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Subjetivação, jornalismo e ética: uma abordagem dialógica / Subjectivation, journalism and ethics: a dialogic approachMagalhães, Anderson Salvaterra 27 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-01-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis discusses the complex issue of authorship in the press and demonstrates that
a responsible performance of journalism does not imply deletion, but management of
intersubjective relations inherent to language use. The study also shows that even
serious journalistic material is a product of subjectivation when it reflects cultural
values in effect, and it is a subjectivation vector when it refracts them, designing a
manner of treating the ethical tensions proper of the discursive sphere in which it is
inserted. In order to do that, the way how the newspaper O Dia articulates the utterance
subjects in awarded texts in the process of rebuilding its institutional identity towards
seriousness is described. Journalistic texts consist of communicative units from the
Bakhtinian dialogic point of view, which conceives interaction as the founding principle
of language, updated in a discursive chain, the links of which are the utterance. In this
condition, it is understood that news and reportage, among other types of journalistic
texts, are founded on intersubjective relations that realize human communication and
that are socially and historically built. Those relations are not limited to the immediate
situation of language use, and they rule cultural operation. From this theoretical
perspective, the notions of authorship, speaker, addressee and object work as categories
of analysis which give access to discursive phenomena that mobilize and are mobilized
by subjectivation processes. The selected corpus is composed of three series of
reportage awarded in specialized contests and of prescriptive texts of the journalistic
work, namely: reformulations of the press law, the Ethical Code of Journalists, the
writing manual of the newspaper and the norms of contests. The choice of the awarding
situation is due to the fact that in this context the journalistic work constitutes an object
of discourse. Thus, dialogues established between the prescription and the award unveil
values attested in and by the journalistic sphere. The analysis shows a tendency of O
Dia to treat the characters which compose the object of discourse differently. This
manner of managing ethical conflicts sometimes corroborates a legitimating editorial
identity posture, when it joins hegemony discourse, and some other times it functions as
a resistance mechanism, making room for negotiation of values and social change. On
the one hand, the demonstrative forms of utterance prove the commitment of the
newspaper with the sphere. On the other hand, the movements of discursive adaptation
in different contests show the influence of contemporary cultural operation, which does
not presuppose identity stability / Esta tese discute a complexidade da questão autoral na imprensa e demonstra que o
exercício jornalístico responsável implica não o apagamento, mas a gestão das relações
intersubjetivas inerentes ao uso da linguagem. O estudo mostra também que mesmo o
material jornalístico sério é produto de subjetivação ao refletir valores culturais vigentes
e vetor de subjetivação ao refratá-los, delineando uma maneira de tratar as tensões éticas
próprias da esfera discursiva em que se insere. Para isso, descreve-se o modo como o
jornal O Dia, no percurso de reconstrução identitária institucional em direção à
seriedade, articula os sujeitos enunciativos em textos premiados. As matérias
jornalísticas configuram unidades comunicativas do ponto de vista dialógico
bakhtiniano, que concebe a interação como o princípio fundador da linguagem,
atualizada numa cadeia discursiva, cujos elos são os enunciados. Nessa condição,
entende-se que as notícias, reportagens, entre outros tipos de textos do jornalismo,
fundamentam-se sobre relações intersubjetivas que realizam a comunicação humana e
que se constroem sócio-historicamente, não se restringindo à situação imediata de uso
da linguagem, mas regulando o funcionamento cultural. Dessa perspectiva teórica, as
noções de autoria, locutor, destinatário e objeto funcionam como categorias de análise
que dão acesso aos fenômenos discursivos que mobilizam e são mobilizados pelos
processos de subjetivação. O corpus selecionado é composto por três séries de
reportagens premiadas em concursos especializados e por textos prescritivos do trabalho
jornalístico, a saber: reformulações da lei de imprensa, o Código de Ética dos
Jornalistas, o manual de redação da editoria e as normas dos concursos. A escolha pela
situação de premiação se deve ao fato de ali o trabalho jornalístico constituir objeto do
discurso. Assim, os diálogos que se entretecem entre a prescrição e a premiação
desvelam valores referendados na e pela esfera jornalística. A análise mostra uma
tendência da editoria O Dia em dar tratamento diferenciado às personagens que
compõem o objeto discursivo. Essa maneira de gerir conflitos éticos ora corrobora uma
postura identitária editorial legitimadora de valores vigentes, ao aderir ao discurso
hegemônico, ora funciona como mecanismo de resistência, ao instituir espaço para
negociação de valores e transformação social. Por um lado, as formas demonstrativas do
enunciado evidenciam comprometimento do jornal com a esfera, por outro, os
movimentos de adaptação discursiva nos diferentes concursos mostram influência do
funcionamento cultural contemporâneo, que não pressupõe estabilidade identitária
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Sensacionalismo e credibilidade: a primeira página de quatro jornais cariocas: Jornal do Brasil, O Globo, O Dia, e Povo do RioBondim, Renata Gérard 08 1900 (has links)
Submitted by Miguel R. Amorim Neto (miguel@sibi.ufrj.br) on 2017-06-29T00:24:46Z
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Previous issue date: 2001-08 / La comparaison entre les premières pages (PP) de quatre quotidiens de Rio de Janeiro - Jormal do Brasil, O Globo, O Dia et Povo do Rio - cherchant à faire connaitre le discouss que chaque journal utilise pour communiquer avec son lectorat a montré, d'un côte, Ia pertinente de l'analyse du discours en tant qu'outil d'étude et d'interpretation des discours dans la presse écrite et, d'un autre côte, la tendance à effacer Ia distinction courante entre presse de qualité et presse popuIaire par I'introduction, dans Ia production textuelle linguistique ou iconographique, de stratégies diseutsives donnkes. L'univers compétitif auquel appartjennent ces quotidiens est mené par Ia politique marketing qui determine le choix de la presentation des nouvelles à travers laquelle chaque journal "in-forme", tant dans le but de fidéliser son lectorat que dans celui d'augnaenter son importante dans le marché mediatique. La competition au sein de ta presse écrite et entre celIe-ci et la télévision ne fait que favoriser, dans la presse dite sérieuse, l'adoption de stratégies discursives appartenant à Ia presse à scandale. Ces stratégies non seulernent font ressortir, dans les énonçés linguistiques et iconographiques, les relations entre le discours de Ia presse quotidienne et la pratique sociale dont il découle, mais encore dévoilent, surtout dans Ies faits divers liés au narcottafic, le mode de vie de ceux que les journaux de qualifé ignorent: les exclus en tout genre. Le marché complexe dans leque1 évolue la presse fait que la PP des quotidiens, en attirant le lecteur, favorise leur vente, ce qui paradoxalement contribue a ta fomation d'un marche linguistique discursif où peu à peu s'impose et se reproduit une certaine représentation de la réalité, et où devient possible Ia construction d'un discours contre l'hégérnonie presente. Cette interprétation vient du fait que dans Ies discours se trouvent Ies traces et les effets des vrais problèrnes, des crises ou des changernents d'origine économique, ainsi que des processus de trãnsformation dans les rapportç de force au sein de la soçcété, et dans les média en particulier. / Comparação das primeiras páginas (PP) de quatro jornais do Rio de Janeiro - Jornal do Brasil. O Globo, O Dia e o Povo do Rio -, com o intuito de reconhecer o modo discursivo peculiar a cada diário em sua relação com o respectivo público-alvo,demonstrou, por um lado, a produtividade da análise dos discursos como instrumento de análise e interpretação dos discursos da mídia impressa, e, por outro, uma tendência a se desfazer a clássica distinção entre jornais de qualidade e jornais populares pela utilização de determinadas estratégias discursiva, seja no âmbito da produção textual linguística, seja no da imagem. O universo de concorrência de que fazem parte esses diários é movimentado sobretudo pelo marketing, fator determinante na escolha dos dispositivos enunciativos com que cada jornal 'in-forma' as notícias, a fim de tanto garantir a fidelidade de sua recepção, quanto de aumentar sua participação no mercado da mídia. A concorrência entre os jornais e entre estes e a televisão vem aumentando a tendência, no jornalismo impresso considerado 'de credibilidade', de assimilar estratégias discursivas peculiares à chamada imprensa 'sensacionalista'. Essas estratégias além de materializarem, nos enunciados linguísticos e nas imagens, as relações entre a prática discursiva da imprensa diária e a prática social de que esta se origina, desvelam, sobretudo nos textos da editoria de polícia relativos ao universo do narcotráfico, a vivência de segmentos sociais, a cujo universo referencial não costuma ser dada visibilidade nos jornais considerados de qualidade. A complexidade de mercado em que se insere a mídia impressa determina que a PP dos jornais exerça atração sobre o leitor e seja 'vendável', o que, contraditoriamente, contribui para a constituição de um mercado linguístico-discursivo, em que, não só a hegemonia de uma determinada representação da realidade vai se impondo e sendo reproduzida, mas também vão se constituindo as condições para a construção de discursos contra-hegemônicos. Essa interpretação parte do pressuposto de que nos discursas estão inscritos os traços e os efeitos de problemas reais, de crise ou de mudanças qualitativas no nível da base econômica, hem como de complexos processos de transfomaç6es, no campo das relações de força da
sociedade, e na mídia em particular.
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