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A influência cultural na percepção da dor em integrantes de comunidades quilombolasSousa, Barbara Lima 12 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-12 / The meaning of culture can be understood from the perspective of different areas of knowledge. From the conceptual point of view, culture refers to a tangle of values, norms and conceptions considered correct and that remain submerged in organizational life. With respect to the quilombola communities in Brazil, the struggle for the reconstruction of their memory, culture and identity, as well as their effective recognition, has been strengthened since 1988. Understanding this path becomes an important tool for the implementation of actions that are being formulated by pressure from social movements and to repair the descendants of Africans who vilify their rights, dignity and honor within the forced diaspora of slavery. The painful sensation may be an unpleasant sensory and emotional experience associated with or related to actual or potential tissue injury. Each individual learns to use this term through their previous experiences. Based on this, the objective was to understand how this quilombola population perceives the pains they have and how they live with them. A qualitative, described observational study was done. Data collection was done through an interview with the inhabitants called quilombolas with more than 60 years of age. The data were analyzed and categorized in: Popular Knowledge, Cultural Hybridization, Concept of Pain, Memory and Pain Formation, Resistance and Difficulty in Traditional Treatment. As results we find influence of the black culture in the day to day of the same ones, nevertheless, it is perceived that much knowledge is being forgotten nowadays. There is even within the community studied a prejudice against Afro religions because of the influence of Christianity. It is concluded that a rescue of the rich Afro-Brazilian culture is imperative. Just as in other social segments the concept of pain remains obscure. / O significado de cultura pode ser entendido sob a ótica de diferentes áreas do conhecimento. Do ponto de vista conceitual, a cultura diz respeito a um emaranhado de valores, normas e concepções consideradas corretas e que permanecem submersas na vida organizacional. No que tange às comunidades quilombolas no Brasil, a luta pela reconstrução de sua memória, cultura e identidade, assim como o seu efetivo reconhecimento, fortaleceu-se desde 1988. Entender esse caminho torna-se ferramenta importante para a implementação de ações que estão sendo formuladas por pressão dos movimentos sociais e para reparar os descendentes dos africanos que foram vilipendiados de seus direitos, dignidade, honra, dentro da diáspora forçada da escravidão. A sensação dolorosa pode ser uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas experiências anteriores. Baseado nisso, objetivou-se entender como essa população quilombola percebe as dores que possuem e de que forma convivem com elas. Foi feito um estudo qualitativo, descrito observacional. A coleta de dados foi realizada através de entrevista com os moradores autodenominados quilombolas com mais de 60 anos de idade. Os dados foram analisados e categorizados em: Conhecimento Popular, Hibridização Cultural, Conceito de Dor, Memória e Formação da Dor, Resistência e dificuldade ao tratamento Tradicional. Como resultado, encontramos influência da cultura negra no dia a dia dos mesmos, no entanto, percebe-se que muito conhecimento está sendo esquecido na atualidade. Existe, mesmo dentro da comunidade estudada, um preconceito contra as religiões afro devido à influência do cristianismo. Conclui-se que é imperativo um resgate da rica cultura afro-brasileira. Assim como em outros segmentos sociais permanece obscuro o conceito de dor.
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Saúde mental e racismo: a atuação de um Centro de Atenção Psicossocial II Infantojuvenil / Mental health and racism: the performance of a juvenile Psychosocial Centre Care IIDavid, Emiliano de Camargo 13 March 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-04-18T11:35:02Z
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Previous issue date: 2018-03-13 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This paper considers the assumption that racism, in relation to power and the attempt to keep privileges, produces subjectivities and might generate psychic suffering, affecting (also) black children and teenagers and their territories. The aim of this research was to discuss the relationship between psychosocial care and racism through the perspective of those who work at a juvenile Psychosocial Care Centre II (CAPSij). In order to do that, an institutional perspective of analysis was favoured, one that sees racism as an institution, as a logic of production and reproduction of social interactions. To achieve the objectives, a review of the literature about psychology and racial interactions was carried out, highlighting the relationship between insanity and the black population, as well as the relationship between racism and health care inequities and the empiric study in a CAPSij. The study used the following procedures: participant observation; reading of medical records; partaking in meetings and staff interviews, with the intention of: characterizing possible psychic sufferings related to racism; using colour/race as an item in the planning of Singular* Therapeutic Projects (STP) for users under care; psychosocial interventions to fight racism. The material collected was organized into two thematic axes: the first, based in two cases brought by professionals, discusses how the team think the relationship between psychic suffering and racism and how they develop their intervention; the second approaches the dimensions of the service organization and of the political-institutional sphere. The ongoing interventions and therapeutic projects at the CAPSij suggest that the ethical-political dimension of the anti-asylum fight already takes into consideration the effects of racism within their commitment with the freedom practices and refusal of exclusion and violence processes. However, they also suggest that seeing the effects of racism as an anti-asylum issue, which is being called a CAPS assembly, might augment the power of actions in health care that contributes to the promotion of racial equity and to the deinstitutionalisation of racism / Este trabalho parte do pressuposto que o racismo, enquanto relação de poder e sustentação de privilégios, produz subjetividades, podendo gerar sofrimento psíquico, afetando (inclusive) crianças e adolescentes negros e seus territórios. O objetivo desta pesquisa foi discutir as relações entre atenção psicossocial e racismo na perspectiva dos profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial II Infantojuvenil (CAPSij). Para tanto, foi privilegiada uma perspectiva institucional de análise, a que pensa o racismo como instituição, como lógica de produção e reprodução das relações sociais. Para o alcance dos objetivos, foi realizada revisão de literatura sobre psicologia e relações raciais, com destaque para a relação entre loucura e população negra e a relação entre racismo e iniquidades em saúde, bem como um estudo empírico em um CAPSij. O estudo teve como procedimentos: observação participante; leitura dos prontuários; participação em reuniões e entrevistas com a equipe, com a intenção de: caracterização dos possíveis sofrimentos psíquicos relacionados ao racismo; utilização do quesito cor/raça no planejamento dos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS) dos(as) usuários(as) atendidos(as); e identificação das intervenções psicossociais de enfrentamento do racismo. O material colhido foi organizado em dois eixos temáticos: o primeiro, com base na apresentação de dois casos trazidos pelos profissionais, aborda o modo como a equipe pensa as relações entre sofrimento psíquico e racismo, e como desenha sua intervenção; o segundo aborda dimensões da organização do serviço e da esfera político-institucional. As intervenções e os projetos terapêuticos em andamento no CAPSij sugerem que a dimensão ético-política da luta antimanicomial já acolhe os efeitos do racismo na medida dos seus compromissos com as práticas de liberdade e da recusa dos processos de exclusão e de violência. No entanto, sugerem também que a tomada dos efeitos do racismo como uma questão antimanicomial, o que se chamou de uma aquilombação dos CAPS, pode ampliar a potência de um agir em saúde que contribua para a promoção da equidade racial e para a desinstitucionalização do racismo
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