois experimentos, foi uma consistente perda de peso associada à transferência das caixas coletivas de biotério (em que os animais viviam em grupos de cinco ou seis) para as caixas experimentais, provavelmente um tipo de efeito de neofobia. Em virtude deste efeito, os animais não haviam recuperado os níveis de peso de linha de base ao ser introduzida a privação experimentalmente programada. No Experimento 3 procurou-se verificar se a duração do período de adaptação às novas condições de manutenção influencia a reação do hamster a esquemas de privação. Os sujeitos foram hamsters adultos (28 semanas). Os animais do Grupo Adl (n= 6) foram privados de alimento por 24 horas na primeira semana do período de adaptação e aqueles do Grupo Ad4 (n= 6) foram privados na quarta semana. Nos dois grupos, não houve aumento dos níveis de consumo após uma privação de vinte e quatro horas; mas os animais no Grupo Adl recuperaram os níveis de peso pré-privação, presumivelmente através de mecanismos fisiológicos de regulação. Não houve recuperação os déficits de peso produzidos pela mudança nas condições de manutenção. No experimento 4, realizado com o objetivo de verificar a influência da variável idade, hamsters jovens (10 semanas) foram submetidos ao procedimento usado com o Grupo Ad4 no Experimento 3. Os hamsters jovens recuperaram o peso perdido pela mudança nas condições de manutenção, mas não aumentaram o consumo de alimento após privação. O Experimento 5 testou a possibilidade de que hamsters ajustassem seu armazenamento em função da quantidade de alimento acumulada. O acesso a uma quantidade pequena de alimento deveria produzir, como uma reação compensatória, aumentos subsequentes em armazenamento, restabelecidas condições de abundância. Hamsters machos de 12 semanas foram submetidos a um período de escassez (10 gramas de sementes de girassol e uma pelota de girassol diariamente na área aberta da caixa) e/ou a períodos de abundância (300 gramas de sementes de girassol e uma pelota de alimento diariamente na área aberta). Na condição Controle (n= 6), a abundância era permanente (semanas 1, 2, 3 e 4). Na condição Experimental (n= 6), programou-se abundância nas semanas 1, 2 e 4 e escassez na semana 3. Registrou-se diariamente a quantidade de sementes armazenada. Na condição experimental, quando se permitiu acesso a uma quantidade grande de sementes, após um período de escassez, o armazenamento aumentou ligeiramente, mas os resultados não apoiaram de maneira inequívoca a hipótese de um efeito de privação de armazenamento. O Experimento 6 foi urna tentativa adicional de verificar a existência de um efeito de privação de armazenamento em hamsters que diferiam quanto à experiência precoce. Os sujeitos foram hamsters machos. O Grupo A (n= 12) foi criado com alimento em abundância e o grupo E (n= 12) com escassez de alimento, embora nunca fosse submetido a restrição alimentar. Todos os animais foram transferidos para caixas individuais com 12 semanas. Após um período inicial de adaptação de nove dias, metade dos animais de cada grupo foi submetida ao procedimento de privação de armazenamento (como no Experimento 5). Encontrou-se um efeito fraco de privação de armazenamento. Os animais usados no Experimento 5,mantidos apenas com pelotas (antes dos testes experimentais) diferiam significativamente daqueles usados no Experimento 6, mantidos com pelotas e com sementes de girassol: armazenaram mais e exibiram maior descascamento durante os dias 1 a 9 do período de adaptação / Most theorizing about regu1ation of food intake has been based on data from 1aboratory rats which, as many other mammals, compensate for periods of deprivation by increasing food intake and thus rapidly regain lost body weight. Hamster differ markedly from rats as they show 1itt1e or no post-fast food compensation (Si1ver.man & Zucker, 1976). When on intermittent deprivation schedu1es, they do not maintain body weight leve1s and many even die. Silverman and Zucker\'s functional hypothesis is that food compensation may never have evolved in hamsters or may have been 1ost because of the development of hoarding as an alternative adaptation to food shortage. Hoarding behavior may be free from the inhibitory interna1 consequences eventual1y produced by food ingestion. In spite of its possib1e re1evance as part of a food regulatory system, hoarding has not attracted much attention. The purpose of the present work was to study eating and hoarding in the hamster as two, probably interacting, adaptations to contingencies of food shortage. Six experiments were performed. In Experiment 1 (N= 30) and Experiment 2 (N= 30), we investigated, respective1y, 1ong-term (24 hours of refeeding) and short-term (1 hour of refeeding) effects of O, 6 or 24 hours of food deprivation. Ma1e and fema1e hamsters, 12 wk-o1d, were taken from their co1ony cages and individually housed in cages containing a small darkened compartment which could be used as a nest, and an adjoining open area, with water, food pellets and sunflower seeds available. Deprivation failed to increase, on a long-term basis, either food intake or number of seeds hoarded. There was, however, a sex effect: food intake, unshelling of seeds and hoarding were higher in males than in females. On a short-term basis, deprivation led to higher levels of intake but did not influence hoarding. An unexpected result, in both experiment a, was the considerable weight loss contingent on transfer from colony cages (where animals lived in groups of 5 or 6) to the experimental cage, maybe a kind of neophobia effect. Due to this effect, animals had not regained their baseline weight levels when experimenter controlled deprivation began. Experiment 3 investigated wether length of\' adaptation to the new housing conditions influences the hamster\'s responsiveness to deprivation schedules. Subjects were \"aged\" (28-week old) hamsters. Animals in Group Adl (nm 6) were deprived of food for 24 hours on the first week, in Group Ad4 (n= 6) on the fourth week of the adaptation period. In both groups, hamsters failed to increase intake after a 24 hr fast; but animals in Group Adl recovered predeprivation weight levels, presumably through physiological regulation mechanisms. There was no recovery of weight deficits produced by changed housing conditions. In Experiment 4, the purpose of which was to assess the influence of the age variable, \"young\" (10-week old) hamsters were subjected to the procedure used with Group Ad4 in Experiment 3. \"Young\" hamsters recovered from weight losses induced by environmental change but didn\'t increase food intake after deprivation. Experiment 5 tested the possibility that hamsters adjust their hoarding activity in accordance with the amount of food hoarded. Lowered amounts of seeds available could. Procedure compensatory reaction, later increases in hoarding. 12-wk old males were subjected to periods of scarceness (10 gr. of sunflower seeds and a food pellet daily in the open area of the cage) and/or periods of plentifulness (300 gr. of sunflower seeds and a food pellet daily in the open area). In the Central condition (n= 6), plentifulness was permanent (weeks 1, 2, 3 and 4). In the Experimental condition (n= 6), plentifulness was scheduled on weeks 1, 2 and 4, and scarceness on week 3. Number of seeds hoarded was recorded daily. When, in the Experimental condition, access to a large amount of seeds was permitted after a period of scarceness, hoarding activity increased slightly, but the results did not support unequivocally the hypothesis of a deprivation of hoarding effect Experiment 6 was an attempt to further verify the existence of a deprivation of hoarding effect in hamsters differing in early experience. Subjects were male hamsters. Group P (n= 12) was reared with plenty of food, Group S (n= 12) with limited amounts of food, but were never subjected to food deprivation proper. All animals were transfered to individual cages at 12 weeks of age. After an initial, 9 day adaptation period, half of the animals in each group were submitted to the deprivation of hoarding procedure (as in Experirnent 5). A srnall deprivation of hoarding effect was found. The animals used in Experirnent 5, maintained on pellets only (prior to the experimental tests) differed significantly from those used in Experirnent 6, maintained on both pellets and sunflower seeds: they hoarded greater arnounts of seeds and unshelled more seeds over days 1 to 9 of the adaptation period
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Interferência da moxidectina na motivação sexual e ereção peniana de ratos: envolvimento de neurotransmissores hipotalâmicos e estriatais / Moxidectin interference on sexual motivation and penile erection: involvement of hypothalamic and striatal neurotransmitters

Alves, Patricia de Sa e Benevides Rodrigues 30 November 2007 (has links)
A moxidectina (MOX) é um antiparasitário utilizado na clínica veterinária. Em mamíferos seu mecanismo de ação envolve o ácido ?-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor que tem papel relevante na regulação dos comportamentos sexual e motor. Dados anteriores por nós obtidos mostraram que a MOX prejudicou o comportamento sexual e a coordenação motora de ratos machos avaliados na trave elevada. Assim, dando continuidade a esse estudo, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da administração da dose terapêutica de MOX (0,2 mg/kg) na motivação sexual e ereção peniana de ratos machos, bem como estudar seu envolvimento em diferentes sistemas de neurotransmissão central. Em todos os experimentos os ratos do grupo experimental receberam a MOX por via subcutânea (SC); e os ratos do grupo controle receberam 1 ml/kg de óleo de amêndoas pela mesma via, e foram avaliados após 72 h. A motivação sexual foi avaliada em um aparelho constituído de uma arena e dois compartimentos separados desta por tela de arame; num compartimento foi colocado um rato macho experiente e no outro uma fêmea sexualmente receptiva. Neste aparelho foi medido o tempo que o rato permaneceu nas proximidades de cada compartimento. Os resultados obtidos neste experimento não mostraram diferenças significantes entre os grupos. A ereção peniana foi induzida pela administração SC de 80 ?g/kg de apomorfina, sendo avaliadas a latência e a freqüência de ereção. Os resultados mostraram aumento da latência e redução da freqüência de ereção peniana dos animais tratados com MOX, enquanto que a administração dos antagonistas GABAérgicos (biculina e faclofen) não alterou estes parâmetros. Por outro lado, observou-se que a biculina (antagonista GABAA) reverteu os efeitos da MOX na ereção peniana, enquanto o faclofen aumentou a freqüência de ereção peniana em ratos tratados com a MOX. Quanto aos níveis hipotalâmicos e estriatais de neurotransmissores e metabólitos, observou-se que a MOX reduziu os níveis estriatais de dopamina e de seu metabólito ácido homovanílico (HVA) e também os níveis hipotalâmicos de GABA. Estes dados sugerem que a MOX embora não interfira na motivação sexual, prejudica o desempenho sexual avaliado pela ereção peniana. Esse efeito da MOX pode ser atribuído a sua ação em receptores GABAA, os quais modulam receptores tipo B, aumentando a liberação de GABA, e 72 h depois, conseqüente redução dos níveis deste neurotransmissor no hipotálamo (uma das áreas centrais envolvidas com o comportamento sexual) e também dos níveis de dopamina e seu metabólito HVA no estriado, área do sistema nervoso central relacionada com a função motora e na qual neurônios GABAérgicos modulam a atividade de neurônios dopaminérgicos. / The moxidectina (MOX) is an antiparasitic drug used in veterinary clinic. In mammals its mechanism of action involves GABA, neurotransmitter that has an important role in the regulation of the sexual and motor behaviors. Previous data showed that MOX impair male rat\'s sexual behavior and motor coordination observed at wooden dowel. The objective of the present work was to evaluate the effects of therapeutic dose of MOX (0.2 mg/kg) in sexual motivation and penile erection of male rats, as well as to study its involvement in different central systems of neurotransmission. In all experiments the rats of experimental groups received MOX subcutaneous (SC), and the rats of control groups received 1.0 mL/kg of almonds oil (SC), and were observed after 72h. Sexual motivation test was performed in an arena with two cages, separate from the arena with a wall of wire screen; in one cage was put an intact male rat and in the other one, a sexually receptive female. In this test was measured the time that the rats stayed near of each cage. The data obtained in this experiment didn\'t show any significant differences among the groups. The penile erection (PE) was induced by 80 ?g/kg of Apomorphine (SC), being evaluated the latency to and frequency of PE. The results showed increased latency and reduction of the frequency of PE of animals treated with MOX, while the GABAergic antagonists\' administration (Biculline and Phaclofen) didn\'t change these parameters. On the other hand, it was observed that the Biculline (GABAA antagonist) reversed the effects of MOX in PE, while the Phaclofen increased the frequency of PE in rats treated with MOX. About Hypothalamic and Striatal neurotransmitters levels and their metabolites, was observed that MOX reduced Dopamine (DA) and its metabolite homovanillic acid (HVA) striatal levels and hypothalamic GABA levels. These data suggest that MOX although doesn\'t interfere in sexual motivation, impair sexual performance evaluated by penile erection. This effect of MOX can be attributed to its action in GABAA receptors, which modulate type B receptors, increasing GABA release, and consequent reduction of its levels in the Hypothalamus (one of the central areas involved with sexual behavior) and also, reduction of the DA and its metabolite HVA striatal levels. Striatum is a central nervous system area related with motor function in which GABAergic neurons modulate the activity of dopaminergic neurons.
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Interferência da moxidectina na motivação sexual e ereção peniana de ratos: envolvimento de neurotransmissores hipotalâmicos e estriatais / Moxidectin interference on sexual motivation and penile erection: involvement of hypothalamic and striatal neurotransmitters

Patricia de Sa e Benevides Rodrigues Alves 30 November 2007 (has links)
A moxidectina (MOX) é um antiparasitário utilizado na clínica veterinária. Em mamíferos seu mecanismo de ação envolve o ácido ?-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor que tem papel relevante na regulação dos comportamentos sexual e motor. Dados anteriores por nós obtidos mostraram que a MOX prejudicou o comportamento sexual e a coordenação motora de ratos machos avaliados na trave elevada. Assim, dando continuidade a esse estudo, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da administração da dose terapêutica de MOX (0,2 mg/kg) na motivação sexual e ereção peniana de ratos machos, bem como estudar seu envolvimento em diferentes sistemas de neurotransmissão central. Em todos os experimentos os ratos do grupo experimental receberam a MOX por via subcutânea (SC); e os ratos do grupo controle receberam 1 ml/kg de óleo de amêndoas pela mesma via, e foram avaliados após 72 h. A motivação sexual foi avaliada em um aparelho constituído de uma arena e dois compartimentos separados desta por tela de arame; num compartimento foi colocado um rato macho experiente e no outro uma fêmea sexualmente receptiva. Neste aparelho foi medido o tempo que o rato permaneceu nas proximidades de cada compartimento. Os resultados obtidos neste experimento não mostraram diferenças significantes entre os grupos. A ereção peniana foi induzida pela administração SC de 80 ?g/kg de apomorfina, sendo avaliadas a latência e a freqüência de ereção. Os resultados mostraram aumento da latência e redução da freqüência de ereção peniana dos animais tratados com MOX, enquanto que a administração dos antagonistas GABAérgicos (biculina e faclofen) não alterou estes parâmetros. Por outro lado, observou-se que a biculina (antagonista GABAA) reverteu os efeitos da MOX na ereção peniana, enquanto o faclofen aumentou a freqüência de ereção peniana em ratos tratados com a MOX. Quanto aos níveis hipotalâmicos e estriatais de neurotransmissores e metabólitos, observou-se que a MOX reduziu os níveis estriatais de dopamina e de seu metabólito ácido homovanílico (HVA) e também os níveis hipotalâmicos de GABA. Estes dados sugerem que a MOX embora não interfira na motivação sexual, prejudica o desempenho sexual avaliado pela ereção peniana. Esse efeito da MOX pode ser atribuído a sua ação em receptores GABAA, os quais modulam receptores tipo B, aumentando a liberação de GABA, e 72 h depois, conseqüente redução dos níveis deste neurotransmissor no hipotálamo (uma das áreas centrais envolvidas com o comportamento sexual) e também dos níveis de dopamina e seu metabólito HVA no estriado, área do sistema nervoso central relacionada com a função motora e na qual neurônios GABAérgicos modulam a atividade de neurônios dopaminérgicos. / The moxidectina (MOX) is an antiparasitic drug used in veterinary clinic. In mammals its mechanism of action involves GABA, neurotransmitter that has an important role in the regulation of the sexual and motor behaviors. Previous data showed that MOX impair male rat\'s sexual behavior and motor coordination observed at wooden dowel. The objective of the present work was to evaluate the effects of therapeutic dose of MOX (0.2 mg/kg) in sexual motivation and penile erection of male rats, as well as to study its involvement in different central systems of neurotransmission. In all experiments the rats of experimental groups received MOX subcutaneous (SC), and the rats of control groups received 1.0 mL/kg of almonds oil (SC), and were observed after 72h. Sexual motivation test was performed in an arena with two cages, separate from the arena with a wall of wire screen; in one cage was put an intact male rat and in the other one, a sexually receptive female. In this test was measured the time that the rats stayed near of each cage. The data obtained in this experiment didn\'t show any significant differences among the groups. The penile erection (PE) was induced by 80 ?g/kg of Apomorphine (SC), being evaluated the latency to and frequency of PE. The results showed increased latency and reduction of the frequency of PE of animals treated with MOX, while the GABAergic antagonists\' administration (Biculline and Phaclofen) didn\'t change these parameters. On the other hand, it was observed that the Biculline (GABAA antagonist) reversed the effects of MOX in PE, while the Phaclofen increased the frequency of PE in rats treated with MOX. About Hypothalamic and Striatal neurotransmitters levels and their metabolites, was observed that MOX reduced Dopamine (DA) and its metabolite homovanillic acid (HVA) striatal levels and hypothalamic GABA levels. These data suggest that MOX although doesn\'t interfere in sexual motivation, impair sexual performance evaluated by penile erection. This effect of MOX can be attributed to its action in GABAA receptors, which modulate type B receptors, increasing GABA release, and consequent reduction of its levels in the Hypothalamus (one of the central areas involved with sexual behavior) and also, reduction of the DA and its metabolite HVA striatal levels. Striatum is a central nervous system area related with motor function in which GABAergic neurons modulate the activity of dopaminergic neurons.
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O papel do colículo superior no comportamento de caça predatória

Oliveira, Wagner Fernandes de 29 September 2010 (has links)
O Colículo Superior (SC) é conhecido por apresentar diversas funções que modulam a caça predatória. Neste estudo, investigamos as funções do SC em ratos expostos a caça de insetos. Primeiramente, verificamos que o comportamento predatório induz uma distinta ativação da porção lateral do SC (SCl). Para entender as potenciais funções dessa região colicular, foi analisado o comportamento predatório antes e após lesões bilaterais iontoforéticas por NMDA do SCl. Animais com SCl lesados ficaram menos motivados a perseguirem as baratas, falharam para se orientarem na direção do movimento das presas e quando tentaram capturar as presas, eles apresentaram sérios déficits para capturá-las e segurá-las eficientemente. Por outro lado, animais com lesões da porção medial do SC (SCm) apresentaram apenas um aumento da latência para iniciar a caça, enquanto os outros parâmetros não diferiram significantemente dos animais intactos. Posteriormente, examinamos as conexões eferentes do SCl e do SCm usando como traçador anterógrado a leucoaglutinina do Phaseolus vulgaris. Notamos projeções densas do SCl para a região rostral da coluna lateral da matéria cinzenta periaquedutal (PAGl), um setor criticamente envolvido no controle dos aspectos motivacionais relacionados aos comportamentos de caça predatória e forrageamento. Além disso, o SCl se projeta densamente para o tálamo dorsal, especificamente para os núcleos ventral lateral, central medial e paracentral do tálamo, os quais sabemos que se projetam para setores estriatais ou para áreas motoras corticais, que provavelmente estão envolvidas no ajuste da ação motora durante a captura das presas. O SCm, por sua vez, aferenta densamente a coluna dorsolateral da PAG, núcleo cuneiforme, e núcleos reticulares mesencefálico e pontino, que são setores envolvidos na elaboração de respostas defensivas, além disso, o SCm se projeta esparsamente para os núcleos posterior lateral e suprageniculado do complexo geniculado medial / The superior colliculus is classically known to present a number of functions that fit hunting behavior. In the present study, we investigate the potential roles of the superior colliculus in rats displaying insect hunting. First, we have found that predatory hunting induces a distinct activation of the lateral region of the intermediate layer of the superior colliculus (SCl). To understand the potential roles of this collicular region, we analyzed the hunting performance before and after iontophoretic NMDA lesions bilaterally placed into the SCl. Animals with SCl lesions were clearly less motivated to pursue the roaches, failed to orient themselves toward the moving prey, and whenever the SCl-lesioned rats tried to catch the roaches, they presented serious deficits to capture and hold them efficiently. Next, we examined the SCl efferents connections using Phaseolus vulgaris leucoagglutinin as an anterograde tracer. Of particular relevance, we noted that the SCl projects to the rostral lateral periaqueductal gray, a site critically involved in controlling motivational drive to chase prey and forage. In addition, the SCl also present particularly strong projections to the dorsal thalamus, aimed at the ventral lateral, ventral medial, central medial and paracentral nuclei of thalamus, all of which known to project either to striatal sites or to cortical motor areas, likely to be involved in adjusting the motor action during prey capture. Therefore, the SCl, which seems to present cells responding to prey displacement in the temporal field, presents important arms to the periaqueductal gray and dorsal thalamic sites, influencing, respectively, the motivational drive and the motor skills to hunt
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O papel do colículo superior no comportamento de caça predatória

Wagner Fernandes de Oliveira 29 September 2010 (has links)
O Colículo Superior (SC) é conhecido por apresentar diversas funções que modulam a caça predatória. Neste estudo, investigamos as funções do SC em ratos expostos a caça de insetos. Primeiramente, verificamos que o comportamento predatório induz uma distinta ativação da porção lateral do SC (SCl). Para entender as potenciais funções dessa região colicular, foi analisado o comportamento predatório antes e após lesões bilaterais iontoforéticas por NMDA do SCl. Animais com SCl lesados ficaram menos motivados a perseguirem as baratas, falharam para se orientarem na direção do movimento das presas e quando tentaram capturar as presas, eles apresentaram sérios déficits para capturá-las e segurá-las eficientemente. Por outro lado, animais com lesões da porção medial do SC (SCm) apresentaram apenas um aumento da latência para iniciar a caça, enquanto os outros parâmetros não diferiram significantemente dos animais intactos. Posteriormente, examinamos as conexões eferentes do SCl e do SCm usando como traçador anterógrado a leucoaglutinina do Phaseolus vulgaris. Notamos projeções densas do SCl para a região rostral da coluna lateral da matéria cinzenta periaquedutal (PAGl), um setor criticamente envolvido no controle dos aspectos motivacionais relacionados aos comportamentos de caça predatória e forrageamento. Além disso, o SCl se projeta densamente para o tálamo dorsal, especificamente para os núcleos ventral lateral, central medial e paracentral do tálamo, os quais sabemos que se projetam para setores estriatais ou para áreas motoras corticais, que provavelmente estão envolvidas no ajuste da ação motora durante a captura das presas. O SCm, por sua vez, aferenta densamente a coluna dorsolateral da PAG, núcleo cuneiforme, e núcleos reticulares mesencefálico e pontino, que são setores envolvidos na elaboração de respostas defensivas, além disso, o SCm se projeta esparsamente para os núcleos posterior lateral e suprageniculado do complexo geniculado medial / The superior colliculus is classically known to present a number of functions that fit hunting behavior. In the present study, we investigate the potential roles of the superior colliculus in rats displaying insect hunting. First, we have found that predatory hunting induces a distinct activation of the lateral region of the intermediate layer of the superior colliculus (SCl). To understand the potential roles of this collicular region, we analyzed the hunting performance before and after iontophoretic NMDA lesions bilaterally placed into the SCl. Animals with SCl lesions were clearly less motivated to pursue the roaches, failed to orient themselves toward the moving prey, and whenever the SCl-lesioned rats tried to catch the roaches, they presented serious deficits to capture and hold them efficiently. Next, we examined the SCl efferents connections using Phaseolus vulgaris leucoagglutinin as an anterograde tracer. Of particular relevance, we noted that the SCl projects to the rostral lateral periaqueductal gray, a site critically involved in controlling motivational drive to chase prey and forage. In addition, the SCl also present particularly strong projections to the dorsal thalamus, aimed at the ventral lateral, ventral medial, central medial and paracentral nuclei of thalamus, all of which known to project either to striatal sites or to cortical motor areas, likely to be involved in adjusting the motor action during prey capture. Therefore, the SCl, which seems to present cells responding to prey displacement in the temporal field, presents important arms to the periaqueductal gray and dorsal thalamic sites, influencing, respectively, the motivational drive and the motor skills to hunt

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