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A linguagem do vestuário, expressão de culturas : um estudo da produção do estilista Eduardo FerreiraPereira dos Santos, Geni January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Na década de 1990, em Recife, a efervescência cultural e
artística que desencadeou um repertório híbrido de linguagens locais e
globais, ficou conhecida como Movimento Mangue ou Manguebeat.
Como reflexo imediato do Movimento, proliferaram as divulgações de
inúmeros ícones da cultura local que se tornaram suas referências
simbólicas. A linguagem estética produzida refletiu-se numa tendência
de uso e apropriação desses ícones em diversas áreas como nas artes
plásticas, na música, na dança, no teatro, entre outras áreas
produtivas. Na área de vestuários, a nova estética contribuiu como
fonte de inspiração para a criação do estilista Eduardo Ferreira.
É com o olhar voltado para a construção de sentidos e de
significados em torno da diversidade cultural nos lugares de
mediações, que este estudo busca compreender como o estilista
sugeriu a renovação da identidade do vestir através da tradução dos
ícones da cultura e do contexto social para a produção da linguagem
dos vestuários
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Caos e pós-modernidade na cultura pernambucana - a estética do mangueRomário Saldanha Neto, Manuel January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Buscando explicitar as bases econômicas, sociais e políticas do que veio a
denominar-se movimento mangue , a presente monografia caminhou no sentido de fazer um
estudo interdisciplinar, concretando ao final uma pesquisa plástica. Com vistas, mostrar os
liames profundos que unem o universo do fazer artístico às relações da sociedade
pernambucana, deu-se ênfase ao período que vai de 1990 à 2000.
Nesta perspectiva, explicitamos, ao longo do texto, certas referências simbólicas
arquetípicas de homem, natureza e cultura do universo imaginário nordestino, tais como,
resistência, fome, seca e pobreza , que permeiam profundamente o discurso da cultura
Mangue, marcado pela fusão do imaginário do sertão com o imaginário do litoral
pernambucano.
A partir de autores, tais como: Euclides da Cunha, Gilberto Freyre e Josué de Castro,
objetivamos melhor estudar e compreender o referido movimento cultural.
Além de buscar compreender criticamente o processo de pós-modernização da
sociedade pernambucana, buscamos mostrar, principalmente através de dados estatísticos e
recortes jornalísticos, a emergência do referido movimento, enquanto representação e
identidade da cidade do Recife.
Por fim, buscamos traçar um quadro comparativo entre o presente movimento
cultural e a questão do avanço da cidadania, buscando desta forma explicitar as linhas
emancipatórias ou conservadoras presentes na cena social da cidade do Recife e do Estado de
Pernambuco.
Ao analisar o que veio a configurar-se como Movimento Mangue , encontramos em
sua gênese pensadores, tais como Euclides da Cunha (1866-1909), que em sua obra os sertões
descreve a base natural e cultural sobre a qual repousa a representação do homem nordestino,
principalmente do interior. Nos capítulos que compõem a referida obra, encontramos a
dialética entre o sul do Brasil moderno e o nordeste arcaico nas figuras emblemáticas de
uma luta entre o sul republicano, industrial e positivista e o nordeste agrário, arcaico e
messiânico. A nível da esfera mais íntima desta dialética, encontramos a figura dos
políticos/coronéis/jagunços e latifúndios x a figura do povo desapropriado, místico e
violento.
O binômio contraditório Pobreza e Riqueza , no âmbito pernambucano, é
explicitado na luta entre um interior estadual abandonado à pobreza e à violência de suas políticas internas, x a faixa litorânea detentora do poder decisório e da riqueza, marcado pela
violência do trabalho escravo.
Seria ingênuo de nossa parte destacarmos tais expressões concreto-simbólicas do
jogo de interesses e influências que o capitalismo (Marx e Engels, 1845), já mundializado,
exercia no desenvolvimento do universo brasileiro e nordestino.
O atual momento cultural pernambucano será, pois, um dos pontos de culminância
mais crítico do projeto de pós-modernização brasileiro, em sua seção nordestina, onde a
paulatina falência do processo agro-industrial levará o Estado a direcionar seus investimentos
para o setor terciário (serviços e turismo) como forma de suprimir suas carências sócioeconômicas
de sobrevivência.
Este estado de pós-modernidade (Vide Josué de Castro, Fome um Tema Proibido e
Chico Science, da Lama ao Caos, do Caos à Lama) trará em si a implantação superficial das
novas tecnologias na administração política, na produção econômica e na vida cotidiana da
sociedade, aliando mais uma vez, devido aos mecanismos históricos de concentração de
riqueza, o desenvolvimento à pobreza.
Nossa hipótese de pesquisa é que a emergência da Cultura Mangue se afirmará
como resposta e resistência à desconstrução político-econômica e social pela qual tem
passado o Estado de Pernambuco. Dando-se ênfase, do início ao fim desta dissertação, à vida
comum como expressão par excellence do referido movimento artístico cultural, tentou-se
desta forma desmistificar o processo do fazer artístico , da obra de arte e do artista ,
como algo excepcional. Nesta perspectiva, o viver ou sobreviver cotidiano é a base e síntese
da obra de arte em essência.
Por fim, conectando o nível da hermenêutica histórica, buscou-se explicitar a
complexidade das mudanças sociais, políticas e econômicas pelas quais tem passado o Estado
de Pernambuco, com o seu atual momento simbólico-cultural, tentando apresentar, de uma
forma mais abrangente, a sociedade pernambucana.
Admitimos, finalmente, que, uma vez explicitada a hipótese da existência de uma
estética particular presidindo a dimensão cultural da sociedade pernambucana, afirmamos,
que esse mesmo olhar mostra-se mais como um recorte ou leitura sobre a realidade, não
pretendendo de forma alguma esgotar a infinidade e vastidão do assunto, servindo apenas
como mais uma abertura e subsídio ao debate e a melhor compreensão da atual realidade
pernambucana
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Manguetown : a representação do Recife (PE) na obra de Chico Science e outros poetas do movimento mangue ("a cena recifense dos anos 90")Monteiro de Melo Neto, Moisés January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação busca suscitar o interesse no aprofundamento de novas
abordagens da poesia recifense que ofereçam subsídios para estudos culturais e
usa como eixo referencial uma sociedade onde os poetas foram atingidos
diretamente pelo processo de globalização. Procura resgatar o que houve de
literário no Movimento Mangue ou na Cena Recifense dos anos 90, movimento
de vanguarda que aconteceu no Recife, e a estruturação deste legado cultural
como tendência. Nosso texto usará a performance e a poesia do líder do
Manguebeat, Chico Science, como fio condutor, elemento catalisador, para
esmiuçar uma poética diluída em letras de música, shows, filmes, manifestos e
entrevistas. Problematizando a diversidade cultural no Nordeste brasileiro já
ressaltada por Gilberto Freyre, pelos escritores regionalistas da década de 30,
por Ariano Suassuna e o Movimento Armorial e pelo Tropicalismo no fim dos
anos 60, escreveremos sobre a geração Manguebeat (A Cena Recifense dos anos
90), que se formou mesclando o global às tradições locais. Nosso estudo
cultural usará as teorias desenvolvidas por Stuart Hall, Homi Bhabha, dentre
outros, na tentativa de oferecer possibilidades de interpretação das letras e dos
manifestos de Science e de grupos como Mundo Livre S/A e Faces do Subúrbio,
para trabalhar as questões de identidade e diferença e, principalmente, a
representação da cidade do Recife na obra desses músicos poetas
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Mangue: moderno, pós-moderno, global / Manguemovement: modern, post-modern, globalSilva, Glaucia Peres da 09 September 2008 (has links)
Este trabalho analisa o Mangue como um fenômeno cultural que se distingue temporal e espacialmente de outras manifestações culturais que ocorrem nos âmbitos local, nacional e mundial. Como suas características podem ser pensadas como alguns dos aspectos culturais que marcam nosso tempo presente, suas possibilidades de distinção são analisadas a partir de duas perspectivas: a formação de identidades e a relação com a indústria fonográfica. Parto da hipótese de que o Mangue apresenta facetas modernas, pós-modernas e globalizadas, discutindo-as da perspectiva da arte e sua relação com a economia e a política. A análise sugere, ao final, que estas diferentes temporalidades não são mutuamente excludentes, mas, antes, combinam-se, rearranjando as relações entre as partes para que o todo continue em funcionamento / This research analyzes the Mangue [Mangroove] as a cultural phenomenon that distinguishes itself from other local, national and world cultural activities in relation to time and space. As Mangues characteristics may be thought in the same fashion of other cultural aspects that characterize our present time, its possibilities of distinction are analyzed from two distinct perspectives: the formation of identities and the relation between Mangue and the phonographic industry. I assume the hypothesis that the Mangue presents modern, post-modern and global facets, and discuss them from the perspective of arts and the relation between arts, economy and politics. Finally, the analysis suggests that these different temporalities are not mutually exclusive, but concur with each other, rearranging the relation between the parts in order to keep the whole at work
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Mangue: moderno, pós-moderno, global / Manguemovement: modern, post-modern, globalGlaucia Peres da Silva 09 September 2008 (has links)
Este trabalho analisa o Mangue como um fenômeno cultural que se distingue temporal e espacialmente de outras manifestações culturais que ocorrem nos âmbitos local, nacional e mundial. Como suas características podem ser pensadas como alguns dos aspectos culturais que marcam nosso tempo presente, suas possibilidades de distinção são analisadas a partir de duas perspectivas: a formação de identidades e a relação com a indústria fonográfica. Parto da hipótese de que o Mangue apresenta facetas modernas, pós-modernas e globalizadas, discutindo-as da perspectiva da arte e sua relação com a economia e a política. A análise sugere, ao final, que estas diferentes temporalidades não são mutuamente excludentes, mas, antes, combinam-se, rearranjando as relações entre as partes para que o todo continue em funcionamento / This research analyzes the Mangue [Mangroove] as a cultural phenomenon that distinguishes itself from other local, national and world cultural activities in relation to time and space. As Mangues characteristics may be thought in the same fashion of other cultural aspects that characterize our present time, its possibilities of distinction are analyzed from two distinct perspectives: the formation of identities and the relation between Mangue and the phonographic industry. I assume the hypothesis that the Mangue presents modern, post-modern and global facets, and discuss them from the perspective of arts and the relation between arts, economy and politics. Finally, the analysis suggests that these different temporalities are not mutually exclusive, but concur with each other, rearranging the relation between the parts in order to keep the whole at work
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