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A construção da nação arco-íris : problematizando o quesito raça/cor (1936-1960) /

Nascimento, Alessandra Santos. January 2005 (has links)
Orientador: Dagoberto José Fonseca / Banca: Milton Lahuerta / Banca: Neusa Maria Mendes de Gusmão / Resumo: A presente dissertação é resultado de um estudo acerca do referencial teórico que influenciou a construção e consolidação do quesito raça/cor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no período de 1936 a 1960. O caminho por nós escolhido para compreender a construção de tal quesito foi o diálogo entre a hermenêutica (RICOEUR, 1969) e a análise de conteúdo (BARDIN, 1977), no processo de interpretação dos artigos da Revista Brasileira de Geografia e da Revista Brasileira de Estatística, do referido Instituto. Seja na revista de Geografia, seja na de Estatística foram selecionados e interpretados os artigos com os seguintes temas: identidade, unidade e segurança nacional; colonização e imigração; educação, saúde e cultura nacional; questão agrária, divisão do território nacional e mudança da capital federal. Semelhante escolha se justificou à medida que tais temas expressavam as questões teóricas e políticas, postas em discussão, pelas obras de diferentes tendências intelectuais dentro e fora do IBGE no período analisado. E, permitiam que entrevíssemos parte das razões das escolhas (políticas e teóricas) adotadas pelo Instituto, na dinâmica entre as informações censitárias e as políticas públicas. Ao mobilizarmos os diferentes discursos ibgeanos, presentes nas revistas, sugerimos algumas diretrizes para entender como a ambigüidade tornou-se um recurso para explicar e propor soluções para o Brasil Nação: sociedade misturada e não segregada. Neste contexto, procuramos delinear algumas considerações sobre como a categoria cor tornou-se fundamental no sistema classificatório racial ibgeano, permitindo atualizar o conceito de raça nas décadas de 1930, 1940 e 1950, no Brasil, a partir de um significado teórico e retórico enrijecido de cultura. / Abstract: The present dissertation is the result of a study about the theorical reference that influenced the construction and the consolidation of the inquiry race/color of the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics), between 1936 and 1960. The way we chose to understand the construction of that inquiry was the dialog between hermeutic (RICOEUR, 1969) and the content analysis (BARDIN, 1977), in the elucidation process of the Revista Brasileira de Geografia e da Revista Brasileira de Estatística (Brazilian Magazine of Geography and of the Brazilian Magazine of Statistics), from the above-mentioned institute. Both from the Geography magazine and the Statistics one were selected and understood articles with the following themes: identity, unity and national security; colonization and immigration; education, health and national culture; agrarian question, national territory division and change of the state's metropolis. That choice was justified because those themes expressed political and theorical questions, discussed by works of different intellectual tendencies inside and outside the IBGE during the period we studied. Also, they allowed us to glimpse part of the (political and theorical) reasons adopted by the institute, within the dynamics between census' information and public politics. Using the different IBGE's discourses, which are present in the magazines, we suggest some directresses to understand how ambiguity became a resource to explain and propose solutions for Brazil Nation: a mixed society, not a segregated one. In that context, we aimed to delineate some considerations about how the color category became elemental within IBGE's racial qualifying system, allowing the modernization of the concept of race in the decades of 1930, 1940 and 1950, in Brazil, from a theorical and rhetorical meaning fortified by the culture. / Mestre
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A construção da nação arco-íris: problematizando o quesito raça/cor (1936-1960)

Nascimento, Alessandra Santos [UNESP] 06 July 2005 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:46Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2005-07-06Bitstream added on 2014-06-13T19:39:12Z : No. of bitstreams: 1 nascimento_as_me_arafcl.pdf: 798145 bytes, checksum: 226b4f10350122c6ac9ce474e245d4b4 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente dissertação é resultado de um estudo acerca do referencial teórico que influenciou a construção e consolidação do quesito raça/cor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no período de 1936 a 1960. O caminho por nós escolhido para compreender a construção de tal quesito foi o diálogo entre a hermenêutica (RICOEUR, 1969) e a análise de conteúdo (BARDIN, 1977), no processo de interpretação dos artigos da Revista Brasileira de Geografia e da Revista Brasileira de Estatística, do referido Instituto. Seja na revista de Geografia, seja na de Estatística foram selecionados e interpretados os artigos com os seguintes temas: identidade, unidade e segurança nacional; colonização e imigração; educação, saúde e cultura nacional; questão agrária, divisão do território nacional e mudança da capital federal. Semelhante escolha se justificou à medida que tais temas expressavam as questões teóricas e políticas, postas em discussão, pelas obras de diferentes tendências intelectuais dentro e fora do IBGE no período analisado. E, permitiam que entrevíssemos parte das razões das escolhas (políticas e teóricas) adotadas pelo Instituto, na dinâmica entre as informações censitárias e as políticas públicas. Ao mobilizarmos os diferentes discursos ibgeanos, presentes nas revistas, sugerimos algumas diretrizes para entender como a ambigüidade tornou-se um recurso para explicar e propor soluções para o Brasil Nação: sociedade misturada e não segregada. Neste contexto, procuramos delinear algumas considerações sobre como a categoria cor tornou-se fundamental no sistema classificatório racial ibgeano, permitindo atualizar o conceito de raça nas décadas de 1930, 1940 e 1950, no Brasil, a partir de um significado teórico e retórico enrijecido de cultura. / The present dissertation is the result of a study about the theorical reference that influenced the construction and the consolidation of the inquiry race/color of the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics), between 1936 and 1960. The way we chose to understand the construction of that inquiry was the dialog between hermeutic (RICOEUR, 1969) and the content analysis (BARDIN, 1977), in the elucidation process of the Revista Brasileira de Geografia e da Revista Brasileira de Estatística (Brazilian Magazine of Geography and of the Brazilian Magazine of Statistics), from the above-mentioned institute. Both from the Geography magazine and the Statistics one were selected and understood articles with the following themes: identity, unity and national security; colonization and immigration; education, health and national culture; agrarian question, national territory division and change of the state’s metropolis. That choice was justified because those themes expressed political and theorical questions, discussed by works of different intellectual tendencies inside and outside the IBGE during the period we studied. Also, they allowed us to glimpse part of the (political and theorical) reasons adopted by the institute, within the dynamics between census’ information and public politics. Using the different IBGE’s discourses, which are present in the magazines, we suggest some directresses to understand how ambiguity became a resource to explain and propose solutions for Brazil Nation: a mixed society, not a segregated one. In that context, we aimed to delineate some considerations about how the color category became elemental within IBGE’s racial qualifying system, allowing the modernization of the concept of race in the decades of 1930, 1940 and 1950, in Brazil, from a theorical and rhetorical meaning fortified by the culture.
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O vestuário do negro na fotografia e na pintura: Brasil, 1850-1890

Souza, Vanessa Raquel Lambert de [UNESP] 24 May 2007 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:22:30Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2007-05-24Bitstream added on 2014-06-13T19:08:01Z : No. of bitstreams: 1 souza_vrl_me_ia.pdf: 14449326 bytes, checksum: 1756915d289cd45137e5058e4d96975c (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O objetivo primordial dessa pesquisa é examinar a representação pictórica e fotografica do negro no Brasil. O uso da indumentária retrada serviu como refêrencia principal na observação e análise das imagens. Foram estudadas obras realizadas durante o periodo de 1850 a 1890, com ênfase naquelas que posuem conteúdo típico e recorrente. A utilização dos trajes foi considerada como um indicativo de condição social constituite da indentidade negra, idealizada por meio de uma perspectiva da população branca. Examinei as caracteristicas em comum nas imagens e a relação da indumentária associada aos papéis sociais, vinculados ás vestimentas que integram as obras. Pesquisadores lançam mão de vários tipos de material como fonte de pesquisa. Entretanto, fontes não escritas são por muitas vezes pouco creditadas, funcionando apenas como simples ilustrações e textos. Nesse caso, podem agregar novos significados aos textos que ilustram, ou perpetuar idéias racistas. Para realizar as análises das imagens, considerei a historiografica concernente ás origens da representação do negro nas artes brasileiras, à moda, à fotografia, às heranças africanas, às teorias perspectivas, às influências da Missões artísticas que viveram ao Brasil e às teorias evolucionistas vigentes durante as últimas décadas do século dezenove. Fótografos como Christiano Júnior, Militão e Victor Frond produziram inúmeras fotografias de negros que foram comercializadas aos europeus como material etnográfico e ilustração do exótico, no final do século dezenove. Pintores com Biard e Pallière destacaram o cotidiano dos negros. Negras vendedoras de frutas, amas-de-leite, negros e mestiços embranquecidos e homens executando trabalhos braçais, são exemplos de uma figuração padronizada e perpetuada, a estética da escravidão. Essas figuras constituem meu foco investigativo para a reflexão acerca da iconografia do negro. / The primary objective of this study is to examine the pictorial and photographic representation of the black people in Brazil. The way the costumes were worn was the basis for the observations and image analysis. The pieces studied comprehend the period from 1850 to 1890 with emphais to typical and recurrent content. The way the outfits were was considered as an indicator of the black communit identity, idealized throught the viewpoint of the white population. The common characteristics of the studied paitings and photographs, as well as the relation between the costumes and their social roles connected to the relation between the costumes and their social roles connected to the observed pieces, were examined. Researches make use of various types of materials as source of inquiry. However, pictorial sources often black credit and are seen as mere text illustrations. In the case, these images can add to the texts they depict or perpetuate racist ideas. In order to carry out the image analysis, the historiography as regards the original representation of the black brasilian population as regards art, fashion, photography, African heritrage, perceptive theories, the influence of the artistic Missions that came to Brazil and the evolutionist theory in vogue during the last decades of the nineteen-century were considered. Phootographer like Christiano Júnior, Militão and Victor Frond produced countles photographs of the people that were sold in the European market as ethographic material and ilustration of the exotic. Paintes like Biard and Palliére have singled out the bach peoples everyday life. Black womens selling fruits or breat-feeding whitened black and half-cast people, and men handling heavy work are examples of a standard everlasting representation, the slavery aesthetics. This imagery constitutes the investigative focus of this paper as regards the black people iconography.
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O vestuário do negro na fotografia e na pintura : Brasil, 1850-1890 /

Souza, Vanessa Raquel Lambert de. January 2007 (has links)
Orientador: Percival Tirapeli / Banca: José Leonardo do Nascimento / Banca: Dilma de Melo / Resumo: O objetivo primordial dessa pesquisa é examinar a representação pictórica e fotografica do negro no Brasil. O uso da indumentária retrada serviu como refêrencia principal na observação e análise das imagens. Foram estudadas obras realizadas durante o periodo de 1850 a 1890, com ênfase naquelas que posuem conteúdo típico e recorrente. A utilização dos trajes foi considerada como um indicativo de condição social constituite da indentidade negra, idealizada por meio de uma perspectiva da população branca. Examinei as caracteristicas em comum nas imagens e a relação da indumentária associada aos papéis sociais, vinculados ás vestimentas que integram as obras. Pesquisadores lançam mão de vários tipos de material como fonte de pesquisa. Entretanto, fontes não escritas são por muitas vezes pouco creditadas, funcionando apenas como simples ilustrações e textos. Nesse caso, podem agregar novos significados aos textos que ilustram, ou perpetuar idéias racistas. Para realizar as análises das imagens, considerei a historiografica concernente ás origens da representação do negro nas artes brasileiras, à moda, à fotografia, às heranças africanas, às teorias perspectivas, às influências da Missões artísticas que viveram ao Brasil e às teorias evolucionistas vigentes durante as últimas décadas do século dezenove. Fótografos como Christiano Júnior, Militão e Victor Frond produziram inúmeras fotografias de negros que foram comercializadas aos europeus como material etnográfico e ilustração do exótico, no final do século dezenove. Pintores com Biard e Pallière destacaram o cotidiano dos negros. Negras vendedoras de frutas, amas-de-leite, negros e mestiços embranquecidos e homens executando trabalhos braçais, são exemplos de uma figuração padronizada e perpetuada, a estética da escravidão. Essas figuras constituem meu foco investigativo para a reflexão acerca da iconografia do negro. / Abstract: The primary objective of this study is to examine the pictorial and photographic representation of the black people in Brazil. The way the costumes were worn was the basis for the observations and image analysis. The pieces studied comprehend the period from 1850 to 1890 with emphais to typical and recurrent content. The way the outfits were was considered as an indicator of the black communit identity, idealized throught the viewpoint of the white population. The common characteristics of the studied paitings and photographs, as well as the relation between the costumes and their social roles connected to the relation between the costumes and their social roles connected to the observed pieces, were examined. Researches make use of various types of materials as source of inquiry. However, pictorial sources often black credit and are seen as mere text illustrations. In the case, these images can add to the texts they depict or perpetuate racist ideas. In order to carry out the image analysis, the historiography as regards the original representation of the black brasilian population as regards art, fashion, photography, African heritrage, perceptive theories, the influence of the artistic Missions that came to Brazil and the evolutionist theory in vogue during the last decades of the nineteen-century were considered. Phootographer like Christiano Júnior, Militão and Victor Frond produced countles photographs of the people that were sold in the European market as ethographic material and ilustration of the exotic. Paintes like Biard and Palliére have singled out the bach peoples everyday life. Black womens selling fruits or breat-feeding whitened black and half-cast people, and men handling heavy work are examples of a standard everlasting representation, the slavery aesthetics. This imagery constitutes the investigative focus of this paper as regards the black people iconography. / Mestre
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A menina e o erê nas viagens ao ser negro/ser negra: uma pesquisa sociopoética com educadores em formação / The girl and "Erê" in travel to be black man/to be black woman:a search sociopoética with educators in formation

SILVA, Rebeca de Alcântara e January 2007 (has links)
SILVA, Rebeca de Alcântara e. A menina e o erê nas viagens ao ser negro/ser negra: uma pesquisa sociopoética com educadores em formação. 2007. 213f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-12T16:50:09Z No. of bitstreams: 1 2007_Dis_RASILVA.pdf: 3624423 bytes, checksum: ee4b3cd17f03298d18df9b2b6ed2ee80 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-13T10:54:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_Dis_RASILVA.pdf: 3624423 bytes, checksum: ee4b3cd17f03298d18df9b2b6ed2ee80 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-13T10:54:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_Dis_RASILVA.pdf: 3624423 bytes, checksum: ee4b3cd17f03298d18df9b2b6ed2ee80 (MD5) Previous issue date: 2007 / Este trabalho é um estudo sociopoético que tem como tema gerador o que é ser negro/ser negra? Intenta-se saber que confetos (conceitos perpassados de afetos) estudantes universitários, futuros educadores tecem sobre a questão quando convidados por linguagens que instigam o imaginário, como é o caso da pesquisa sociopoética. Para tanto, foram realizadas duas oficinas de produção de dados buscando aguçar os sentidos dos corpos do grupo pesquisador uma vez que são fontes de conhecimento. A primeira teve como metáfora uma viagem ao lugar do ser negro. A segunda, a metamorfose do grupo pesquisador em bicho do ser negro. A análise dos dados foi confrontada com autores que versam sobre o tema em questão, assim como alguns conceitos caros à esquizoanálise, notadamente: rizoma, devir e multiplicidade. Na tentativa de ir além da escrita acadêmica convencional, é adotado o conto enquanto estilo literário. A menina interiorana negra deseja descobrir quem é o ser negro/ser negra, e viaja com Macu, um erê de verdade, nas trilhas desta aventura/pesquisa. Ao longo das muitas viagens que fazem com ajuda da sociopoética encontram muitos outros aventureiros desejosos de respostas sobre a pergunta que não cala em seus seres: quem é o ser negro/a?

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