• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 37
  • 2
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 41
  • 13
  • 13
  • 10
  • 10
  • 10
  • 9
  • 8
  • 8
  • 7
  • 6
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
11

Palinoestratigrafia e paleoambientes de depósitos paleogenos da Bacia de Pelotas, RS, Brasil

Fischer, Tiago Vier January 2012 (has links)
Amostras de testemunhos de sondagem e de calha dos poços BP-1 (6 amostras) e BP-2 (22 amostras), respectivamente, perfurados na porção offshore da Bacia de Pelotas, foram submetidas a estudo palinológico, com fins de atribuições de idades e interpretações paleoambientais. As associações palinológicas identificadas revelaram a existência de matéria orgânica amorfa, fitoclastos e palinomorfos. Este último grupo está representado em todos os níveis estudados, nos dois poços, por conteúdos ricos em cistos de dinoflagelados, com subordinada participação de outros componentes, incluindo acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes e miósporos. Espécies-guia de dinoflagelados mundialmente conhecidas foram utilizadas para fins de determinação do posicionamento biocronoestratigráfico e dos paleoambientes. Para o Poço BP-1 identificaram-se associações palinológicas marcadas por expressiva mistura de fósseis de idades variando entre o limite Maastrichtiano – Daniano (Cretáceo – Paleógeno) e o limite Thanetiano – Ypresiano (Paleoceno – Eoceno), permitindo duas interpretações distintas. Uma indica que a idade relativa do material concerne ao intervalo Maastrichtiano – Daniano, e que os táxons mais recentes (Thanetiano – Ypresiano) estariam misturados aos mais antigos pelo fato de a seção estar relacionada a uma superfície na qual houve condensação, com preservação das duas assembleias distintas. A outra interpretação defende a idade mais recente para os depósitos, na qual as associações mais antigas estariam retrabalhadas. O Poço BP-2 foi fatiado utilizando-se das informações de últimas ocorrências dos táxons registrados, para traçar os limites biocronoestratigráficos entre as amostras. Como resultado, identificaram-se associações representativas de idades entre Cretáceo e Eoceno. Para cada associação delimitada por uma idade específica, quais sejam Maastrichtiano, Daniano, Selandiano, Thanetiano, Ypresiano e Lutetiano, do mais antigo para o mais novo, foram observadas constelações palinológicas ricas em dinoflagelados, com alta diversidade taxonômica, compatíveis com seções coevas de outras bacias de mesmo contexto geológico. Para ambos os poços, o paleoambiente é interpretado como essencialmente marinho, dada a ampla diversidade de dinoflagelados registrada, em detrimento do baixo teor de palinomorfos de procedência continental. Propõe-se que o sítio deposicional não tenha apresentado significantes mudanças ao longo da seção; espécies de dinoflagelados características de corpos d’água pouco salinos e de coluna d’água pouco espessa foram registradas. / Core and cutting samples from the BP-1 (6 samples) and the BP-2 (22 samples) wells, respectively, drilled on the offshore Pelotas Basin, were palynologically studied for and biostratigraphical and paleoenvironmental analysis. Amorphous organic matter, phytoclasts and palynomorphs comprise the palynological assemblages. Palynomorphs are recorded at all levels studied in both wells, represented predominantly by dinoflagellate cysts. Other palynomorphs are subordinated, such as acritarchs, microforaminifera test linings, copepod eggs-envelope and miospores. Guide-species of dinoflagellate cysts were used for biostratigraphy. Palynological assemblages from the six samples of the BP-1 well are marked by mixing of different ages, between the Maastrichtian - Danian (Cretaceous - Paleogene boundary) and the Thanetian - Ypresian (Paleocene - Eocene boundary). Two different interpretations are possible: (i) the relative age of the material would be Maastrichtian - Paleocene, and the more recent taxa (Thanetian - Ypresian) would be mixed to the older taxa within a condensation surface, allowing preservation of fossils of two distinct assemblages; or, (ii) the relative age of the deposits would be Thanetian - Ypresian, and the older assemblage (Maastrichtian - Paleocene) would be reworked. The BP-2 well was biostratigraphically divided accordingly to the LOD of certain taxa. Dinoflagellate-rich assemblages were identified between Cretaceous and Eocene interval, including typical taxa of all ages between Maastrichtian and Lutetian (Danian, Selandian, Thanetian and Ypresian, from the oldest to the youngest). The taxonomic composition is comparable with coeval sections in other sedimentary basins under similar geological settings. The paleoenvironment for both wells is interpreted as essentially marine, because of the high diversity of dinoflagellate, while continental palynomorphs are less abundant. Significant changes in the depositional site were not observed along the sections; characteristic assemblages of low saline water bodies and thin water column were recorded.
12

Mudanças vegetacionais e climáticas no Planalto Leste do Rio Grande do Sul, Brasil, durante os últimos 25000 anos

Leonhardt, Adriana January 2007 (has links)
A turfeira estudada (29º29´35´´S-50º37´18´´W) situa-se no Condomínio Alpes de São Francisco, município de São Francisco de Paula, Planalto leste do Rio Grande do Sul. Um perfil sedimentar de 286 cm foi retirado da porção mais espessa do depósito. O perfil e as amostras para datação por 14C foram coletados com o Amostrador de Hiller. Para a análise palinológica extraíram-se 22 amostras do perfil, processadas com HCl, HF, KOH e acetólise. Pastilhas de Lycopodium clavatum L. foram introduzidas no início do processamento químico para cálculo da concentração polínica. Ao microscópio óptico foram contados, em cada amostra, um número mínimo de 500 grãos da vegetação regional e 100 esporos de L. clavatum, além da contagem paralela dos palinomorfos locais (do depósito pantanoso). Foi descrita a morfologia dos palinomorfos, sempre que possível com dados ecológicos, e as fotomicrografias realizadas, em geral, no aumento de 1000×. Os diagramas palinológicos foram montados usando os programas Tilia e Tilia Graph, e a análise de agrupamentos foi feita pelo programa CONISS. Identificaram-se 116 palinomorfos (10 fungos, 6 algas, 3 briófitos, 16 pteridófitos, 2 gimnospermas, 75 angiospermas e 4 palinomorfos outros). Os dados apontam, entre 25000-16000 anos AP, um clima relativamente frio e seco com domínio do campo, com a mata em refúgios, e um lago de margens pantanosas no local de estudo. A partir de 16000 anos AP o clima parece muito adverso, com ambiente frio e semi-árido entre 14000-12500 anos AP, quando o campo regional encontra-se rarefeito e o lago dá lugar a um pântano ressecado. Há cerca de 11000 anos AP, com o final do último estágio glacial do Pleistoceno e o início do Holoceno, um acentuado aumento da temperatura e umidade parece surgir, desenvolvendo a vegetação em geral, em especial a campestre. Entre 9700-6500 anos AP, dados apontam para uma fase de clima agora quente e seco, quando a vegetação como um todo novamente se retrai, interrompendo a tendência de expansão. A partir de 6500 anos AP, as condições de umidade voltam gradativamente à região, com o início da expansão da mata desde os refúgios e a transformação do pântano local em turfeira. Há cerca de 3000 anos AP, um clima ainda mais úmido parece instalar-se, talvez com leve redução da temperatura, que favorece a expansão de típicos elementos da Mata com Araucária sobre os campos e o adensando a turfeira. Dados sugerem que a umidade ambiental continua após 3000 anos AP, mas o aumento global da temperatura e os fatores antrópicos possivelmente devam ter sido os responsáveis pela retração da vegetação do Planalto leste na atualidade. / The studied bog (29º29´35´´S-50º37´18´´W) is located in Alpes de São Francisco, São Francisco de Paula, eastern Plateau of Rio Grande do Sul. A sedimentary profile of 286 cm was taken from the deepest part of the bog. The profile and the samples for 14C dating were collected with the Hiller Sampler. For the palynological analysis 22 samples were extracted from the profile, processed with HCl, HF, KOH and acetolysis. Lycopodium clavatum tablets were introduced in the beginning of the process to calculate the pollen concentration. A minimum of 500 grains of the regional vegetation and 100 spores of L. clavatum were counted in each sample, besides the parallel counting of local palynomorphs (from the marsh deposit), using light microscope. The palynomorphs were photomicrographed, generally 1000× enlarged, with morphological descriptions and ecological data. The software Tilia, Tilia Graph and CONISS were used for diagrams and cluster analysis. A total of 116 palynomorphs were identified (10 fungi, 6 algae, 3 bryophytes, 16 pteridophytes, 2 gymnosperms, 75 angiosperms and 4 other palynomorphs). The results indicate, between 25000-16000 yr BP, a regional cold and dry climate, with a grassland landscape, forests in the refuges and a lake with marshy edges on the study site. The climate became more adverse after 16000 yr BP, especially between 14000-12500 yr BP, with regional rarefied grasslands, when a dry marsh substituted the local lake. At about 11000 yr BP, with the end of the Late Pleistocene glacial stage and the beginning of the Holocene, the data indicate a clear increase of the temperature and humidity, with development of the vegetation in general, especially the grasslands. Between 9700-6500 yr BP a change to a warm and drier climate seems to occur, with retraction of the vegetation as a whole, interrupting the course of expansion. From about 6500 yr BP onwards, the results point to the gradual return of the moist conditions to the region, giving rise to the expansion of the forest from the refuges and the local bog formation. At about 3000 yr BP, an even wetter climate seems to occur, perhaps with a somewhat lower temperature, promoting the Araucaria forest expansion over the grasslands and the development of the local bog. The data show the continuation of the environmental humidity after 3000 yr BP, but the global higher temperature and human activities probably were the causes of the present retraction of the vegetation from the eastern Plateau.
13

Palinoestratigrafia e paleoambientes de depósitos paleogenos da Bacia de Pelotas, RS, Brasil

Fischer, Tiago Vier January 2012 (has links)
Amostras de testemunhos de sondagem e de calha dos poços BP-1 (6 amostras) e BP-2 (22 amostras), respectivamente, perfurados na porção offshore da Bacia de Pelotas, foram submetidas a estudo palinológico, com fins de atribuições de idades e interpretações paleoambientais. As associações palinológicas identificadas revelaram a existência de matéria orgânica amorfa, fitoclastos e palinomorfos. Este último grupo está representado em todos os níveis estudados, nos dois poços, por conteúdos ricos em cistos de dinoflagelados, com subordinada participação de outros componentes, incluindo acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes e miósporos. Espécies-guia de dinoflagelados mundialmente conhecidas foram utilizadas para fins de determinação do posicionamento biocronoestratigráfico e dos paleoambientes. Para o Poço BP-1 identificaram-se associações palinológicas marcadas por expressiva mistura de fósseis de idades variando entre o limite Maastrichtiano – Daniano (Cretáceo – Paleógeno) e o limite Thanetiano – Ypresiano (Paleoceno – Eoceno), permitindo duas interpretações distintas. Uma indica que a idade relativa do material concerne ao intervalo Maastrichtiano – Daniano, e que os táxons mais recentes (Thanetiano – Ypresiano) estariam misturados aos mais antigos pelo fato de a seção estar relacionada a uma superfície na qual houve condensação, com preservação das duas assembleias distintas. A outra interpretação defende a idade mais recente para os depósitos, na qual as associações mais antigas estariam retrabalhadas. O Poço BP-2 foi fatiado utilizando-se das informações de últimas ocorrências dos táxons registrados, para traçar os limites biocronoestratigráficos entre as amostras. Como resultado, identificaram-se associações representativas de idades entre Cretáceo e Eoceno. Para cada associação delimitada por uma idade específica, quais sejam Maastrichtiano, Daniano, Selandiano, Thanetiano, Ypresiano e Lutetiano, do mais antigo para o mais novo, foram observadas constelações palinológicas ricas em dinoflagelados, com alta diversidade taxonômica, compatíveis com seções coevas de outras bacias de mesmo contexto geológico. Para ambos os poços, o paleoambiente é interpretado como essencialmente marinho, dada a ampla diversidade de dinoflagelados registrada, em detrimento do baixo teor de palinomorfos de procedência continental. Propõe-se que o sítio deposicional não tenha apresentado significantes mudanças ao longo da seção; espécies de dinoflagelados características de corpos d’água pouco salinos e de coluna d’água pouco espessa foram registradas. / Core and cutting samples from the BP-1 (6 samples) and the BP-2 (22 samples) wells, respectively, drilled on the offshore Pelotas Basin, were palynologically studied for and biostratigraphical and paleoenvironmental analysis. Amorphous organic matter, phytoclasts and palynomorphs comprise the palynological assemblages. Palynomorphs are recorded at all levels studied in both wells, represented predominantly by dinoflagellate cysts. Other palynomorphs are subordinated, such as acritarchs, microforaminifera test linings, copepod eggs-envelope and miospores. Guide-species of dinoflagellate cysts were used for biostratigraphy. Palynological assemblages from the six samples of the BP-1 well are marked by mixing of different ages, between the Maastrichtian - Danian (Cretaceous - Paleogene boundary) and the Thanetian - Ypresian (Paleocene - Eocene boundary). Two different interpretations are possible: (i) the relative age of the material would be Maastrichtian - Paleocene, and the more recent taxa (Thanetian - Ypresian) would be mixed to the older taxa within a condensation surface, allowing preservation of fossils of two distinct assemblages; or, (ii) the relative age of the deposits would be Thanetian - Ypresian, and the older assemblage (Maastrichtian - Paleocene) would be reworked. The BP-2 well was biostratigraphically divided accordingly to the LOD of certain taxa. Dinoflagellate-rich assemblages were identified between Cretaceous and Eocene interval, including typical taxa of all ages between Maastrichtian and Lutetian (Danian, Selandian, Thanetian and Ypresian, from the oldest to the youngest). The taxonomic composition is comparable with coeval sections in other sedimentary basins under similar geological settings. The paleoenvironment for both wells is interpreted as essentially marine, because of the high diversity of dinoflagellate, while continental palynomorphs are less abundant. Significant changes in the depositional site were not observed along the sections; characteristic assemblages of low saline water bodies and thin water column were recorded.
14

Proveniência e arquitetura de depósitos fluviais das sub-bacias Tucano Central e Norte, Cretáceo (BA) / not available

Felipe Torres Figueiredo 29 November 2013 (has links)
O rifte do Recôncavo-Tucano-Jatobá(RTJ) contém o registro da porção abortada de um sistema de bacias distensivas formadas do Juro-Cretáceo ao Aptiano no leste da América do Sul. Nas Sub-Bacias Tucano Central e Norte compreende ambientes deposicionais lacustres, eólicos, deltaicos e aluviais, previamente interpretados como depositados ao longo dos estágios de subsidência pré-, sin- e pós-rifte. Cada ambiente destes foi estudado na escala da bacia, o que permitiu a identificação de alvos para prospecção de petróleo, em especial na Bacia do Recôncavo. Contudo, poucos estudos abordaram a descrição detalhada de afloramentos, o que limita a compreensão de processos com escalas temporais menores de unidades estudadas em subsuperfície. Esse é o caso da Formação São Sebastião, depositada entre o Barremiano e o Neocomiano, e da Formação Marizal, depositada no Aptiano. Ambas constituem sistemas aluviais com ampla expressão nas Sub-Bacias Tucano Central e Norte, onde estão localizados o maior depocentro do rifte, denominado de Baixo de Cícero Dantas, e a Zona de Transferência do Vaza Barris, caracterizada como um alto estrutural. Essas duas feições são resultado de diferentes taxas de subsidência na Bacia do Tucano, e por isso servem para testar a sensibilidade de sistemas fluviais a controles tectônicos. Nesse sentido, os depósitos de cada área foram estudados em detalhe através de métodos de análises de fácies, elementos arquiteturais, paleocorrentes e proveniência, o que permitiu interpretar estilos fluviais contrastantes. Na área próxima ao eixo das sub-bacias, a arquitetura da Formação São Sebastião é semelhante a de rios entrelaçados arenosos, e na porção leste à rios de carga mista, o que confirma a hipótese de que controles tectônicos diferenciados podem resultar em mudanças na arquitetura deposicional. Na primeira, foram interpretados cinco elementos arquiteturais, dentre os quais predominam barras unitárias ou dunas grandes e compostas (EA1) e barras de acréscimo a jusante (EA2), sendo menos frequentes elementos de preenchimento de canais pequenos (EA3), dunas eólicas (EA4) e depósitos de topo de barras (EA5). A abundância do elemento de barras unitárias ou dunas grandes e compostas, com espessuras médias superiores a 1 m e máximas de 5 m é considerada como evidência da presença de canais profundos na região, o que sugere a existência de um sistema fluvial de grandes proporções, que não apresentava modificações na arquitetura entre áreas dentro da própria zona de transferência. A distinção entre os elementos EA1 e EA2 pode ser utilizada na documentação de rios de grande porte e servir como complemento aos conceitos utilizados em estudos de sistemas fluviais. Na área próxima ao Baixo de Cícero Dantas foram identificados elementos diagnósticos de dois ambientes do sistema fluvial: (1) canais, caracterizados pela ocorrência de barras unitárias e dunas grandes e compostas, barras de acréscimo a jusante e preenchimento de canal pequeno; (2) áreas além das margens do canal principal, caracterizadas por depósitos de dunas eólicas, planície ou bacias de inundação, canal abandonado e leque de rompimento de dique marginal. A alternância entre estes ambientes é interpretada como decorrente de altas taxas de subsidência, o que teria favorecido a preservação de planícies de inundação associadas ao sistema fluvial local, onde estas taxas são as maiores do sistema RTJ e estão preservados 14 km de sucessões sin-rifte. Estudos detalhados de proveniência de seixos e calhaus, integrados a dados de paleocorrente, revelaram redução abrupta de maturidade mineralógica na passagem entre os depósitos fluviais Barremiano-Neocomianos e Aptianos. Como forma de entender essa mudança abrupta foram propostos dois estágios evolutivos: (1) durante o Neocomomiano-Barremiano predominava um sistema fluvial axial ao rifte, que fluía para sul e transportava em sua maioria clastos de retrabalhamento policíclico de sucessões paleozoicas e mesozoicas aflorantes nas ombreiras e a norte a partir de uma bacia de captação regional responsável pela denudação das áreas em soerguimento durante a distensão do período; (2) durante o Aptiano, manteve-se o sistema fluvial axial com fluxo médio para sul, porém com grande variabilidade de clastos e menor frequência de policíclicos, o que sugere fontes do embasamento Pré-Cambriano provenientes de leste e oeste. Este cenário é indicativo de que a falha de borda esteve ativa e causou o soerguimento de rochas do embasamento durante a deposição da Formação Marizal, contrapondo interpretações anteriores segundo as quais esta pertenceria a fase de subsidência térmica da bacia. A presença de falhas normais e oblíquas nessa unidade na Sub-Bacia Tucano Norte e a similaridade entre os clastos encontrados na Formação Marizal e nos leques aluviais a leste reforçam o modelo em que é proposto o soerguimento do embasamento até o nível das ombreiras do rifte, que passaria a ter suas fontes paleozoicas e mesozoicas localizadas atrás de um divisor de águas. Desta forma, o sistema fluvial da Formação São Sebastião pode ser caracterizado como resultante da presença de um rio de grandes proporções no eixo de uma das principais bacias rifte do Eocretáceo brasileiro. Este sistema esteve relacionado, possivelmente, a uma bacia de captação regional, que apesar do grande fluxo sedimentar, apresentava taxas localmente altas de subsidência, como na região do Baixo de Cícero Dantas, o que favoreceu as modificações locais ocorridas na arquitetura deposicional. As áreas-fonte deste sistema foram predominantes sucessões sedimentares paleozoicas e mesozoicas, presentes em toda região e dominantes nas ombreiras da baia até o Barremiano. Reativação tectônica da bacia e soerguimento renovado das ombreiras após o recuo erosivo das escarpas de rochas mesozoicas e paleozoicas marca um aumento expressivo na contribuição de rochas do embasamento nas sucessões Aptianas sobrepostas. / The Recôncavo-Tucano-Jatobá rift (RTJ) contains the record of an aborted branch of a system of extensional basins formed from the Jurassic-Cretaceous boundary up to the Aptian, in eastern South America. In the Central and Northern Tucano Sub-Basins, this record comprehends mostly lacustrine, eolian, deltaic and alluvial depositional environments, previously interpreted as the deposits of pre-, syn,- and post-rift subsidence stages. Each system has been studied at the basin scale, which has enabled the identification of targets for oil exploration, particularly in the Recôncavo Basin. Nevertheless, few previous works deal with the detailed description of outcrops, limiting the comprehension of the processes operating at smaller temporal scales in the units studied in the subsurface. That is the case of the São Sebastião Formation, deposited between Neocomian and Barremian, and of the Marizal Formation, deposited in the Aptian. Both units are composed of alluvial systems with widespread occurrence in the Central and Northern Tucano Sub-Basins, where are located the major depocenter of the rift (Cícero Dantas Low) and the Vaza Barris Transfer Zone, characterized as a structural high. These two structures are the result of different subsidence rates, and therefore enable to evaluate the hypothesis concerning the tectonic controls on fluvial sedimentation. Following this approach, deposits of these different areas were studied through the analysis of lithofacies, architectural elements, paleocurrents and provenance, leading to the interpretation of contrasting fluvial styles. In the axis of the Central and Northern Tucano Sub-Basins, the architecture of the São Sebastião Formation is similar to that of sandy braided rivers, while in the eastern part of the basin, the architecture resembles mixed-load rivers, pointing to a tectonic control for each different depositional architecture observed. Five architectural elements were identified in the axis of the central area, with the dominance of unit bars or large compound dunes (AE1) and downstream accretion compound bars (AE2), and subordinated occurrence of minor channel fills (AE3), eolian dunes (AE4) and bar top deposits (AE5). The abundance of the unit bars or large compound dunes element with the thickness of individual sets reaching 1 to 5 m thick is considered as evidence for the dominance of deep fluvial channels in the region, suggesting a fluvial system of large dimensions with no significant variation in architecture in the area of the Vaza Barris transfer zone. The distinction between the elements EA1 and EA2 can be applied in the recognition of big river deposits and complement the current concepts used in the study of fluvial deposits. In the deposits found near the Cícero Dantas Low, elements diagnostic of two environments within the fluvial system were identified: (1) deposits of the channel belt (unit bars and large compound dunes, downstream accretion bars, and minor channel fills), and (2) deposits of overbank areas (eolian dunes, floodplains or floodbasins, abandoned channels, and crevasse splays). The vertical recurrence of these two environments is interpreted as a result of high subsidence rates, which would have favored the preservation of floodplains in the local fluvial system, where the subsidence rates were the highest in the whole RTJ, locally preserving up to 14 km of syn-rift successions. Detailed studies on the provenance of pebbles and cobbles revealed an abrupt reduction in the compositional maturity at the passage between the Neocomian and the Aptian successions. A two-stage scenario is proposed to explain this abrupt change: (1) during the Neocomian-Barremian a fluvial system axial to the rift structure flowed towards the south and transported mainly polyciclically reworked clasts from paleozoic and mesozoic successions that cropped out at the basin shoulder and to the north, in a regional catchment area responsible for the denudation of the areas that were being uplifted during the regional extensional event; (2) during the Aptian, this fluvial system was still flowing towards the south, but nevertheless carrying a much varied composition of clasts, with markedly lower content of polyciclically reworked clasts, suggesting a greater contribution of Precambrian basement sources from the east and west. This scenario is indicative that the basin-border fault was active and caused the uplift of the basement rocks during the deposition of the Marizal Formation, in opposition to previous interpretations according to which the unit would be related to the thermal subsidence phase of the basin. The presence of normal and oblique faults in the Northern Tucano Sub-Basin and the similarity between the clast composition of the Marizal Formation and the alluvial fan deposits to the east corroborate the model, with the uplift of the basement to the level of the basin shoulders, and the location of the paleozoic and mesozoic sources behind a watershed. Therefore, the fluvial system fill of the São Sebastião Formation in the Central Tucano Sub-Basin was interpreted as a result of the installation of a big river system on the axis of one of the major rift basins of the Early Cretaceous in Brazil. The older fluvial system (São Sebastião Formation) is possibly related to a regional catchment, despite the great sediment flux to the basin, local high rates of subsidence, as in the region of the Cícero Dantas Low, resulted in local modifications in the architecture of the deposits, with greater preservation of floodplain and bar top facies. The source areas of this system were mainly paleozoic and mesozoic sedimentary successions, present in the whole region and dominant at the basin shoulders up to the Barremian. Tectonic activation of the basin and renewed uplift of the basin shoulders after the erosional retreat of the scarps of mesozoic and paleozoic rocks is evidenced by an expressive increase in the contribution of basement rocks in the Aptian succession.
15

A Plataforma Carbonática Araras no sudoeste do Cráton Amazônico, Mato Grosso: estratigrafia, contexto paleoambiental e correlação com os eventos glaciais do Neoproterozóico / not available

Afonso Cesar Rodrigues Nogueira 05 June 2003 (has links)
Os últimos 200 Ma do Neoproterozóico (~720 a 544 Ma) concentram as mais pronunciadas mudanças climáticas e evolucionárias da história da Terra. Estes eventos estão registrados no Grupo Araras, constituído pelas formações Mirassol d\'Oeste (dolomitos), Guia (calcários), Serra do Quilombo (dolomitos e brechas) e Nobres (dolomitos e arenitos), aflorante no sudoeste do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai Norte. Estas rochas sobrepõem diamictitos da Formação Puga, correlatos às glaciações de baixa-latitude do Varanger/Marinoan, inseridas no modelo de snowball Earth. Foram identificadas na Formação Puga e Grupo Araras 28 fácies sedimentares agrupadas em oito associações, representativas de depósitos glaciais marinhos e de plataforma carbonática profunda a rasa. A base do grupo constitui a capa carbonática Puga, caracterizada por dolomitos e calcários com feições anômalas (estruturas em tubo e tipo tepee, laminação plana fenestral, crostas e leques de cristais de pseudomorfos de aragonita) e assinatura isotópica negativa de C, depositada em águas profundas e supersaturadas em CaC\'O IND.3\'. Deformação plástica na base da capa carbonática e no topo dos diamictitos formada por eventos sísmicos induzidos pelo rebound pós-glacial, indica rápida transição de condições climáticas glaciais para as de efeito estufa. Os depósitos de plataforma carbonática estão organizados em megaciclos, ciclos métricos e sucessões de eventos, agrupados em três sequências deposicionais. A primeira representa a seqüência da capa carbonática que engloba os eventos anômalos de sedimentação do Neoproterozóico. As demais são de alta freqüência e estão organizadas em uma seqüência composta de menor ordem. As variações dos valores isotópicos de C, O e Sr coadunam com os eventos deposicionais e de exposição subaérea interpretados para as seqüências, e são similares às de outras sucessões neoproterozóicas, permitindo estimar a idade da glaciação Puga em torno de ~575-570 Ma. A precipitação da capa carbonática foi sucedida pela deposição de lamas calcárias e terrígenas de plataforma profunda. O subseqüente retorno das condições anômalas de supersaturação em CaC\'O IND.3\' foi acompanhado por eventos de sismicidade indicados pela abundante precipitação de esparito dolomítico em brechas, falhas e estruturas molar tooth. A plataforma foi assolada posteriormente por tempestades e tsunamis gerando brechas e falhas associados a estratificação cruzada hummocky. Extensas planícies de maré de clima árido representam a última deposição da plataforma Araras precedendo o episódio de pronunciada queda do nível do mar. Na transgressão subseqüente, vales incisos foram preenchidos por sedimentos terrígenos flúvio-estuarinos da Formação Raizama, em resposta ao soerguimento das áreas-fonte à sudeste da área, induzido pela colisão dos blocos Amazônia e São Francisco em ~530 Ma. A caracterização estratigráfica detalhada das seqüências carbonáticas do Grupo Araras, ao longo do Cráton Amazônico e Faixa Paraguai, estabeleceu a base para a correlação desses depósitos com outras capas carbonáticas neoproterozóicas, estendendo assim o registro destes eventos anômalos para a Plataforma Sul-Americana. / The end of the Neoproterozoic (~720 to 544 Ma) encompasses global climatic and biological changes with no parallel in Earth history. These events are recorded in the Araras Group (Mato Grosso, Brazil), along its four units: the Mirassol d´Oeste Formation (dolomites), the Guia Formation (limestones), the Serra do Quilombo Formation (dolomites and breccia) and the Nobres Formation (dolomites and sandstones). This succession overlies the Puga diamictites correlated to the low-latitute glaciation of Varanger/Marinoan, inserted in the snowball Earth model. Eight facies associations, which incorporate twenty-eight sedimentary facies were recognized in the Puga and Araras units, including glacio-marine and deep to shallow carbonate shelf environments. The base of the Araras Group corresponds to the Puga cap carbonate. It is composed of dolostones and limestones with negative excursions of õ13C and anomalous sedimentary structures (tube and tepee like structures, planar lamination with fenestral porosity, crust and aragonite-pseudmorphs crystal fans) deposited in CaCo3 oversatured deep water. The rapid transition from icehouse to greenhouse conditions is attested by plastic deformation along the contact between the cap carbonate and the diamictite as a response to seismic activity induced by the glacial rebound. The carbonate succession is arraged in there depositional sequences, composed of megacycles, meter-scale cycles and events deposits. The first sequence is the cap carbonate sequence, the anomalous sedimentation which uniquitously overlic the Neoproterozoic glacial successions. The other sequences are of high frequency and constitute a composite sequence of lower order. Comparison of the stratigraphic and isotopic record of the Araras Group with that of other Neoproterozoic successions indicate a Varanger/Marinoan age of ~575-570Ma for the Puga glaciation. The cap carbonate sequence is covered by deep shelf mudstones and shales. Following these deposits, the ocean experiences another episode of CaCO3 oversaturation contemporaneously to recurrent seismicity as indicated by sparry dolomite precipitation along breccias, faults and molar tooth structures. The basin was then hit by storms and tsunamis developing hummocky cross-stratification associated to breccia and faults. The last deposition event of Araras shelf refers to the installation of extensive arid tidal flats preceding the episode of pronounced sea level fall. In the subsequent transgression, incised valleys was filled by fluvial-estuarine terrigenous deposits of Raizama Formation, in response to the strong uplift to the SE of the area, induced by the collision of the Amazon and São Francisco blocks at around ~530 Ma. The detailed stratigraphic of depositional sequences of the Araras Group, along the Amazon Craton and the Paraguay Belt, established the basis for a correlation of these deposits with other Neoproterozoic cap carbonates, thus extending the record of these anomalous events to the South American Platform.
16

Microfósseis em depósitos quaternários de megafauna no Nordeste do Brasil e seu significado paleoambiental / not available

Medeiros, Vanda Brito de 16 May 2019 (has links)
O Nordeste brasileiro possui muitos depósitos com rico registro fossilífero da megafauna pleistocênica, ainda a serem estudados com relação ao habitat e hábitos alimentares destes megamamíferos. Desta forma, este trabalho teve por objetivo descrever o ambiente no qual estes animais habitavam durante o Pleistoceno Tardio; discutir o impacto das mudanças climáticas deste período na vegetação e as alterações ocorridas na base da cadeia trófica de representantes da megafauna; verificar se há evidências da interferência humana em sua extinção e averiguar a existência de corredores bióticos que teriam ligado a Mata Atlântica à Floresta Amazônica em momentos de maior umidade na região da Caatinga. Para tanto, foram realizadas análises micropaleontológicas em sedimentos coletados em tanques, contendo restos de megafauna e/ou em lagoas efêmeras, nos municípios de Afrânio, Buíque e São Bento do Una (Pernambuco) e em São João do Cariri (Paraíba) e em cálculos dentários destes animais. Sedimentos coletados em São Bento do Una, com aproximadamente 34.935 anos cal. AP, revelaram a presença de elementos de floresta úmida e fria, de forma descontínua até aproximadamente 19.000 anos cal. AP, coincidindo com os eventos climáticos H3 e H2. Com o aquecimento do final do Pleistoceno, os elementos indicativos de clima frio desapareceram do registro, permanecendo alguns representantes da Amazônia e Floresta Atlântica. Os demais testemunhos cobrem o final do Pleistoceno, até o Holoceno. De forma geral, a umidade permanece, com a manutenção de uma floresta úmida até 6.000 anos cal. AP, quando se inicia a fase de ressecamento e posterior implantação da Caatinga a partir de 4.900 anos cal. AP, sendo esta fase de seca marcada pela perda do sinal polínico, decorrente de hiato, em Buíque. O retorno da umidade, por volta de 2.000 anos cal. AP, foi caracterizado por chuvas torrenciais. Sinais de intervenção humana foram notados através da identificação de palmeiras a partir de 9.000 anos AP, assim como a presença de elementos introduzidos após a colonização. As análises realizadas nos cálculos dentários revelaram a presença de elementos vegetais característicos de floresta úmida e fria, com predomínio de ciclo fotossintético C3. Em suma, conclui-se que os megamamíferos pleistocênicos do Nordeste habitaram em um ecossistema não análogo à Caatinga atual; a presença de elementos vegetais atualmente restritos a ambientes mais úmidos e frios, indica a instalação de um corredor de trocas bióticas no passado; registros micropaleontológicos da Caatinga estão em sincronia e corroboram os estudos paleoclimáticos do Nordeste, no Quaternário Tardio. Não obstante, as alterações climáticas do Pleistoceno Tardio não foram responsáveis pelo estabelecimento da vegetação hiperxerófila, fato que ocorreu por volta de 4.900 anos cal. AP. Desta forma, a extinção da megafauna não ocorreu devido à inexistência de vegetação, mas o início do declínio pode ter ocorrido devido à configuração climática, em decorrência do aquecimento gradativo aliado ao aumento da pluviosidade, ao término do Último Máximo Glacial e durante o evento climático H1. / Northeastern Brazil has many deposits with rich fossil record of the Pleistocene megafauna, still to be studied in relation to the habitat and feeding habits of these megamammals. In this way, this work had the objective to describe the environment in which these animals inhabited during the Late Pleistocene; discuss the impact of climatic changes of this period on vegetation and the changes occurring at the base of the trophic chain of megafauna representatives; to verify if there is evidence of human interference in its extinction; and to investigate the existence of biotic corridors that would have connected the Atlantic Forest to the Amazon Forest in times of greater humidity in the Caatinga region. For that, micropaleontological analyses were performed in sediments collected in tanks containing megafauna remains and / or in ephemeral lagoons, in the cities of Afrânio, Buíque and São Bento do Una (Pernambuco state) and in São João do Cariri (Paraíba state) also in dental calculus of these animals. Sediments approximately 34,935 yrs cal. BP collected from São Bento do Una, revealed the presence of elements of wet and cold forest, discontinuously approximately 19,000 yrs cal. BP, coinciding with H3 and H2 climatic events. With the warming of the late Pleistocene, the elements indicative of cold weather disappeared from the registry, remaining some representatives of the Amazon and Atlantic Forest. The other core samples covered the late Pleistocene, up to the Holocene. In general, the humidity remains, with the maintenance of a rainforest up to 6,000 yrs cal. BP, when the dry season begins and the posterior Caatinga implantation after 4,900 yrs cal. BP, being this drought phase marked by the loss of the pollen signal, due to hiatus in Buíque. The return of humidity, about 2,000 yrs cal. BP, was characterized by torrential rains. Signs of human intervention were noted through the identification of palms from 9,000 yrs cal. BP, as well as the presence of elements introduced after colonization. The analyses performed in dental calculus revealed the presence of vegetal elements characteristic of wet and cold forest, with predominance of C3 photosynthetic cycle. In sum, it is concluded that the Pleistocene megamammals of the northeast inhabited an ecosystem not analogous to the current Caatinga; the presence of plant elements currently restricted to more wet and cold environments, indicates the installation of a corridor of biotic exchanges in the past; micropaleontological records of the Caatinga are in synchrony and corroborate the paleoclimatic studies of the Northeast in the Late Quaternary. Nevertheless, climatic changes of Late Pleistocene were not responsible for the establishment of hyperxerophilic vegetation, a fact that occurred around 4,900 yrs cal. BP. Thus, the extinction of the megafauna did not occur due to the lack of vegetation, but the beginning of the decline may have occurred as a result of the climatic configuration, due to the gradual warming associated with the increase of rainfall, at the end of the Last Glacial Maximum and during the climatic event H1.
17

Identificação de charcoal em nível de roofshale no Afloramento Quitéria, formação Rio Bonito, permiano da Bacia do Paraná, e suas consequências para o passado, presente e futuro

Costa, Odimar Lorini Da 14 January 2013 (has links)
Submitted by Ana Paula Lisboa Monteiro (monteiro@univates.br) on 2013-05-31T14:15:59Z No. of bitstreams: 3 OdimarCosta.pdf: 2018426 bytes, checksum: 0c455d8f75a03e94ad5484f8a32d0f8e (MD5) license_text: 20104 bytes, checksum: 51af78e04b2b7282958fd46d2b35f35c (MD5) license_rdf: 23599 bytes, checksum: 9e2b7f6edbd693264102b96ece20428a (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-31T14:16:00Z (GMT). No. of bitstreams: 3 OdimarCosta.pdf: 2018426 bytes, checksum: 0c455d8f75a03e94ad5484f8a32d0f8e (MD5) license_text: 20104 bytes, checksum: 51af78e04b2b7282958fd46d2b35f35c (MD5) license_rdf: 23599 bytes, checksum: 9e2b7f6edbd693264102b96ece20428a (MD5) / As mudanças ambientais alteram a dinâmica dos sistemas e, consequentemente, afetam as atividades desenvolvidas pelo ser humano. Na tentativa de estabelecer cenários futuros para a identificação de mudanças do ambiente, estudos em todo o planeta estão sendo conduzidos utilizando-se marcadores ambientais para verificar as modificações climáticas que a Terra já enfrentou. Tais marcadores ilustram o comportamento do fogo baseando-se em seus registros, ente eles o carvão vegetal macroscópico fóssil. Estes vestígios permitem as análises da atmosfera ou do ambiente ao longo do tempo, para que seja efetuada uma comparação concisa do cenário atual com o passado, a fim de auxiliar na construção de modelos eficientes de tendências climáticas globais. Evidências de incêndios diferem em quantidade e temporalidade em cada região analisada, pois para que possa existir fogo é necessária a presença de três componentes básicos: comburente, energia e combustível, que resulta em gases, cinzas e carvão. A existência do fogo poderia alterar a proporção dos gases da atmosfera e consequentemente nos fluxos entre os reservatórios dos elementos que os formam. O presente estudo apresenta o resultado da análise de amostras contendo carvão vegetal macroscópico na Bacia do Paraná, mais especificamente no Afloramento Quitéria no Estado do Rio Grande do Sul. Efetuou-se, primeiramente, exame do material em laboratório utilizando parâmetros específicos, onde foram analisados fragmentos com características de carvão vegetal macroscópico, os quais foram separados e avaliados sob Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Dessa forma foi possível identificar a ocorrência de incêndios na camada da fácies Sm de roof-shale para o Afloramento Quitéria, ampliando a distribuição de ocorrência de incêndios para o Permiano.
18

Estudo paleoclimático e paleoambiental a partir de registros geoquímicos quaternários em espeleotemas das regiões de Iporanga (SP) e Botuverá (SC)

Cruz Júnior, Francisco William da 12 December 2003 (has links)
Estalagmites provenientes das cavernas Santana e Botuverá, situadas respectivamente nos estados de São Paulo e Santa Catarina, foram utilizados, no presente trabalho, para estudo de variações paleoclimáticas ocorridas no Quaternário Tardio. A pesquisa fundamentou-se em registros contínuos dos últimos 110 mil anos AP, das razões de isótopos estáveis de oxigênio e carbono, razões Mg/Ca, intensidade de fluorescência de calcita, juntamente com dados da taxa de crescimento e da microestratigrafia de estalagmites. O estudo contou com monitoramento das razões isotópicas do oxigênio e deutério, além da intensidade de fluorescência (IF) e concentração de carbono orgânico dissolvido (COD) em águas do solo e gotejamentos, por aproximadamente dois anos, na área da caverna Santana. Os resultados obtidos demonstram variações temporais quase sincrônicas de \'\'delta\' POT. 18\'O, \'delta\'D e DOC desde pontos de coleta no solo até diferentes gotejamentos na caverna, o que indica eficiente conexão hidráulica entre gotejamentos com vazões muito diferentes. Os dados de \'\'delta\' POT. 18\'O e \'delta\'D das águas subterrâneas são coerentes com a linha de água meteórica local e mostram relação com mudanças do regime pluviométrico, sendo que as razões mais positivas ocorrem durante períodos de chuvas mais intensas e melhor distribuídas. Já variações de IF foram relacionadas a oscilações da temperatura média local observada principalmente entre os meses de inverno e verão. Ambas cavernas estudadas apresentaram condições ambientais ideais para deposição atual de espeleotemas em equilíbrio isotópico com a água que os formou. Condições de equilíbrio também são comprovadas pela semelhança na composição isotópica entre gotejamentos e águas represadas em travertinos na caverna. No entanto, diferenças nos valores de \'\'delta\' POT. 18\'O medidos em diferentes tipos de espeleotemas recentes, mostram que o sinal climático destas formações deve ser apenas utilizado em termos relativos. Perfis realizados ao longo do eixo de crescimento de duas estalagmites precisamente datadas pelo método U/Th, revelaram significativas variações de \'\'delta\' POT. 18\'O e \'\'delta\' POT. 13\'C nos últimos 110 mil anos AP. Estes dados apresentaram ciclicidade consistente com os ciclos de insolação de precessão e obliqüidade, cuja periodicidade é de aproximadamente 23 e 41 mil anos, respectivamente. Variações de \'\'delta\' POT. 18\'O nestes perfis são associados às variações de pluviosidade, seguindo o resultado obtido através do monitoramento da dinâmica atual. A notável correlação entre os registros de São Paulo e Santa Catarina e destes com registros geoquímicos em testemunhos de gelo das regiões polares indicam que as relações da composição isotópica com variações de pluviosidade são consistentes no passado e apontam um sistema meteorológico nas regiões sul e sudeste do Brasil que reflete a variação global da circulação atmosférica. A comparação entre as tendências de \'\'delta\' POT. 18\'O e de \'\'delta\' POT. 13\'C-TC permitiu sugerir mudanças climáticas em que nem sempre variações de temperaturas são coincidentes com mudanças de umidade. A combinação destes dados com as razões Mg/Ca indica importantes contrastes paleoambientais entre os períodos glacial e interglacial, caracterizado por aumento geral da temperatura a partir de 18 mil anos AP e estabilização das condições climáticas a partir dos últimos 8 mil anos AP. / Stalagmites from the Santana and Botuverá caves, located respectively in Sâo Paulo and Santa Catarina States were used to study paleoclimate changes during the Late Quaternary. This research is based on continuous records of oxygen and carbon stable isotopes, Mg/Ca ratios, calcite fluorescence intensity, growth rates and microstratigraphy for the last 110,000 years BP. Monitoring of the present-day isotopic ratios of oxygen and deuterium, as well as the fluorescence intensity (FI) and dissolved organic carbon concentration (DOC) was performed during almost two years for rain, soil and seepage waters in the Santana cave area providing references for paleoclimatic interpretations. The synchronic temporal variations of \'\'delta\' POT. 18\'O, \'delta\'D and DOC for soil water and different sampling sites in the cave with contrasting drip-water discharges indicate a very effective hydraulic connection between seepage flow routes. \'\'delta\' POT. 18\'O and \'delta\'D values of groundwater fall on the meteoric water line and show variations related to the rainfall regime, where heavier ratios occur during more intense and well-distributed events. On the other hand, FI variations were related to differences in the mean temperature between winter and summer. Both studied caves revealed ideal environmental conditions for deposition of modern calcite in isotopic equilibrium with their parental water. Such conditions were confirmed by the very similar isotopic composition of drip and travertine pool waters. However, variations of \'\'delta\' POT. 18\'O values between different kinds of speleothems indicate that the climatic signal of these formations should be considered only in relative terms. Profiles of \'\'delta\' POT. 18\'O and \'\'delta\' POT. 13\'C along the growth axis of calcite stalagmites precisely dated by the U/Th method, show significant variations during the last 110,000 years BP. These data exhibit a cyclic variation which is coherent with the solar precession and obliquity forcing, whose periodicity is approximately 23 and 41 thousands years, respectively. Variations of \'\'delta\' POT. 18\'O along these profiles are here interpreted as related to changes in rainfall amount, following the results of the present-day monitoring. The remarkable correlation between the isotopic records obtained for São Paulo and Santa Catarina sites and geochemical ice-core records from polar areas indicate that the rainfall-\'\'delta\' POT. 18\'O relationship is consistent for the past climate and point out a regional meteorological system reflecting variations of the global atmospheric circulation. The comparisons between \'\'delta\' POT. 18\'O, \'\'delta\' POT. 13\'C-TC trends suggested climatic changes in which variations in temperature are not necessarily coincident with changes in moisture. The combined isotopic, TC and Mg/Ca ratios indicate relevant paleoenvironmental contrasts between glacial and interglacial periods, characterized by a general increment in temperature after 18,000 years BP, reaching more stable climatic conditions after 8,000 years.
19

Los paleoambientes de Patagonia meridional, Tierra del Fuego e Isla de los Estados en los tiempos de las primeras ocupaciones humanas

Fernández, Marilén 04 April 2014 (has links)
El presente trabajo de Tesis Doctoral está orientado a aportar información al conocimiento de los paleoambientes del Tardiglacial (15.000-10.000 años C<SUP>14</SUP> A.P.) y del Holoceno (desde los 10.000 años C<SUP>14</SUP> A.P. hasta los tiempos históricos) de la Patagonia austral y Tierra del Fuego desde el momento de la llegada de las primeras poblaciones humanas a estas regiones. Es por esta razón que esta tesis contiene interpretaciones paleoambientales asociadas a las distintas etapas exploratorias del poblamiento humano del cono sur de América, tanto en aspectos geográficos y paleoclimáticos regionales como en el análisis de circunstancias específicas en sitios arqueológicos relevantes. El estudio de los paleoambientes es necesario para la comprensión del funcionamiento de los ecosistemas en los cuales se desarrolló la actividad humana en el pasado y de los procesos de cambio naturales. Los estudios paleoambientales se llevaron a cabo esencialmente a través del análisis de un grupo de algas unicelulares llamadas diatomeas, que son sensibles a los cambios físicos y químicos de ambientes ácuos. Su uso como bioproxies permite reconstruir paleoambientes con alta resolución en relación a algunos de sus parámetros físicos y químicos. Se estudiaron secuencias sedimentarias de origen glacilacustre y lacustre (Laguna Cascada y Turbera Lago Galvarne) ubicadas en Isla de los Estados (54o 55’ S; 64o 42’ O y 54o 43’ S; 63o 48’O), para correlacionarlas luego con la información proveniente de importantes sitios arqueológicos ubicados en la Meseta Central de Santa Cruz. La Isla de los Estados es una de las áreas emergidas más próximas a la Corriente Circumpolar Antártica, la cual tiene indudable y significativa influencia en el desarrollo del clima de América del Sur meridional y en especial de la Patagonia y Tierra del Fuego. La base del testigo proveniente de Laguna Cascada fue datada radiocarbónicamente en 13.285 ± 80 años C14 A.P. (15.949–15.545 años calibrados A.P.). Los correspondientes análisis diatomológicos mostraron significativas fluctuaciones ya hacia fines del Tardiglacial y comienzos del Holoceno temprano. Entre los 16.000 años cal A.P. y 15.200 años cal A.P., predominaron las especies fragilarioides. Esta dominancia sugiere una flora típica de ambientes caracterizados por una cubierta de hielo prolongada y ambientes someros. Entre los 14.300 años cal A.P. y 12.700 años cal A.P., se produjo un aumento notable en la frecuencia de Aulacoseira spp., lo cual indicaría un cambio significativo en las condiciones ambientales de Laguna Cascada. El cinturón de los vientos del oeste (SHW: “Southern Hemisphere Westerlies”) estaba, posiblemente, ubicado en una posición latitudinal semejante a la que se encuentra la Isla Grande de Tierra del Fuego. Entre los 12.700 años cal A.P hasta los 9200 años cal A.P., los ensambles de diatomeas sugirieren nuevas condiciones ambientales que habrían posibilitado el crecimiento de vegetación acuática alrededor del lago, proporcionando así nuevos hábitats y sustratos para el crecimiento de las diatomeas. La gran abundancia de especies planctónicas sugirió altos niveles lacustres y una muy buena mezcla en la columna de agua. Estas condiciones hídricas, indicarían un momento caracterizado por una alta frecuencia e intensidad de los vientos del oeste, lo cual es desde ya altamente significativo por tratarse de fases críticas en el proceso de poblamiento humano de Patagonia Austral y Tierra del Fuego. En general, desde 9200 años cal A.P. hasta 5000 años cal, los estudios diatomológicos indicaron fuertes condiciones ventosas, aumento regional en las precipitaciones y un incremento en los procesos de escorrentía superficial. En esta segunda etapa, las condiciones de habitabilidad de la región para los humanos deben haber sido claramente distinguibles de aquellas activas durante la fase inicial y las que se desarrollaron más tarde, en el Holoceno tardío. Luego de los 6300 años cal A.P., de acuerdo con la alta frecuencia de Aulacoseira spp., los resultados estarían indicando condiciones ventosas y abundantes precipitaciones hasta 4900 años cal A.P. Después de 4900 años cal A.P. y hasta 3500 años cal A.P., la notable disminución en el grupo de las especies planctónicas, junto con especies bénticas afines a ambientes de turberas sugirieron condiciones muy húmedas, frías y un mayor desarrollo de vegetación en los márgenes del lago. En el testigo tomado en la Turbera Lago Galvarne se analizó el contenido de diatomeas sólo en la sección correspondiente a la transgresión marina del Holoceno medio. Esa época es de gran importancia por el mejoramiento generalizado de las condiciones ambientales que influyen en la habitabilidad humana de los ecosistemas regionales. La parte basal del testigo fue datada en 13.515 años C14 A.P. (16.260 años cal A.P.). Entre los 8000 y 7400 años cal A.P., el predominio de diatomeas marinas acompañadas de especies de aguas salobres sugiere una fuerte influencia marina en la cuenca. Entre los 7400 y los 3700 años cal A.P., se habría desarrollado en Lago Galvarne un ambiente litoral de tipo albufera o quizás de fiordo, evidenciado por la alta frecuencia de especies salobres acompañadas por algunas de agua dulce. Luego de los 3700 años cal A.P., la cuenca habría dejado de tener influencia marina probablemente por descenso relativo del nivel del mar. Además, se analizaron los sedimentos provenientes de la Meseta Central de la Provincia de Santa Cruz, donde se encuentran importantes sitios arqueológicos que corresponden al poblamiento temprano de Patagonia. Estos sitios son: AEP-1 en la localidad arqueológica de Piedra Museo (47º 53´ 42´´S; 67º 52´04´´ O), asociado a un extenso paleolago, y Cueva Maripe (47° 51´05” S; 68° 56´03´´ O) en la localidad arqueológica de La Primavera. Se estudiaron los ensambles de diatomeas de la porción superior (el primer metro) de la columna sedimentaria que caracteriza este paleolago. Estos sedimentos contienen especies principalmente aerófilas, lo cual podría estar relacionado con el incremento de la aridez y por ende, al proceso de desecación gradual del antiguo lago, el cual habría comenzado en algún momento del Holoceno temprano o medio, quizás limitando progresivamente las condiciones de habitabilidad humana en la localidad. En el sitio Cueva Maripe se analizaron muestras tomadas del perfil estratigráfico de algunas cuadrículas de la excavación y del fondo de la cueva. Allí las valvas de diatomeas estaban muy fragmentadas. No obstante, los ensambles de diatomeas que se identificaron en las muestras que representaban edades previas a la ocupación de la cueva, sugirieron que la cueva estuvo ocasionalmente inundada por aguas someras y quietas. Esto estaría indicando que la cueva no habría estado disponible para ser habitada por los humanos antes de los ca. 8900 años C14 A.P. en el sector de la cámara norte. La flora diatomológica era principalmente perifítica, asociada a vegetación palustre (macrófitas). Además de las muestras de sedimentos de la cueva, se analizaron muestras de agua de distintos sectores aledaños a los sitios arqueológicos con el fin de buscar análogos modernos a las condiciones paleoambientales detectadas. El arribo de las primeras sociedades cazadores-recolectoras a Patagonia meridional y Tierra del Fuego se produjo bajo condiciones paleoambientales y paleoecológicas cambiantes a través del tiempo. Teniendo en cuenta los fechados radiocarbónicos y la distribución geográfica no homogénea de los sitios arqueológicos, se considera como posible un proceso de exploración y colonización lento y no lineal en el extremo meridional del continente Sudamericano. Los episodios de enfriamiento ambiental, inferidos tanto por los registros polínicos disponibles como por los ensambles de diatomeas de Laguna Cascada, habrían ejercido una notable influencia en la ocupación de determinadas áreas geográficas. El estudio diatomológico, tanto en secuencias sedimentarias lacustres, glaciolacustres, litorales y palustres, como en sedimentos de localidades arqueológicas relevantes, ha demostrado ser de suma utilidad en el análisis paleoambiental tanto en términos locales como regionales, proporcionando un marco adecuado, complejo y altamente específico para la interpretación de los paleoambientes regionales durante la colonización humana de la Patagonia Austral y Tierra del Fuego.
20

Estudo paleoclimático e paleoambiental a partir de registros geoquímicos quaternários em espeleotemas das regiões de Iporanga (SP) e Botuverá (SC)

Francisco William da Cruz Júnior 12 December 2003 (has links)
Estalagmites provenientes das cavernas Santana e Botuverá, situadas respectivamente nos estados de São Paulo e Santa Catarina, foram utilizados, no presente trabalho, para estudo de variações paleoclimáticas ocorridas no Quaternário Tardio. A pesquisa fundamentou-se em registros contínuos dos últimos 110 mil anos AP, das razões de isótopos estáveis de oxigênio e carbono, razões Mg/Ca, intensidade de fluorescência de calcita, juntamente com dados da taxa de crescimento e da microestratigrafia de estalagmites. O estudo contou com monitoramento das razões isotópicas do oxigênio e deutério, além da intensidade de fluorescência (IF) e concentração de carbono orgânico dissolvido (COD) em águas do solo e gotejamentos, por aproximadamente dois anos, na área da caverna Santana. Os resultados obtidos demonstram variações temporais quase sincrônicas de \'\'delta\' POT. 18\'O, \'delta\'D e DOC desde pontos de coleta no solo até diferentes gotejamentos na caverna, o que indica eficiente conexão hidráulica entre gotejamentos com vazões muito diferentes. Os dados de \'\'delta\' POT. 18\'O e \'delta\'D das águas subterrâneas são coerentes com a linha de água meteórica local e mostram relação com mudanças do regime pluviométrico, sendo que as razões mais positivas ocorrem durante períodos de chuvas mais intensas e melhor distribuídas. Já variações de IF foram relacionadas a oscilações da temperatura média local observada principalmente entre os meses de inverno e verão. Ambas cavernas estudadas apresentaram condições ambientais ideais para deposição atual de espeleotemas em equilíbrio isotópico com a água que os formou. Condições de equilíbrio também são comprovadas pela semelhança na composição isotópica entre gotejamentos e águas represadas em travertinos na caverna. No entanto, diferenças nos valores de \'\'delta\' POT. 18\'O medidos em diferentes tipos de espeleotemas recentes, mostram que o sinal climático destas formações deve ser apenas utilizado em termos relativos. Perfis realizados ao longo do eixo de crescimento de duas estalagmites precisamente datadas pelo método U/Th, revelaram significativas variações de \'\'delta\' POT. 18\'O e \'\'delta\' POT. 13\'C nos últimos 110 mil anos AP. Estes dados apresentaram ciclicidade consistente com os ciclos de insolação de precessão e obliqüidade, cuja periodicidade é de aproximadamente 23 e 41 mil anos, respectivamente. Variações de \'\'delta\' POT. 18\'O nestes perfis são associados às variações de pluviosidade, seguindo o resultado obtido através do monitoramento da dinâmica atual. A notável correlação entre os registros de São Paulo e Santa Catarina e destes com registros geoquímicos em testemunhos de gelo das regiões polares indicam que as relações da composição isotópica com variações de pluviosidade são consistentes no passado e apontam um sistema meteorológico nas regiões sul e sudeste do Brasil que reflete a variação global da circulação atmosférica. A comparação entre as tendências de \'\'delta\' POT. 18\'O e de \'\'delta\' POT. 13\'C-TC permitiu sugerir mudanças climáticas em que nem sempre variações de temperaturas são coincidentes com mudanças de umidade. A combinação destes dados com as razões Mg/Ca indica importantes contrastes paleoambientais entre os períodos glacial e interglacial, caracterizado por aumento geral da temperatura a partir de 18 mil anos AP e estabilização das condições climáticas a partir dos últimos 8 mil anos AP. / Stalagmites from the Santana and Botuverá caves, located respectively in Sâo Paulo and Santa Catarina States were used to study paleoclimate changes during the Late Quaternary. This research is based on continuous records of oxygen and carbon stable isotopes, Mg/Ca ratios, calcite fluorescence intensity, growth rates and microstratigraphy for the last 110,000 years BP. Monitoring of the present-day isotopic ratios of oxygen and deuterium, as well as the fluorescence intensity (FI) and dissolved organic carbon concentration (DOC) was performed during almost two years for rain, soil and seepage waters in the Santana cave area providing references for paleoclimatic interpretations. The synchronic temporal variations of \'\'delta\' POT. 18\'O, \'delta\'D and DOC for soil water and different sampling sites in the cave with contrasting drip-water discharges indicate a very effective hydraulic connection between seepage flow routes. \'\'delta\' POT. 18\'O and \'delta\'D values of groundwater fall on the meteoric water line and show variations related to the rainfall regime, where heavier ratios occur during more intense and well-distributed events. On the other hand, FI variations were related to differences in the mean temperature between winter and summer. Both studied caves revealed ideal environmental conditions for deposition of modern calcite in isotopic equilibrium with their parental water. Such conditions were confirmed by the very similar isotopic composition of drip and travertine pool waters. However, variations of \'\'delta\' POT. 18\'O values between different kinds of speleothems indicate that the climatic signal of these formations should be considered only in relative terms. Profiles of \'\'delta\' POT. 18\'O and \'\'delta\' POT. 13\'C along the growth axis of calcite stalagmites precisely dated by the U/Th method, show significant variations during the last 110,000 years BP. These data exhibit a cyclic variation which is coherent with the solar precession and obliquity forcing, whose periodicity is approximately 23 and 41 thousands years, respectively. Variations of \'\'delta\' POT. 18\'O along these profiles are here interpreted as related to changes in rainfall amount, following the results of the present-day monitoring. The remarkable correlation between the isotopic records obtained for São Paulo and Santa Catarina sites and geochemical ice-core records from polar areas indicate that the rainfall-\'\'delta\' POT. 18\'O relationship is consistent for the past climate and point out a regional meteorological system reflecting variations of the global atmospheric circulation. The comparisons between \'\'delta\' POT. 18\'O, \'\'delta\' POT. 13\'C-TC trends suggested climatic changes in which variations in temperature are not necessarily coincident with changes in moisture. The combined isotopic, TC and Mg/Ca ratios indicate relevant paleoenvironmental contrasts between glacial and interglacial periods, characterized by a general increment in temperature after 18,000 years BP, reaching more stable climatic conditions after 8,000 years.

Page generated in 0.0748 seconds