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Renda petrolífera: geração e apropriação nos modelos de organização da indústria brasileira / OIL RENT: GENERATION AND APPROPIATION IN THE ORGANIZATIONAL MODEL OF BRAZILIAN OIL INDUSTRYSuárez, Lizett Paola López 20 December 2012 (has links)
Esta tese teve como objetivo analisar o processo de geração e apropriação da renda petrolífera nos modelos de organização adotados pela indústria brasileira de petróleo. O interesse pelas jazidas de petróleo tem sua origem nas altas rendas geradas na cadeia produtiva, principalmente na fase de exploração, as quais podem ser apropriadas por quem exerce a propriedade sobre o recurso. O entendimento da moderna indústria petrolífera brasileira em um contexto de altos preços de petróleo, de incremento da produção e da descoberta de grandes acumulações de petróleo no pré-sal, leva à discussão em torno da disputa da riqueza gerada, o modelo de organização da indústria e o papel da empresa estatal, PETROBRAS. Tais aspectos foram avaliados seguindo uma perspectiva histórica, baseada no estudo da renda marxista e na aplicação de categorias concretas de análise à indústria petrolífera, abrangendo no período de estudo o pré-monopólio do petróleo, a consolidação da indústria petrolífera com bases estatais, o modelo de concessão e o modelo misto para explorar o pré-sal. A indústria petrolífera mexicana e venezuelana foram estudadas como referencia. Realizada a análise, identificou-se - dada a disponibilidade de recursos petrolíferos orientados a atender o abastecimento interno - o predomínio de excedente econômico gerado no mercado nacional e em menor medida uma renda petrolífera, diferencial e absoluta conseguida no mercado internacional. Também se constatou que dentro do estado nacional moldou-se um processo de disputa do excedente econômico nas suas várias etapas históricas, já que, uma vez definida a hegemonia sobre o petróleo, a disputa pelos excedentes se dá no seio do próprio Estado, entre os estados e os municípios. Concluiu-se que o modelo de organização da indústria petrolífera brasileira é resultado da disputa pelas forças envolvidas na apropriação da renda petrolífera. / This thesis aims to analyze the process of generation and appropriation of oil rent in the organizational models adopted by the Brazilian oil industry. Interest in owning of petroleum fields has its origin in the high rents generated in the production chain, especially in the exploration phase, which may be appropriated by whoever has the property rights on the resource. The understanding of modern Brazilian oil industry in a context of high oil prices; the increase of production and the discovery of large accumulations of oil in pre-salt, leads to discussions around the dispute of the wealth generated, the organizational model of the industry and the role of state-owned company, PETROBRAS. These aspects were evaluated following a historical perspective, based on the study of Marxist rent theory and the application of concrete categories of analysis specific to the oil industry, covering in the period of the study the pre-monopoly, the consolidation of the oil industry with state basis, the concession model and the mixed model to explore the pre-salt. Given the availability of oil resources geared to meet domestic supply during the analysis it was identified the predominance of economic surplus generated in the domestic market and to a lesser extent, a differential and absolute rent achieved in the international market. On the other hand, also within the national state a process of dispute of that economic surplus was shaped, once defined hegemony over oil the dispute for economic surpluses occurs within the state itself, between the states and municipalities. It was concluded that the organizational model of Brazilian oil industry is a result of the dispute by the forces involved in the appropriation of oil rents.
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Renda petrolífera: geração e apropriação nos modelos de organização da indústria brasileira / OIL RENT: GENERATION AND APPROPIATION IN THE ORGANIZATIONAL MODEL OF BRAZILIAN OIL INDUSTRYLizett Paola López Suárez 20 December 2012 (has links)
Esta tese teve como objetivo analisar o processo de geração e apropriação da renda petrolífera nos modelos de organização adotados pela indústria brasileira de petróleo. O interesse pelas jazidas de petróleo tem sua origem nas altas rendas geradas na cadeia produtiva, principalmente na fase de exploração, as quais podem ser apropriadas por quem exerce a propriedade sobre o recurso. O entendimento da moderna indústria petrolífera brasileira em um contexto de altos preços de petróleo, de incremento da produção e da descoberta de grandes acumulações de petróleo no pré-sal, leva à discussão em torno da disputa da riqueza gerada, o modelo de organização da indústria e o papel da empresa estatal, PETROBRAS. Tais aspectos foram avaliados seguindo uma perspectiva histórica, baseada no estudo da renda marxista e na aplicação de categorias concretas de análise à indústria petrolífera, abrangendo no período de estudo o pré-monopólio do petróleo, a consolidação da indústria petrolífera com bases estatais, o modelo de concessão e o modelo misto para explorar o pré-sal. A indústria petrolífera mexicana e venezuelana foram estudadas como referencia. Realizada a análise, identificou-se - dada a disponibilidade de recursos petrolíferos orientados a atender o abastecimento interno - o predomínio de excedente econômico gerado no mercado nacional e em menor medida uma renda petrolífera, diferencial e absoluta conseguida no mercado internacional. Também se constatou que dentro do estado nacional moldou-se um processo de disputa do excedente econômico nas suas várias etapas históricas, já que, uma vez definida a hegemonia sobre o petróleo, a disputa pelos excedentes se dá no seio do próprio Estado, entre os estados e os municípios. Concluiu-se que o modelo de organização da indústria petrolífera brasileira é resultado da disputa pelas forças envolvidas na apropriação da renda petrolífera. / This thesis aims to analyze the process of generation and appropriation of oil rent in the organizational models adopted by the Brazilian oil industry. Interest in owning of petroleum fields has its origin in the high rents generated in the production chain, especially in the exploration phase, which may be appropriated by whoever has the property rights on the resource. The understanding of modern Brazilian oil industry in a context of high oil prices; the increase of production and the discovery of large accumulations of oil in pre-salt, leads to discussions around the dispute of the wealth generated, the organizational model of the industry and the role of state-owned company, PETROBRAS. These aspects were evaluated following a historical perspective, based on the study of Marxist rent theory and the application of concrete categories of analysis specific to the oil industry, covering in the period of the study the pre-monopoly, the consolidation of the oil industry with state basis, the concession model and the mixed model to explore the pre-salt. Given the availability of oil resources geared to meet domestic supply during the analysis it was identified the predominance of economic surplus generated in the domestic market and to a lesser extent, a differential and absolute rent achieved in the international market. On the other hand, also within the national state a process of dispute of that economic surplus was shaped, once defined hegemony over oil the dispute for economic surpluses occurs within the state itself, between the states and municipalities. It was concluded that the organizational model of Brazilian oil industry is a result of the dispute by the forces involved in the appropriation of oil rents.
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Mariage et procréation à Oman et au Koweït : étude des mutations générationnelles dans le contexte d’Etats rentiers / Marriage and procreation in Oman and Kuwait : a study of generational changes in the context of rentier statesSafar, Jihan 04 May 2015 (has links)
Depuis le boom pétrolier (tafra) des années 1970 et l’émergence des Etats rentiers, l’institution de la famille a connu d’importants changements dans les pays du Golfe, notamment à Oman et au Koweït. En particulier, le mariage et la procréation, deux événements clés qui servent à reproduire la famille, ont été affectés. Le « modèle de nuptialité traditionnel » longtemps caractérisé par un mariage précoce et universel, un écart d’âge important entre époux et la polygamie semble aujourd’hui remis en cause par l’enrichissement matériel, l’éducation de masse, l’urbanisation et les progrès sanitaires. En plus d’une transition de la nuptialité, on observe une transition de la fécondité dans les deux pays. Cependant, l’application des hypothèses de la théorie de la modernisation dans la casuistique des pays pétroliers produit des schémas démographiques atypiques : le maintien du mariage consanguin, l’émergence de nouvelles formes « non conventionnelles » de polygamie, la hausse du douaire, une fécondité toujours élevée, des choix matrimoniaux toujours déterminés par la famille et l’Etat, etc. Ces schémas obligent à repenser les schémas linéaires et déterministes des théories de la modernisation toujours utilisées en démographie, et à saisir les dynamiques adaptatives de la famille face au paradigme moderne. Intégrer la dimension politique permettra de comprendre certains de ces paradoxes. Bien que l’Etat ait incité à la modernisation des comportements démographiques, il semble avoir favorisé sur un autre front des pratiques matrimoniales et procréatives traditionnelles dans le but de consolider l’identité nationale. Les Etats rentiers ont pu, à travers le déploiement de moyens matériels et idéologiques transmettre des idéaux natalistes et prolonger le patriarcat. A travers les entretiens semi-directifs menés à Oman et au Koweït avec plusieurs générations, cette étude cherchera à situer les comportements dans un contexte économique, culturel et politique déterminé. / Since the oil boom and the emergence of rentier states, Gulf families have undergone tremendous changes, notably in Oman and in Kuwait. Particularly, marriage and procreation which represent two major events for reproducing the family, have been transformed. The traditional nuptiality model, characterized by early and universal marriage, age difference between spouses and polygamy seems today questioned by the material affluence, mass education, urbanization and health advances. In addition to a nuptiality transition, a fertility transition has been also observed. However, the application of modernization theory hypothesis in the cases of oil countries produces atypical demographical patterns: preservation of consanguineous marriage, new forms of “non conventional” polygamy, preservation of still high fertility rate, soaring bride prices, matrimonial choices still dictated by family and state. These patterns oblige us to reconsider the linear an determinist patterns of the modernization theory which is still used in demography; as to better understand the adaptive dynamics of the family in front of the modern paradigm. The introduction of the political dimension helps us understand some of these paradoxes. Although the state has encouraged the modernization of demographic behavior, it has in another side favored traditional practices related to marriage and procreation, in the aim of consolidating the national identity. The rentier states, through material an ideological means, could have enhanced natalist ideals and reinforce patriarchy. Through semi directives interviews conducted in Oman and Kuwait with different generations, this study seeks to situate the behaviors in a political, cultural and economic context.
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Vývojové trendy modelu rentiérského státu v Saudské Arábii / The Developments of the Rentier State Model in Saudi ArabiaTomaštík, Karel January 2012 (has links)
Saudi Arabia, along with other Gulf oil monarchies, represents an original politico- economic system. Huge revenues in the form of oil rent, flowing to the Treasury since the oil boom in the early 70's, have fundamentally changed the socio-economic structure, which was in literature termed the rentier state. The origin, development and description of typical characteristics of rentier state are the main topic of this thesis. The first section discusses the theoretical foundations and approaches to the issue. The second chapter provides a historical background in order to position the study in the context of previous political, economic and ideological development. In an analysis of the formation of state structures, the work deals with the relationships between members of the ruling house of Saud, between the government and social elites, with functioning of clientelist structures and interactions within the bureaucratic apparatus. Based on the study of these relationships the thesis marks out particularities of the Saudi politico-economic system that distinguish it from the classical concept of rentier state model. The main distinctive feature is the diminished autonomous ability of state to regulate the functioning of state institutions and to encourage individual agencies to cooperate actively...
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Le commerce agricole entre le Cameroun et les pays de la CEMAC / Agricultural trade between Cameroon and CEMAC countriesNtsama Etoundi, Sabine Mireille 16 December 2014 (has links)
Cette thèse est une contribution empirique à l’analyse du commerce des produits alimentaires entre le Cameroun et les pays voisins de la zone CEMAC et le Nigeria. La thèse utilise plusieurs outils économétriques permettant de mieux prendre en compte le niveau de désagrégation des données par produits et paires de marchés agricoles. Le premier chapitre, essentiellement descriptif, présente quelques faits stylisés sur le commerce intra-régional en zone CEMAC. Le deuxième chapitre analyse la contribution des chocs de rente pétrolière dans les pays limitrophes du Cameroun sur leur demande d’importations de produits alimentaires camerounais. En utilisant une variété d’estimateurs appropriés pour les modèles de gravité, les résultats indiquent que la croissance de la rente pétrolière dans la sous-région a favorisé de manière significative, l’expansion des exportationscamerounaises de produits alimentaires. Le troisième chapitre a pour objectif d’apprécier l’existence de ruptures structurelles et le degré d’asymétrie dans le niveau d’intégration des marchés agricoles au Cameroun. Les résultats des estimations des modèles à correction d’erreur avec rupture et asymétriques révèlent l’existence d’une instabilité temporelle récente dans l’intégration des marchés agricoles au Cameroun. De plus, les résultats indiquent que les chocs de prix de certains produits agricoles dans les marchés de consommation répondent de façon asymétrique aux variations des prix des marchés de production. Enfin, le quatrième chapitre utilise un modèle à deux pays pour quantifier le degré d’intégration entre les marchés camerounais et sous-régionaux (Gabon) au prisme d’une analyse de co-mouvement des prix des entre marchés. Les résultats économétriques obtenus à partir d’estimation de modèles vectoriels à correction d’erreur sur données de panel montrent qu’il existe une causalité bidirectionnelle et positive à court et long terme entre les marchés camerounais et gabonais. / This is an empirical contribution to the analysis of the regional integration of agricultural markets in central Africa. The thesis uses several econometric models aimed at taking advantage of the high disaggregation of the data by products and market dyads. The first chapter focuses on recent stylized facts on agricultural trade and food security in Cameroon and in the region. Chapter 2 examines the effect of oil discoveries in neighbor countries on Cameroonian exports of agricultural products within the region. Using a wide range of estimators designed for gravity data, econometric results uncover a positive and significant association between oil discoveries in neighbor regional countries on the demand for Cameroonian agricultural goods. The third chapter tests and discusses the existence of a temporal structural break and the asymmetry in agricultural markets within Cameroon. The econometric results obtained from error correction models allowing for structural break and the asymmetry of shocks show that Cameroonian agricultural markets have become less integrated recently, contributing to the asymmetry in the transmission of shocks from production to consumption markets. Chapter 4 uses a two-country model to provide an international evidence of the integration of agricultural markets in central Africa. The framework consists in estimating vector error correction models usingpanel data to test the causality between product prices between the two countries. The results highlight the existence of a bi-directional causality in both the short and long-run.
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Essais sur des questions internationales en économie des ressources naturellesKeutiben Njopmouo, Octave 07 1900 (has links)
Cette thèse s'articule autour de trois essais portant sur des questions internationales en économie des ressources naturelles. Le premier essai examine la production et l'échange des ressources non-renouvelables dans un modèle spatial et souligne le rôle de la superficie des pays et du coût des transports dans la détermination du sens de l'échange. Le deuxième essai considère le tarif d'extraction de la rente de rareté liée aux ressources naturelles non-renouvelables avec le modèle spatial développé dans premier essai. Le cadre spatial (plus général) permet de représenter des pays qui sont à la fois importateurs et producteurs de la ressource, ce qui n'est pas possible dans les modèles traditionnels de commerce international où les pays sont traités comme des points (sans dimension). Le troisième essai aborde la question des droits de propriétés sur les zones maritimes et examine l'allocation d'une population de pêcheurs entre les activités productives et non-productives dans une communauté côtière.
Le premier chapitre propose un modèle spatial de commerce international des ressources non-renouvelables. Le cadre spatial considère explicitement la différence de taille géographique (superficie) entre les pays et permet ainsi de tenir compte du fait que les gisements naturels et leurs utilisateurs soient dispersés dans l'espace, même à l'intérieur d'un pays. En utilisant un modèle spatial à la Hotelling, nous examinons l'évolution dans le temps du sens de l'échange entre deux pays (ou régions) qui diffèrent du point de vue de leur technologie de production, de leur superficie et de leur dotation en gisement d'une ressource naturelle non-renouvelable. Le chapitre met en évidence le rôle de la taille géographique dans la détermination du sens de l'échange, à côté des explications traditionnelles que sont l'avantage comparatif et les dotations des facteurs. Notre analyse est fondamentalement différente des autres contributions dans la littérature sur le commerce international des ressources naturelles parce qu'elle souligne l'importance de la taille géographique et du coût de transport par rapport à d'autres facteurs dans la détermination des flux de ressource à l'équilibre. Le coût unitaire de transport joue un rôle capital pour déterminer si la différence de superficie entre les pays influence le sens de l'échange à l'équilibre plus que les autres facteurs. Le chapitre discute aussi du caractère régional des échanges qui a été observé pour certaines ressources telles que le minerai de fer et la bauxite.
Le chapitre deux aborde la question de la répartition de la rente de rareté liée aux ressources naturelles non-renouvelables entre les pays producteurs et les pays consommateurs. Cette question a été abordée dans la littérature sous une hypothèse quelque peu restrictive. En effet, dans la plupart des travaux portant sur ce sujet le pays importateur est automatiquement considéré comme dépourvu de gisement et donc non producteur de la ressource. Pourtant la réalité est qu'il existe des ressources pour lesquelles un pays est à la fois producteur et importateur. Le cadre d'analyse de ce second essai est le modèle spatial développé dans le premier essai, qui permet justement qu'un pays puisse être à la fois importateur et producteur de la ressource. Le pays importateur détermine alors simultanément le tarif optimal et le taux d'extraction de son propre stock. Nous montrons que le tarif optimal croît au taux d'intérêt et de ce fait, ne crée aucune distorsion sur le sentier d'extraction de la ressource. Le tarif optimal permet de récupérer toute la rente lorsque le pays exportateur ne consomme pas la ressource. Néanmoins, la possibilité pour le pays exportateur de consommer une partie de son stock limite la capacité du pays importateur à récupérer la rente chez le pays exportateur. La présence de gisements de la ressource dans le pays importateur réduit la rente du pays exportateur et de ce fait renforce la capacité du pays importateur à récupérer la rente chez le pays exportateur. Le tarif initial est une fonction décroissante du stock de ressource dans le pays importateur. Cet essai aborde également la question de la cohérence dynamique du tarif obtenu avec la stratégie en boucle ouverte.
Le troisième chapitre examine un problème d'allocation de l'effort entre les activités productives (par exemple la pêche) et les activités non productives (par exemple la piraterie maritime) dans une population de pêcheurs. La répartition de la population entre les activités de pêche et la piraterie est déterminée de façon endogène comme une conséquence du choix d'occupation. Nous établissons l'existence d'une multiplicité d'équilibres et mettons en évidence la possibilité d'une trappe de piraterie, c'est-à-dire un équilibre stable où une partie de la population est engagée dans les actes de piraterie. Le modèle permet d'expliquer l'augmentation significative des attaques de piraterie dans le Golfe d'Aden au cours des dernières années. Le chapitre discute aussi des différents mécanismes pour combattre la piraterie et souligne le rôle crucial des droits de propriété. / This thesis consists of three essays on international issues in natural resource economics. The first essay proposes a spatial model of trade in exhaustible resources and emphasizes the role of geographical size and transport costs in the determination of trade patterns. The second essay considers the rent-extracting tariff in a spatial (more general) framework in which the importing country can be simultaneously a producer and an importer of the resource, a feature which is not possible in the traditional trade model, where countries are assumed dimensionless. The third essay tackles the issue of property rights in maritime zones and examines the allocation of a population of fishermen between productive and unproductive activities in a coastal community.
The first chapter proposes a model of trade in exhaustible resources that explicitly accounts for the fact that countries have different geographical sizes while resource sites and their users are spatially distributed, even within a country. Using a spatial model à la Hotelling, we examine the evolution over time of the pattern of trade between two countries (or regions) which differ in terms of their technology, their geographical size, and their endowment of some nonrenewable natural resource. The model emphasizes the importance of geographical size in determining trade patterns besides the traditional explanations of comparative advantage and factor endowments. Indeed, three forces influence the direction of international trade in the presence of transport costs. The analysis fundamentally differs from other contributions in the natural resource literature because it emphasizes the importance of geographical size and of transport cost relative to other factors in the determination of the equilibrium resource flows. The unit cost of transport is shown to play a decisive role in determining whether the international asymmetry in terms of geographical sizes of countries has a greater influence than other factors on the equilibrium pattern of trade. The chapter also discusses the regional character of trade which has been observed for some resources such as iron ore and bauxite.
Most findings in the literature on tariff and exhaustible resources have been derived under a serious abstraction. Indeed, virtually all contributions on that issue have assumed that no stocks of the resource are available within the importing country's borders and therefore the importing country is not itself a producer. Reality is in fact quite different: there are many instances of countries that are simultaneously importers and producers of a natural resource. The second chapter makes use of the spatial trade model of chapter one to depart from the usual assumption and allow the importing country to have access to a stock of the resource of its own and to determine simultaneously the optimal tariff and the rate of depletion of its own stock. The optimal tariff is shown to increase at the rate of interest and is therefore nondistortionary. Moreover, the optimal tariff captures all the rent if the exporting country gets no utility from consuming the resource. Allowing the exporting country to consume the resource restricts the ability of the importer to capture all of the foreign rent. The presence of resource deposits in the importing country reduces the available rent to foreign producers and, in essence, reinforces the ability of the importer to capture the foreign rent. In effect, the initial tariff is shown to be a decreasing function of the initial resource stock in the importing country. The essay also discusses the time consistency of the open-loop tariff.
The third chapter examines how agents in a coastal community allocate effort between productive (fishing) and unproductive (piracy) activities. The allocation of population between fishing activity and piracy attacks is determined endogenously as a consequence of the occupation choice. We prove the existence of multiple equilibria and emphasize the possibility of a piracy trap, that is a steady state equilibrium where part of the population is engaged in piracy acts. The chapter offers an explanation for the significant increase in piracy attacks in the Gulf of Aden in the recent years. The chapter also discusses different schemes in combating piracy and highlights the crucial role of property rights.
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Essais sur des questions internationales en économie des ressources naturellesKeutiben Njopmouo, Octave 07 1900 (has links)
Cette thèse s'articule autour de trois essais portant sur des questions internationales en économie des ressources naturelles. Le premier essai examine la production et l'échange des ressources non-renouvelables dans un modèle spatial et souligne le rôle de la superficie des pays et du coût des transports dans la détermination du sens de l'échange. Le deuxième essai considère le tarif d'extraction de la rente de rareté liée aux ressources naturelles non-renouvelables avec le modèle spatial développé dans premier essai. Le cadre spatial (plus général) permet de représenter des pays qui sont à la fois importateurs et producteurs de la ressource, ce qui n'est pas possible dans les modèles traditionnels de commerce international où les pays sont traités comme des points (sans dimension). Le troisième essai aborde la question des droits de propriétés sur les zones maritimes et examine l'allocation d'une population de pêcheurs entre les activités productives et non-productives dans une communauté côtière.
Le premier chapitre propose un modèle spatial de commerce international des ressources non-renouvelables. Le cadre spatial considère explicitement la différence de taille géographique (superficie) entre les pays et permet ainsi de tenir compte du fait que les gisements naturels et leurs utilisateurs soient dispersés dans l'espace, même à l'intérieur d'un pays. En utilisant un modèle spatial à la Hotelling, nous examinons l'évolution dans le temps du sens de l'échange entre deux pays (ou régions) qui diffèrent du point de vue de leur technologie de production, de leur superficie et de leur dotation en gisement d'une ressource naturelle non-renouvelable. Le chapitre met en évidence le rôle de la taille géographique dans la détermination du sens de l'échange, à côté des explications traditionnelles que sont l'avantage comparatif et les dotations des facteurs. Notre analyse est fondamentalement différente des autres contributions dans la littérature sur le commerce international des ressources naturelles parce qu'elle souligne l'importance de la taille géographique et du coût de transport par rapport à d'autres facteurs dans la détermination des flux de ressource à l'équilibre. Le coût unitaire de transport joue un rôle capital pour déterminer si la différence de superficie entre les pays influence le sens de l'échange à l'équilibre plus que les autres facteurs. Le chapitre discute aussi du caractère régional des échanges qui a été observé pour certaines ressources telles que le minerai de fer et la bauxite.
Le chapitre deux aborde la question de la répartition de la rente de rareté liée aux ressources naturelles non-renouvelables entre les pays producteurs et les pays consommateurs. Cette question a été abordée dans la littérature sous une hypothèse quelque peu restrictive. En effet, dans la plupart des travaux portant sur ce sujet le pays importateur est automatiquement considéré comme dépourvu de gisement et donc non producteur de la ressource. Pourtant la réalité est qu'il existe des ressources pour lesquelles un pays est à la fois producteur et importateur. Le cadre d'analyse de ce second essai est le modèle spatial développé dans le premier essai, qui permet justement qu'un pays puisse être à la fois importateur et producteur de la ressource. Le pays importateur détermine alors simultanément le tarif optimal et le taux d'extraction de son propre stock. Nous montrons que le tarif optimal croît au taux d'intérêt et de ce fait, ne crée aucune distorsion sur le sentier d'extraction de la ressource. Le tarif optimal permet de récupérer toute la rente lorsque le pays exportateur ne consomme pas la ressource. Néanmoins, la possibilité pour le pays exportateur de consommer une partie de son stock limite la capacité du pays importateur à récupérer la rente chez le pays exportateur. La présence de gisements de la ressource dans le pays importateur réduit la rente du pays exportateur et de ce fait renforce la capacité du pays importateur à récupérer la rente chez le pays exportateur. Le tarif initial est une fonction décroissante du stock de ressource dans le pays importateur. Cet essai aborde également la question de la cohérence dynamique du tarif obtenu avec la stratégie en boucle ouverte.
Le troisième chapitre examine un problème d'allocation de l'effort entre les activités productives (par exemple la pêche) et les activités non productives (par exemple la piraterie maritime) dans une population de pêcheurs. La répartition de la population entre les activités de pêche et la piraterie est déterminée de façon endogène comme une conséquence du choix d'occupation. Nous établissons l'existence d'une multiplicité d'équilibres et mettons en évidence la possibilité d'une trappe de piraterie, c'est-à-dire un équilibre stable où une partie de la population est engagée dans les actes de piraterie. Le modèle permet d'expliquer l'augmentation significative des attaques de piraterie dans le Golfe d'Aden au cours des dernières années. Le chapitre discute aussi des différents mécanismes pour combattre la piraterie et souligne le rôle crucial des droits de propriété. / This thesis consists of three essays on international issues in natural resource economics. The first essay proposes a spatial model of trade in exhaustible resources and emphasizes the role of geographical size and transport costs in the determination of trade patterns. The second essay considers the rent-extracting tariff in a spatial (more general) framework in which the importing country can be simultaneously a producer and an importer of the resource, a feature which is not possible in the traditional trade model, where countries are assumed dimensionless. The third essay tackles the issue of property rights in maritime zones and examines the allocation of a population of fishermen between productive and unproductive activities in a coastal community.
The first chapter proposes a model of trade in exhaustible resources that explicitly accounts for the fact that countries have different geographical sizes while resource sites and their users are spatially distributed, even within a country. Using a spatial model à la Hotelling, we examine the evolution over time of the pattern of trade between two countries (or regions) which differ in terms of their technology, their geographical size, and their endowment of some nonrenewable natural resource. The model emphasizes the importance of geographical size in determining trade patterns besides the traditional explanations of comparative advantage and factor endowments. Indeed, three forces influence the direction of international trade in the presence of transport costs. The analysis fundamentally differs from other contributions in the natural resource literature because it emphasizes the importance of geographical size and of transport cost relative to other factors in the determination of the equilibrium resource flows. The unit cost of transport is shown to play a decisive role in determining whether the international asymmetry in terms of geographical sizes of countries has a greater influence than other factors on the equilibrium pattern of trade. The chapter also discusses the regional character of trade which has been observed for some resources such as iron ore and bauxite.
Most findings in the literature on tariff and exhaustible resources have been derived under a serious abstraction. Indeed, virtually all contributions on that issue have assumed that no stocks of the resource are available within the importing country's borders and therefore the importing country is not itself a producer. Reality is in fact quite different: there are many instances of countries that are simultaneously importers and producers of a natural resource. The second chapter makes use of the spatial trade model of chapter one to depart from the usual assumption and allow the importing country to have access to a stock of the resource of its own and to determine simultaneously the optimal tariff and the rate of depletion of its own stock. The optimal tariff is shown to increase at the rate of interest and is therefore nondistortionary. Moreover, the optimal tariff captures all the rent if the exporting country gets no utility from consuming the resource. Allowing the exporting country to consume the resource restricts the ability of the importer to capture all of the foreign rent. The presence of resource deposits in the importing country reduces the available rent to foreign producers and, in essence, reinforces the ability of the importer to capture the foreign rent. In effect, the initial tariff is shown to be a decreasing function of the initial resource stock in the importing country. The essay also discusses the time consistency of the open-loop tariff.
The third chapter examines how agents in a coastal community allocate effort between productive (fishing) and unproductive (piracy) activities. The allocation of population between fishing activity and piracy attacks is determined endogenously as a consequence of the occupation choice. We prove the existence of multiple equilibria and emphasize the possibility of a piracy trap, that is a steady state equilibrium where part of the population is engaged in piracy acts. The chapter offers an explanation for the significant increase in piracy attacks in the Gulf of Aden in the recent years. The chapter also discusses different schemes in combating piracy and highlights the crucial role of property rights.
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