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Paixão empreendedora: neoliberalismo, capital humano e processos seletivos de trainees

Manzoli, Ana Carolina 15 June 2016 (has links)
Submitted by Ana Carolina Jacob Manzoli (aanajm@hotmail.com) on 2016-07-14T18:39:01Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - 12.07 -v2.pdf: 1867567 bytes, checksum: bf4edabc6f2ec0442844bca71922a507 (MD5) / Approved for entry into archive by Pamela Beltran Tonsa (pamela.tonsa@fgv.br) on 2016-07-14T18:41:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - 12.07 -v2.pdf: 1867567 bytes, checksum: bf4edabc6f2ec0442844bca71922a507 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-14T18:57:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - 12.07 -v2.pdf: 1867567 bytes, checksum: bf4edabc6f2ec0442844bca71922a507 (MD5) Previous issue date: 2016-06-15 / Neoliberalism, from an economic and social point of view, can be understood as the establishment, in society, of strictly market relations, making the logic of maximizing profit and revenue to be extended to all fields, promoting the economic rationality as way of rationality in general. The US neoliberal governmentality, with its claim to transmute the individuals into enterprises and human relations in competitive type of relations, makes individuals as “human capital”. Originally, the term “human capital” refers to a theory that developed under the influence of neo-classical economic paradigm and leadership of Theodore Schultz. The assimilating and transferring of economic principles to a reality previously free of meanings of this nature, giving rise to a speech that associates human to capital, where it should be managed as a company. Thus, the company is promoted to a subjectivity model, each individual is a capital to be managed and valued according to market demands. That’s why the entrepreneurial role model, speech coming from the human capital of neoliberal inspiration and classical theories proposed by Werner Sombart and Joseph A. Schumpeter, affects professionals from organizations based in capitalist countries. This fact is quite significant among young people looking to enter into the labor market, particularly in strategic positions within organizations, such as trainee. In Brazil, trainee programs are considered a search strategy of youth attraction with different profile, and a solution found by many organizations since 1970 to gain an advantage in a highly competitive economic environment. These professionals are seen as “the talent” of the organization, being trained to assume strategic positions in a short time. In order to clarify how the entrepreneurial role model is present in the selection process of a trainee, an analysis of the texts that describe the skills required in the selection of these young people was carried out from the Critical Discourse Analysis (CDA) of Fairclough (2001, 2003), from the analytical categories “mode” and “evaluation”, and reflections about neoliberal ideology. As a conclusion, the entrepreneurial role model that is present in selection processes trainee is marked by the expression of a passionate behavior, which, in the management field, it is understood from the concept of “entrepreneurial passion”. The research is relevant to the Management field for the academic field (since there are few studies that have as research object the selection of trainees and that understood it from a critical bias using the analysis the human capital discourse), and for those inside organizations that works with the difficulties and challenges of selecting young trainee programs, since raises important questions about the impacts of these initiatives both for young people and for the organizations. / O neoliberalismo, do ponto de vista econômico e social, pode ser entendido como a instauração, na sociedade, de relações estritamente mercantis, fazendo com que a lógica da maximização do ganho e do rendimento seja estendida a todos os campos, promovendo a racionalidade econômica como forma de racionalidade em geral. A forma de governamentalidade neoliberal norte-americana, com sua pretensão de transmutar os indivíduos em sujeitos-microempresas e as relações humanas em relações de tipo concorrencial, faz com que os indivíduos passem a ser vistos como “capital humano”. Originalmente, o termo “capital humano” remete a uma teoria que, desenvolvida sob influência do paradigma econômico neoclássico e liderança de Theodore Schultz, foi responsável por assimilar e transferir princípios econômicos para uma realidade anteriormente isenta de significados dessa natureza, fazendo emergir um discurso que associa o humano ao capital, transportando-o, dessa forma, para uma lógica onde ele deve gerir a si mesmo, tal como uma empresa. A empresa é, assim, promovida a modelo de subjetivação, sendo cada indivíduo um capital a ser gerenciado e valorizado conforme as demandas do mercado. É por isso que o modelo de conduta empreendedora, advindo do discurso do capital humano de inspiração neoliberal e de teorias clássicas propostas por Werner Sombart e Joseph A. Schumpeter, acomete os profissionais das organizações sediadas nos países capitalistas. Esse fato é bastante expressivo entre os jovens que procuram inserir-se no mercado de trabalho, principalmente em posições estratégicas valorizadas dentro das organizações, como as de trainee. No Brasil, os programas de trainee são considerados uma estratégia de busca de atração de jovens com perfil diferenciado, sendo uma resposta encontrada por muitas organizações desde 1970 para ganhar vantagem em um cenário econômico altamente competitivo. Esses profissionais são vistos como os “talentos” da organização, sendo treinados para ocuparem cargos estratégicos em um curto espaço tempo. A fim de esclarecer de que maneira o modelo de conduta empreendedora está presente nos processos seletivos de trainee, foi realizada uma análise dos textos que descrevem as competências exigidas na seleção desses jovens, a partir da Análise Crítica do Discurso (ACD) de Fairclough (2001, 2003), a partir das categorias analíticas “modalidade” e “avaliação”, e reflexões acerca da ideologia neoliberal. Chegou-se à conclusão de que o modelo de conduta empreendedora que está presente nos processos seletivos de trainee é marcada pela expressão de um comportamento apaixonado, que, no campo do management, é entendido a partir do conceito de “paixão empreendedora”. A pesquisa desenvolvida é relevante para o campo da Administração, tanto para o campo acadêmico (uma vez que há poucos estudos que têm como objeto de pesquisa a seleção de trainees e que procuram entendê-lo a partir de um viés crítico utilizando-se da análise do discurso do capital humano), como para quem está inserido nas organizações e convive com as dificuldades e desafios de selecionar jovens para programas de trainees, já que levanta questões importantes sobre os impactos dessas iniciativas tanto para os jovens, como para as organizações que os contratam.
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Programas de trainee e processos planejados de mudança cultural: em busca de conexões

Moreira, Carlos Augusto Amaral 13 November 1997 (has links)
Made available in DSpace on 2010-04-20T20:15:38Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 1997-11-13T00:00:00Z / Esta dissertação busca conexões entre programas de trainee e processos planejados de mudança cultural. Na primeira parte do trabalho, as conexões são estabelecidas do ponto de vista teórico , sendo os programas de trainee vistos como processos de socialização organizacional e como ritos de passagem. A segunda parte do trabalho relata uma investigação de campo realizada na Rhodia. A terceira e última parte apresenta o diálogo teoria-prática, discutindo até que ponto as conexões previstas na teoria foram encontradas no caso estudado.
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Um olhar sobre a identificação organizacional dos trainees: aspectos objetivos e subjetivos

Vieira, Anderson Alex de Assis 28 February 2018 (has links)
Submitted by Anderson Alex De Assis Vieira (anderson.assisvieira@gmail.com) on 2018-03-24T00:54:17Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Anderson_Vieira.pdf: 1196919 bytes, checksum: 9899b496a4232f0d1fee002d8747cdd6 (MD5) / Approved for entry into archive by Debora Nunes Ferreira (debora.nunes@fgv.br) on 2018-03-27T19:30:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Anderson_Vieira.pdf: 1196919 bytes, checksum: 9899b496a4232f0d1fee002d8747cdd6 (MD5) / Approved for entry into archive by Suzane Guimarães (suzane.guimaraes@fgv.br) on 2018-03-28T14:21:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Anderson_Vieira.pdf: 1196919 bytes, checksum: 9899b496a4232f0d1fee002d8747cdd6 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-28T14:21:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Anderson_Vieira.pdf: 1196919 bytes, checksum: 9899b496a4232f0d1fee002d8747cdd6 (MD5) Previous issue date: 2018-02-28 / Este trabalho tem como objetivo entender o processo de identificação organizacional dos trainees com as suas empresas por meio da entrevista etnográfica. Utilizando este método de Spradley (1979) através do qual é possível conhecer mais profundamente a identificação destes jovens profissionais com a empresa na qual trabalham, a partir da visão deles. Este método abrange desde o processo de coleta de dados à sua análise. Foram entrevistados 17 trainees de diferentes empresas para alcançar o objetivo proposto. A definição de identificação organizacional utilizada como base é a de Pratt (1988) que a define como o processo pelo qual o indivíduo se autodefine tendo em vista as crenças, objetivos e valores da empresa. Neste trabalho é mostrado todo o processo da identificação trainee-organização, e dele foi possível destacar alguns pontos importantes. Primeiro ponto, as atividades de recrutamento e seleção e a integração do trainee na empresa propiciam uma maior aproximação entre ambos antes dele entrar e no início da sua carreira na companhia, respectivamente. Outro destaque é algo que não é do processo, mas sim uma consequência de o indivíduo estar identificado que é o sentimento de dono, que diz respeito à situação na qual o profissional tende a agir como se ele fosse dono da organização, assumindo mais responsabilidades e fazendo o máximo possível para gerar resultados e para proteger a organização na qual trabalha. Todos estes pontos têm em comum a questão do status do trainee, quando a empresa o torna um profissional diferenciado dos demais, nesse caso ele se sente no dever de justificar este tratamento especial, bem como se sente importante e pode retribuir a organização com atitudes que a beneficiem. Conclui-se que o status do trainee é um fator relevante tanto para o processo de identificação organizacional como para os impactos da identificação organizacional. / This work aims to understand the process of organizational identification of trainees with their companies through ethnographic interview. Using this method by Spradley (1979) through which it is possible to know more deeply the identification of these young professionals with the company in which they work, from the vision of them. This method ranges from the process of data collection to its analysis. We interviewed 17 trainees from different companies to achieve the proposed goal. The definition of organizational identification used as a basis is by Pratt (1988) who defines it as the process by which the individual defines himself in view of the company's beliefs, goals and values. In this work is shown the whole process of trainee-organization identification, and it was possible to highlight some important points. Firstly, the recruitment and selection activities and the integration of them into the company allows a closer approximation between both before it enters and at the beginning of its career in the company, respectively. Another highlight is something that is not of the process, but rather a consequence of the individual being identified is the ownership, which refers to the situation in which the professional tends to act as if he owns the organization, taking on more responsibilities and doing as much as possible to generate results and to protect the organization in which you work. All these points have in common the question of trainee status, when the company makes it a professional differentiated from the others, in this case he feels the duty to justify this special treatment, as well as feels important and can reciprocate the organization with attitudes that the benefit. We conclude that trainee status is a relevant factor both for the organizational identification process and for the impacts of organizational identification.

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