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O jornal \'O Estado de S. Paulo\' e a revista \'Veja\' após o Ato Institucional nº 5: análise semiótica do discurso jornalístico de resistência / The Brazilian journal \"O Estado de S. Paulo\" and Veja (a Brazilian Magazine) after the AI-5: : analysis of the corresponding texts from the printed media of this time with theoretical and methodological support of the French line semioticMigliaccio, Luciana Adayr Arruda 22 March 2007 (has links)
Quando o AI- 5 foi decretado, em dezembro de 1968, o regime militar buscou, por meio da interdição à liberdade de imprensa, homogeneizar os discursos, impedir que os indivíduos demonstrassem insatisfação com o governo. A expectativa em relação aos discursos responsivos ao Regime é de um modo de presença submisso e que envolva textos com efeito de monofonia, ou seja, com acento único no tom da voz do enunciador. Observaremos como e por que a mídia jornalística impressa dessas décadas responde ao autoritarismo da ditadura militar. Para isso, analisaremos textos midiáticos correspondentes a essa época da História do Brasil, com apoio teórico e metodológico da semiótica de linha francesa. Alguns veículos de mídia submeteram-se à interdição, evitando o confronto com o Regime; outros, porém, como O Estado de S. Paulo e Veja, mesmo estando interditos, marcaram seu protesto, utilizando um efeito de descontinuidade semântica nas páginas dos periódicos, que supunha efeito de estranhamento ao leitor fiel do jornal e da revista. Rompiase a isotopia discursiva, que é a homogeneidade de leitura oferecida pelos periódicos dia após dia, ao se colocar, por exemplo, na revista Veja, desenhos de demônios, após uma reportagem que tratava da reforma da estrada Belém-Brasília; ou, na primeira página do jornal OESP, fotos de rosas e cartas de leitores. Os enunciadores dos textos midiáticos se apoiaram então no efeito de ironia, que é uma forma de heterogeneidade mostrada e não marcada para protestar contra a interdição. Desestabilizou-se, dessa maneira, o efeito de monofonia por meio de inserções pontuais de discursos representativos de formações discursivas contraditórias. Delineia-se, assim, o corpo flexível do ator da enunciação: depreende-se do próprio discurso um sujeito que, ainda que em segredo, opõe-se ao veto à liberdade de expressão da imprensa. Comprova-se a possibilidade de verificação de um éthos e seu anti-éthos no diálogo discursivo polêmico entre textos que defendiam a submissão como modelo de presença (ditadura) e textos que, responsivos àqueles (mídia), configuravam-se pelas dimensões da descontinuidade, da heterogeneidade mostrada, da polifonia e da polêmica veladas. / When the AI-5 was decreed, in December of 1968, the military regime suppressed the press freedom, to homogenize the discourses to avoid any demonstration of people\'s discontent towards the government. The expectation in relation to the responsive discourses to the regime is in a submissive mode of presence and involves texts with monotonic voice effect, which in other words is a single tone in the voice of the enunciator. It fulfills to observe how and why the printed media from these decades replies to the authoritarianism of the military dictatorship. Therefore, we will analyze the corresponding texts from the printed media of this time in the History of Brazil, with theoretical and methodological support of the French line semiotic. Some channels of media had submitted to the interdiction to prevent the confrontation with the regime; others, however, as the O Estado de S. Paulo and Veja, even with the interdiction, revealed their protest, using discontinuity semantics that effected the pages of the publication, assuming that it would cause an odd effect to the faithful reader of the newspapers and the magazine. The isotropic discourse was broken, which is the homogeneity of reading offered by the periodical day after day, when for example, the news magazine Veja placed drawings of demons following a news article dealing with the reconstruction of the Belém-Brasília road or, in the first page of the newspaper OESP placed roses pictures and reader\'s letters. The ironic effects supported the enunciators of the media articles, which is a way of heterogeneities shown but not declared to protest against the interdiction. The inserting points of representative discourses from contradictive discursive formations became the monotonic voice unstable. It is delineated, thus, the flexible body of the actor of enunciation: it is inferred from the own discourse a person that even in secret, is against the veto to the press liberty of speech. It proves the possibility of verification of an éthos and its anti-éthos in the controversial discursive dialogue between texts that defended the submission as presence model (dictatorship) and texts that, responsive to those (media) was configured for the dimensions of the discontinuity, of the shown heterogeneities, the guarded polyphonic and the controversy.
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O jornal \'O Estado de S. Paulo\' e a revista \'Veja\' após o Ato Institucional nº 5: análise semiótica do discurso jornalístico de resistência / The Brazilian journal \"O Estado de S. Paulo\" and Veja (a Brazilian Magazine) after the AI-5: : analysis of the corresponding texts from the printed media of this time with theoretical and methodological support of the French line semioticLuciana Adayr Arruda Migliaccio 22 March 2007 (has links)
Quando o AI- 5 foi decretado, em dezembro de 1968, o regime militar buscou, por meio da interdição à liberdade de imprensa, homogeneizar os discursos, impedir que os indivíduos demonstrassem insatisfação com o governo. A expectativa em relação aos discursos responsivos ao Regime é de um modo de presença submisso e que envolva textos com efeito de monofonia, ou seja, com acento único no tom da voz do enunciador. Observaremos como e por que a mídia jornalística impressa dessas décadas responde ao autoritarismo da ditadura militar. Para isso, analisaremos textos midiáticos correspondentes a essa época da História do Brasil, com apoio teórico e metodológico da semiótica de linha francesa. Alguns veículos de mídia submeteram-se à interdição, evitando o confronto com o Regime; outros, porém, como O Estado de S. Paulo e Veja, mesmo estando interditos, marcaram seu protesto, utilizando um efeito de descontinuidade semântica nas páginas dos periódicos, que supunha efeito de estranhamento ao leitor fiel do jornal e da revista. Rompiase a isotopia discursiva, que é a homogeneidade de leitura oferecida pelos periódicos dia após dia, ao se colocar, por exemplo, na revista Veja, desenhos de demônios, após uma reportagem que tratava da reforma da estrada Belém-Brasília; ou, na primeira página do jornal OESP, fotos de rosas e cartas de leitores. Os enunciadores dos textos midiáticos se apoiaram então no efeito de ironia, que é uma forma de heterogeneidade mostrada e não marcada para protestar contra a interdição. Desestabilizou-se, dessa maneira, o efeito de monofonia por meio de inserções pontuais de discursos representativos de formações discursivas contraditórias. Delineia-se, assim, o corpo flexível do ator da enunciação: depreende-se do próprio discurso um sujeito que, ainda que em segredo, opõe-se ao veto à liberdade de expressão da imprensa. Comprova-se a possibilidade de verificação de um éthos e seu anti-éthos no diálogo discursivo polêmico entre textos que defendiam a submissão como modelo de presença (ditadura) e textos que, responsivos àqueles (mídia), configuravam-se pelas dimensões da descontinuidade, da heterogeneidade mostrada, da polifonia e da polêmica veladas. / When the AI-5 was decreed, in December of 1968, the military regime suppressed the press freedom, to homogenize the discourses to avoid any demonstration of people\'s discontent towards the government. The expectation in relation to the responsive discourses to the regime is in a submissive mode of presence and involves texts with monotonic voice effect, which in other words is a single tone in the voice of the enunciator. It fulfills to observe how and why the printed media from these decades replies to the authoritarianism of the military dictatorship. Therefore, we will analyze the corresponding texts from the printed media of this time in the History of Brazil, with theoretical and methodological support of the French line semiotic. Some channels of media had submitted to the interdiction to prevent the confrontation with the regime; others, however, as the O Estado de S. Paulo and Veja, even with the interdiction, revealed their protest, using discontinuity semantics that effected the pages of the publication, assuming that it would cause an odd effect to the faithful reader of the newspapers and the magazine. The isotropic discourse was broken, which is the homogeneity of reading offered by the periodical day after day, when for example, the news magazine Veja placed drawings of demons following a news article dealing with the reconstruction of the Belém-Brasília road or, in the first page of the newspaper OESP placed roses pictures and reader\'s letters. The ironic effects supported the enunciators of the media articles, which is a way of heterogeneities shown but not declared to protest against the interdiction. The inserting points of representative discourses from contradictive discursive formations became the monotonic voice unstable. It is delineated, thus, the flexible body of the actor of enunciation: it is inferred from the own discourse a person that even in secret, is against the veto to the press liberty of speech. It proves the possibility of verification of an éthos and its anti-éthos in the controversial discursive dialogue between texts that defended the submission as presence model (dictatorship) and texts that, responsive to those (media) was configured for the dimensions of the discontinuity, of the shown heterogeneities, the guarded polyphonic and the controversy.
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O ensino de segundo grau em O Estado de S.Paulo (1972-1977)Ribeiro, Leisa Alves 26 February 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-02-26 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This master dissertation presents the results of a research whose purpose was to organize and analyse the articles and editorials about Secondary Education published in the newspaper O Estado de S. Paulo (OESP) from 1972 to 1977, when the educational reform 5692 was implemented. We aimed to examine how this newspaper, which always had Education as one of its principal themes in its pages, printed the reform and reacted to the government s reform and its implementation.
Due to the military dictatorship, the approaches of the articles and editorials published in OESP vary between a soft and hard tone, a tendency found in the Brazilian media.
When the political program distensão - a gradual relaxation of the authoritarian rule - takes place in the country, the editorials and articles, that before only showed the difficulties to implement the reform in the Brazilian States, started to criticize openly the government and to show that the reform was a failure.
At this period, OESP interviewed people from several social fields to speak about the Secondary Educational System. Lack of educational facilities and financial aid were pointed as the reason of the failure of the reform. Besides that, the newspaper OESP shows that its ideas about Secondary Education are opposed to the reform proposed by the government. The former is for academic studies whereas the latter for a technical education / Esta dissertação de mestrado apresenta os resultados de uma pesquisa documental que teve como objetivos organizar e analisar as matérias e os editoriais sobre o ensino de 2o. grau publicados no jornal O Estado de S. Paulo (OESP) entre os anos de 1972 a 1977, momento da implementação da reforma do ensino médio (Lei 5.692/71), a fim de verificar como esse jornal, que tradicionalmente teve na educação um de seus temas principais, acompanhou a reforma e se posicionou diante de seus princípios e medidas de implantação.
Tendo sido publicados durante os anos da ditadura militar, as matérias e editoriais oscilam entre o teor contido e o crítico , acompanhando o movimento geral da grande imprensa com relação ao governo ditatorial. Com o processo de distensão política, os editoriais e matérias, que antes apontavam as dificuldades de implementação das medidas da lei nos estados, passaram a criticar diretamente o governo e a denunciar o malogro da reforma. Nesse momento, OESP traz a suas páginas a voz de setores da sociedade que abordaram a falta de recursos materiais e físicos para a profissionalização do ensino médio, além de manifestar a sua própria proposta para o ensino de 2o. grau: a formação geral, humanista, em contraposição à formação profissionalizante proposta pelo governo
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