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Paneleiras de Goiabeiras & Paneleiros de Guarapari: Limites e influências entre patrimônio cultural, artesanato e mercadoMUNIZ, G. D. 15 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-15 / Esta pesquisa visa compreender as relações entre o artesanato, o patrimônio cultural imaterial e o mercado, analisando as influências que um exerce sobre o outro. Para tanto, realizamos um estudo de caso comparativo entre as paneleiras de Goiabeiras, cujo ofício é registrado como patrimônio cultural
imaterial, e os paneleiros de Guarapari, que não possuem o registro, por seu modo de fazer panela de barro não seguir a mesma tradição do grupo de Goiabeiras. Sendo assim, analisamos os modos de fazer dos dois grupos, as semelhanças e diferenças nas duas produções, as relações mercadológicas, sociais, políticas e ambientais envolvidas entre ambos e as políticas públicas que apoiam ou não os grupos pesquisados. Inicialmente apresentamos os grupos e seus modos de fazer panela de barro preta, utilizando os conceitos de patrimônio cultural e artesanato para contextualizar essas produções. Em seguida, observamos as principais diferenças e semelhanças nesses modos de produção, analisamos como acontece a inserção e o desenvolvimento do
artesanato e do patrimônio no mercado, assim como as relações sociais entre os grupos de artesãos; identificamos as políticas de salvaguarda e os principais programas de incentivo ao artesanato; e apontamos as influências e relações
entre artesanato, patrimônio cultural imaterial e mercado. Sugerimos ainda, alguns caminhos possíveis para melhor apoiar esses grupos e desenvolver sua autonomia.
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A [política da] arte de fazer a panela de barro: processo de identificação e a sedimentação do discurso-da-tradição-do-saber-fazer-panela-de-barro-em-Goiabeiras-Velha, Vitória-ES / The (Policy of) art of make the clay pan: Identification process and the sedimentation of the traditional-discourse-of-know-how-make-clay-pan-in-Goiabeiras-Velha, Vitória-ESMarques, Marcelo de Souza 19 May 2017 (has links)
Submitted by Kenia Bernini (kenia.bernini@ufpel.edu.br) on 2018-08-17T19:08:41Z
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Previous issue date: 2017-05-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / A produção de artefatos cerâmicos no bairro de Goiabeiras, região central de Vitória, capital do estado do Espírito Santo, é de longa data. Trata-se de uma tradição indígena, cujos primeiros registros datam de 1815. A partir de meados do século XX, artesãos ceramistas dos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco passaram a se instalar em terras capixabas, dando origem a novos núcleos produtores. Esse contexto, sobretudo a partir dos anos 1980, marcou o início de um processo de concorrência pelo mercado cultural local de produção de panelas de barro. Entre os novos polos ceramistas, os artesãos de Guarapari foram os que conseguiram se destacar na concorrência com as artesãs de Goiabeiras, o mais antigo reduto de produção de panela de barro do Espírito Santo. Além dessa concorrência, as artesãs também se viam diante de outro conflito. O Governo do Estado, na figura da Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN), buscava construir uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na área de extração da principal matéria-prima utilizada pelas paneleiras, colocando em risco a manutenção de seu ofício. Foi nesse contexto de duplo enfrentamento, entre os anos de 1980 e 1990, que as artesãs, articuladas com a municipalidade de Vitória e com o IPHAN contra as pretenções da CESAN e também no conflito com os artesãos de Guarapari, passaram a se organizar como grupo, isto é, como Paneleiras-de-Goiabeiras-Velha, e a reivindicar uma posição política e cultural a partir de um discurso de legitimidade cultural. Tendo em vista esse contexto, o presente estudo, amparado na Teoria Política do Discurso (LACLAU; MOUFFE, 2015 [1985]), tem como objetivo central compreender tanto o processo de identificação das artesãs como Paneleiras-de-Goiabeiras-Velha, quanto o processo articulatório e os sentidos do discurso-de-tradição-do-saber-fazer-panela-de-barro-em-Goiabeiras-Velha. As hipóteses sustentam que (a) o processo de identificação das Paneleiras como Paneleiras-de-Goiabeiras-Velha, além de envolver a construção discursiva de Goiabeiras-Velha como “território da tradição”, dá-se a partir da relação dos sujeitos com os artesãos de Guarapari, e que (b) o discurso-de-tradição-saber-fazer-panela-de-barro-em-Goiabeiras-Velha tem sido sedimentado através da articulação entre as Paneleiras e instâncias estatais, sobretudo a municipalidade de Vitória e o IPHAN. Para levar a cabo este estudo qualitativo, utilizou-se as seguintes técnicas de pesquisa: pesquisa bibliográfica, análise documental e entrevistas em profundidade com as Paneleiras de Goiabeiras, gestores públicos e políticos. Os resultados apontam que o processo articulatório entre as Paneleiras, a Prefeitura e o IPHAN, iniciado nos anos 1980, permitiu às Paneleiras ocuparem um “lugar” de destaque na sociedade capixaba. Esse “lugar” é a sua posição no contexto político-cultural local, que extrapola o mercado cultural de panela de barro e ganha uma dimensão simbólica ainda mais interessante: perpassa a construção simbólica da cultura capixaba. Trata-se, portanto, de uma posição politicamente construída, hegemonicamente estabelecida. Uma posição reconhecida e legitimada tanto pelo discurso institucional, como pelo conjunto da sociedade. / The production of ceramic artifacts in the district of Goiabeiras, central region of Vitória, capital of the state of Espírito Santo, has been a long time. It is an indigenous tradition, whose first records date back to 1815. From the middle of the 20th century, ceramic artisans from the states of Alagoas, Bahia and Pernambuco began to settle in the Capixaba lands, giving rise to new production centers. This context, especially since the 1980s, marked the beginning of a process of competition for the local cultural market for the production of clay pots. Among the new ceramic poles, Guarapari artisans were the ones who can to stand out in the competition with the artisans of Goiabeiras, The oldest clay pan production center in Espírito Santo. Beside this competition, the women artisans also were in front another conflict. The State Government, in the figure of Companhia Espírito Santense de Saneamento (CESAN), intended to build a Sewage Treatment Station (STS) in the area of extraction of the main raw material used by the potters, putting at risk the maintenance of their craft. It was in this context of double confrontation, between the years of 1980 and 1990, that the artisans, articulated with the municipality of Vitória and with the IPHAN, against the pretensions of CESAN and also in the conflict with the artisans of Guarapari, began to organize themselves as a group, that is, as Paneleiras-de-Goiabeiras-Velha, and to claim a political and cultural position based on a discourse of cultural legitimacy. In this context, the present study, based on the Political Theory of Discourse (LACLAU; MOUFFE, 2015 [1985]), has as a central objective to understand the process of identification of the artisans as Paneleiras-de-Goiabeiras-Velha, as well the articulatory process and the senses of the Discourse-of-tradition-of-know-how-make-clayt-pan-in-Goiabeiras-Velha. The hypotheses support that (a) the process of identifying the Potters as Paneleiras-de-Goiabeiras-Velha, besides involving the discursive construction of Goiabeiras-Velha as "place of tradition", is based on the relation of the subjects with the Artisans of Guarapari, and that (b) the discourse-of-tradition-know-how-make-clay-pan-in-Goiabeiras-Velha has been sedimented through the articulation between the Paneleiras and state bodies, especially the municipality of Vitória and IPHAN. To make possible this qualitative study the following research techniques were used: bibliographic research, documentary analysis and in-depth interviews with the Paneleiras-de-Goiabeiras, and public and political managers. The results indicate that the articulation process between the Paneleiras, the City Hall and the IPHAN, started in the 1980s, allowed the Paneleiras to occupy a prominent place in the society of Espírito Santo. This "place" is their position in the local political-cultural context, that extrapolates the cultural market of clay pan and gains an even more interesting symbolic dimension: it goes through the symbolic construction of the culture of Espírito Santo. It is, therefore, a politically constructed position, hegemonically established. A position recognized and legitimized by both institutional discourse and society as a whole
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Tradição secular - as paneleiras de Goiabeiras: cultura imaterial e representação social do estado do Espírito SantoAraújo, Gabriella Vasconcellos de 10 September 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-11-27T11:19:49Z
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Previous issue date: 2018-09-10 / In the late 1930s, the Brazilian State created the Institute of National Historical and Artistic
Patrimony (IPHAN) with the aim of preserving brazilian material culture. Later, the 1988
Federal Constitution extended IPHAN's operation by incorporating immaterial patrimony. It
is considered material or immaterial cultural patrimony every cultural property that is
recognized by the social group as a reference of its culture, its history, present in the memory
of the people and that is part of everyday life. Since the creation of the National Program of
Immaterial Patrimony (PNPI) until March 2018, have been registered forty-one Immaterial
Cultural Patrimony of Brazil, among them the paneleiras de Goiabeiras, the object of study of
this work. The central problem of this work was based on the following question: The
recognition of the Metier of the paneleiras de Goiabeiras as a cultural property of immaterial
nature by the IPHAN contributed to the recognition and strengthening of the tradition of the
paneleiras, of the social groups involved in the process of production of the clay pan and for
the socioeconomic development of the region where the paneleiras are established? The
research was carried out through direct observation, analysis of Vitória’s city map, with a
look at the neighborhood of Goiabeiras, analysis of documents and cultural records, as well as
in - depth interviews with the holders of knowledge.
As a result, it was verified that despite the recognition of the Metier of the paneleiras de
Goiabeiras as a cultural property of immaterial nature by the IPHAN, the metier is at risk of
extinction due to the lack of interest of the descendants to continue the metier, due to the
absence of effective public policies that recognize and disseminate the work developed by the
community, as well as by the lack of recognition of the Capixaba society of the cultural works
developed by their fellow countrymen / No final da década de 1930, o Estado Brasileiro criou o Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN) com o intuito de preservar a cultura material brasileira. Mais
tarde, a Constituição Federal de 1988 ampliou a atuação do IPHAN incorporando os
patrimônios imateriais. Considera-se patrimônio cultural material ou imaterial todo bem
cultural que for reconhecido pelo grupo social como referência de sua cultura, de sua história,
presente na memória do povo e que faz parte do cotidiano. Desde a criação do Programa
Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) até março de 2018, foram registrados quarenta e um
Patrimônios Culturais Imateriais do Brasil, dentre eles as paneleiras de Goiabeiras, objeto de
estudo deste trabalho. O problema central deste trabalho baseou-se na seguinte indagação: O
reconhecimento do ofício das paneleiras de Goiabeiras como um bem cultural de natureza
imaterial pelo IPHAN, contribuiu para o reconhecimento e fortalecimento da tradição das
paneleiras, dos grupos sociais envolvidos no processo de produção das panelas de barro e para
o desenvolvimento socioeconômico da região onde as paneleiras estão estabelecidas? A
pesquisa foi realizada por meio de observação direta, análise dos mapas da cidade de Vitória,
com um olhar voltado para o bairro de Goiabeiras, análise de documentos e registros
culturais, além de entrevistas em profundidade com as detentoras do saber. Como resultado,
constatou-se que apesar do reconhecimento do ofício das paneleiras de Goiabeiras como um
bem cultural de natureza imaterial pelo IPHAN, este corre risco de extinção pela falta de
interesse dos descendentes em dar continuidade, pela ausência de políticas públicas efetivas
que reconheçam e divulguem o trabalho desenvolvido pela comunidade, bem como pela falta
de reconhecimento da sociedade capixaba dos trabalhos culturais desenvolvidos pelos seus
conterrâneos
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