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Tafonomia comparada dos conulatae collins et al.2000, Formação Ponta Grossa, Devoniano (?Lochkoviano-Frasniano), Bacia do Paraná: implicações paleoautoecológicas e paleoambientais / Not available.Sabrina Coelho Rodrigues 16 December 2002 (has links)
No presente estudo, uma análise tafonômica de alta resolução é apresentada para os Conulatae da Formação Ponta Grossa, Devoniano (?Lochkoviano-Frasniano), da Sub-bacia Apucarana, Bacia do Paraná. O estudo está fundamentado, principalmente, nas ocorrências de conulários encontrados em sedimentitos da Seqüência B, litoestratigraficamente correspondente ao Membro Jaguariaíva, aflorantes no município homônimo. Dados tafonômicos de ocorrências coevas, encontradas no município de Ponta Grossa são também analisados. Os dados tafonômicos indicam que os conulários [Conularia quichua Ulrich 1890 e Paraconularia africana (Sharpe 1856)] estão preservados, segundo três classes tafonômicas, identificadas a partir de: a- sua atitude em relação ao plano de acamamento; b- se representado por indivíduos isolados ou agrupados; c- o grau de bioturbação dos estratos; d- o grau e tipo de deformação apresentado pelas tecas e, e- a sua posição estratigráfica na sucessão estudada. A primeira classe inclui conulários verticalmente orientados, com a abertura para cima e dispostos com o eixo maior orientado cerca de 90° a 70° em relação ao plano de acamamento. Ocorrem, na maioria das vezes, inflados, completos, incluindo formas isoladas e agrupamentos com dois ou três indivíduos. Estão presentes em siltitos maciços ou incipientemente laminados, às vezes, com icnofósseis isolados, discretos. Nesses sedimentos, fósseis de organismos bentônicos vágeis não foram verificados. A segunda classe engloba conulários inflados, inclinados, com seu eixo maior disposto cerca de 60° a 20°, em relação plano de acamamento, ocorrendo isolados ou em agrupamentos de dois ou três espécimes. Inclui também espécimes completos, preservados com a abertura orientada para cima, em sua grande maioria. Orbiculoidea e moldes de Shuchertella sp. e Australocoelia touterlotii ocorrem em associação, sendo que elementos bentônicos vágeis não foram observados. Todos os espécimes estão preservados em siltitos com icnofósseis isolados (e.g., Zoophycus) ou zonas com generalizada bioturbação. A terceira classe é representada por conulários isolados, horizontalmente orientados e inclui 5 subclasses, sendo elas: I- representada por indivíduos inflados ou comprimidos lateralmente, com as três regiões da teca (abertura, região mediana e basal) preservadas, estando presentes em siltitos com alto grau de bioturbação (índice de bioturbação 3 ou 4). Orbiculoidea e moldes de Australospirifer inheringi são os fósseis que comumente ocorrem em associação. Fósseis de trilobitas não foram verificados; II- engloba indivíduos fortemente comprimidos em sua região basal, com duas faces adjacentes da teca expostas no mesmo plano de acamamento e região da abertura incompleta. Ocorrem em siltitos altamente bioturbados; III- constituída por indivíduos inflados, preservados em sedimentos finos (siltitos ou arenitos muito finos), associados a estruturas sedimentares, geradas por fluxooscilatório, tais como as estratificações cruzadas do tipo micro hummockies. Outros exemplares dessa subclasse estão, porém, intimamente associados a pavimentos de conchas articuladas de Australospirifer inheringi; IV- inclui espécimes fortemente achatados lateralmente, porém mantendo a tridimensionalidade da teca. Ocorrem em sedimentos finos (siltitos ou arenitos muito finos), associados a estruturas sedimentares, geradas por fluxo oscilatório (micro hummockies) e V- abrangendo indivíduos incompletos, faltando a região da abertura e parte de porção mediana, extremamente achatados lateralmente, isso é, com duas faces adjacentes expostas no mesmo plano de acamamento. Ocorrem em siltito cinza, aparentemente maciço. Pequenas conchas desarticuladas de Australocoelia tourtelotii estão em associação. Os conulários verticalmente preservados são interpretados como soterrados vivos, por rápida deposição de sedimentos finos, em decorrência do aumento brusco nas taxas de sedimentação, associado a eventos de tempestades. Já os conulários inclinados ou horizontalmente orientados, preservados em sedimentos com alto índice de bioturbação são também registros autóctones a parautóctones, pois há uma íntima relação entre esse tipo de orientação e a sua presença em sedimentitos fortemente bioturbados. Possivelmente, representam invertebrados soterrados in situ, mas cuja posição dentro do substrato foi alterada pela atividade biológica intraestratal. Os conuláiros comtecas parcial ou totalmente infladas, orientados horizontalmente em pavimento de conchas de Australospirifer inheringi ou em sedimentitos associados a estruturas sedimentares geradas por fluxo oscilatório, como estratificações cruzadas do tipo micro hummockies, são interpretados como registros parautóctones a autóctones, nos quais, possivelmente, os indivíduos foram previamente soterrados in situ, remobilizados e depositados durante tempestades. Tecas lateralmente comprimidas indicam que o sedimento que preencheu a cavidade gastrovascular apresentava-se em estado plástico, durante a compactação dos sedimentos. Por sua vez, os conulários horizontalmente orientados, fortemente achatados e incompletos, mas preservados em sedimentitos aparentemente maciços, revelam história complexa de exposição na interface água/sedimento e perda de partes esqueléticas. Tal ocorrência sugere soterramento final por decantação de finos, em associação com tempestades, em situação mais distal. Do ponto de vista paleoautoecológico, os conulários são interpretados como animais bentônicos de epifauna, podendo ocorrer em agrupamentos monoespecíficos, com dois ou três espécimes inflados, orientados verticalmente ou inclinados, em relação ao plano de acamamento, indicando que os conulários poderiam apresentar um modo de vida tanto solitário, como agrupado. Porém, a origem desse agrupamento, isso é, se reflete um comportamento clonal ou gregário, não pode ser esclarecida, uma vez que, assim como ocorre em outros exemplos na literatura, a região basal dos exemplares não está preservada. Na Formação Ponta Grossa, tais agrupamentos são formados por indivíduos da espécie Conularia quichua. Ao longo da Seqüência B, na seção de Jaguariaíva, a distribuição vertical dos conulários não é aleatória, pois os mesmos ocorrem em dois intervalos estratigráficos bem definidos, 29 a 32 metros e 44 a 48 metros de contato com a Formação Furnas. Tais intervalos incluem depósitos de sufocamento (obrution deposits), os quais representam tempestitos ditais, situados logo abaixo de superfícies de inundação marinha, caracterizada por folhelho cinza escuro. Apenas um espécime estudado (DZP-3634) ocorre a 39 metros do contato com a Formação Furnas, onde foram predominantes as condições de águas rasas, dominadas pela ação de ondas. Aspectos morfológicos das tecas dos conulários estão, também, intimamente relacionados à sua história tafonômica. Assumindo-se, por exemplo, que a formação da parede basal (e.g., schott) na teca dos conulários está associada à indução por fatores extrínsecos (e.g., atuação de correntes tracionais), sua preservação em espécimes verticalmente orientados, interpretados como registros autóctones, sugere que as correntes tracionais foram capazes de causar injúria, porém insuficientes para a retirada completa dos indivíduos de sua posição de vida. Dessa forma, num dado instante, o indivíduo cuja teca sofreu injúria permaneceu vivo, possivelmente, em substrato situado acima ou junto ao nível de base de onda de tempestade, porém o evento de soterramento final deu-se, ao que tudo indica, abaixo do nível de base de onda de tempestade, por estarem preservados in situ. Feições morfométricas e morfológicas empregadas na descrição dos conulários (e.g., ângulo basal, espaçamento) dos cordões e ornamentação da teca), variam, segundo o grau e o sentido de compressão da teca (lateral ou longitudinal), o grau de esfoliação da teca, decorrente de processos intempéricos e das regiões da teca que estão preservadas. Portanto, os dados tafonômicos mostram que o emprego de caracteres biométricos para a diagnose de gêneros e espécies deve ser feito com cautela. Desse modo, descrições de novos táxons devem estar fundamentadas em grandes coleções, idealmente englobando o maior espectro de modos de preservação possível. Além disso, novos gêneros de espécies devem ser propostos com base em espécimes completos, na medida do possível, e comparações morfométricas devem ser realizadas entre espécimes \"isotafonômicos\", isso é, espécimes que apresentam o mesmo modo de preservação. / In this study, a high resolution taphonomic analysis for the Conulatae from the Ponta Grossa Formation, Devonian (?lochkovian-Frasnian), Apucarana Sub-basin, Paraná Basin, is presented. This study is mainly based on the occurrences found in the rocks of Sequence B, lithostratigraphically coeval to Jaguariaíva member, which crop out in the homonymous region. Taphonimic data from other occurrences found in the rocks of the Ponta Grossa region are also analysed. The thafonomic data gathered indicate that the conulariids [Conularia quichua Ulrich 1890 and Paraconularia Africana (Sharpe 1856)] are preserved according three distinct taphonomic classes. These classes are stablished according to: a- three-dimensional distribution of fossils in the matrix; b- occurrence of isolated or clustered specimens; c- degree of bioturbation; d- degree and type of deformation showed by thecae; and e- stratigraphic distribution in the studied succession. The first taphonomic class includes vertically oriented conulariids (90° to 70°), with aperture-up. Commonly, they are inflated, complete, including specimens that are isolated and occurring in clusters. They are preserved in massive or laminated siltstones, sometimes with discrete and isolated ichnofossils. In these rocks, fossil remains of benthic and vagile invertebrates have not yet been found. The second taphonomic class emcompasses inclined (60° a 20°) conulariids, mainly with the aperture-up, which are isolated or forming clusters of two or three specimens. Orbiculoids and molds of Schuchertella sp. And Australocoelia touterlotii are associated with this taphonomic class, but skeletal remains of vagile invertebrates have not been observed. Specimens belonging to this class are all preserved in intensely bioturbated siltstones or with isolated trace fossils (e.g., Zoophycus). The third class is represented by isolated conulariids that were horizontally oriented, including five subclasses: Subclass I is represented by inflated or laterally compressed specimens, with theca regions (aperture, middle region, and apex) preserved. They are found in intensely bioturbated siltstones (bioturbation index 3 and 4). Orbiculoids and molds of Australospirifer inhering are commonly associated with this subclass. Trilobite fossils are not found in the same layers. Subclass II includes strongly compressed specimens, specially in their apical region, with two adjacent faces preserved in the same bedding. The apertural region is always incomplete, and they are preserved in intensely bioturbated siltstones. Subclass III is represented by inflated specimens, that are preserved in fine-grained rocks (siltstones and very fine sandstones) with sedimentary structures that are indicative of oscillatory flows (hummockies). Other examples within this subclass are provided by conulariids that are close associated to brachiopod-dominated pavements (i.e., Australospirifer inhering). Subclass IV includes slightly compressed specimens, however maintaining their three- dimensionally. They are found in fine-grained rocks (siltstones and very fine sandstones) in association with sedimentary structures indicative of oscillatory flows (micro-hummockies). Finally, Subclass V includes incomplete specimens, in which the aperture is always missing and middles region incomplete. The specimens are found strongly compressed, with two adjacent faces preserved side-by-side in the same bedding. They are found in massive gray siltstones associated with small and disarticulated shells of Australocoelia tourtelotii. Vertically oriented conulariids are interpreted as in situ occurrences, in which living organisms are abruptly buried by mud clouds during storm events. Inclined and horizontally oriented conulariids preserved in deeply bioturbated rocks indicate autochthonous to parautochthonous occurrences. This assertation is based on the close relationships between this mode of preservation and high rates of sediment bioturbation. Probably, this scenario represents records of in situ burial, in which the original position in the sediment was modified by the intense intra-stratal biological activity. Horizontally oriented with inflated or partially inflated thecae, found in close association with brachiopod-dominated pavements (i.e., Australospirifer inhering) or with sedimentary structures that are indicative or oscillatory flows (hummockies), are interpreted as parautochthonous to alochthonous records. In this case, conulariids previously preserved in situ were removed and deposited during storm events. Laterally compressed thecae indicate that either the sediments did not fill the gastrovascular cavity entirely or the sediments in the gastrovascular cavity were plastic during the matrix compaction. Conversely, horizontally oriented conulariids, that are found incomplete and strongly compressed in massive fine-grained sediments, are interpreted as a record of complex history, which could have included exposure at the sediment/water interface and loss of skeletal hard parts. Probably, their final burial was associated with storm events in distally conditions. Herein, conulariids are interpreted as benthic and epifaunal invertebrates. In addition, their occurrences in monospecific cluster (as in Conularia quichua), with two or three inflated, vertically, or inclined specimens, suggests that they were solitary or clustered invertebrates. However, the origin of these clusters, if clonal or gregarious, is still a contentious issue; mainly because, in clustered specimens, is yet to be found a preserved apex. Conulariids exhibit nonrandom stratigraphic distribution in rocks of the Sequence B. In the geological section of Jaguaraíva, conulariids are preferentially preserved at two well defined intervals, of about four-meter-thick, located at 29 to 32 and at 44 to 48 meters from the basal contact with Furnas Formation. These intervals are characterized by layers with in situ occurrences of conulariids, representing obrution deposits or distal tempestites. These are located a few centimeters below the marine flooding surfaces that are characterized by dark, massive, or laminated shales. Rare conulariids are find out of the four-meter-thick intervals above. The specimen (DZP-3634) was found 39 meters above the contact with Furnas Formation, in a interval where shallow water conditions prevailed. The anatomy of conulariid thecae is also close related to their taphonomic history. Assuming that the schott is induced by extrinsic factors (e.g., bottom currents), its preservation in vertically oriented specimens, interpreted as in situ records, suggests that the currents or flows were able to cause the injure. However, they were not energetic enough to cause complete substrate disruption of these specimens. In this context, the specimens with injured thecae probably remained alive in a substrate just at the storm wave base or below it. However, since they are preserved in situ, their final burial occurred in waters below the storm wave. Biometric characters that are used in the systematic of conulariid (e.g., apical angle and relative spacing of ribs) vary according to the degree and direction of thecae compression (lateral or longitudinal), degree of thecae exfoliation - as a response to weathering processes, and the preserved thecae region. Therefore, the taphonomic data show that the use of biometric characters to diagnose genera and species must be done with caution. Whithin this framework, descriptions of new taxa must be based on the examination of large fossil collections, and ideally, these samples should encompass all the spectrum of preservational modes. Finally, new taxonomic entities must be erected only when complete specimens are available, and biometric comparisons should be done with \"isotaphonomic\" specimens.
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Ostracodes cretáceos (Turoniano-Maastrichtiano) da Bacia do Pará-Maranhão : aspectos taxonômicos, paleoecológicos e paleobiogeográficosPiovesan, Enelise Katia 11 August 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-08-11 / CENPES - Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello / Neste trabalho apresentam-se os resultados do estudo taxonômico dos ostracodes marinhos da Bacia do Pará-Maranhão, no intervalo Turoniano-Maastrichtiano, e das respostas paleoambientais e de distribuição paleobiogeográfica das assembléias. O material analisado constituiu-se de 65 amostras de calha, provenientes de dois poços, denominados 1-MAS-12 e 1-MAS-16. O poço 1-MAS-16 possui profundidade entre 3552-4990 m, de idade Turoniano-Maastrichtiano e o poço 1-MAS-12 com profundidade entre 2145-2685 m, abrangendo o Campaniano-Maastrichtiano. A abundância registrada totalizou 841 espécimes, identificados em 61 espécies, incluídos em 30 gêneros, pertencentes a 13 famílias. As espécies identificadas foram as seguintes: Macrocypris longana Bold, 1960; Bairdoppilata cespedesensis (Bold, 1946); Isocythereis carlsbardensis Holden, 1964; Protobuntonia numidica Grekoff, 1954; Loxoconcha safeni Sarr, 1998; Krithe cushmani Alexander, 1929; Paracypris cf. P. gracilis (Bosquet, 1854); Ovocytheridea cf. O. aegyptiaca Morsi, 2000; Cytheropteron cf. C. brasiliensis Fauth et al., 2005; Xestoleberis aff. X. minuta Holden, 1964; 51 espécies foram deixadas em nomenclatura aberta e 11 táxons permaneceram indeterminados. Os gêneros mais diversificados foram Cytherella, Krithe e Bairdoppilata, com sete, seis e cinco espécies, respectivamente. As variações no nível do mar refletiram-se na constituição das associações faunísticas, evidenciando baixa diversidade e abundância no intervalo Turoniano e Santoniano e, a partir do Maastrichtiano inferior, há um aumento significativo no número de espécimes e espécies, possivelmente associado a um evento regressivo. A partir das características da fauna e de uma minuciosa revisão bibliográfica, foi possível inferir um ambiente de plataforma rasa, em ambos os poços. Na análise paleoecológica também foi discutida a presença expressiva de exemplares de Platycopina e sua associação a níveis disaeróbicos, concluindo-se que os dados não disponíveis foram suficientes para inferir baixos níveis de oxigenação, uma vez que seus picos de abundância ocorrem associados a um grande número de espécies. A tentativa de encontrar uma relação entre a litologia e a ocorrência dos táxons também não apresentou resultados significativos, possivelmente em função do tipo de amostragem (calha). Através do estudo paleobiogeográfico estabeleceram-se afinidades faunísticas, durante o Senoniano, com o noroeste da África e Caribe. / This work presents the results of the taxonomic study of the Turonian-Maastrichtian marine ostracodes of Pará-Maranhão Basin, their palaeoenvironmental responses and paleobiogeographical distribution. The 65 studied samples are from two wells: the 1-MAS-16 (3552-4990 m, Turonian-Maastrichtian) and the 1-MAS-12 (2145-2685 m, Campanian-Maastrichtian). 841 specimens were recorded, identified in 61 species, belonging to 30 genera and 13 families. The identified species were: Macrocypris longana Bold, 1960; Bairdoppilata cespedesensis (Bold, 1946); Isocythereis carlsbardensis Holden, 1964; Protobuntonia numidica Grekoff, 1954; Loxoconcha safeni Sarr, 1998; Krithe cushmani Alexander, 1929; Paracypris cf. P. gracilis (Bosquet, 1854); Ovocytheridea cf. O. aegyptiaca Morsi, 2000; Cytheropteron cf. C. brasiliensis Fauth et al., 2005; Xestoleberis aff. X. minuta Holden, 1964; 51 species were left in open nomenclature and 11 taxa remained indeterminate. Cytherella, Krithe and Bairdoppilata were the most diversified genera, with seven, six and five species, respectively. Sea level changes are reflected in the faunistic association, showing low diversity and abundance during the Turonian-Santonian. In the other hand, in the lower Maastrichtian, there is a significant increase in the number of specimens and species, possibly as a consequence of a regressive event. From the characteristics of the association and the literature revision it was possible to infer a shallow environment for both wells. In the paleoecological analysis, the expressive presence of Platycopina and their association with disaerobic levels was also discussed, concluding that there was no relation to oxygen levels, due to the presence of a large number of species. The attempt to link the lithology to the occurrence of taxa had no significative results, possibly due to the sampling type (ditch cuttings). Throughout the paleobiogeographical study faunal affinities have been established for the Senonian, with the Northwest Africa and the Caribbean region.
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Sphenacanthidae e xenacanthidae (chondrichthyes: elasmobranchii) da formação Rio do Rasto no estado do ParanáCosta, Victor Eduardo Pauliv Cardenes da January 2013 (has links)
As estruturas com maior possibilidade de fossilização do esqueleto dos Chondrichthyes são aquelas mais mineralizadas, tais como dentes, escamas, espinhos cefálicos e de nadadeiras. Na Formação Rio do Rasto, os Chondrichthyes estão representados predominantemente por dentes e espinhos de nadadeiras. Na presente dissertação, foram estudados espécimes coletados em um afloramento do Membro Serrinha da Formação Rio do Rasto próximo ao quilômetro 20 da BR-153 no Município de Jacarezinho, Estado do Paraná, Brasil. O material corresponde a dois conjuntos, um representado por dois espinhos de nadadeira e o outro por vários dentes, todos depositados no Museu de Ciências Naturais do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. No primeiro conjunto as características apresentadas pelos espinhos permitiram atribuí-los a uma nova espécie de Sphenacanthidae, enquanto que as características do segundo conjunto permitiram atribuir os dentes a uma nova espécie de Xenacanthidae. A associação fóssil na localidade-tipo e no mesmo horizonte estratigráfico da Formação Rio do Rasto indica que estas ocorrências de tubarões podem representar mais um registro de água doce para os xenacantídeos e esfenacantídeos. / The chondrichthian skeletal structures with greater potential of fossilization are the most mineralized such as teeth, scales, fin spines and cephalic spines. In the Rio do Rasto Formation the Chondrichthyes are represented by fin spines and teeth. The studied material came from an outcrop of Serrinha Member of the Rio do Rasto Formation, close to km 20, by the road BR-153 in the city of Jacarezinho, State of Paraná, Brazil. The studied material are two sets, one represented by two fin spines and the other by several teeth, all housed in the “Museu de Ciências Naturais do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná” - UFPR Natural Sciences Museum. In the first set, the features shown allow to ascribe the finspines to a new species of Sphenacanthidae, while the features of the second set allow to ascribe the teeth a new species of Xenacanthidae. The fossil association in the type locality and in the same stratigraphical horizon in the Rio do Rasto Formation indicates that these shark occurrences could represent another freshwater record for the xenacanthids and sphenacanthids.
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Geobiologia do Atol das Rocas, Atlântico Sul EquatorialSoares, Marcelo de Oliveira January 2009 (has links)
Esta tese aborda a geobiologia do único Atol do Oceano Atlântico Sul. Diferentes classificações foram realizadas para o complexo recifal de Rocas ao longo dos séculos XIX e XX, as quais são avaliadas historicamente. Análises biogeomorfológicas e de mapeamento das unidades recifais foram realizadas no Atol das Rocas para a compreensão da dinâmica sedimentar e do relevo deste recife oceânico. Os diferentes compartimentos recifais são afetados por processos biogeomorfológicos como controle de processos erosivos, bioproteção, bioerosão recifal, bioturbação, cimentação de areia carbonática biogênica, produção de sedimentos biodetríticos e bioconstrução (principalmente de algas calcáreas, corais, vermetídeos e foraminíferos). Organismos diversos incluindo aves, peixes, tartarugas, corais, zoantídeos, algas, moluscos, poliquetas, sipunculídeos, foraminíferos e microorganismos agem nos diferentes grupos de processos biogeomorfológicos gerando as características únicas do Atol. O recife oceânico se desenvolveu provavelmente nos últimos 7000 anos do Período Neógeno. A paleohidrodinâmica da corrente oceânica, variações no gradiente de energia no lado a barlavento e sotavento e, sobretudo, as oscilações eustáticas holocênicas foram preponderantes na evolução recifal. Em níveis de mar alto uma grande laguna composta por comunidades bentônicas se formou com grande diversidade biológica. Eventos regressivos e de erosão por ação de ondas e correntes levou as feições observadas atualmente, tais como o ambiente lagunar raso (<6m profundidade), de um amplo depósito arenoso e das ilhas à sotavento. A dinâmica temporal e espacial de sete comunidades principais de ambientes submersos, intertidais e emersos é demonstrada pela primeira vez. / This thesis approaches the geobiology of the only Atoll in the South Atlantic Ocean. Different classifications were made for Rocas Reef Complex along the nineteenth and twentieth century, which are evaluated historically. Biogeomorphological analysis and mapping of the reef units were done on the Rocas Atoll for the comprehension of the sedimentary dynamic and of the relief of this oceanic reef. The different reef compartments are affected by biogeomorphological processes such as erosive process control, bioprotection, bioerosion, bioturbation, cementing of the biogenic carbonate sand, production of biodetritic sediments and bioconstruction (especially of calcareous algae, vermetids, corals and foraminifers). Different organisms including birds, fishes, turtles, corals, zoanthids, algae, mollusks, polychaets, sipunculids, foraminifers and microorganisms act in the different groups of biogeomorphological processes generating the unique characteristics of the Atoll. The oceanic reef developed over the past 7000 years in the Neogene Period. The paleohydrodynamic of the oceanic current, variations of the gradient of energy on the leeward/windward side and, above all, the eustatic holocenic oscillations were predominant in the reef evolution. In high sea levels a lagoon composed by bentonic communities formed with great biological diversity. The regression and erosion by waves and currents led to the formation of shallow lagoon environment, extensive sandy deposit and the Islands in leeward side. The temporal and spatial dynamic of seven main communities of underwater, intertidal and emerged environments is shown for the first time.
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Integração da tafonomia e estratigrafia de sequências no estudo dos lingulídeos da sucessão devoniana da Bacia do ParanáZabini, Carolina January 2011 (has links)
Fósseis devonianos de braquiópodes infaunais denominados informalmente de lingulídeos compõem o principal objeto de estudo da presente tese. Dados tafonômicos e estratigráficos associados ao registro desses fósseis foram coletados. A abundância dos lingulídeos, suas diferentes formas de ocorrência, sua ausência em determinados afloramentos, e o fato de possuírem pares recentes (i.e. animais semelhantes que vivem nos mares atuais e que podem vir a colaborar na compreensão da paleobiologia, paleoecologia e nos processos tafonômicos dos lingulídeos fósseis) foram os fatores que influenciaram na escolha do grupo como alvo de estudo. No total analisaram-se 32 afloramentos que tiveram descritas suas litologias e estruturas sedimentares, e quando possível, foram realizadas coletas tafonômicas de alta resolução e a inserção de tais afloramentos em arcabouço de estratigrafia de sequências. Nas coletas todos os táxons encontrados foram devidamente considerados. Os afloramentos investigados distribuem-se pela sucessão devoniana da bacia sedimentar do Paraná, e atualmente encontram-se na região fitogeográfica Campos Gerais, estado do Paraná, Brasil. Para análise do material coletado foi construído um banco de dados tafonômicos. Também foram realizadas análises com microscopia eletrônica de varredura e espectroscopia de energia dispersiva, para alguns lingulídeos extremamente bem preservados, durante o período de estágio sanduíche. Ainda neste intervalo, métodos estatísticos foram aplicados com material de lingulídeos fósseis devonianos e também com material Miocênico/Eocênico contendo lingulídeos. Visitas a coleções de museus no exterior foram realizadas com intuito comparativo, uma vez que a incerteza taxonômica dos fósseis devonianos já havia adentrado a tese como mais uma problemática. As principais questões abordadas na presente tese se referem à possibilidade (1) de utilização de dados de lingulídeos atuais na interpretação do registro devoniano destes animais; (2) das características intrínsecas dos lingulídeos (i.e. concha quitinofosfática, hábito de vida infaunal) atuarem como agentes de preservação diferencial em diferentes contextos deposicionais; e por último: (3) da análise tafonômica ser dependente da identificação taxonômica precisa dos lingulídeos. Os resultados obtidos indicam que o uso de dados atualísticos pode ser efetuado, com algumas reservas; aparentemente as conchas dos lingulídeos devonianos eram mais biomineralizadas (não significa que eram mais espessas) que as conchas de lingulídeos atuais, o que aumentaria o potencial de fossilização dos lingulídeos devonianos, afetando sua tafonomia e explicando, por exemplo, a ocorrência de fragmentos de lingulídeos preservados no registro paleozóico; outro fator observado é de que há provavelmente um tendenciamento analítico negativo para a presença de fragmentos de organismos quitinofosfáticos no registro cenozóico. Além disso, as características intrínsecas dos lingulídeos podem sim ser a chave para o reconhecimento de situações deposicionais específicas, ao longo dos tratos de sistemas. Finalmente, a correta identificação taxonômica ajuda a prevenir erros tafonômicos interpretativos; no caso dos lingulídeos aqui estudados, o(s) tipo(s) de preservação dos bioclastos não auxiliou em sua classificação taxonômica específica, mas, com o uso de uma nomenclatura aberta e com o máximo de dados taxonômicos observados foi possível propor o fim do gênero Lingula, e a utilização de Lingularia cf. para se referir aos fósseis de lingulídeos do Devoniano da bacia do Paraná. / Devonian fossils of infaunal lingulid brachiopods (lingulids) are the main study object of the present dissertation. Taphonomic and stratigraphic data, associated with the record of the Devonian lingulids were collected. The main factors influencing the choice of this group as the subject of study were: abundance of specimens, their different occurrence forms, absence in some outcrops, and the presence of extant species (i.e.similar animals that live at present and that can cooperate with (paleo)biological, (paleo)ecological and taphonomical studies of the fossil forms). Thirty-two outcrops were analyzed in terms of their lithologies and sedimentary structures; when possible, high resolution taphonomic data was obtained and sequence stratigraphic analyses were preformed on the outcrops. Every fossil specimen found was properly considered, i.e. there was no tendency to collect only lingulids. The investigated outcrops pertain to the Devonian succession of the sedimentary Paraná Basin; presently they occupy the Campos Gerais phytogeographic region, Paraná State, Brazil. A taphonomic database was constructed to analyze the collected material. During the period at the Virginia Tech Institution, scanning electron microscope with energy dispersive x-ray was used to analyze lingulids of exceptional preservation. During this same period, statistical analyses were applied to Devonian and Miocenic/Eocenic fossil material containing lingulids. Visits to some museum collections were done with comparative aims, once the taxonomic problematic of the Devonian lingulids had already entered the dissertation list of issues. The main hypothesis of the present dissertation are linked to the following possibilities: (1) the use of recent lingulids to interpret the Devonian lingulid record; (2) that lingulid intrinsic characteristics (i.e. chitinophosphatic shell, infaunal life habit) could act as agents of preferential preservation in different depositional contexts; and (3) the taphonomic analysis being dependent of a true lingulid taxonomy. The obtained results indicate that actualistic data can be used but within these careful paramaters: (1) Devonian lingulids were more biomineralized (though not implying that they were thicker) when compared to recent ones, which could enhance the preservation potential of the fossil lingulids and would affect their taphonomy (this could explain the presence of fragmented lingulids in the Paleozoic record); (2) there is a negative analytical bias accounting for the absence of fragmented lingulids in Cenozoic record; (3) the intrinsic lingulid characteristics can be used as a key to recognize specific depositional environments, over successive systems tracts; and (4) the correct taxonomic identification helps to avoid taphonomical interpretative errors. In the present case, the lingulid type(s) of preservation did not help to achieve an accurate diagnosis of the genus. It was possible, instead, to abolish Lingula and use Lingularia cf. to refer to the Devonian lingulids of the Paraná Basin.
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Sphenacanthidae e xenacanthidae (chondrichthyes: elasmobranchii) da formação Rio do Rasto no estado do ParanáCosta, Victor Eduardo Pauliv Cardenes da January 2013 (has links)
As estruturas com maior possibilidade de fossilização do esqueleto dos Chondrichthyes são aquelas mais mineralizadas, tais como dentes, escamas, espinhos cefálicos e de nadadeiras. Na Formação Rio do Rasto, os Chondrichthyes estão representados predominantemente por dentes e espinhos de nadadeiras. Na presente dissertação, foram estudados espécimes coletados em um afloramento do Membro Serrinha da Formação Rio do Rasto próximo ao quilômetro 20 da BR-153 no Município de Jacarezinho, Estado do Paraná, Brasil. O material corresponde a dois conjuntos, um representado por dois espinhos de nadadeira e o outro por vários dentes, todos depositados no Museu de Ciências Naturais do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. No primeiro conjunto as características apresentadas pelos espinhos permitiram atribuí-los a uma nova espécie de Sphenacanthidae, enquanto que as características do segundo conjunto permitiram atribuir os dentes a uma nova espécie de Xenacanthidae. A associação fóssil na localidade-tipo e no mesmo horizonte estratigráfico da Formação Rio do Rasto indica que estas ocorrências de tubarões podem representar mais um registro de água doce para os xenacantídeos e esfenacantídeos. / The chondrichthian skeletal structures with greater potential of fossilization are the most mineralized such as teeth, scales, fin spines and cephalic spines. In the Rio do Rasto Formation the Chondrichthyes are represented by fin spines and teeth. The studied material came from an outcrop of Serrinha Member of the Rio do Rasto Formation, close to km 20, by the road BR-153 in the city of Jacarezinho, State of Paraná, Brazil. The studied material are two sets, one represented by two fin spines and the other by several teeth, all housed in the “Museu de Ciências Naturais do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná” - UFPR Natural Sciences Museum. In the first set, the features shown allow to ascribe the finspines to a new species of Sphenacanthidae, while the features of the second set allow to ascribe the teeth a new species of Xenacanthidae. The fossil association in the type locality and in the same stratigraphical horizon in the Rio do Rasto Formation indicates that these shark occurrences could represent another freshwater record for the xenacanthids and sphenacanthids.
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Paleobiologia de Jachaleria Candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980 e comentários sobre a termorregulação em dicynodontiaFrancischini Filho, Heitor Roberto January 2014 (has links)
Dicinodontes (Therapsida: Anomodontia) compreendem os principais herbívoros do intervalo Permiano Médio-Triássico Superior. Algumas de suas características morfofuncionais cranianas têm se mostrado boas adaptações à herbivoria e ao eficiente processamento oral de materiais vegetais, bem como à termorregulação. Dentre estas, a aquisição da propalinia (movimentação ânteroposterior da mandíbula) e a substituição de um aparelho mastigatório com dentes por uma ranfoteca cobrindo boa parte da extremidade anterior do crânio são os mais característicos. Na anatomia corpórea como um todo, a aquisição de uma postura mais ereta (upright), o aumento do tamanho corpóreo e a presença de turbinais são indicativos de que o grupo evoluiu para um padrão de vida mais ativo e, consequentemente, com um maior gasto energético. Neste trabalho, é apresentada uma revisão bibliográfica sobre tais adaptações e uma discussão sobre sua origem e evolução no clado Anomodontia, focando a espécie Jachaleria candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980 do Triássico Superior do Rio Grande do Sul, Brasil. / Dicynodonts (Therapsida: Anomodontia) comprise the main herbivores of the Middle Permian - Upper Triassic interval. Some of their morphological and functional cranial characteristics revealed to be adaptations to herbivory and efficient oral processing of plant materials, as well thermoregulation. Among these, the acquisition of propaliny (anteroposterior movements of mandible) and the replacement of the teeth by a ramphoteca covering most of the snout are the most characteristic adaptations. Regarding to their overall shape, the acquisition of a more erect (upright) gait, the increase in body size and the presence of turbinals indicate that this group evolved toward a more active lifestyle and, consequently with a most energetic cost. In this dissertation, is presented a bibliographic revision about such adaptations and a discussion about its origin and evolution within Anomodontia, focusing the Upper Triassic Jachaleria candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980, from Rio Grande do Sul State, southern Brazil. / Los dicinodontes (Therapsida: Anomodontia) fueron los principales herbívoros durante el intervalo Pérmico Medio - Triásico Tardío. Presentaban varios caracteres morfofuncionales que reflejan adaptaciones al hábito herbívoro, así como a la termoregulación. Entre las más comunes están la adquisición de la propalinía (movimentación antero-posterior de la mandíbula) y la sustitución de un aparato masticatorio con dientes post-caninos por uno con forma de pico cubierto por una ranfoteca. Otros caracteres como la adquisición de una posición mas erecta (upright), aumento de la talla corporal y la presencia de turbinales son indicativos de que el clado evolucionó hacia un patrón de vida mas activo, y consecuentemente, de un mayor consumo de energía. En este trabajo se realizó una revisión bibliográfica de dichas adaptaciones y se discutió sobre su origen y evolución dentro del grupo Anomodontia, con un enfoque en el taxon Jachaleria candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980 del Triásico Tardío de Rio Grande do Sul, Brasil.
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Geobiologia do Atol das Rocas, Atlântico Sul EquatorialSoares, Marcelo de Oliveira January 2009 (has links)
Esta tese aborda a geobiologia do único Atol do Oceano Atlântico Sul. Diferentes classificações foram realizadas para o complexo recifal de Rocas ao longo dos séculos XIX e XX, as quais são avaliadas historicamente. Análises biogeomorfológicas e de mapeamento das unidades recifais foram realizadas no Atol das Rocas para a compreensão da dinâmica sedimentar e do relevo deste recife oceânico. Os diferentes compartimentos recifais são afetados por processos biogeomorfológicos como controle de processos erosivos, bioproteção, bioerosão recifal, bioturbação, cimentação de areia carbonática biogênica, produção de sedimentos biodetríticos e bioconstrução (principalmente de algas calcáreas, corais, vermetídeos e foraminíferos). Organismos diversos incluindo aves, peixes, tartarugas, corais, zoantídeos, algas, moluscos, poliquetas, sipunculídeos, foraminíferos e microorganismos agem nos diferentes grupos de processos biogeomorfológicos gerando as características únicas do Atol. O recife oceânico se desenvolveu provavelmente nos últimos 7000 anos do Período Neógeno. A paleohidrodinâmica da corrente oceânica, variações no gradiente de energia no lado a barlavento e sotavento e, sobretudo, as oscilações eustáticas holocênicas foram preponderantes na evolução recifal. Em níveis de mar alto uma grande laguna composta por comunidades bentônicas se formou com grande diversidade biológica. Eventos regressivos e de erosão por ação de ondas e correntes levou as feições observadas atualmente, tais como o ambiente lagunar raso (<6m profundidade), de um amplo depósito arenoso e das ilhas à sotavento. A dinâmica temporal e espacial de sete comunidades principais de ambientes submersos, intertidais e emersos é demonstrada pela primeira vez. / This thesis approaches the geobiology of the only Atoll in the South Atlantic Ocean. Different classifications were made for Rocas Reef Complex along the nineteenth and twentieth century, which are evaluated historically. Biogeomorphological analysis and mapping of the reef units were done on the Rocas Atoll for the comprehension of the sedimentary dynamic and of the relief of this oceanic reef. The different reef compartments are affected by biogeomorphological processes such as erosive process control, bioprotection, bioerosion, bioturbation, cementing of the biogenic carbonate sand, production of biodetritic sediments and bioconstruction (especially of calcareous algae, vermetids, corals and foraminifers). Different organisms including birds, fishes, turtles, corals, zoanthids, algae, mollusks, polychaets, sipunculids, foraminifers and microorganisms act in the different groups of biogeomorphological processes generating the unique characteristics of the Atoll. The oceanic reef developed over the past 7000 years in the Neogene Period. The paleohydrodynamic of the oceanic current, variations of the gradient of energy on the leeward/windward side and, above all, the eustatic holocenic oscillations were predominant in the reef evolution. In high sea levels a lagoon composed by bentonic communities formed with great biological diversity. The regression and erosion by waves and currents led to the formation of shallow lagoon environment, extensive sandy deposit and the Islands in leeward side. The temporal and spatial dynamic of seven main communities of underwater, intertidal and emerged environments is shown for the first time.
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Sphenacanthidae e xenacanthidae (chondrichthyes: elasmobranchii) da formação Rio do Rasto no estado do ParanáCosta, Victor Eduardo Pauliv Cardenes da January 2013 (has links)
As estruturas com maior possibilidade de fossilização do esqueleto dos Chondrichthyes são aquelas mais mineralizadas, tais como dentes, escamas, espinhos cefálicos e de nadadeiras. Na Formação Rio do Rasto, os Chondrichthyes estão representados predominantemente por dentes e espinhos de nadadeiras. Na presente dissertação, foram estudados espécimes coletados em um afloramento do Membro Serrinha da Formação Rio do Rasto próximo ao quilômetro 20 da BR-153 no Município de Jacarezinho, Estado do Paraná, Brasil. O material corresponde a dois conjuntos, um representado por dois espinhos de nadadeira e o outro por vários dentes, todos depositados no Museu de Ciências Naturais do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná. No primeiro conjunto as características apresentadas pelos espinhos permitiram atribuí-los a uma nova espécie de Sphenacanthidae, enquanto que as características do segundo conjunto permitiram atribuir os dentes a uma nova espécie de Xenacanthidae. A associação fóssil na localidade-tipo e no mesmo horizonte estratigráfico da Formação Rio do Rasto indica que estas ocorrências de tubarões podem representar mais um registro de água doce para os xenacantídeos e esfenacantídeos. / The chondrichthian skeletal structures with greater potential of fossilization are the most mineralized such as teeth, scales, fin spines and cephalic spines. In the Rio do Rasto Formation the Chondrichthyes are represented by fin spines and teeth. The studied material came from an outcrop of Serrinha Member of the Rio do Rasto Formation, close to km 20, by the road BR-153 in the city of Jacarezinho, State of Paraná, Brazil. The studied material are two sets, one represented by two fin spines and the other by several teeth, all housed in the “Museu de Ciências Naturais do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná” - UFPR Natural Sciences Museum. In the first set, the features shown allow to ascribe the finspines to a new species of Sphenacanthidae, while the features of the second set allow to ascribe the teeth a new species of Xenacanthidae. The fossil association in the type locality and in the same stratigraphical horizon in the Rio do Rasto Formation indicates that these shark occurrences could represent another freshwater record for the xenacanthids and sphenacanthids.
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Paleobiologia de Jachaleria Candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980 e comentários sobre a termorregulação em dicynodontiaFrancischini Filho, Heitor Roberto January 2014 (has links)
Dicinodontes (Therapsida: Anomodontia) compreendem os principais herbívoros do intervalo Permiano Médio-Triássico Superior. Algumas de suas características morfofuncionais cranianas têm se mostrado boas adaptações à herbivoria e ao eficiente processamento oral de materiais vegetais, bem como à termorregulação. Dentre estas, a aquisição da propalinia (movimentação ânteroposterior da mandíbula) e a substituição de um aparelho mastigatório com dentes por uma ranfoteca cobrindo boa parte da extremidade anterior do crânio são os mais característicos. Na anatomia corpórea como um todo, a aquisição de uma postura mais ereta (upright), o aumento do tamanho corpóreo e a presença de turbinais são indicativos de que o grupo evoluiu para um padrão de vida mais ativo e, consequentemente, com um maior gasto energético. Neste trabalho, é apresentada uma revisão bibliográfica sobre tais adaptações e uma discussão sobre sua origem e evolução no clado Anomodontia, focando a espécie Jachaleria candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980 do Triássico Superior do Rio Grande do Sul, Brasil. / Dicynodonts (Therapsida: Anomodontia) comprise the main herbivores of the Middle Permian - Upper Triassic interval. Some of their morphological and functional cranial characteristics revealed to be adaptations to herbivory and efficient oral processing of plant materials, as well thermoregulation. Among these, the acquisition of propaliny (anteroposterior movements of mandible) and the replacement of the teeth by a ramphoteca covering most of the snout are the most characteristic adaptations. Regarding to their overall shape, the acquisition of a more erect (upright) gait, the increase in body size and the presence of turbinals indicate that this group evolved toward a more active lifestyle and, consequently with a most energetic cost. In this dissertation, is presented a bibliographic revision about such adaptations and a discussion about its origin and evolution within Anomodontia, focusing the Upper Triassic Jachaleria candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980, from Rio Grande do Sul State, southern Brazil. / Los dicinodontes (Therapsida: Anomodontia) fueron los principales herbívoros durante el intervalo Pérmico Medio - Triásico Tardío. Presentaban varios caracteres morfofuncionales que reflejan adaptaciones al hábito herbívoro, así como a la termoregulación. Entre las más comunes están la adquisición de la propalinía (movimentación antero-posterior de la mandíbula) y la sustitución de un aparato masticatorio con dientes post-caninos por uno con forma de pico cubierto por una ranfoteca. Otros caracteres como la adquisición de una posición mas erecta (upright), aumento de la talla corporal y la presencia de turbinales son indicativos de que el clado evolucionó hacia un patrón de vida mas activo, y consecuentemente, de un mayor consumo de energía. En este trabajo se realizó una revisión bibliográfica de dichas adaptaciones y se discutió sobre su origen y evolución dentro del grupo Anomodontia, con un enfoque en el taxon Jachaleria candelariensis Araújo & Gonzaga, 1980 del Triásico Tardío de Rio Grande do Sul, Brasil.
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