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Percursos irónicos da escrita poética de Samuel Taylor Coleridge : Para uma leitura da Biographia Literaria e de "The Rime of the Ancient Mariner"

Resende, Helena Maria Pereira January 2000 (has links)
A dissertação procura apresentar uma leitura do poema "The Rime of the Ancient Mariner" à luz da ironia romântica. Dado que o autor do poema - Samuel Taylor Coleridge - desenvolveu uma teoria poética na sua obra Biographia Literaria, que se considera fundamental para esta leitura da procura, o primeiro capítulo aborda a auto-reflexão consciente do autor em relação aos filósofos idealistas alemães que o influenciaram. Este capítulo analisa ainda um autor simultaneamente crítico da sua obra, da sua vida e das tradições que o rodeiam a partir de uma enunciação em primeira pessoas. O segundo capítulo centra-se no poema "The Rime" numa perspectiva interna ao poema e o terceiro capítulo aborda a sua recepção numa perspectiva externa e sua relação com a recepção interna do poema.
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A Ironia Como Produção de Humor e Crítica social: uma Análise Pragmática das Tiras de Mafalda

OLIVEIRA, M. L. S. 07 March 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:08:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3075_Dissertação Monica Oliveira.pdf: 885546 bytes, checksum: baacb240d95508a81fe9fababc39761e (MD5) Previous issue date: 2008-03-07 / Esta dissertação tem como objetivo analisar o humor e a ironia veiculados através da linguagem de Mafalda, personagem das tiras em quadrinhos de Quino. Partindo da noção de ironia como uma afirmação de algo diferente do que se deseja comunicar, na qual o emissor deixa transparecer uma afirmação contrária por meio do contexto situacional ou entonação e observando três teorias da Pragmática: as máximas conversacionais do Principio da Cooperação (Grice, 1975), a Teoria da Relevância (Sperber e Wilson, 1986, 2005) e Atos de Fala (Austin 1990, e Searle 1969), serão analisadas dezesseis tiras de quadrinhos, protagonizadas por Mafalda, para mostrar como a estratégica irônica produz humor e crítica social.
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A ironia e sua refrações: um estudo sobre a dissonância na paródia e no riso

Alavarce, Camila da Silva [UNESP] 18 September 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:32:08Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-09-18Bitstream added on 2014-06-13T20:03:04Z : No. of bitstreams: 1 alavarce_cs_dr_arafcl_prot.pdf: 1268389 bytes, checksum: 33444b18914384cde98d3c22b612045f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O presente trabalho concentra-se no estudo dos discursos caracterizados pela dissonância, mais especificamente, a ironia, a paródia e o riso. Em primeiro lugar, foram estudadas as especificidades de cada uma dessas modalidades e chegou-se à conclusão de que tais discursos são sempre constituídos pela tensão, pelo embate de vozes dissonantes. Em relação à ironia, trata-se de uma categoria que, além de se originar a partir da sobreposição de vozes antagônicas, provoca sensações também contraditórias naqueles que a “experimentam”, a partir do momento em que ocorre. Embora também reproduza um choque e se configure como resultado de uma diferença de postura entre dois planos, a paródia distancia-se, no presente trabalho, da visão tradicional de “canto ridicularizador”, funcionando, ao contrário, como uma inscrição de continuidade histórico-literária e atuando na revisão crítica de discursos anteriores. Em relação ao riso, foram privilegiadas as teorias de Schopenhauer, Baudelaire e Jean Paul, já que são estudos que proporcionam uma aproximação estrutural e filosófica entre os fenômenos do riso e os discursos irônicos e paródicos. Desse modo, tal qual a ironia e a paródia, esse riso é também fruto de uma dissonância, instaurando, ao invés da certeza, a possibilidade, em lugar do uníssono, o ambivalente. O estudo dos significativos pontos de contato entre a ironia, a paródia e o riso legitima a relevância do sujeito na decodificação desses discursos caracterizados pela ambigüidade. Assim, o receptor de textos irônicos, paródicos ou marcados pelo riso é valorizado na medida em que é julgado capaz de perceber a dissonância subjacente a esses discursos. Além desse ponto de contato entre as modalidades analisadas – o leitor – foram traçadas comparações importantes entre a paródia e a ironia romântica... / This study focuses on the study of discourses characterized by dissonance, more specifically, the irony, the parody and the laugh. At First, we studied the specifics of each one of these terms and came to the conclusion that these discourses are always made by tension by the clash of dissonant voices. In relation to the irony, this is a category that besides to originate from the overlap of antagonistic voices, provokes sensations that also contradicting on that who experience from the moment they occur. While also reproduce a shock and it is set as a result of a difference of attitude between two planes, the parody distances itself in this work, the traditional view of “ mocked corner, working, on the contrary, as a recording of continuity historical literary and working in a critical review of previous discourses Regarding the laugh, they were inside the theories of Schopenhauer, Baudelaire and Jean Paul, as they are studies that provide a structural and philosophical approach between the phenomena of laugh and ironic and parodies discourses. Thus, as the irony and parody, that laugh is also the result of a dissonance, introducing, instead of certainty the possibility, instead of unison, the ambivalent. The study of the significant points of contact between the irony, parody and laugh legitimizes the relevance of the subject in the decoding of these discourses characterized by ambiguity. Thus, the receptor of ironic and parody texts and marked by laugh is valued as while it is judged able to understand the dissonance subjacent to these discourses. Beyond this point of contact between the modalities discussed - the reader - they were drawn important comparisons between the parody and the romantic irony, and yet, among the object categories of this study and the issue of mimesis so inviting. They chose three texts for the application of this theory: o homem duplicado...(Complete abstract click electronic access below)
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X e ironico?

Oliveira, Jair, 1957- 09 October 2010 (has links)
No description available.
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Artimanhas do texto : a metatextualidade na ficção de Rubem Fonseca /

Amorim, Sabrina Maria de. January 2007 (has links)
Orientador: Sylvia Helena Telarolli de Almeida Leite / Banca: Maria de Lourdes Ortiz Gandini Baldan / Banca: Edu Teruki Otsuka / Resumo: Esta pesquisa investiga como se dá a elaboração metatextual na produção contística de Rubem Fonseca e qual a função da utilização deste recurso dentro do conjunto da obra do autor. Nos textos em estudo, há um questionamento acerca do exercício literário, da tradição artística e do papel do escritor na sociedade contemporânea inserido nas entrelinhas das narrativas, e os contos, ao proporem este tipo de reflexão da arte sobre si mesma, acabam sendo objetos de pelo menos duas leituras: a ficcional e a da crítica sobre essa ficção. A metatextualidade, portanto, faz com que o texto literário absorva o discurso crítico e, para isso, recorre a diversos procedimentos, tais como: a intertextualidade, a paródia e a ironia, recursos estes que exploram a duplicidade de sentidos, tão proveitosa ao trabalho metatextual. O debate sobre a literatura elaborado dentro do texto literário é, pois, portador de uma interação de múltiplas vozes, de cruzamentos de textos e de uma série de interpretações, a ponto de diversos sentidos críticos coabitarem com um significado aparente do texto, isto é, um significado superficial, depreendido de uma leitura mais ingênua da narrativa. Essa multiplicidade de sentidos torna o texto uma espécie de labirinto, no qual o leitor escolhe o trajeto a seguir, ou melhor, o sentido a dar ao texto, de acordo com algumas marcas indicadas nos enredos, com seu próprio repertório cultural e sua bagagem de leituras. A produção de Rubem Fonseca é pensada nesses termos, de maneira que, por meio das artimanhas do texto, poderemos mostrar que a obra fonsequiana é muito rica em reflexões sobre o universo literário e sobre a condição da arte no contexto atual. / Abstract: This research investigates how the metatextual elaboration happens in Rubem Fonseca's short-story production, and what is the function of the utilization of this resource inside the author's work. In the texts studied, there is a questioning on the literary exercise, on the artistic tradition and on the role of the writer in the contemporary society indirectly inserted in the narrative, and the short-stories, when proposing this kind of reflection of the art on itself, turn out to become objects of at least two readings: the fictional reading and the one from the critic about this fiction. The metatextuality, hence, makes the literary text absorbs the critical discourse and, in order to achieve it, draws on several procedures as: the intertextuality, the parody and the irony, resources that exploit the duplicity of meanings, so beneficial to the metatextual work. The debate about literature built inside the literary text is the bearer of an interaction of multiple voices, crossings of texts and an array of interpretations so that several critical meanings can co-inhabit with an apparent meaning of the text, or a superficial meaning taken from a naiver reading of the narrative. This multiplicity of meanings makes the text a kind of maze in which the reader chooses the way to be followed or the meaning that will be given to the text according to some impressions indicated in the plots, with his/her own cultural repertory and reading history. Rubem Fonseca's production is thought in these terms, so that, because of the dodges of the text, we will be able to show that the work of Fonseca is very rich in reflections about the literary universe and the condition of art in the present context. / Mestre
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A metáfora do direito e a retórica da ironia no pensamento jurídico

Lima, Pedro Parini Marques de 24 April 2013 (has links)
Submitted by Luiz Felipe Barbosa (luiz.fbabreu2@ufpe.br) on 2015-03-06T13:42:55Z No. of bitstreams: 2 Tese PEDRO .pdf: 2500778 bytes, checksum: 788f08411742c4c7a6adfbc4afa96b7a (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T13:42:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese PEDRO .pdf: 2500778 bytes, checksum: 788f08411742c4c7a6adfbc4afa96b7a (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-04-24 / A tese defende que, para se lidar com a noção de direito, são necessárias habilidade poética e criatividade literária. É preciso construir metáforas, manipulá-las e interpretá-las astuta ou ironicamente. Analisando-se retoricamente estratégias jurídicas, percebe-se que a ironia é fundamental no pensamento jurídico. Conclui-se que o vocabulário final, e os discursos acerca de fenômenos considerados jurídicos são metaforicamente estruturados, ao mesmo tempo em que são apresentados como conceituais ou literais. A literalidade é tomada pela dogmática jurídica tradicional como dado inquestionável, que ora é corroborado, ora combatido. Entretanto é na extraliteralidade proporcionada pela metáfora e pela ironia que opera o pensamento jurídico. Constata-se que, além de possuírem origem metafórica, expressões fundamentais da retórica material dos juristas são ironicamente invertidas: nota-se o emprego de “justiça” significando “vingança”, de “saber” no lugar de “querer”, de “racionalidade” ao invés de “regularidade”. Paradoxos e contradições que se formam no pensamento jurídico dissolvem-se diante de alguma forma de compreensão irônica. A ironia está em diferentes âmbitos da retórica jurídica: como ironia de evento, está presente no próprio caráter contraditório das expressões empregadas em diferentes contextos; como ironia instrumental, é elemento dogmático de persuasão e crítica; como auto-ironia, está na construção e na apresentação das teorias jurídicas. O modo irônico de pensar, agir, comunicar e interagir é tomado como modo de captar o fenômeno jurídico em suas inúmeras formas e possíveis manifestações na história.
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Construção e usos da ironia em propagandas e romances

Felix Valença Cintra, Liliane 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:28:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1768_1.pdf: 949255 bytes, checksum: 0cf97ba5176f93a89479efeac4a50e5c (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo teve como objetivos caracterizar e definir a ironia, investigando suas diferentes estratégias de construção. Baseamo-nos em estudos de Tannen e Wallat (2008), que afirmam que todo tipo de interação é construída sobre estruturas de expectativa, isto é, noções do que seria comum ocorrer em determinadas situações comunicativas. Nosso corpus compõe-se de propagandas veiculadas em outdoors e dos romances A Caverna e A Jangada de Pedra, ambos de José Saramago. Uma definição comum de ironia a apresenta como modo de dizer algo, mas significar o seu contrário. (Muecke, 1970) Defendemos que a ironia não aparece apenas como um meio de expressar o contrário do que é dito, mas como modo de significar algo diferente o contrário, às vezes, mas, não sempre do enunciado. Essa diferença entre o que é dito e o que se quer dizer gera uma quebra nas estruturas de expectativa, o que ocasiona um efeito cômico, o qual, somado à crítica, produz a sensação de ironia. O fenômeno pode revelar-se sob três aspectos: (1) de forma predominantemente verbal, através de ditados populares, repetições e demais recursos linguísticos capazes de possibilitar uma interpretação dialética; (2) por meio da multimodalidade, em que fotos, desenhos e cores diferenciadas unem-se a recursos linguísticos para a produção de sentido; (3) por meio exclusivamente verbal, porém gerando uma imagem que, uma vez concluída, dispensa a linguagem utilizada em sua formação e inscreve-se como desenho crítico na mente dos leitores. Nosso conceito de ironia envolve duas características indispensáveis: a quebra das estruturas de expectativa e a possibilidade de interpretação em ao menos dois sentidos distintos
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Jornalismo e ironia: produção de sentido em jornais impressos no Brasil

SEIXAS, Netília Silva dos Anjos January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:33:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7809_1.pdf: 14147330 bytes, checksum: b90534d16feb0109a4531fd2adc341ff (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Este estudo se propôs a observar como a ironia se configura nos jornais impressos brasileiros, assim como a apontar pistas de seu uso por jornalistas no desempenho profissional, considerando a importância dos meios noticiosos na sociedade contemporânea como produtores/proponentes de sentido e a insistente afirmação de objetividade do discurso jornalístico, embora essa seja uma questão antiga e já superada no meio acadêmico. O estudo tentou identificar o que é motivo de ironia para a enunciação jornalística impressa, de que maneira ela é constituída e proposta, além de discutir qual o principal papel que desempenha e se há relações de sua ocorrência com os gêneros e modalidades jornalísticas. A análise incluiu jornais de cada região do país, complementada por contribuições de alguns jornalistas atuantes no jornal O Liberal, de Belém (PA). Integraram o corpus de análise os jornais Folha de S. Paulo (SP), O Globo (RJ), Zero Hora (RS), Jornal do Commercio (PE) e O Liberal (PA), publicados no mês de novembro de 2002, dos quais foram lidas 10 edições de cada um, totalizando 50 exemplares. A parte complementar envolveu a aplicação de formulário a trinta e dois jornalistas de O Liberal. A análise e a apresentação dos dados obedeceram a um ordenamento estatístico, conjugadas a uma análise enunciativo-discursiva. Do ponto de vista teórico, o levantamento das concepções de ironia abordou desde os filósofos gregos até a atualidade, incluindo as filosofias socrática e romântica, as abordagens de base retórica, cognitivista, pragmática, enunciativa e discursiva. Para discutir a diversidade de propostas de ironia no meio impresso, o estudo recorreu a uma perspectiva discursiva, com auxílio das contribuições pragmáticas e enunciativas, sendo a ironia entendida principalmente mas não só - como um efeito de sentido crítico e derrisório. A pesquisa confirmou as hipóteses de que a ironia é constantemente proposta em diversos gêneros do meio impresso, tanto do chamado jornalismo opinativo quanto do informativo, e que desempenha uma função crítica, não estando a serviço do riso, como preconizam alguns estudos clássicos sobre o assunto, mesmo quando faz rir. No jornalismo impresso, a ironia aparece em assuntos diversos e sob variadas formas, de maneira próxima a usos cotidianos, até onde a linguagem e a criatividade humanas são capazes de chegar
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Entendendo nas entrelinhas : como as crianças compreendem ironia em discursos argumentativos

Souza Alves, Cristhiane 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:56:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1251_1.pdf: 6479627 bytes, checksum: 9f25f8a80cd2bb9ce0db425f84d44fe0 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Dentre os recursos que podem ser empregados na defesa de um ponto de vista, ou mesmo na produção de contra-argumentos, enfoca-se, neste trabalho, a utilização da estratégia enunciativo-discursiva da ironia, que se caracteriza pela implicitação de sentidos diferentes daqueles que comumente seriam entendidos no enunciado ou discurso em questão. Considerando que é possível compreender ironia, segundo alguns estudos, em torno dos primeiros anos escolares, este trabalho se propôs a observar como a compreensão da ironia, a partir da perspectiva enunciativa dialógica, poderia afetar o reconhecimento dos elementos básicos de uma argumentação (argumento, justificativa, contra-argumento, resposta) por crianças que tivessem entre cinco e oito anos de idade. Esta investigação assume a perspectiva dialógica bakhtiniana de linguagem, que é vista como atividade social interativa, na qual sujeitos históricos interagem verbalmente produzindo e recebendo enunciados, que terão seus sentidos constituídos a partir da interação de diversos contextos, pontos de vista e falas sociais. Consequentemente, a compreensão aqui é entendida como um processo ativo, no qual existe uma orientação em relação à enunciação do outro, isto é, o interlocutor estabelece uma correspondência entre suas próprias palavras com as palavras que lhe foram enunciadas, como se fosse uma réplica, o que caracteriza a dialogicidade constitutiva do discurso. Quanto à argumentação, assume-se a perspectiva pragma-dialética, na qual argumentar é um ato de fala complexo, cujo propósito interacional é contribuir para a resolução de uma diferença de opinião. Este ato de fala argumentativo apresenta um efeito comunicativo, correspondente à sua compreensão, e um efeito interacional, que é a aceitação ou resposta ao ato de fala realizado, os quais não têm que necessariamente coincidir. No entanto, a fim de que algum grau de aceitação se efetue, será preciso alcançarse pelo menos algum grau de compreensão. A pesquisa foi realizada com quarenta crianças entre cinco e oito anos de idade, as quais assistiram a alguns trechos de filmes infantis em DVD, que continham situações argumentativas com ocorrência de ironia. Durante a exibição, foram realizadas perguntas relativas à compreensão da situação discursiva apresentada, as quais visavam capturar a compreensão tanto da ironia quanto de sua função retórica. As atividades foram videografadas e submetidas à análise da responsividade compreensiva de cada criança diante das situações discursivas observadas. As respostas dadas pelas crianças indicaram ser a compreensão do efeito de sentido irônico um pressuposto fundamental para a compreensão dos movimentos argumentativos de justificação ou de ataque a um ponto de vista que subjaciam aos enunciados irônicos. As crianças que aparentemente não capturaram uma subversão no sentido de um enunciado caracteristicamente irônico, também pareceram não atribuir-lhe uma função retórica
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Jules Laforgue e Carlos Drummond de Andrade : a ironia e a construção do gauche /

Pinezi, Aline Taís Cara. January 2015 (has links)
Orientador: Guacira Marcondes Machado Leite / Banca: Andressa Cristina de Oliveira / Banca: Silvana Vieira da Silva / Banca: Flávia Nascimento Falleiros / Banca: Beatriz Moreira Anselmo / Resumo: Jules Laforgue (1860-1887) foi considerado um autor da modernidade literária cujos escritos tocam dois importantes movimentos literários: o Decadentismo e o Simbolismo. O Decadentismo, anterior ao Simbolismo, caracteriza-se pelo tom mais pessimista das composições, enquanto que o Simbolismo, de acordo com Edmund Wilson, é composto por duas vertentes distintas, a "sério-estética" e a "coloquial-irônica", a primeira sendo mais estudada até meados do século XX e, orientada pelas ideias de Mallarmé, representa a poesia da sugestão destinada a iniciados. A poesia "coloquial-irônica" associa-se a Jules Laforgue que trabalha questões cotidianas e ligadas à oralidade. Ele, que quer fazer algo original a qualquer preço, subverte os movimentos literários aos quais faz alusão e trabalha a ironia por meio de símbolos e de alegorias, criando uma maneira própria de fazer poesia, baseada na ruptura e na dissonância. Assim como Jules Laforgue, o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1986), ligado ao Modernismo, utiliza em seus textos recursos desse movimento no Brasil quando ele ironiza os modelos literários vigentes e cria uma nova maneira de fazer poesia. Nesse sentido, adota verso livre, a ausência de rimas, o humor e prefere temas do cotidiano do homem simples para mostrar as várias faces do eu desajustado, gauche no mundo. Ambos os poetas adotaram, nas obras que compõem o corpus deste trabalho, Les Complaintes e Alguma Poesia, um recurso marcante, a ironia, que é o objetivo deste estudo, que analisa, portanto, como essa ferramenta foi empregada nos poemas. Para isso, foram utilizadas obras que estudam os movimentos literários em que se inserem, bem como aquelas voltadas para a crítica sobre os autores; mas, sobretudo, foram abordados autores que se dedicaram à análise da ironia, entre os quais Hutcheon, Muecke e Sant'Anna ganham destaque / Résumé: Jules Laforgue (1860-1887) a été considéré un auteur de la modernité littéraire dont les écrits s'inscrivent dans deux mouvements importants: le Décadentisme et le Symbolisme. Le Décadentisme, antérieur au Symbolisme se caractérise par le trait plus pessimiste des compositions, tandis que le Symbolisme, selon Edmund Wilson, se compose de deux tendances distinctes, la "sérieuse-esthétique" et la "prosaïque-ironique", la première étant plus étudiée jusqu'à la moitié du XXème siècle et, Mallarmé en tête, représente la poésie de la suggestion destinée aux initiés. La poésie "prosaïque-ironique" se associe à Jules Laforgue qui travaille des questions quotidiennes et liées à l'oralité. Il, qui veut faire de l'originel à tout prix, subvertit les mouvements littéraires auxquels il fait allusion et travaille de l'ironie à travers les symboles et les alégories, tout en créant une nouvelle manière de faire de la poésie, fondée sur la rupture et sur la dissonance. Ainsi que Jules Laforgue, le poète brésilien Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1986), lié au Modernisme, utilise dans ses textes des recours de ce mouvement au Brésil quand il ironise des modèles littéraires de son temps et crée une nouvelle manière de faire de la poésie. Dans ce sens, il adopte le vers libre, l'absence de rimes, l'humour et préfère pour les thèmes quotidiens de l'homme simple pour montrer les nombreux visages du moi inadapté, gauche dans le monde. Les deux poètes ont employé, dans les œuvres qui composent le corpus de ce travail, Les Complaintes et Alguma Poesia, un procédé important, l'ironie, qui est l'objectif de cette étude, qui analyse, donc, comment ce procédé a été utilisé dans des poèmes des ouvrages cités. Pour cela, on s'est servi des oeuvres qui étudient les mouvements littéraires dont ils font partie, ainsi que de celles qui ... / Doutor

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