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MST : discurso de reforma agraria pela ocupação : acontecimento discursivo / Movement of rural workers without land : discourse of land reform by occupation : discurivy factRodrigues, Marlon Leal, 1964- 01 December 2007 (has links)
Orientador: Sirio Possenti / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-10T11:40:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Um acontecimento discursivo, quando escapa à absorção da memória discursiva, pelo seu efeito de sentido, ele perturba, desestabiliza, não somente a própria memória mas especialmente as redes e os trajetos de filiações históricas nas quais ele rompe. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ¿ MST ¿, nesse sentido, não apenas perturba e desestabiliza, inscrevendo-se discursivamente na ordem do discurso do Estado, mas rompe, perfura, a memória discursiva e as redes e trajetos de filiações históricas, fundando seu próprio discurso, o que implica constituir um espaço material de existência, uma posição-sujeito de oposição e de afronta ao Estado. Fundar um discurso que lhe seja próprio ¿ Discurso de Reforma Agrária pela Ocupação ¿ pelo seu efeito de sentido é também promover uma série de rupturas, de deslocamentos, de ressignificação na ordem discursiva vigente do espaço que lhe serviu de ¿solo¿ e nos espaços do próprio. O MST, nesse processo de constituição e confronto com as condições materiais de existência, com o Estado, acaba reivindicando uma identidade na relação tensa entre autodenominação (como o movimento se denomina) e a denominação dos outros (como o movimento é denominado). Nesse movimento tenso dos sentidos e das representações discursivas, o MST se desloca de seu espaço histórico. Ele constitui o espaço de ¿acampamento, ocupação, assentamento, marchas, caminhadas entre outros¿ e também rompe com ele para enunciar em um espaço que não lhe é próprio, o urbano, para impor sua presença, seu discurso e, acima de tudo, sua posição-sujeito de liderança política. Enunciar em um espaço político historicamente marcado por outros sujeitos é ¿ocupar¿ simbolicamente esse espaço também como seu, marcando-o como uma extensão das questões ligadas à terra e tornando a questão da reforma agrária (de uma categoria de sujeitos) uma questão nacional, obrigando, desse modo, o seu reconhecimento tenso pelo próprio Estado. A imposição de seu discurso se constitui também como uma relação e disputa de poder com o Estado, como nos seguinte enunciados: (222) ¿TRAIRAM ESSE POVO / Reforma Agrária é só na marra!¿, (223) ¿Na luta se conquista¿, (224) ¿Lutar e vencer¿, (225) ¿Continuaremos ocupando terras, derrubando as cercas do latifúndio desmascarando as ações criminosas da UDR (União Democrática Ruralista)¿, (176) ¿Reforma agrária: Governo não faz, Nós vamos fazer¿, (168) ¿Terra e poder não se ganham, se conquistam!¿, (155) ¿Só nos resta fortalecer a nossa organização, nas bases. Está provado que não podemos esperar pelo governo porque terra não se ganha, se conquista¿, (156) ¿Afinal, para os sem terra nunca teve moleza mesmo. E ter cada vez mais presente a certeza de que ¿TERRA E PODER NÃO SE GANHAM, se conquistam¿!¿, (106) ¿Vamos sacudir o Brasil inteiro! Terra não se ganha, se conquista!¿, (107) ¿O governo não faz, nós vamos fazer¿, (690) ¿NOSSA LUA CONTRA O IMPÉRIO¿. Esse poder, esse discurso e essa posição-sujeito do movimento vêm, ao longo dos anos de existência, desde o primeiro boletim (1982) até hoje, causando constrangimentos ao Estado e controvérsias e polêmicas, quer pela sua atuação, quer por suas posições políticas e ideologias referentes aos temas, aos objetos, às coisas-a-saber que estão em sua ordem de atuação ou fora dela, como no enunciado (690) ¿ ¿NOSSA LUTA É CONTRA O IMPÉRIO¿ ¿, que o MST incorporou como elemento de seu discurso. Se o discurso do MST rompe com os discursos anteriores na luta pela terra, o MST também se impõe certos limites na relação entre acampar, ocupar e assentar, pois se ¿acampar¿ e ¿ocupar¿ constrangem o Estado, ¿assentamento¿ já é o limite de suas práticas discursivas, uma vez que o ¿assentamento¿ se constitui na ordem discursiva do Estado. Assim, a existência do MST estrategicamente oscila, pelo seu efeito de sentido, entre a ordem discursiva da legalidade e a da marginalidade. Compreender alguns aspectos desses movimentos de tensão dos sentidos, de alguma forma, é também conceber o quanto o MST ressignificou a cena político-ideológica nos últimos 24 anos / Abstract: A discursive event, when it escapes to the absorption of the memory by its effect of the meaning, it disturbs, destabilizes, not only the own memory but especially the linkings and the ways of historical filiations in which it breaks. the Movement of the Rural Workers Without Land - MST -, in that sense, not just disturbs and it destabilizes, enrolling discursivily in the order of the discourse of the State, but it breaks, it perforates, the discourse memory and the linkings and ways of historical filiations, but building its own discursive, the one that implicates to constitute a material space of existence, a position-subject of opposition and of reform and of insult to the State. To found its own discourse - Speech of Land reform for the Occupation - for its sense effect is also to promote a series of ruptures, of displacements, of remeaning in the effective discursive order of the space that served its "soil" and in the spaces of its own. MST, in that constitution process and confrontation with the material conditions of existence, with the State, ends up demanding an identity in the tense relation among autodomination (like the movement is denominates) and the denomination of the other ones (like the movement is denominated). In that tense movement of the senses and of the representations, MST moves its historical space. It constitutes the space of "camping, occupation, establishment, marches walked among other and it also breaks up with it to enunciate in a space that is not its own, the urban, to impose its presence, its discourse and, above all, its position-subject of political leadership. To enunciate in a political space historically marked by other subjects is also occupy symbolically that space as theirs, marking it as an extension of the linked subjects to the land and, above all, becoming the question of land reform (of a category of subjects) a national subject, forcing, this way, its tense recognition for the own State. The imposition of its speech, it also constitutes as a relationship and poser dispute with the State, as in the following statement: (222) "they had BETRAYED THOSE PEOPLE / Land reform is isolated!" (223) "in the fight it is conquered", (224) to "Struggle and to expire", (225), we will "Continue occupying lands, dropping the fences of the latifundium exposing the criminal actions of UDR (Union Democratic Ruralist), (176) "Land reform: Government doesn't do, We will do", (168) "Land and power don't win, they are conquered! (155) we "only have to to strengthen our organization, in the bases. It is proven that we cannot wait for the government because land is not won, it is conquered, (156) "After all, for without land people never had softness even. And to be more and more sure that land and power don't win, they are conquered! (106) we will revolutionize whole Brazil! Land is not won, it is conquered", (107) "The government doesn't do, so, we will do, (690), Our Fight is against the Empire". The power, that discourse and that position-subjects of the moviment come, along the years, from the first bulletin (1982) until today, causing embarrassments to the State and controversies and, because of its political positions and ideologies regarding the themes, to the objects, to the thing-to-knowledge that are in its order of performance or out of it, as in the statement (690) - OUR FIGHT is AGAINST THE EMPIRE" - that MST incorporated as element of its discourse. If the discourse of MST breaks up with the previous discouse in the fight for the land, MST is also imposed rights limits in the relationship among camping, to occupy, therefore if "camps" and to "occupy" constrains the State, "establishment" is already the limit of its discursive practices, once the "establishment" is constituted in the discursive order of the State. Then, the existence of MST strategically wobbles, for its sense effect, between the discursive order of the legality and the delinquency. To understand some aspects of those movements of tension of the senses, it is also to conceive, somehow, how the MST remeant the political-ideological scene in the last 24 years / Doutorado / Doutor em Linguística
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Desemprego e organização dos trabalhadores desempregados no Brasil : as políticas da CUT-SP e do MST-SP durante os governos Lula / Unemployment and the unemployed workers organization in Brazil : CUT-SP's and MST-SP's politics during Lula governmentFigueiredo Filho, Carolina Barbosa Gomes, 1987- 04 October 2013 (has links)
Orientador: Andréia Galvão / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-22T21:35:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Esta pesquisa de Mestrado se propõe a analisar como se manifesta o desemprego e como tem se dado a organização dos trabalhadores desempregados no Brasil, em especial no Estado de São Paulo, nos anos de 2003 a 2010. Isso será feito a partir da análise de duas formas de organização, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), enquanto distintas e importantes referências nas lutas sociais no Brasil. Para isso, abordamos as especificidades do capitalismo, do desemprego e da questão agrária no Brasil, bem como o papel do Estado e os impactos do neoliberalismo sobre o mercado de trabalho, em especial, no caso paulista. Além disso, discutimos questões gerais sobre qual(is) a(s) condição(ões) de classe dos desempregados, sobre as dificuldades e potencialidades da organização destes, sobre a sua relação com os trabalhadores em atividade, de modo a relacionar a organização analisada a aspectos objetivos da formação econômica e social do país e a elementos conjunturais, ideológicos e políticos. O trabalho está dividido em quatro partes. Em um primeiro momento, discorremos sobre o debate teórico que orienta a análise sobre o desemprego e sua relação com o modo de produção capitalista, inclusive na especificidade do capitalismo dependente brasileiro, tendo em vista demonstrar a complexidade do fenômeno e, portanto, as diversas questões e problemáticas que o estudo sobre o desemprego suscita no campo das ciências sociais. Em seguida, desenvolvemos um estudo sobre a dimensão e a manifestação do desemprego durante o período marcado pelo avanço da política neoliberal no Brasil e as particularidades da expressão desse fenômeno nos governos Lula. Depois, analisamos as políticas da CUT-SP para a organização da superpopulação relativa, em suas diferentes expressões, relacionada à estratégia sindical desta entidade. Por fim, buscamos resgatar as principais características gerais da base de desempregados que o MST se propõe a organizar no Estado de São Paulo, bem como as concepções político-ideológicas desse movimento e suas formas de luta / Abstract: This research aims to analyze how unemployment occurs in Brazil and how has been the organization of unemployed workers in this country, especially in the state of São Paulo, in the years 2003 to 2010. This will be done by analyzing the policies of ?Central Única dos Trabalhadores? (CUT) and of "Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra" (MST) to organize unemployed workers as important references in social struggles in Brazil. At first, we will discuss the theoretical debate that guides the analysis of unemployment and its relationship to the capitalist mode of production, including the specificity of Brazilian dependent capitalism in order to demonstrate the complexity of the phenomenon and, therefore, the various issues and problems about the study of unemployment in the social sciences. Then, we will develop a study on the extent and manifestation of unemployment during the period marked by the advance of neoliberal policy in Brazil and characteristics of expression of this phenomenon in Lula's government. After that, we analyze the policies of CUT-SP for the organization of the unemployed workers, in its different expressions, related with its union strategy. Finally, we will seek to redeem the principal characteristics of the unemployed in MST in the State of São Paulo, as well as the political and ideological conceptions of this movement and its forms of struggle. The sources of this research will be obtained through the literature available on the subject, a survey of press materials and the movement itself and conducting some interviews with leaders, activists and social base of the organization. This study will address the specifics of capitalism, unemployment and agrarian question in Brazil, as well as the role of the state and the impacts of neoliberalism on the labor market, especially in the case of São Paulo. Also, it discusses general issues about which condition(s) of the class of unemployed, about the difficulties and potentialities of the organization, about their relationship with workers in activity, in order to relate the MST-SP with the objective aspects of economic and social formation of the country and with ideological and political elements / Mestrado / Ciencia Politica / Mestra em Ciência Política
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