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Educação escolar indígena na terra indígena Apiaká-kayabi em Juara – MT : resistências e desafios / Indigenous school education in Apiaká-Kayabi indigenous land in Juara-MT : resistance and challenges

Ferreira, Waldinéia Antunes de Alcântara January 2013 (has links)
A Educação Escolar Indígena na atualidade das Comunidades Mayrob, Apiaká e Kayabi tem vivenciado uma constante ressignificação no intuito de se tornar diferenciada, específica e bilíngue. A mesma vem se constituindo num processo de negociações que ocorrem com as instituições do Estado: a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), na formação de professores indígenas; o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO), na formação continuada; e diálogos entre os saberes indígenas e os da academia, na perspectiva da interculturalidade crítica. Há na constituição da mesma o esforço da afirmação étnica de cada povo que ocorre pelas práticas educativas pedagógicas na valorização da cultura. Uma educação construtora de um currículo articulado à vida, à interculturalidade, à sobrevivência da memória, da cultura e da língua materna num mundo globalizado e diverso, um currículo negociado com tensões e protagonismo. Em outras palavras, uma educação própria, diferenciada, intercultural, feita pela Pedagogia Cosmo- Antropológica. Na construção dessa pedagogia, o professor/a indígena é uma liderança que tem responsabilidades definidas, dentre elas, e, talvez a maior, a de construir uma educação escolar que consiga intermediar espaços específicos da cultura étnica com a cultura não indígena. Utiliza a escola como locus de resistência pelos processos educativos culturais protagonizando o universo indígena. Nesse espaço, e junto ao movimento indígena, é que se formam os guerreiros. Assim, a escola, o movimento indígena e o contexto das salas de aula são espaços de fortalecimento e de construção da Pedagogia Cosmo-Antropológica. Para se chegar a essas considerações foi preciso analisar a especificidade da cultura indígena dos povos Munduruku, Kayabi e Apiaká, identificando as formas de resistência no processo de invasão cultural a partir de uma educação escolar Cosmo-Antropológica. O caminho delineado contou com as contribuições da pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, com as orientações de Geertz (1989) e André (2003); a observação participante e as narrativas, para que fosse possível descrever e dialogar com significados culturais, tanto na dimensão escolar como nas interfaces da dimensão da cultura. A palavra descrição foi experienciada de forma que possibilitasse uma aproximação significativa e interpretativa da realidade, evidenciando suas contradições. Assim, a análise dialética e interpretativa, nesta abordagem de vertente antropológica e etnográfica. A pesquisa foi realizada diretamente com os professores/as indígenas (formados pela Faculdade Indígena Intercultural - UNEMAT – Campus de Barra do Bugres) de três escolas indígenas do Estado de Mato Grosso, na Terra Indígena Apiaká- Kayabi localizada no município de Juara-MT, e indiretamente com as pessoas da comunidade. E tem como objeto de estudo a educação escolar indígena. Os principais autores que auxiliaram na construção desta pesquisa foram: Kusch (1999), Dussel (1993), Paulo Freire(1996; 2005) e Viveiros de Castro (2002). / The indigenous school education nowadays in Mayrob, Apiaká and Kayabi communities has been living a constant re-signification to become differentiate, specific and bilingual. It is being constituted through a process of negotiations that happens with state institutions such as: University of the State of Mato Grosso (UNEMAT) in the indigenous teachers graduation, Center of Formation and Updating of Professionals of Basic Education (CEFAPRO) in the continuous formation, and some dialogues between the indigenous knowledge and the academy knowledge in the perspective of critical interculturality. In the constitution of this process there is strength for ethnical affirmation of each people, which occurs through pedagogical education practices valuing the culture. An education that builds a curriculum articulated to life, to the interculturality, to the memory survival, to the culture and to the mother tongue in a globalized and diverse world, a curriculum built through tension and protagonism. In other words, a proper education, differentiated, intercultural, done by the Cosmo-anthropological Pedagogy. In this pedagogical construction, the indigenous teacher is a leadership that has defined responsibilities, among all of them, maybe the greatest one, that is to build a school education that searches to interlace specific spaces of ethnical culture and the non-indigenous culture. These indigenous people have the school as a locus of resistance against cultural educational process, advocating the indigenous universe. This place and together with the indigenous movement that are being formed warriors. Thus, the school, the indigenous movement and the classroom context are places of strengthen and of Cosmoanthropological Pedagogy construction. In order to achieve these considerations, was analyzed the specificity of the indigenous culture of Munduruku, Kayabi and Apiaká people, identifying the resistance forms in the process of cultural invasion since the Cosmoanthropological school education. It was of great importance the contributions of qualitative research of ethnographic kind, considering Geertz (1989) and André (2003), also the participant observation and the narratives, to be able to describe dialogues with cultural meanings, in the school dimension as in the interfaces of cultural dimension. The word description was lived in a way, which made possible a significantly and comprehensible approximation of the reality, putting in evidence its contradictions. Therefore, it was utilized in the doctoral dissertation an interpretative and dialectical analyses, based on anthropologic and ethnographic fields. The research has as investigated subjects eight indigenous teachers (graduate and undergraduate at Indigenous Intercultural College – UNEMAT – Barra do Bugres Campus) of three indigenous schools of Mato grosso in the indigenous land Apiaká- Kayabi in Juara city –MT and indirectly the people from the community, the study object was the indigenous school education. The main authors who helped to build the research were: Kusch (2000), Dussel (1993), Paulo Freire (1996; 2005) and Viveiros de Castro (2002).
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Educação escolar indígena na terra indígena Apiaká-kayabi em Juara – MT : resistências e desafios / Indigenous school education in Apiaká-Kayabi indigenous land in Juara-MT : resistance and challenges

Ferreira, Waldinéia Antunes de Alcântara January 2013 (has links)
A Educação Escolar Indígena na atualidade das Comunidades Mayrob, Apiaká e Kayabi tem vivenciado uma constante ressignificação no intuito de se tornar diferenciada, específica e bilíngue. A mesma vem se constituindo num processo de negociações que ocorrem com as instituições do Estado: a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), na formação de professores indígenas; o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO), na formação continuada; e diálogos entre os saberes indígenas e os da academia, na perspectiva da interculturalidade crítica. Há na constituição da mesma o esforço da afirmação étnica de cada povo que ocorre pelas práticas educativas pedagógicas na valorização da cultura. Uma educação construtora de um currículo articulado à vida, à interculturalidade, à sobrevivência da memória, da cultura e da língua materna num mundo globalizado e diverso, um currículo negociado com tensões e protagonismo. Em outras palavras, uma educação própria, diferenciada, intercultural, feita pela Pedagogia Cosmo- Antropológica. Na construção dessa pedagogia, o professor/a indígena é uma liderança que tem responsabilidades definidas, dentre elas, e, talvez a maior, a de construir uma educação escolar que consiga intermediar espaços específicos da cultura étnica com a cultura não indígena. Utiliza a escola como locus de resistência pelos processos educativos culturais protagonizando o universo indígena. Nesse espaço, e junto ao movimento indígena, é que se formam os guerreiros. Assim, a escola, o movimento indígena e o contexto das salas de aula são espaços de fortalecimento e de construção da Pedagogia Cosmo-Antropológica. Para se chegar a essas considerações foi preciso analisar a especificidade da cultura indígena dos povos Munduruku, Kayabi e Apiaká, identificando as formas de resistência no processo de invasão cultural a partir de uma educação escolar Cosmo-Antropológica. O caminho delineado contou com as contribuições da pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, com as orientações de Geertz (1989) e André (2003); a observação participante e as narrativas, para que fosse possível descrever e dialogar com significados culturais, tanto na dimensão escolar como nas interfaces da dimensão da cultura. A palavra descrição foi experienciada de forma que possibilitasse uma aproximação significativa e interpretativa da realidade, evidenciando suas contradições. Assim, a análise dialética e interpretativa, nesta abordagem de vertente antropológica e etnográfica. A pesquisa foi realizada diretamente com os professores/as indígenas (formados pela Faculdade Indígena Intercultural - UNEMAT – Campus de Barra do Bugres) de três escolas indígenas do Estado de Mato Grosso, na Terra Indígena Apiaká- Kayabi localizada no município de Juara-MT, e indiretamente com as pessoas da comunidade. E tem como objeto de estudo a educação escolar indígena. Os principais autores que auxiliaram na construção desta pesquisa foram: Kusch (1999), Dussel (1993), Paulo Freire(1996; 2005) e Viveiros de Castro (2002). / The indigenous school education nowadays in Mayrob, Apiaká and Kayabi communities has been living a constant re-signification to become differentiate, specific and bilingual. It is being constituted through a process of negotiations that happens with state institutions such as: University of the State of Mato Grosso (UNEMAT) in the indigenous teachers graduation, Center of Formation and Updating of Professionals of Basic Education (CEFAPRO) in the continuous formation, and some dialogues between the indigenous knowledge and the academy knowledge in the perspective of critical interculturality. In the constitution of this process there is strength for ethnical affirmation of each people, which occurs through pedagogical education practices valuing the culture. An education that builds a curriculum articulated to life, to the interculturality, to the memory survival, to the culture and to the mother tongue in a globalized and diverse world, a curriculum built through tension and protagonism. In other words, a proper education, differentiated, intercultural, done by the Cosmo-anthropological Pedagogy. In this pedagogical construction, the indigenous teacher is a leadership that has defined responsibilities, among all of them, maybe the greatest one, that is to build a school education that searches to interlace specific spaces of ethnical culture and the non-indigenous culture. These indigenous people have the school as a locus of resistance against cultural educational process, advocating the indigenous universe. This place and together with the indigenous movement that are being formed warriors. Thus, the school, the indigenous movement and the classroom context are places of strengthen and of Cosmoanthropological Pedagogy construction. In order to achieve these considerations, was analyzed the specificity of the indigenous culture of Munduruku, Kayabi and Apiaká people, identifying the resistance forms in the process of cultural invasion since the Cosmoanthropological school education. It was of great importance the contributions of qualitative research of ethnographic kind, considering Geertz (1989) and André (2003), also the participant observation and the narratives, to be able to describe dialogues with cultural meanings, in the school dimension as in the interfaces of cultural dimension. The word description was lived in a way, which made possible a significantly and comprehensible approximation of the reality, putting in evidence its contradictions. Therefore, it was utilized in the doctoral dissertation an interpretative and dialectical analyses, based on anthropologic and ethnographic fields. The research has as investigated subjects eight indigenous teachers (graduate and undergraduate at Indigenous Intercultural College – UNEMAT – Barra do Bugres Campus) of three indigenous schools of Mato grosso in the indigenous land Apiaká- Kayabi in Juara city –MT and indirectly the people from the community, the study object was the indigenous school education. The main authors who helped to build the research were: Kusch (2000), Dussel (1993), Paulo Freire (1996; 2005) and Viveiros de Castro (2002).
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Educação escolar indígena na terra indígena Apiaká-kayabi em Juara – MT : resistências e desafios / Indigenous school education in Apiaká-Kayabi indigenous land in Juara-MT : resistance and challenges

Ferreira, Waldinéia Antunes de Alcântara January 2013 (has links)
A Educação Escolar Indígena na atualidade das Comunidades Mayrob, Apiaká e Kayabi tem vivenciado uma constante ressignificação no intuito de se tornar diferenciada, específica e bilíngue. A mesma vem se constituindo num processo de negociações que ocorrem com as instituições do Estado: a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), na formação de professores indígenas; o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO), na formação continuada; e diálogos entre os saberes indígenas e os da academia, na perspectiva da interculturalidade crítica. Há na constituição da mesma o esforço da afirmação étnica de cada povo que ocorre pelas práticas educativas pedagógicas na valorização da cultura. Uma educação construtora de um currículo articulado à vida, à interculturalidade, à sobrevivência da memória, da cultura e da língua materna num mundo globalizado e diverso, um currículo negociado com tensões e protagonismo. Em outras palavras, uma educação própria, diferenciada, intercultural, feita pela Pedagogia Cosmo- Antropológica. Na construção dessa pedagogia, o professor/a indígena é uma liderança que tem responsabilidades definidas, dentre elas, e, talvez a maior, a de construir uma educação escolar que consiga intermediar espaços específicos da cultura étnica com a cultura não indígena. Utiliza a escola como locus de resistência pelos processos educativos culturais protagonizando o universo indígena. Nesse espaço, e junto ao movimento indígena, é que se formam os guerreiros. Assim, a escola, o movimento indígena e o contexto das salas de aula são espaços de fortalecimento e de construção da Pedagogia Cosmo-Antropológica. Para se chegar a essas considerações foi preciso analisar a especificidade da cultura indígena dos povos Munduruku, Kayabi e Apiaká, identificando as formas de resistência no processo de invasão cultural a partir de uma educação escolar Cosmo-Antropológica. O caminho delineado contou com as contribuições da pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, com as orientações de Geertz (1989) e André (2003); a observação participante e as narrativas, para que fosse possível descrever e dialogar com significados culturais, tanto na dimensão escolar como nas interfaces da dimensão da cultura. A palavra descrição foi experienciada de forma que possibilitasse uma aproximação significativa e interpretativa da realidade, evidenciando suas contradições. Assim, a análise dialética e interpretativa, nesta abordagem de vertente antropológica e etnográfica. A pesquisa foi realizada diretamente com os professores/as indígenas (formados pela Faculdade Indígena Intercultural - UNEMAT – Campus de Barra do Bugres) de três escolas indígenas do Estado de Mato Grosso, na Terra Indígena Apiaká- Kayabi localizada no município de Juara-MT, e indiretamente com as pessoas da comunidade. E tem como objeto de estudo a educação escolar indígena. Os principais autores que auxiliaram na construção desta pesquisa foram: Kusch (1999), Dussel (1993), Paulo Freire(1996; 2005) e Viveiros de Castro (2002). / The indigenous school education nowadays in Mayrob, Apiaká and Kayabi communities has been living a constant re-signification to become differentiate, specific and bilingual. It is being constituted through a process of negotiations that happens with state institutions such as: University of the State of Mato Grosso (UNEMAT) in the indigenous teachers graduation, Center of Formation and Updating of Professionals of Basic Education (CEFAPRO) in the continuous formation, and some dialogues between the indigenous knowledge and the academy knowledge in the perspective of critical interculturality. In the constitution of this process there is strength for ethnical affirmation of each people, which occurs through pedagogical education practices valuing the culture. An education that builds a curriculum articulated to life, to the interculturality, to the memory survival, to the culture and to the mother tongue in a globalized and diverse world, a curriculum built through tension and protagonism. In other words, a proper education, differentiated, intercultural, done by the Cosmo-anthropological Pedagogy. In this pedagogical construction, the indigenous teacher is a leadership that has defined responsibilities, among all of them, maybe the greatest one, that is to build a school education that searches to interlace specific spaces of ethnical culture and the non-indigenous culture. These indigenous people have the school as a locus of resistance against cultural educational process, advocating the indigenous universe. This place and together with the indigenous movement that are being formed warriors. Thus, the school, the indigenous movement and the classroom context are places of strengthen and of Cosmoanthropological Pedagogy construction. In order to achieve these considerations, was analyzed the specificity of the indigenous culture of Munduruku, Kayabi and Apiaká people, identifying the resistance forms in the process of cultural invasion since the Cosmoanthropological school education. It was of great importance the contributions of qualitative research of ethnographic kind, considering Geertz (1989) and André (2003), also the participant observation and the narratives, to be able to describe dialogues with cultural meanings, in the school dimension as in the interfaces of cultural dimension. The word description was lived in a way, which made possible a significantly and comprehensible approximation of the reality, putting in evidence its contradictions. Therefore, it was utilized in the doctoral dissertation an interpretative and dialectical analyses, based on anthropologic and ethnographic fields. The research has as investigated subjects eight indigenous teachers (graduate and undergraduate at Indigenous Intercultural College – UNEMAT – Barra do Bugres Campus) of three indigenous schools of Mato grosso in the indigenous land Apiaká- Kayabi in Juara city –MT and indirectly the people from the community, the study object was the indigenous school education. The main authors who helped to build the research were: Kusch (2000), Dussel (1993), Paulo Freire (1996; 2005) and Viveiros de Castro (2002).

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