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Avaliação da implantação do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos em municípios de Minas GeraisGuimarães, Eliete Albano de Azevedo January 2011 (has links)
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Tese_Eliete Albano de Azevedo Guimarães.pdf: 1582848 bytes, checksum: 3c110f617efbf2a5fc6042eb2f3f1430 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-08-21T17:45:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese_Eliete Albano de Azevedo Guimarães.pdf: 1582848 bytes, checksum: 3c110f617efbf2a5fc6042eb2f3f1430 (MD5) / O Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SINASC) foi descentralizado para os
municípios de Minas Gerais (MG) a partir de 1992, com a finalidade de aprimorar a qualidade da informação e sua utilização nos processos decisórios em saúde. Este estudo buscou avaliar o grau de implantação do SINASC e a influência do contexto organizacional na implantação, em municípios de MG, em 2010. Para tal foi realizada uma pesquisa avaliativa de análise de implantação em duas etapas. Na primeira foram utilizados critérios das dimensões, estrutura e processo para mensurar o grau de implantação do SINASC em 132 municípios e a sua relação com o contexto organizacional. O instrumento utilizado foi um questionário semiestruturado
que contemplava questões relacionadas às dimensões relativas à produção de dados, uso e disseminação da informação. O grau de implantação foi definido por meio de um sistema de escores, com pesos diferenciados para indicadores em cada dimensão avaliada. Os escores obtidos a partir da soma dos pontos dos indicadores foram transformados em percentuais, com referência à pontuação máxima possível. A seguir, foram definidas as categorias para o grau de implantação: “adequado”, “não adequado” e “crítico”. Para verificar a relação entre o grau de implantação do SINASC e o contexto organizacional utilizou-se o teste do qui-quadrado de Pearson. Na segunda etapa do trabalho foram avaliados os elementos do contexto organizacional, que influenciaram a implantação do SINASC municipal. Isso foi feito por meio de entrevistas com 30 informantes - secretário municipal de saúde, técnico de referência do SINASC, técnico de processamento de dados do SINASC, enfermeiro da atenção primária e profissional responsável pelo preenchimento da DNV - de seis municípios, selecionados, sendo três com implantação adequada e três com implantação crítica. Para o tratamento dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, que implica em descobrir os núcleos de sentido, as
ideias que compõem uma comunicação com significados manifestos, visando responder ao objetivo proposto. Na análise dos resultados observou-se que o SINASC não está implantado adequadamente na maioria dos municípios mineiros avaliados. Fatores como o porte populacional e a condição de gestão do município não influenciaram o grau de implantação.
No contexto organizacional do SINASC, a maior limitação ocorreu na dimensão processo relacionada ao componente uso e disseminação da informação. Verificou-se que as informações do SINASC são utilizadas nas negociações políticas institucionais e no monitoramento de algumas ações desenvolvidas na vigilância e atenção primária em saúde. Entretanto, ainda são precários os mecanismos de divulgação das informações em saúde dos municípios avaliados, ficando restrita às demandas espontânea e de gestão. Limitações também foram identificadas na coleta e no preenchimento da declaração de nascimento, impactando na produção dos dados. A insuficiência de capacitação profissional foi considerada o principal problema na dimensão estrutura. Na análise foi suscitada a hipótese de que há ausência de diretriz municipal que resulte na organização das informações como subsídio para o planejamento de ações. A avaliação do grau de implantação do SINASC permitiu verificar entre os municípios estudados, fragilidades na política de informação organizacional, com comprometimento da autonomia política, gerencial e técnica, cujos efeitos repercutem diretamente na qualidade da informação e na sua utilização para a gestão do cuidado em saúde. / Live Birth Information System (SINASC) has been decentralized to municipalities of Minas Gerais (MG) since 1992, to improve quality of information and its use in decision making in health. This study tried to evaluate the degree of implantation of SINASC and the influence of organizational context on its implantation in municipalities of Minas Gerais in 2010. The evaluative research was conducted in two stages. First stage used criteria of structure and process to measure the degree of SINASC implantation in 132 municipalities and its relationship with political and organizational context. Data were collected from a semistructured questionnaire with questions related to data production, use and dissemination of information. Implantation degree was defined using a scoring system, with different weights for each indicator. Scores obtained from the sum of points of the indicators of each dimension were transformed into percentages, with reference to maximum possible score. The following
categories were defined for implantation degree: "suitable", "not suitable" and "critical." To investigate the relationship between implantation degree and SINASC organizational context it was used Pearson’s chi-square test. Second stage evaluated elements of organizational context that influenced the implantation of municipal SINASC. It was accomplished through interviews with 30 informants - municipal health secretary, SINASC reference technician, SINASC data processing technician, nurse and the professional responsible for filling DNV – from six selected municipalities, three with suitable implantation and three critical implantation. For data treatment, it was used Thematic Content Analysis, which involves discovering the themes, ideas that make up a communication with obvious meanings, in order to meet the proposed objective. Results showed that SINASC is not properly implanted in most Minas Gerais municipalities evaluated. Factors such as population size and city management condition did not influence implantation degree. Considering organizational context, the greatest limitation occurred in process, especially in use and dissemination of
information. It was found that SINASC information is used in institutional political
negotiations and to monitor actions undertaken on surveillance and primary health care.
However, dissemination mechanisms of health information are still poor, being restricted to spontaneous demands and from management. Limitations were also identified in birth data collecting and DNV filling impacting on its quality. Insufficient professional training was identified as the major problem in structural context. Analysis has raised the hypothesis that there is no municipal policy that implicates on organization of information as an aid for planning actions. Evaluation of implantation degree in SINASC context showed, among studied cities, weaknesses in organizational information policy, with losses in political autonomy, managerial and technical, whose effects are reflected directly on quality of information and its use for management of health care.
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A escolaridade materna e a desigualdade do peso ao nascer no Brasil : análise de uma série temporal de 1996 a 2013Silvestrin, Sonia January 2017 (has links)
A escolaridade materna tem sido amplamente reconhecida como um indicador das condições ambientais e sociais que afetam o peso ao nascer. No entanto, embora o assunto seja considerado relevante, não foram realizados estudos no Brasil que investigaram a relação da escolaridade materna sobre o peso de nascimento numa perspectiva temporal. O presente estudo avaliou as médias de peso ao nascer conforme os diferentes níveis de escolaridade materna. Trata-se de um estudo de série temporal que incluiu os nascidos vivos das 27 capitais estaduais brasileiras no período de 1996 a 2013. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) donde foram incluídos os recém-nascidos vivos únicos, com peso entre 500 e 8.000 gramas, de mães que residiam e tiveram seus partos nas capitais. As médias de peso ao nascer foram calculadas ano a ano nos três níveis de escolaridade materna – alto (≥ 12 anos), médio (8 a 11 anos) e baixo (< 8 anos). A estimativa da diferença anual de peso entre os níveis de escolaridade foi desenvolvida utilizando-se a técnica de Modelos Lineares Mistos, na qual também foram inseridas as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos anteriores, número de consultas de pré-natal, duração da gestação e tipo de parto, de modo a avaliar seu impacto nas diferenças de peso ao nascer. O processamento e análise dos dados foram realizados pelo Programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS) – versão 18.0. Foram analisados 12.546.282 de nascidos vivos que representaram 23,2% do total de nascimentos do país. As maiores médias anuais de peso ao nascer em relação à região geográfica foram observadas na região Norte e as menores, na região Sudeste, sendo que este padrão foi mantido durante todo o período avaliado. Em relação às médias de peso, segundo o nível de escolaridade materna, verificou-se que, no início da série, a média entre os filhos das mulheres com alta escolaridade era superior à dos filhos de mães de média e baixa, com 35 gramas e 91 gramas de diferença respectivamente. Essa diferença foi sendo reduzida e, a partir do ano de 2007, a média dos filhos das mulheres com escolaridade média foi maior do que a dos filhos das mulheres com alta escolaridade, com manutenção deste padrão até o final do período analisado, quando foi 17 gramas superior. A diferença de peso entre a alta e a baixa escolaridade também foi sendo reduzida e, em 2013, foi de 13 gramas. As análises ajustadas para o ano e região de nascimento mostraram que, no período de 1996 a 2003, as diferenças do peso ao nascer entre a média e a baixa escolaridade em relação à alta eram 7,21 gramas/ano e 11,42 gramas/ano, respectivamente; no segundo período, de 2004 a 2013, essas diferenças foram reduzidas para 1,76 gramas/ano e 1,47 gramas/ano. Quando inseridas as demais covariáveis, se evidenciou que o número de consultas de pré-natal exibiu relação positiva em reduzir a diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, nos dois períodos analisados. Os ajustes efetuados para as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos, duração da gestação e tipo de parto, mostraram diferente desempenho nas estimativas da diferença de peso ao nascer entre os níveis de escolaridade materna e o período avaliado, apontando as mudanças demográficas, sociais e assistencias do país, que evidenciaram aumento da faixa etária materna e da primiparidade, assim como uma elevação da prematuridade e de partos cesarianos. Os resultados revelaram as transformações observadas no país nas duas últimas décadas nos diferentes estratos sociais, fazendo diminuir as diferenças de peso ao nascimento e marcando uma transição demográfica, epidemiológica e perinatal em todas as regiões, mesmo que, em diferentes estágios. A redução na diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, ocorreu principalmente devido à diminuição nos estratos mais favorecidos, pois a elevação observada nas médias de peso dos filhos das mulheres com baixa escolaridade foi pequena, mesmo com a ampliação das políticas sociais neste estrato. Devido à relação multifatorial do peso ao nascer é possível que o aumento da idade materna e a existência de comorbidades prévias ou desenvolvidas durante a gestação, a maior utilização de intervenções médicas, uso de substâncias como álcool e tabaco, a presença de sobrepeso e obesidade, assim como deficiências nutricionais, possam ter relação com as médias de peso observadas. Destacou-se a relevância na utilização do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos permitindo conhecer e analisar as caraterísticas dos nascimentos no Brasil, como também o desafio de aprimorar a assistência materno-infantil com vistas à obtenção de melhores resultados em todos os estratos sociais. / Maternal schooling has been widely recognized as an indicator of environmental and social conditions that affect birth weight. Although the subject is considered of significant relevance, studies that investigated the influence of maternal schooling on birth weight in a temporal perspective have not yet been conducted in Brazil. The present research evaluated the means of birth weight according to the different levels of maternal schooling. It is a time-series study that included live births throughout the 27 state capitals of Brazil in the period from 1996 to 2013. Data were obtained from the National Information System of Live Birth (SINASC), which recorded single newborns weighing between 500 and 8,000 grams of mothers who had their children in the capitals. The mean birth weight was calculated year by year against three levels of maternal education - high (≥ 12 years), medium (8-11 years) and low (< 8 years). Estimated annual weight difference between the levels of education was developed using the Linear Mixed Models technique, in which covariate maternal age, number of previous live births, number of prenatal visits, duration of gestation and type of delivery evaluate their impact on differences in birth weight. The processing and analysis of data were performed by the program "Statistical Package for Social Sciences" (SPSS) - version 18.0. A total of 12,546,282 live births were analyzed during the 18-year period, representing 23.2% of the country's total births. The highest annual average birth weight in relation to the geographical region was observed in the Northern region and the lowest in the Southeastern region, and this pattern was maintained throughout the studied period. Regarding weight averages, considered against the level of maternal schooling, results show that the average among the children of women with high schooling was higher than that of the children of mothers of medium and low, with 35 grams and 91 grams of difference, respectively. This difference was later reduced and, from the year 2007, the average of the children of women with medium education was higher than that of children of women with high education, maintaining this standard by the end of the period analyzed, when the birth weight difference was 17 grams higher. The difference in weight between high and low schooling was also reduced, and in 2013, it was 13 grams. The analyzes adjusted for year and region of birth showed that, in the period from 1996 to 2003, the differences in birth weight between the medium and the low education in relation to high were 7.21 grams/year and 11.42 grams/year, respectively. In the period from 2004 to 2013, these differences were reduced to 1.76 grams/year and 1.47 grams/year. When the other covariates were considered, it was evident that the number of prenatal visits has a positive relation in the reduction of the weight difference between the three levels of maternal education, in the two periods analyzed. However, the adjustments for covariates, mother's age, number of previous live births, duration of pregnancy and mode of delivery, showed dissimilar effects on annual differences in weight between the different levels of maternal education, in both periods evaluated. These results are related to the demographic, social and assistance changes of the country, which evidenced an increase in maternal age and primiparity, as well as prematurity increase and cesarean deliveries. The findings revealed the changes observed in the country in the last two decades in the various social strata, reducing weight differences at birth and marking a demographic, epidemiological and pe This was probably because the observed increase in the average weight of children of women with low education was modest, even with the expansion of maternal schooling and the prenatal follow-up verified in this social stratum. Thus, the changes in maternal age and parity, together with the increase in medical interventions, as demonstrated by the percentage of cesarean delivery, negatively impacted the birth weight of the three levels of education. It is possible that other factors not investigated in this study also play a role in the reduction of weight differences between the different levels of mother's education. Among these factors can be mentioned the existence of previous or developed maternal diseases during pregnancy, hypertension and diabetes, malnutrition or maternal obesity, use of licit and illicit drugs during pregnancy, as well as the quality of prenatal care received. Results also indicate the relevance of using the Information System on Live Births to know and analyze the characteristics of births in Brazil, as well as the challenge of improving maternal and childcare across in all social strata.
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A escolaridade materna e a desigualdade do peso ao nascer no Brasil : análise de uma série temporal de 1996 a 2013Silvestrin, Sonia January 2017 (has links)
A escolaridade materna tem sido amplamente reconhecida como um indicador das condições ambientais e sociais que afetam o peso ao nascer. No entanto, embora o assunto seja considerado relevante, não foram realizados estudos no Brasil que investigaram a relação da escolaridade materna sobre o peso de nascimento numa perspectiva temporal. O presente estudo avaliou as médias de peso ao nascer conforme os diferentes níveis de escolaridade materna. Trata-se de um estudo de série temporal que incluiu os nascidos vivos das 27 capitais estaduais brasileiras no período de 1996 a 2013. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) donde foram incluídos os recém-nascidos vivos únicos, com peso entre 500 e 8.000 gramas, de mães que residiam e tiveram seus partos nas capitais. As médias de peso ao nascer foram calculadas ano a ano nos três níveis de escolaridade materna – alto (≥ 12 anos), médio (8 a 11 anos) e baixo (< 8 anos). A estimativa da diferença anual de peso entre os níveis de escolaridade foi desenvolvida utilizando-se a técnica de Modelos Lineares Mistos, na qual também foram inseridas as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos anteriores, número de consultas de pré-natal, duração da gestação e tipo de parto, de modo a avaliar seu impacto nas diferenças de peso ao nascer. O processamento e análise dos dados foram realizados pelo Programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS) – versão 18.0. Foram analisados 12.546.282 de nascidos vivos que representaram 23,2% do total de nascimentos do país. As maiores médias anuais de peso ao nascer em relação à região geográfica foram observadas na região Norte e as menores, na região Sudeste, sendo que este padrão foi mantido durante todo o período avaliado. Em relação às médias de peso, segundo o nível de escolaridade materna, verificou-se que, no início da série, a média entre os filhos das mulheres com alta escolaridade era superior à dos filhos de mães de média e baixa, com 35 gramas e 91 gramas de diferença respectivamente. Essa diferença foi sendo reduzida e, a partir do ano de 2007, a média dos filhos das mulheres com escolaridade média foi maior do que a dos filhos das mulheres com alta escolaridade, com manutenção deste padrão até o final do período analisado, quando foi 17 gramas superior. A diferença de peso entre a alta e a baixa escolaridade também foi sendo reduzida e, em 2013, foi de 13 gramas. As análises ajustadas para o ano e região de nascimento mostraram que, no período de 1996 a 2003, as diferenças do peso ao nascer entre a média e a baixa escolaridade em relação à alta eram 7,21 gramas/ano e 11,42 gramas/ano, respectivamente; no segundo período, de 2004 a 2013, essas diferenças foram reduzidas para 1,76 gramas/ano e 1,47 gramas/ano. Quando inseridas as demais covariáveis, se evidenciou que o número de consultas de pré-natal exibiu relação positiva em reduzir a diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, nos dois períodos analisados. Os ajustes efetuados para as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos, duração da gestação e tipo de parto, mostraram diferente desempenho nas estimativas da diferença de peso ao nascer entre os níveis de escolaridade materna e o período avaliado, apontando as mudanças demográficas, sociais e assistencias do país, que evidenciaram aumento da faixa etária materna e da primiparidade, assim como uma elevação da prematuridade e de partos cesarianos. Os resultados revelaram as transformações observadas no país nas duas últimas décadas nos diferentes estratos sociais, fazendo diminuir as diferenças de peso ao nascimento e marcando uma transição demográfica, epidemiológica e perinatal em todas as regiões, mesmo que, em diferentes estágios. A redução na diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, ocorreu principalmente devido à diminuição nos estratos mais favorecidos, pois a elevação observada nas médias de peso dos filhos das mulheres com baixa escolaridade foi pequena, mesmo com a ampliação das políticas sociais neste estrato. Devido à relação multifatorial do peso ao nascer é possível que o aumento da idade materna e a existência de comorbidades prévias ou desenvolvidas durante a gestação, a maior utilização de intervenções médicas, uso de substâncias como álcool e tabaco, a presença de sobrepeso e obesidade, assim como deficiências nutricionais, possam ter relação com as médias de peso observadas. Destacou-se a relevância na utilização do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos permitindo conhecer e analisar as caraterísticas dos nascimentos no Brasil, como também o desafio de aprimorar a assistência materno-infantil com vistas à obtenção de melhores resultados em todos os estratos sociais. / Maternal schooling has been widely recognized as an indicator of environmental and social conditions that affect birth weight. Although the subject is considered of significant relevance, studies that investigated the influence of maternal schooling on birth weight in a temporal perspective have not yet been conducted in Brazil. The present research evaluated the means of birth weight according to the different levels of maternal schooling. It is a time-series study that included live births throughout the 27 state capitals of Brazil in the period from 1996 to 2013. Data were obtained from the National Information System of Live Birth (SINASC), which recorded single newborns weighing between 500 and 8,000 grams of mothers who had their children in the capitals. The mean birth weight was calculated year by year against three levels of maternal education - high (≥ 12 years), medium (8-11 years) and low (< 8 years). Estimated annual weight difference between the levels of education was developed using the Linear Mixed Models technique, in which covariate maternal age, number of previous live births, number of prenatal visits, duration of gestation and type of delivery evaluate their impact on differences in birth weight. The processing and analysis of data were performed by the program "Statistical Package for Social Sciences" (SPSS) - version 18.0. A total of 12,546,282 live births were analyzed during the 18-year period, representing 23.2% of the country's total births. The highest annual average birth weight in relation to the geographical region was observed in the Northern region and the lowest in the Southeastern region, and this pattern was maintained throughout the studied period. Regarding weight averages, considered against the level of maternal schooling, results show that the average among the children of women with high schooling was higher than that of the children of mothers of medium and low, with 35 grams and 91 grams of difference, respectively. This difference was later reduced and, from the year 2007, the average of the children of women with medium education was higher than that of children of women with high education, maintaining this standard by the end of the period analyzed, when the birth weight difference was 17 grams higher. The difference in weight between high and low schooling was also reduced, and in 2013, it was 13 grams. The analyzes adjusted for year and region of birth showed that, in the period from 1996 to 2003, the differences in birth weight between the medium and the low education in relation to high were 7.21 grams/year and 11.42 grams/year, respectively. In the period from 2004 to 2013, these differences were reduced to 1.76 grams/year and 1.47 grams/year. When the other covariates were considered, it was evident that the number of prenatal visits has a positive relation in the reduction of the weight difference between the three levels of maternal education, in the two periods analyzed. However, the adjustments for covariates, mother's age, number of previous live births, duration of pregnancy and mode of delivery, showed dissimilar effects on annual differences in weight between the different levels of maternal education, in both periods evaluated. These results are related to the demographic, social and assistance changes of the country, which evidenced an increase in maternal age and primiparity, as well as prematurity increase and cesarean deliveries. The findings revealed the changes observed in the country in the last two decades in the various social strata, reducing weight differences at birth and marking a demographic, epidemiological and pe This was probably because the observed increase in the average weight of children of women with low education was modest, even with the expansion of maternal schooling and the prenatal follow-up verified in this social stratum. Thus, the changes in maternal age and parity, together with the increase in medical interventions, as demonstrated by the percentage of cesarean delivery, negatively impacted the birth weight of the three levels of education. It is possible that other factors not investigated in this study also play a role in the reduction of weight differences between the different levels of mother's education. Among these factors can be mentioned the existence of previous or developed maternal diseases during pregnancy, hypertension and diabetes, malnutrition or maternal obesity, use of licit and illicit drugs during pregnancy, as well as the quality of prenatal care received. Results also indicate the relevance of using the Information System on Live Births to know and analyze the characteristics of births in Brazil, as well as the challenge of improving maternal and childcare across in all social strata.
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A escolaridade materna e a desigualdade do peso ao nascer no Brasil : análise de uma série temporal de 1996 a 2013Silvestrin, Sonia January 2017 (has links)
A escolaridade materna tem sido amplamente reconhecida como um indicador das condições ambientais e sociais que afetam o peso ao nascer. No entanto, embora o assunto seja considerado relevante, não foram realizados estudos no Brasil que investigaram a relação da escolaridade materna sobre o peso de nascimento numa perspectiva temporal. O presente estudo avaliou as médias de peso ao nascer conforme os diferentes níveis de escolaridade materna. Trata-se de um estudo de série temporal que incluiu os nascidos vivos das 27 capitais estaduais brasileiras no período de 1996 a 2013. Os dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) donde foram incluídos os recém-nascidos vivos únicos, com peso entre 500 e 8.000 gramas, de mães que residiam e tiveram seus partos nas capitais. As médias de peso ao nascer foram calculadas ano a ano nos três níveis de escolaridade materna – alto (≥ 12 anos), médio (8 a 11 anos) e baixo (< 8 anos). A estimativa da diferença anual de peso entre os níveis de escolaridade foi desenvolvida utilizando-se a técnica de Modelos Lineares Mistos, na qual também foram inseridas as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos anteriores, número de consultas de pré-natal, duração da gestação e tipo de parto, de modo a avaliar seu impacto nas diferenças de peso ao nascer. O processamento e análise dos dados foram realizados pelo Programa “Statistical Package for Social Sciences” (SPSS) – versão 18.0. Foram analisados 12.546.282 de nascidos vivos que representaram 23,2% do total de nascimentos do país. As maiores médias anuais de peso ao nascer em relação à região geográfica foram observadas na região Norte e as menores, na região Sudeste, sendo que este padrão foi mantido durante todo o período avaliado. Em relação às médias de peso, segundo o nível de escolaridade materna, verificou-se que, no início da série, a média entre os filhos das mulheres com alta escolaridade era superior à dos filhos de mães de média e baixa, com 35 gramas e 91 gramas de diferença respectivamente. Essa diferença foi sendo reduzida e, a partir do ano de 2007, a média dos filhos das mulheres com escolaridade média foi maior do que a dos filhos das mulheres com alta escolaridade, com manutenção deste padrão até o final do período analisado, quando foi 17 gramas superior. A diferença de peso entre a alta e a baixa escolaridade também foi sendo reduzida e, em 2013, foi de 13 gramas. As análises ajustadas para o ano e região de nascimento mostraram que, no período de 1996 a 2003, as diferenças do peso ao nascer entre a média e a baixa escolaridade em relação à alta eram 7,21 gramas/ano e 11,42 gramas/ano, respectivamente; no segundo período, de 2004 a 2013, essas diferenças foram reduzidas para 1,76 gramas/ano e 1,47 gramas/ano. Quando inseridas as demais covariáveis, se evidenciou que o número de consultas de pré-natal exibiu relação positiva em reduzir a diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, nos dois períodos analisados. Os ajustes efetuados para as covariáveis, idade da mãe, número de filhos nascidos vivos, duração da gestação e tipo de parto, mostraram diferente desempenho nas estimativas da diferença de peso ao nascer entre os níveis de escolaridade materna e o período avaliado, apontando as mudanças demográficas, sociais e assistencias do país, que evidenciaram aumento da faixa etária materna e da primiparidade, assim como uma elevação da prematuridade e de partos cesarianos. Os resultados revelaram as transformações observadas no país nas duas últimas décadas nos diferentes estratos sociais, fazendo diminuir as diferenças de peso ao nascimento e marcando uma transição demográfica, epidemiológica e perinatal em todas as regiões, mesmo que, em diferentes estágios. A redução na diferença de peso entre os três níveis de escolaridade materna, ocorreu principalmente devido à diminuição nos estratos mais favorecidos, pois a elevação observada nas médias de peso dos filhos das mulheres com baixa escolaridade foi pequena, mesmo com a ampliação das políticas sociais neste estrato. Devido à relação multifatorial do peso ao nascer é possível que o aumento da idade materna e a existência de comorbidades prévias ou desenvolvidas durante a gestação, a maior utilização de intervenções médicas, uso de substâncias como álcool e tabaco, a presença de sobrepeso e obesidade, assim como deficiências nutricionais, possam ter relação com as médias de peso observadas. Destacou-se a relevância na utilização do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos permitindo conhecer e analisar as caraterísticas dos nascimentos no Brasil, como também o desafio de aprimorar a assistência materno-infantil com vistas à obtenção de melhores resultados em todos os estratos sociais. / Maternal schooling has been widely recognized as an indicator of environmental and social conditions that affect birth weight. Although the subject is considered of significant relevance, studies that investigated the influence of maternal schooling on birth weight in a temporal perspective have not yet been conducted in Brazil. The present research evaluated the means of birth weight according to the different levels of maternal schooling. It is a time-series study that included live births throughout the 27 state capitals of Brazil in the period from 1996 to 2013. Data were obtained from the National Information System of Live Birth (SINASC), which recorded single newborns weighing between 500 and 8,000 grams of mothers who had their children in the capitals. The mean birth weight was calculated year by year against three levels of maternal education - high (≥ 12 years), medium (8-11 years) and low (< 8 years). Estimated annual weight difference between the levels of education was developed using the Linear Mixed Models technique, in which covariate maternal age, number of previous live births, number of prenatal visits, duration of gestation and type of delivery evaluate their impact on differences in birth weight. The processing and analysis of data were performed by the program "Statistical Package for Social Sciences" (SPSS) - version 18.0. A total of 12,546,282 live births were analyzed during the 18-year period, representing 23.2% of the country's total births. The highest annual average birth weight in relation to the geographical region was observed in the Northern region and the lowest in the Southeastern region, and this pattern was maintained throughout the studied period. Regarding weight averages, considered against the level of maternal schooling, results show that the average among the children of women with high schooling was higher than that of the children of mothers of medium and low, with 35 grams and 91 grams of difference, respectively. This difference was later reduced and, from the year 2007, the average of the children of women with medium education was higher than that of children of women with high education, maintaining this standard by the end of the period analyzed, when the birth weight difference was 17 grams higher. The difference in weight between high and low schooling was also reduced, and in 2013, it was 13 grams. The analyzes adjusted for year and region of birth showed that, in the period from 1996 to 2003, the differences in birth weight between the medium and the low education in relation to high were 7.21 grams/year and 11.42 grams/year, respectively. In the period from 2004 to 2013, these differences were reduced to 1.76 grams/year and 1.47 grams/year. When the other covariates were considered, it was evident that the number of prenatal visits has a positive relation in the reduction of the weight difference between the three levels of maternal education, in the two periods analyzed. However, the adjustments for covariates, mother's age, number of previous live births, duration of pregnancy and mode of delivery, showed dissimilar effects on annual differences in weight between the different levels of maternal education, in both periods evaluated. These results are related to the demographic, social and assistance changes of the country, which evidenced an increase in maternal age and primiparity, as well as prematurity increase and cesarean deliveries. The findings revealed the changes observed in the country in the last two decades in the various social strata, reducing weight differences at birth and marking a demographic, epidemiological and pe This was probably because the observed increase in the average weight of children of women with low education was modest, even with the expansion of maternal schooling and the prenatal follow-up verified in this social stratum. Thus, the changes in maternal age and parity, together with the increase in medical interventions, as demonstrated by the percentage of cesarean delivery, negatively impacted the birth weight of the three levels of education. It is possible that other factors not investigated in this study also play a role in the reduction of weight differences between the different levels of mother's education. Among these factors can be mentioned the existence of previous or developed maternal diseases during pregnancy, hypertension and diabetes, malnutrition or maternal obesity, use of licit and illicit drugs during pregnancy, as well as the quality of prenatal care received. Results also indicate the relevance of using the Information System on Live Births to know and analyze the characteristics of births in Brazil, as well as the challenge of improving maternal and childcare across in all social strata.
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Baixo peso de nascidos vivos no Rio Grande do Sul, Brasil : uma análise estatística multinívelMoraes, Anaelena Bragança de January 2007 (has links)
O peso ao nascer é um importante indicador de saúde de uma população e está associado a um grande número de fatores. Esses fatores relacionam o bebê, a mãe e o ambiente físico, entre si, e têm um importante papel na determinação da saúde futura dos recém-nascidos. O fato de as mães de uma mesma microrregião compartilharem o mesmo ambiente e, por isso, serem mais semelhantes entre si do que em relação às mães de outras localidades pode levar a uma maior semelhança também no desfecho em estudo, neste caso o parto. Quando isso acontece, é violada a suposição de independência, passando a existir correlação entre as mães e os bebês (nível 1) na mesma localidade (nível 2). Esse problema é ainda mais importante quando variáveis explanatórias de níveis superiores da hierarquia são de interesse, de forma que todas as unidades de uma localidade estão expostas de forma idêntica aos fatores em estudo. Com base no exposto, este trabalho buscou preditores para a proporção de baixo peso ao nascer, no nível individual (anos) e no nível contextual (microrregiões), no período de 1994 a 2004. A base de dados foi analisada pela análise clássica de Medidas Repetidas e por Regressão Linear Multinível. Foram testados 19 indicadores das microrregiões como variáveis preditoras no nível de contexto e 4 indicadores no nível individual. O modelo multinível encontrado mostra que as proporções de baixo peso ao nascer diferem entre as microrregiões e aumentam no tempo, associado ao aumento do percentual de nascidos vivos prematuros, ao aumento do Coeficiente de Mortalidade Infantil, ao aumento do percentual de cesarianas, no nível individual. Também variam positivamente com o percentual de urbanização, com os gastos com o Sistema Único de Saúde e negativamente com o percentual de participação na atividade econômica, no nível contextual. Outra análise foi realizada utilizando-se dados do Sistema de Nascidos Vivos (SINASC/RS). Foram identificados fatores de risco para o baixo peso ao nascer de crianças nascidas vivas de gestação simples no Rio Grande do Sul, no ano de 2003. No modelo clássico e no modelo multinível, de regressão logística, foram encontrados os mesmos fatores de risco para o baixo peso ao nascer no nível individual, com exceção da escolaridade de 4 a 11 anos, com o diferencial de que o modelo multinível agregou um preditor contextual. Os riscos no nível individual foram prematuridade, nenhuma e 1 a 6 consultas pré-natais, anomalia congênita, nascimento fora do hospital, alta e baixa paridade, sexo feminino, idade materna maior de 35 anos, dona de casa, não-casada, escolaridade de 0 a 3 anos e parto cesáreo, sendo que a raça não foi significativa nos dois modelos. No nível contextual, a maior urbanização explicou o baixo peso ao nascer. O modelo multinível encontrado mostrou que, quanto maior a urbanização da microrregião, maior o risco de baixo peso ao nascer, e, em microrregiões menos urbanizadas, mães solteiras têm risco aumentado, tanto para os nascidos vivos em geral como para os nascidos vivos a termo. Conclui-se que o baixo peso ao nascer varia com as microrregiões e está associado a característicasindividuais e contextuais. Por meio da comparação dos resultados dos modelos tradicionais com os multiníveis, pode-se evidenciar a importância da utilização desses modelos que permitem separar, no modelo, os efeitos dos dois níveis de hierarquia, bem como explicar a parte aleatória do modelo, o que não acontece nos modelos clássicos. Os resultados obtidos nesta tese mostram que variáveis no nível de contexto explicam parte da variação dos desfechos estudados, contribuindo na orientação de políticas públicas de saúde, no que diz respeito aos cuidados e orientações às mulheres, possibilitando a redução na ocorrência de desfechos desfavoráveis para o recém-nascido. / Birth weight is an important population health indicator and is associated to a great deal of factors. These factors relate the baby, the mother and the physical environment among themselves, and have an important role determining a newbons future health. The fact that mothers of a same microregion, share the same physical environment, and thus, are more similar among themselves than the mothers of other places, can also lead to a greater similarity at the study outcome, in this case, the delivery. When this happens, the independence supposition is violated, and a correlation, among the mothers and the babies (level 1) at the same place (level 2), starts to exist. This problem is still more important when explanatory variables of hierarchy superior levels of interest, in a way that all units of a place are exposed, at an identical way, to the factors in study. Based on what was said, this work searched for predictors for the low birth weight proportion at an individual level and at a contextual level (microregions), from 1994 to 2004. Data base was analyzed through the classic analysis of Repeated Measures and Linear Regression Multilevel. Nineteen (19) microregions indicators were tested as predictor variables at the context level and four (4) indicators at the individual level. The found multilevel model shows that the low birth weight proportions differ among the microregions and increase in time in association with the percentage increase of premature newborn, with the increase of the infant mortality coefficient, with the increase of cesarean percentage at an individual level. It also varies positively with the urbanization percentage, with the with the “Sistema Único de Saúde” expenditures, but negatively with the economic activity participation percentage, at the contextual level. Another analysis was accomplished using the data of the “Sistema de Nascidos Vivos” (SINASC/RS). Risk factors were identified for the low birthweight of newborn alive babies of simple pregnancy in the Rio Grande do Sul, in 2003. At the classical and the multilevel model of logistic regression, the same risk factors were found for the low birthweight, at an individual level, except for the 4 to 11 years of the study, with the differential that the multilevel model added a contextual preditor. The risks at an individual level were premature birth, none or 1 to 6 prenatal care visits, congenital anomaly, birth out of the hospital, high and low delivery rate, female babies, mothers above 35 years old, housewife, single mother, 0 to 3 years of study and caesarean, being that the race was not significantly at the models. At the contextual level the higher urbanization explained the low birth weight. The found multilevel model showed that, the higher the microregion urbanization the higher the risk of low birth weight, and, in less urbanized microregions, single mothers have an increased risk for the newborn in general as much as for the newborn at full term. It follows that low birth weight varies with the microregions and it is associated to individual and contextual characteristics. Through comparing the results of classical models to multilevels ones, the importance of the using these models can be evidenced, once they allow to separate, in the model, the effects of the two hierarchy levels, as well asexplain the randon part of the model, being that this does not happen in the traditional models. Results obtained at this thesis show that variables at a context level explain part of the variation of studied outcome, contributing in the orientation of health public politicies, regarding care and women’s association, enabling the reduction of unfavourable outcomes for the newbon baby.
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Adequação das informações vitais e distribuição espacial da mortalidade infantil: Pernambuco, 2006-2008 / Adequacy of vital information and spatial distribution of infant mortality, Pernambuco, northeastern Brazil, 2006-2008Vilela, Mirella Bezerra Rodrigues January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / Com o objetivo de analisar a adequação das informações vitais, relacionando à distribuição espacial da MI no Estado de Pernambuco, foi desenvolvido um estudo ecológico, a partir dos dados dos sistemas de informação sobre nascidos vivos e sobre mortalidade. Para avaliar a adequação das informações vitais foi utilizado um método composto por cinco indicadores, que classifica os municípios em: informações vitais consolidadas, em fase de consolidação ou não consolidadas. Para minimizar os problemas de proximidade entre os municípios, foram gerados os Polígonos de Voronoi (PV), a partir das sedes municipais. A análise do padrão espacial da MI foi realizada através dos índices de Moran Global, de Moran Local e a estatística G. Utilizou-se o teste exato de Fisher (alfa5 por cento) para testar a associação entre a adequação das informações vitais e a formação de cluster para a MI. Nos resultados observou-se que 76,2 por cento dos municípios apresentam informações vitais consolidadas e que os municípios com 50.000 habitantes ou mais têm informações de melhor qualidade. O índice de Moran Global (0,34; p0,01) e a estatística G (0,03; p0,01) confirmaram autocorrelação espacial da MI, e as projeções de superfície de tendência mostraram que a MI apresenta declínio para o norte e leste do Estado. Observou-se a formação de clusters para a MI em 34 municípios (p0,005), sendo dois constituídos por altos e um por baixos coeficientes de MI. Houve associação entre a adequação das informações vitais e a formação de cluster para a MI (p=0,013). Conclui-se que: o método de adequação das informações demonstrou poder discriminatório para classificar os municípios, os PV foram precisos para a análise da distribuição espacial da MI, a análise estatística espacial permitiu identificar os clusters e a proposta de relacionar o método de adequação com a distribuição espacial da MI contribuirá para a melhoria da qualidade da informação e para o planejamento de ações que visem a redução da MI
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Baixo peso de nascidos vivos no Rio Grande do Sul, Brasil : uma análise estatística multinívelMoraes, Anaelena Bragança de January 2007 (has links)
O peso ao nascer é um importante indicador de saúde de uma população e está associado a um grande número de fatores. Esses fatores relacionam o bebê, a mãe e o ambiente físico, entre si, e têm um importante papel na determinação da saúde futura dos recém-nascidos. O fato de as mães de uma mesma microrregião compartilharem o mesmo ambiente e, por isso, serem mais semelhantes entre si do que em relação às mães de outras localidades pode levar a uma maior semelhança também no desfecho em estudo, neste caso o parto. Quando isso acontece, é violada a suposição de independência, passando a existir correlação entre as mães e os bebês (nível 1) na mesma localidade (nível 2). Esse problema é ainda mais importante quando variáveis explanatórias de níveis superiores da hierarquia são de interesse, de forma que todas as unidades de uma localidade estão expostas de forma idêntica aos fatores em estudo. Com base no exposto, este trabalho buscou preditores para a proporção de baixo peso ao nascer, no nível individual (anos) e no nível contextual (microrregiões), no período de 1994 a 2004. A base de dados foi analisada pela análise clássica de Medidas Repetidas e por Regressão Linear Multinível. Foram testados 19 indicadores das microrregiões como variáveis preditoras no nível de contexto e 4 indicadores no nível individual. O modelo multinível encontrado mostra que as proporções de baixo peso ao nascer diferem entre as microrregiões e aumentam no tempo, associado ao aumento do percentual de nascidos vivos prematuros, ao aumento do Coeficiente de Mortalidade Infantil, ao aumento do percentual de cesarianas, no nível individual. Também variam positivamente com o percentual de urbanização, com os gastos com o Sistema Único de Saúde e negativamente com o percentual de participação na atividade econômica, no nível contextual. Outra análise foi realizada utilizando-se dados do Sistema de Nascidos Vivos (SINASC/RS). Foram identificados fatores de risco para o baixo peso ao nascer de crianças nascidas vivas de gestação simples no Rio Grande do Sul, no ano de 2003. No modelo clássico e no modelo multinível, de regressão logística, foram encontrados os mesmos fatores de risco para o baixo peso ao nascer no nível individual, com exceção da escolaridade de 4 a 11 anos, com o diferencial de que o modelo multinível agregou um preditor contextual. Os riscos no nível individual foram prematuridade, nenhuma e 1 a 6 consultas pré-natais, anomalia congênita, nascimento fora do hospital, alta e baixa paridade, sexo feminino, idade materna maior de 35 anos, dona de casa, não-casada, escolaridade de 0 a 3 anos e parto cesáreo, sendo que a raça não foi significativa nos dois modelos. No nível contextual, a maior urbanização explicou o baixo peso ao nascer. O modelo multinível encontrado mostrou que, quanto maior a urbanização da microrregião, maior o risco de baixo peso ao nascer, e, em microrregiões menos urbanizadas, mães solteiras têm risco aumentado, tanto para os nascidos vivos em geral como para os nascidos vivos a termo. Conclui-se que o baixo peso ao nascer varia com as microrregiões e está associado a característicasindividuais e contextuais. Por meio da comparação dos resultados dos modelos tradicionais com os multiníveis, pode-se evidenciar a importância da utilização desses modelos que permitem separar, no modelo, os efeitos dos dois níveis de hierarquia, bem como explicar a parte aleatória do modelo, o que não acontece nos modelos clássicos. Os resultados obtidos nesta tese mostram que variáveis no nível de contexto explicam parte da variação dos desfechos estudados, contribuindo na orientação de políticas públicas de saúde, no que diz respeito aos cuidados e orientações às mulheres, possibilitando a redução na ocorrência de desfechos desfavoráveis para o recém-nascido. / Birth weight is an important population health indicator and is associated to a great deal of factors. These factors relate the baby, the mother and the physical environment among themselves, and have an important role determining a newbons future health. The fact that mothers of a same microregion, share the same physical environment, and thus, are more similar among themselves than the mothers of other places, can also lead to a greater similarity at the study outcome, in this case, the delivery. When this happens, the independence supposition is violated, and a correlation, among the mothers and the babies (level 1) at the same place (level 2), starts to exist. This problem is still more important when explanatory variables of hierarchy superior levels of interest, in a way that all units of a place are exposed, at an identical way, to the factors in study. Based on what was said, this work searched for predictors for the low birth weight proportion at an individual level and at a contextual level (microregions), from 1994 to 2004. Data base was analyzed through the classic analysis of Repeated Measures and Linear Regression Multilevel. Nineteen (19) microregions indicators were tested as predictor variables at the context level and four (4) indicators at the individual level. The found multilevel model shows that the low birth weight proportions differ among the microregions and increase in time in association with the percentage increase of premature newborn, with the increase of the infant mortality coefficient, with the increase of cesarean percentage at an individual level. It also varies positively with the urbanization percentage, with the with the “Sistema Único de Saúde” expenditures, but negatively with the economic activity participation percentage, at the contextual level. Another analysis was accomplished using the data of the “Sistema de Nascidos Vivos” (SINASC/RS). Risk factors were identified for the low birthweight of newborn alive babies of simple pregnancy in the Rio Grande do Sul, in 2003. At the classical and the multilevel model of logistic regression, the same risk factors were found for the low birthweight, at an individual level, except for the 4 to 11 years of the study, with the differential that the multilevel model added a contextual preditor. The risks at an individual level were premature birth, none or 1 to 6 prenatal care visits, congenital anomaly, birth out of the hospital, high and low delivery rate, female babies, mothers above 35 years old, housewife, single mother, 0 to 3 years of study and caesarean, being that the race was not significantly at the models. At the contextual level the higher urbanization explained the low birth weight. The found multilevel model showed that, the higher the microregion urbanization the higher the risk of low birth weight, and, in less urbanized microregions, single mothers have an increased risk for the newborn in general as much as for the newborn at full term. It follows that low birth weight varies with the microregions and it is associated to individual and contextual characteristics. Through comparing the results of classical models to multilevels ones, the importance of the using these models can be evidenced, once they allow to separate, in the model, the effects of the two hierarchy levels, as well asexplain the randon part of the model, being that this does not happen in the traditional models. Results obtained at this thesis show that variables at a context level explain part of the variation of studied outcome, contributing in the orientation of health public politicies, regarding care and women’s association, enabling the reduction of unfavourable outcomes for the newbon baby.
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Baixo peso de nascidos vivos no Rio Grande do Sul, Brasil : uma análise estatística multinívelMoraes, Anaelena Bragança de January 2007 (has links)
O peso ao nascer é um importante indicador de saúde de uma população e está associado a um grande número de fatores. Esses fatores relacionam o bebê, a mãe e o ambiente físico, entre si, e têm um importante papel na determinação da saúde futura dos recém-nascidos. O fato de as mães de uma mesma microrregião compartilharem o mesmo ambiente e, por isso, serem mais semelhantes entre si do que em relação às mães de outras localidades pode levar a uma maior semelhança também no desfecho em estudo, neste caso o parto. Quando isso acontece, é violada a suposição de independência, passando a existir correlação entre as mães e os bebês (nível 1) na mesma localidade (nível 2). Esse problema é ainda mais importante quando variáveis explanatórias de níveis superiores da hierarquia são de interesse, de forma que todas as unidades de uma localidade estão expostas de forma idêntica aos fatores em estudo. Com base no exposto, este trabalho buscou preditores para a proporção de baixo peso ao nascer, no nível individual (anos) e no nível contextual (microrregiões), no período de 1994 a 2004. A base de dados foi analisada pela análise clássica de Medidas Repetidas e por Regressão Linear Multinível. Foram testados 19 indicadores das microrregiões como variáveis preditoras no nível de contexto e 4 indicadores no nível individual. O modelo multinível encontrado mostra que as proporções de baixo peso ao nascer diferem entre as microrregiões e aumentam no tempo, associado ao aumento do percentual de nascidos vivos prematuros, ao aumento do Coeficiente de Mortalidade Infantil, ao aumento do percentual de cesarianas, no nível individual. Também variam positivamente com o percentual de urbanização, com os gastos com o Sistema Único de Saúde e negativamente com o percentual de participação na atividade econômica, no nível contextual. Outra análise foi realizada utilizando-se dados do Sistema de Nascidos Vivos (SINASC/RS). Foram identificados fatores de risco para o baixo peso ao nascer de crianças nascidas vivas de gestação simples no Rio Grande do Sul, no ano de 2003. No modelo clássico e no modelo multinível, de regressão logística, foram encontrados os mesmos fatores de risco para o baixo peso ao nascer no nível individual, com exceção da escolaridade de 4 a 11 anos, com o diferencial de que o modelo multinível agregou um preditor contextual. Os riscos no nível individual foram prematuridade, nenhuma e 1 a 6 consultas pré-natais, anomalia congênita, nascimento fora do hospital, alta e baixa paridade, sexo feminino, idade materna maior de 35 anos, dona de casa, não-casada, escolaridade de 0 a 3 anos e parto cesáreo, sendo que a raça não foi significativa nos dois modelos. No nível contextual, a maior urbanização explicou o baixo peso ao nascer. O modelo multinível encontrado mostrou que, quanto maior a urbanização da microrregião, maior o risco de baixo peso ao nascer, e, em microrregiões menos urbanizadas, mães solteiras têm risco aumentado, tanto para os nascidos vivos em geral como para os nascidos vivos a termo. Conclui-se que o baixo peso ao nascer varia com as microrregiões e está associado a característicasindividuais e contextuais. Por meio da comparação dos resultados dos modelos tradicionais com os multiníveis, pode-se evidenciar a importância da utilização desses modelos que permitem separar, no modelo, os efeitos dos dois níveis de hierarquia, bem como explicar a parte aleatória do modelo, o que não acontece nos modelos clássicos. Os resultados obtidos nesta tese mostram que variáveis no nível de contexto explicam parte da variação dos desfechos estudados, contribuindo na orientação de políticas públicas de saúde, no que diz respeito aos cuidados e orientações às mulheres, possibilitando a redução na ocorrência de desfechos desfavoráveis para o recém-nascido. / Birth weight is an important population health indicator and is associated to a great deal of factors. These factors relate the baby, the mother and the physical environment among themselves, and have an important role determining a newbons future health. The fact that mothers of a same microregion, share the same physical environment, and thus, are more similar among themselves than the mothers of other places, can also lead to a greater similarity at the study outcome, in this case, the delivery. When this happens, the independence supposition is violated, and a correlation, among the mothers and the babies (level 1) at the same place (level 2), starts to exist. This problem is still more important when explanatory variables of hierarchy superior levels of interest, in a way that all units of a place are exposed, at an identical way, to the factors in study. Based on what was said, this work searched for predictors for the low birth weight proportion at an individual level and at a contextual level (microregions), from 1994 to 2004. Data base was analyzed through the classic analysis of Repeated Measures and Linear Regression Multilevel. Nineteen (19) microregions indicators were tested as predictor variables at the context level and four (4) indicators at the individual level. The found multilevel model shows that the low birth weight proportions differ among the microregions and increase in time in association with the percentage increase of premature newborn, with the increase of the infant mortality coefficient, with the increase of cesarean percentage at an individual level. It also varies positively with the urbanization percentage, with the with the “Sistema Único de Saúde” expenditures, but negatively with the economic activity participation percentage, at the contextual level. Another analysis was accomplished using the data of the “Sistema de Nascidos Vivos” (SINASC/RS). Risk factors were identified for the low birthweight of newborn alive babies of simple pregnancy in the Rio Grande do Sul, in 2003. At the classical and the multilevel model of logistic regression, the same risk factors were found for the low birthweight, at an individual level, except for the 4 to 11 years of the study, with the differential that the multilevel model added a contextual preditor. The risks at an individual level were premature birth, none or 1 to 6 prenatal care visits, congenital anomaly, birth out of the hospital, high and low delivery rate, female babies, mothers above 35 years old, housewife, single mother, 0 to 3 years of study and caesarean, being that the race was not significantly at the models. At the contextual level the higher urbanization explained the low birth weight. The found multilevel model showed that, the higher the microregion urbanization the higher the risk of low birth weight, and, in less urbanized microregions, single mothers have an increased risk for the newborn in general as much as for the newborn at full term. It follows that low birth weight varies with the microregions and it is associated to individual and contextual characteristics. Through comparing the results of classical models to multilevels ones, the importance of the using these models can be evidenced, once they allow to separate, in the model, the effects of the two hierarchy levels, as well asexplain the randon part of the model, being that this does not happen in the traditional models. Results obtained at this thesis show that variables at a context level explain part of the variation of studied outcome, contributing in the orientation of health public politicies, regarding care and women’s association, enabling the reduction of unfavourable outcomes for the newbon baby.
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VITAIS : uma nova ferramenta para análise dos sistemas de informação sobre mortalidade e sobre nascidos vivosLisboa, Eugênio Pedroso January 2009 (has links)
O Sistema Único de Saúde (SUS) produz excelentes bases de dados, entre as quais, destacam-se o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). O objetivo desta dissertação é apresentar o VITAIS, uma ferramenta baseada nos aplicativos Access® e Excel® que permite disponibilizar, de forma simplificada, os dados desses sistemas, possibilitando a análise da situação de saúde por parte de gestores, profissionais da saúde, comunidade acadêmica e população em geral. Esta ferramenta permite a geração de relatórios e gráficos automáticos e pré-definidos e faz relacionamentos entre as bases do SIM e do SINASC. Como tal, apresenta vantagens significativas em relação ao tabulador TABWIN. / The Brazilian Health System (SUS) produces excellent data bases such as those for live births (SINASC) and mortality (SIM). The objective of this report is to present VITAIS, a tool based on Access® and Excel® applications that permits presentation of data from these systems in manners facilitating analysis of the health situation of the population of states, municipalities and micro-areas by health managers, health professionals, the academic community and the general population. This tool generates automatic reports and charts, and permits linkage between the SIM and SINASC databases. As such, it presents significant advantages over the TABWIN tabulator.
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VITAIS : uma nova ferramenta para análise dos sistemas de informação sobre mortalidade e sobre nascidos vivosLisboa, Eugênio Pedroso January 2009 (has links)
O Sistema Único de Saúde (SUS) produz excelentes bases de dados, entre as quais, destacam-se o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). O objetivo desta dissertação é apresentar o VITAIS, uma ferramenta baseada nos aplicativos Access® e Excel® que permite disponibilizar, de forma simplificada, os dados desses sistemas, possibilitando a análise da situação de saúde por parte de gestores, profissionais da saúde, comunidade acadêmica e população em geral. Esta ferramenta permite a geração de relatórios e gráficos automáticos e pré-definidos e faz relacionamentos entre as bases do SIM e do SINASC. Como tal, apresenta vantagens significativas em relação ao tabulador TABWIN. / The Brazilian Health System (SUS) produces excellent data bases such as those for live births (SINASC) and mortality (SIM). The objective of this report is to present VITAIS, a tool based on Access® and Excel® applications that permits presentation of data from these systems in manners facilitating analysis of the health situation of the population of states, municipalities and micro-areas by health managers, health professionals, the academic community and the general population. This tool generates automatic reports and charts, and permits linkage between the SIM and SINASC databases. As such, it presents significant advantages over the TABWIN tabulator.
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