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GOIÂNIA: O MITO DA CIDADE PLANEJADA / GOIÂNIA: THE MYTH OF THE CITY PLANNINGPELÁ, Márcia Cristina Hizim 12 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-12 / Goiânia was the first planned city of Brazil in the twentieth century. Its building was a
strategy of power that sought, in a regional context, to link the productive regions of
the State of Goiás, mainly to the south and southwest regions, and to end the old
family oligarchies and, in a national level, to bring the country to a new pattern of
capitalist production; that means, it was the investment in the process of expansion
of the capitalist system of production through the territory modernization. Thus, the
city appears with well defined interests and political/economic functions. To make this
project feasible, many resources were used, since political and economics
agreements till marketing campaigns with the aim to promote the need for
modernization. The new was the way. To reach this, nothing better than a new urban
plan to retract, through the curves and lines, the progress, the growth and the
integration of the hinterland in modern times. The Goiás of "Tropas and Boiadas"
(Troop and Drove) by Hugo de Carvalho Ramos, should subjugate to the Treaty of
Versailles of Atílio Correia de Lima. This attempt to overlay a culture on the other
produced contradictions, considering that it wasn t take into account - or at least the
importance was not understood - the fact that who composes a city are the social
costumers. Even if a city plan is carefully prepared and agreed politically and
economically, its deployment will carry the influence of several social groups that will
compose it, fact that will cause the change of the meanings. Thus, it can be observed
the creation of a myth and/or urban phenomenon on the modern and planned city in
countries land which is based on an ideology of the subjetc city . To understand
these assertions is necessary to break with the fragmented way of thinking the city,
which conduces to the construction of a critical sight of the space that allows to come
across the local and the global, the contradictions between rule and life, the
interference of the cultural practices in an urban planning; anyway, that allows an
integrated analysis in which theory and practice, perception and reason are
complementary in order to understand through the landscape and through the
social representation and daily life how the social and cultural practices, material
and immaterial, incured directly on the appearance and on the content of Goiânia s
territory in the period of 1930 to 1950, observing the changes or even the
disfigurement of the original plan, which involves the conflict between rule and life / Goiânia foi a primeira cidade planejada do Brasil no século XX. A sua edificação era
uma estratégia de poder que buscava, no âmbito regional, articular as regiões
produtivas do Estado de Goiás, principalmente às regiões sul e sudoeste, bem como
dar fim às antigas oligarquias familiares e, no âmbito nacional, adequar o país a um
novo ritmo de produção capitalista, ou seja, era a investida do processo de
expansão do modo de produção capitalista via modernização do território. Sendo
assim, a cidade já surge com interesses e funções políticas e econômicas bastante
definidas. Para que esse projeto se viabilizasse, inúmeros foram os recursos
utilizados, desde acordos políticos, econômicos a campanhas publicitárias que
tinham como objetivo difundir a necessidade de modernização. O novo era o
caminho. Para isso, nada melhor que um plano urbanístico inovador que retratasse,
por meio das curvas e traços, o avanço, o crescimento e a inserção do sertão nos
tempos modernos. O Goiás das Tropas e Boiadas , de Hugo de Carvalho Ramos,
deveria se render ao traçado de Versalhes de Atílio Correia Lima e Cia. Essa
tentativa de sobreposição de uma cultura sobre a outra gerou contradições, pois não
se levou em conta ou pelo menos não enxergou a importância o fato de que
quem compõe uma cidade são os sujeitos sociais. Por mais que um plano de cidade
seja minuciosamente elaborado e acordado política e economicamente, a sua
implantação terá a influência dos diversos grupos sociais que irão integrá-la, fato
que acarretará deslizamentos de sentidos. Assiste-se, assim, à criação de um mito
e/ou fenômeno urbano em torno da cidade planejada e moderna em terras
sertanejas, embasado por uma ideologia da cidade como sujeito. Para compreender
essas assertivas é necessário romper com o modo fragmentado de pensar a cidade,
o que leva à construção de um olhar espacial que, por sua vez, permite deparar com
o local e o global, com as contradições entre norma e vida, com as interferências
das práticas socioculturais no planejamento urbano. Enfim, possibilita uma análise
integrada em que teoria e prática, razão e percepção se complementam, na busca
de compreender, por meio da paisagem, da representação social e do cotidiano,
como as práticas socioculturais, materiais e imateriais, incidiram diretamente na
feição e no conteúdo do território goianiense no período de 1930 a 1950,
observando as transformações ou, até mesmo, a desconfiguração do plano original,
que implica o conflito entre a norma e a vida.
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