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A patrulha escolar comunitária (PEC) como expressão da política de segurança pública brasileira da crise estrutural do capital

Castro, Cátia Ronsani 02 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T16:16:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Catia Ronsani Castro.pdf: 1085342 bytes, checksum: 666b8a7f508a5b03ab77d59b56baa911 (MD5) Previous issue date: 2013-09-02 / This dissertation is the result of studies that developed about a problem that has disquieted in the professional workspace and union militancy: the extent of the actions of the military police to schools as a policy of Public Security of the State of Paraná. With the research presented elements that aim to understand why the police has constituted effectively as the main public policy of the State of Paraná to deal with violence in schools. We argue that the adoption of measures such as policing school, situated in the area of Public Security, is related to a broader movement of contemporary capitalist society, and expressed elements of Brazilian singularity. In the first chapter we explicit how the Criminal State is configured as an alternative to the crisis of the states of Welfare, especially as regards the implementation of a set of punitive policies in the area of Public Security, in exchange for social policies. In the second chapter, through an overview of the security situation in Brazil and the mistakes of the actions implemented by the State, since 1988, we outlined a framework of crisis Policy Public Safety. Crisis that establishes precisely the policies with contributions progressives have succumbed to the ruling military, inherited from the dictatorship period and also for the implications of the emergence of the Criminal State. In the last chapter, we present the Patrol School Community (PEC) and resumed elements of the first and second chapter to argue for this policy as Paraná is an expression of the crisis of the Brazilian Public Safety, in that it locally reproduces the movements that make the crisis nationwide: the failure of security policies with contributions and progressive expansion of policing and repression in order to address the demands of the social question. From these elements we have presented, we believe that a model of state facing social demands with the expansion of political repression and punishment, could not present this alternative way to address the problem of school violence / Esta dissertação é resultado de estudos que desenvolvemos acerca de um problema que tem nos inquietado no espaço de atuação profissional e na militância sindical: a extensão das ações da Polícia Militar às escolas como política de Segurança Pública do Estado do Paraná. Com a pesquisa apresentamos elementos que visam compreender porque a polícia tem se constituído efetivamente como a principal política pública do Estado do Paraná para o enfrentamento da violência em meio escolar. Argumentamos que a adoção de medidas como o policiamento escolar, situado na área da Segurança Pública, tem relação com um movimento mais amplo da sociedade capitalista contemporânea, bem como, expressa elementos da singularidade brasileira. No primeiro capítulo explicitamos como o Estado Penal se configurou como uma alternativa à crise dos Estados de Bem-Estar Social, principalmente no que diz respeito a implementação de um conjunto de políticas punitivas na área da Segurança Pública, em substituição às políticas sociais. No segundo capítulo, por meio de um panorama da situação da segurança no Brasil e dos desacertos das ações implementadas pelo Estado, a partir de 1988, delineamos um quadro de crise da Política de Segurança Pública. Crise que se estabelece justamente pelas políticas com aportes progressistas terem sucumbido ao ditame militar, herdado do período ditatorial e também pelas implicações da emergência do Estado Penal. No último capítulo, apresentamos a Patrulha Escolar Comunitária (PEC) e retomamos elementos do primeiro e do segundo capítulo para argumentar no sentido de como esta política paranaense é expressão da crise da Segurança Pública brasileira, na medida em que ela reproduz localmente os movimentos que conformam a crise em âmbito nacional: o fracasso das políticas de segurança com aportes progressistas e a ampliação do policiamento e da repressão como forma de enfrentar as demandas da questão social. A partir destes elementos que apresentamos, entendemos que um modelo de Estado que enfrenta suas demandas sociais com a ampliação da política de repressão e punição, não poderia apresentar alternativa diferente desta para enfrentar o problema da violência escolar
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Educação e controle social

Silva, Rafael Braz da 29 November 2010 (has links)
Resumo: o presente trabalho tem como objetivo fundamental analisar o processo de intervenção policial nas escolas. Especificamente, pretende estudar o projeto UPatrulha Escolar Comunitária" desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado do Paraná em parceria com a Secretaria de Educação. Através de uma descrição de como se constitui a percepção de diferentes atores que compõe a comunidade escolar, busca-se sistematizar alguns elementos que legitimam tal proposta de política pública para a segurança em um colégio estadual no município de Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. A metodologia utilizouse dos seguintes procedimentos: observação participante, etnografia, grupos operativos, aplicação de entrevistas e questionários. O objetivo foi comprovar que um dos elementos fundamentais neste contexto é a existência de uma crise na autoridade escolar, que apresenta como seus pressupostos básicos a crise de convivência, o desgaste e a descrença com o trabalho docente, além do desenvolvimento de uma sociabilidade violenta entre jovens. Estes elementos se retroalimentam e colocam dificuldades à escola em trabalhar com seus próprios problemas. Isto por sua vez autoriza e legitima a entrada da polícia em seu espaço como uma tentativa de resolver os conflitos que emergem na interação entre professor e aluno, reforçando um controle social autoritário. A instituição de ensino transfere parte de suas responsabilidades à polícia, a qual se insere como um novo ator social no campo educacional na tentativa de suprir as dificuldades que a primeira não consegue mais resolver.

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