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Da melancolia ao luto: desafios e possibilidades na análise das neuroses narcísicas de tipo melancólico / From melancholy to mourning: challenges and possibilities in the analysis of melancholic narcissistic neuroses

Kirschbaum, Roberto 06 June 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Roberto Kirschbaum.pdf: 937728 bytes, checksum: 89aa9c74ca98c54a3a3e700fa65730da (MD5) Previous issue date: 2014-06-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In this research we want to examine the challenges and therapeutic possibilities in the analysis of melancholic narcissistic neuroses. For that, we ll first go over some conceptions of melancholy along History, arriving at the psychoanalytical conception, chiefly with Freud and Karl Abraham. These psychoanalysts locate melancholia among the narcissistic affections, so we ll follow examining post-freudian and contemporary authors and their approach to narcissism, amongst them Klein, Riviere and Rosenfeld. We ll try to focus, on the one hand, the factors that hamper the treatment of these affections, in special the patients difficulty with the work of mourning, and the negative therapeutic reaction; on the other hand, the elements that constitute or contribute to their therapy. The objective of this research is an enrichment of the comprehension of the metapsychology of melancholy, needed, among other reasons, due to a theoretical and clinical empoverishment that happened with the replacement of the term melancholy by the term depression, mainly in the second half of the 20th century. We propose that this enrichment in the comprehension of the melancholic clinical picture could be helpful in the treatment of narcissistic affections, that include many of the cases being recently diagnosed as depression. Our starting point will be the report of a case of melancholy, where the transferencial relationship raised questions to the analyst, such as: what are the specific defences and resistances in these cases, and how do these impact in the transference-countertransference? If the melancholic suffers from inertia, how to avoid that the analysis of melancholy suffers the same problem? What are the limits to the treatment of melancholy? What are its ways of treatment? How to help the melancholic to develop or recover the capacity to do the work of mourning, and the capacity to love? / Nesta pesquisa propomo-nos a examinar os desafios e possibilidades na análise das neuroses narcísicas melancólicas. Para isto, serão primeiramente resgatadas algumas concepções de melancolia ao longo da história, chegando-se à concepção psicanalítica, principalmente com Freud e Karl Abraham. Estes psicanalistas situam a melancolia entre as afecções narcísicas, portanto seguiremos fazendo articulações com autores pós-freudianos e contemporâneos que abordam o narcisismo, dentre eles Klein, Riviere e Rosenfeld. Procuraremos dar enfoque, por um lado, aos fatores que dificultam a clínica dessas afecções, em especial a dificuldade dos pacientes em realizar o trabalho de luto e a reação terapêutica negativa; por outro lado, aos elementos que compõem ou favorecem sua terapêutica. O objetivo desta pesquisa é um enriquecimento da compreensão da metapsicologia do melancólico, necessária, entre outras razões, em contrapartida ao empobrecimento teórico e clínico ocorridos com a substituição do termo melancolia pelo termo depressão, principalmente a partir de meados do séc. XX. Postulamos que esse enriquecimento na compreensão do quadro melancólico poderá ser de ajuda no exercício da clínica das afecções narcísicas, que incluem muitos dos casos recentemente diagnosticados como de depressão. Partiremos do relato de um caso clínico de quadro melancólico, cuja relação transferencial suscitou questionamentos ao terapeuta, tais como: quais são as defesas e as resistências específicas nestes quadros, e como impactam na transferência-contratransferência? Se o melancólico padece de inércia, como evitar que a análise da melancolia também padeça do mesmo mal? Quais os limites da clínica da melancolia? Quais são as vias terapêuticas? Como ajudar o melancólico a desenvolver ou recuperar a capacidade de realizar o trabalho de luto e a capacidade de amar?

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