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Avaliação da toxicidade de metais no metabolismo de fêmeas vitelogênicas de Astyanax bimaculatus (Teleostei: Characidae) / Toxicity evaluation of metals in the metabolism of Astyanax bimaculatus (Teleostei: Characidae) vitellogenic femalesVieira, Vanessa Aparecida Rocha Oliveira 25 October 2012 (has links)
O impacto dos metais na fisiologia de peixes tem sido considerado preocupante, pois são contaminantes críticos nos ecossistemas aquáticos devido ao seu alto potencial de entrar no organismo, acumular-se e ser transferido na cadeia trófica e muitos estudos têm demonstrado os efeitos sobre várias funções em animais, quando expostos a estes metais. O rio Paraíba do Sul vem apresentando concentrações de alumínio (Al) e manganês (Mn) acima dos valores permitidos pela legislação Brasileira e, além disso, fatores abióticos tais como a acidez da água, podem contribuir para alteração do potencial de toxicidade, podendo acarretar em danos à biota aquática. As respostas desencadeadas pelos animais a estas mudanças ambientais podem levá-los a um estado de estresse, que é altamente energético devido à realocação de substratos inicialmente destinados às atividades de elevada demanda energética, como crescimento e reprodução, em direção às atividades que requerem intensificação para restaurar a homeostase. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos metais Al e Mn em pH ácido, isoladamente e em combinação, durante 96 horas (teste agudo) nas brânquias e nos substratos metabólicos de fêmeas vitelogênicas de Astyanax bimaculatus e, adicionalmente após um período de 96 horas em água limpa, verificar a habilidade dos animais em se recuperar na ausência destes metais. Os animais foram divididos em 5 grupos experimentais: CTR em pH neutro; pH ácido; Al; Mn; e Mn+Al. Os dados mostram que quando expostos a estes metais isoladamente, a atividade enzimática da bomba Na+/K+ ATPase e a quantidade de células de cloreto foram diminuídas, no entanto quando combinados, estes efeitos não foram observados. O Al isolado e em associação com o Mn promoveu peroxidação de fosfolipídios de membrana. Além disso nos animais expostos aos dois metais juntos, houve um aumento de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e saturados (STA) acompanhado pela diminuição dos ácidos graxos polinsaturados (PUFA) o que pode ter evitado alterações na atividade de bomba e na quantidade de células de cloreto na combinação destes metais. Considerando-se os substratos metabólicos, a exposição ao Al diminuiu a concentração de proteínas nos ovários e no plasma, glicogênio muscular, além de alterar as porcentagens de MUFA e PUFA no fígado, e PUFA nos ovários. O Al também promoveu lipoperoxidação hepática, e no período de recuperação houve diminuição da concentração de lipídios em vários tecidos analisados. A exposição ao Mn promoveu diminuição das concentrações de proteínas totais em todos os tecidos analisados, seja no período de exposição agudo ou de recuperação, não havendo a recuperação deste substrato no fígado e nos ovários; o Mn promoveu lipoperoxidação nos fosfolipídios das membranas do fígado e, em associação com o Al, pareceu interferir na dinâmica dos PUFA das membranas dos ovários. Várias interações foram observadas entre o Al e Mn, demonstrando casos de antagonismo, potenciação e até mesmo de sinergismo entre estes metais, dependendo do parâmetro fisiológico analisado, evidenciando que a exposição de fêmeas vitelogênicas a estes metais pode ser prejudicial ao processo reprodutivo principalmente devido à ação observada, inclusive nos ovários / The impact of metals in fish physiology has been considered worrying due to their high potential of entering in the organism, to accumulate and be transferred through the food chain and many studies have shown the effects on several functions in animals, when exposed to these metals. The Paraíba do Sul river showed aluminum (Al) and manganese (Mn) concentrations above the values allowed by the Brazilian law and moreover abiotic factors, such as acidic water, can contribute to changing the toxicity potential and can result in damage to aquatic biota. The answers triggered by the animals to these environmental changes can lead to a stress state which has a high energetic cost due to the substrate reallocation, initially designated to activities with high energetic demand, as growth and reproduction, to activities that need to be intensified, to reestablish the homeostasis. The main goals of this study were to evaluate the effects of the metals Al and Mn in acidic pH, alone and in combination, during 96 hours (acute test) in the gills and in metabolic substrates in Astyanax bimaculatus vitelogenic females and, additionally, verify the ability of the animals to recover in the absence of the metals after the 96 hours in clear water. The animals were divided in 5 groups : CTR in neutral pH; acidic pH; Al; Mn; and Mn+Al. The results showed that when the animals were exposed to the isolate metals, there was a decrease in the Na+/K+ ATPase pump activity and in the amount of chloride cells, however when combined, these effects were not observed. Al, isolated or in association with Mn, promoted phospholipids peroxidation in gill membranes. Furthermore, in the animals exposed to both metals together, there were an increase in monounsaturated fatty acids (MUFA) and saturated fatty acids (STA) and decrease in polyunsaturated fatty acids (PUFA) which may have avoided alterations in pump activity and in the amount of chloride cells. In the metabolic substrates, Al exposition decreased plasma and ovaries protein concentration, muscle glycogen, and altered the percentage of MUFA and PUFA in the liver, and PUFA in the ovaries. Al also promoted liver lipoperoxidation, and in the recovery period lipid content decreased in most tissues analyzed. Mn exposition promoted a decrease in total protein content in all tissue analyzed, both in the acute and recovery periods, and there was no recovery of this substrate in liver and ovaries; Mn promoted lipoperoxidation in liver phospolipids and, in association with Al, interfered in the PUFA dynamic in ovaries membranes. Many interactions were observed between Al and Mn, evidencing antagonism, potentiation and also synergism, depending on the physiologic parameter analyzed, showing that the exposition of vitellogenic females to these metals can be harmful to reproductive process due to the observed actions, including in ovaries
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Avaliação da toxicidade de metais no metabolismo de fêmeas vitelogênicas de Astyanax bimaculatus (Teleostei: Characidae) / Toxicity evaluation of metals in the metabolism of Astyanax bimaculatus (Teleostei: Characidae) vitellogenic femalesVanessa Aparecida Rocha Oliveira Vieira 25 October 2012 (has links)
O impacto dos metais na fisiologia de peixes tem sido considerado preocupante, pois são contaminantes críticos nos ecossistemas aquáticos devido ao seu alto potencial de entrar no organismo, acumular-se e ser transferido na cadeia trófica e muitos estudos têm demonstrado os efeitos sobre várias funções em animais, quando expostos a estes metais. O rio Paraíba do Sul vem apresentando concentrações de alumínio (Al) e manganês (Mn) acima dos valores permitidos pela legislação Brasileira e, além disso, fatores abióticos tais como a acidez da água, podem contribuir para alteração do potencial de toxicidade, podendo acarretar em danos à biota aquática. As respostas desencadeadas pelos animais a estas mudanças ambientais podem levá-los a um estado de estresse, que é altamente energético devido à realocação de substratos inicialmente destinados às atividades de elevada demanda energética, como crescimento e reprodução, em direção às atividades que requerem intensificação para restaurar a homeostase. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos metais Al e Mn em pH ácido, isoladamente e em combinação, durante 96 horas (teste agudo) nas brânquias e nos substratos metabólicos de fêmeas vitelogênicas de Astyanax bimaculatus e, adicionalmente após um período de 96 horas em água limpa, verificar a habilidade dos animais em se recuperar na ausência destes metais. Os animais foram divididos em 5 grupos experimentais: CTR em pH neutro; pH ácido; Al; Mn; e Mn+Al. Os dados mostram que quando expostos a estes metais isoladamente, a atividade enzimática da bomba Na+/K+ ATPase e a quantidade de células de cloreto foram diminuídas, no entanto quando combinados, estes efeitos não foram observados. O Al isolado e em associação com o Mn promoveu peroxidação de fosfolipídios de membrana. Além disso nos animais expostos aos dois metais juntos, houve um aumento de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e saturados (STA) acompanhado pela diminuição dos ácidos graxos polinsaturados (PUFA) o que pode ter evitado alterações na atividade de bomba e na quantidade de células de cloreto na combinação destes metais. Considerando-se os substratos metabólicos, a exposição ao Al diminuiu a concentração de proteínas nos ovários e no plasma, glicogênio muscular, além de alterar as porcentagens de MUFA e PUFA no fígado, e PUFA nos ovários. O Al também promoveu lipoperoxidação hepática, e no período de recuperação houve diminuição da concentração de lipídios em vários tecidos analisados. A exposição ao Mn promoveu diminuição das concentrações de proteínas totais em todos os tecidos analisados, seja no período de exposição agudo ou de recuperação, não havendo a recuperação deste substrato no fígado e nos ovários; o Mn promoveu lipoperoxidação nos fosfolipídios das membranas do fígado e, em associação com o Al, pareceu interferir na dinâmica dos PUFA das membranas dos ovários. Várias interações foram observadas entre o Al e Mn, demonstrando casos de antagonismo, potenciação e até mesmo de sinergismo entre estes metais, dependendo do parâmetro fisiológico analisado, evidenciando que a exposição de fêmeas vitelogênicas a estes metais pode ser prejudicial ao processo reprodutivo principalmente devido à ação observada, inclusive nos ovários / The impact of metals in fish physiology has been considered worrying due to their high potential of entering in the organism, to accumulate and be transferred through the food chain and many studies have shown the effects on several functions in animals, when exposed to these metals. The Paraíba do Sul river showed aluminum (Al) and manganese (Mn) concentrations above the values allowed by the Brazilian law and moreover abiotic factors, such as acidic water, can contribute to changing the toxicity potential and can result in damage to aquatic biota. The answers triggered by the animals to these environmental changes can lead to a stress state which has a high energetic cost due to the substrate reallocation, initially designated to activities with high energetic demand, as growth and reproduction, to activities that need to be intensified, to reestablish the homeostasis. The main goals of this study were to evaluate the effects of the metals Al and Mn in acidic pH, alone and in combination, during 96 hours (acute test) in the gills and in metabolic substrates in Astyanax bimaculatus vitelogenic females and, additionally, verify the ability of the animals to recover in the absence of the metals after the 96 hours in clear water. The animals were divided in 5 groups : CTR in neutral pH; acidic pH; Al; Mn; and Mn+Al. The results showed that when the animals were exposed to the isolate metals, there was a decrease in the Na+/K+ ATPase pump activity and in the amount of chloride cells, however when combined, these effects were not observed. Al, isolated or in association with Mn, promoted phospholipids peroxidation in gill membranes. Furthermore, in the animals exposed to both metals together, there were an increase in monounsaturated fatty acids (MUFA) and saturated fatty acids (STA) and decrease in polyunsaturated fatty acids (PUFA) which may have avoided alterations in pump activity and in the amount of chloride cells. In the metabolic substrates, Al exposition decreased plasma and ovaries protein concentration, muscle glycogen, and altered the percentage of MUFA and PUFA in the liver, and PUFA in the ovaries. Al also promoted liver lipoperoxidation, and in the recovery period lipid content decreased in most tissues analyzed. Mn exposition promoted a decrease in total protein content in all tissue analyzed, both in the acute and recovery periods, and there was no recovery of this substrate in liver and ovaries; Mn promoted lipoperoxidation in liver phospolipids and, in association with Al, interfered in the PUFA dynamic in ovaries membranes. Many interactions were observed between Al and Mn, evidencing antagonism, potentiation and also synergism, depending on the physiologic parameter analyzed, showing that the exposition of vitellogenic females to these metals can be harmful to reproductive process due to the observed actions, including in ovaries
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Evolução do processo de espermiação em machos de Piau, Leporinus macrocephalus, hormonalmente induzidos à reproduçãoMuñoz Gutiérrez, Mario Esteban [UNESP] 16 February 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:22:22Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2011-02-16Bitstream added on 2014-06-13T20:28:39Z : No. of bitstreams: 1
munozgutierrez_me_me_jabo.pdf: 8691171 bytes, checksum: a98f3132095e7d380f9ddb444d3e1300 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / As espécies reofílicas apresentam, de modo geral, suas gônadas desenvolvidas até estágios avançados de maturação, porém as etapas finais do processo reprodutivo, tais como, a maturação final dos ovócitos, a ovulação, a desova e a liberação de sêmen, somente são atingidas mediante tratamentos hormonais. No entanto, a reprodução induzida de Leporinus macrocephalus apresenta algumas particularidades. Mesmo com a aplicação de duas doses de hormônio, os machos de L. macrocephalus geralmente liberam uma quantidade muito reduzida de sêmen, que freqüentemente é insuficiente para os procedimentos de reprodução induzida. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar a evolução do processo de espermiação em reprodutores machos de L. macrocephalus, submetidos a tratamento hormonal. Para tanto, foram realizados estudos histológicos da estrutura testicular e da via seminífera, com inclusão de tecidos em historesina e coloração com azul de Toluidina. Estudos ultraestruturais das células germinativas foram realizados com processamento do material para rotina de microscopia eletrônica de transmissão. Análise da via seminífera foi também realizada com a injeção de acetato de vinila nos ductos testiculares e posterior análise em microscopia eletrônica de varredura. Para análise do epitélio germinativo ao longo do processo de indução hormonal, as preparações histológicas foram destinadas para estudos morfométricos, com utilização de sistema de análise de imagens. Após o tratamento hormonal foram realizadas análises seminais para verificação do volume total de sêmen liberado, concentração espermática, tempo de ativação e sobrevivência dos espermatozóides. Os estudos morfológicos evidenciaram que a estrutura testicular de L. macrocephalus é do tipo tubular anastomosado, espermatogonial irrestrito com espermatogênese do tipo cística... / Rheophilic species present, in general, their gonads developed to advanced stages of maturation, but the final stages of the reproductive process, such as the final maturation of oocytes, ovulation, spawning, and release of semen, are only achieved with hormonal treatments. However, the induced breeding of Leporinus macrocephalus has some peculiarities. Even with the application of two doses of hormone, males of L. macrocephalus usually release reduced semen, which is often insufficient for procedures of induced spawning. Thus, the objective of this study was to evaluate the progress of spermiation in males broodstocks of L. macrocephalus, undergoing hormonal treatment. For this, were performed histological studies of testicular structure and the seminal pathway with tissue inclusion into historesin and staining with toluidine blue. Ultrastructural studies of the stems cells were performed with material processing for routine of transmission electron microscopy. Analyses of seminal pathway were performed with the injection of vinyl acetate in the testicular ducts and subsequent analysis of scanning electron microscopy. For analysis of the germinal epithelium throughout the hormonal induction process, the histological preparations were destined for morphometric studies using an image analysis system. After hormone treatment seminal analysis was performed to verify the volume total release of semen, sperm concentration, time activation and survival of spermatozoa. Morphological studies evidence that the testicular structure of L. macrocephalus is anastomosed tubular type, espermatogonial unrestricted with a spermatogenesis of cystic type. The seminal pathway of this species comprises the seminiferous tubules anastomosing, the main testicular duct and spermatic duct. The histologic and ultrastructural studies showed that the connection of the seminiferous tubules occurs in different segments... (Complete abstract click electronic access below)
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Avaliação da intoxicação aguda induzida por atrazina em espécie da ictiofauna do pantanal mato-grossense, pacu (Piaractus mesopotamicus), com o emprego de biomarcadores morfológicos / Morphological biomarkers for assessing acute toxicity of atrazine in pacu (Piaractus mesopotamicus) fingerlings, a freshwater species from the Brazilian pantanal wetlandPaiva, Paula Pereira de, 1984- 17 August 2018 (has links)
Orientador: Sarah Arana / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-17T17:28:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Paiva_PaulaPereirade_M.pdf: 3056750 bytes, checksum: b55aa53e6962694a57ad4c315b8f341b (MD5)
Previous issue date: 2010 / Resumo: Atrazina é um herbicida muito usado em agricultura intensiva e encontrado com alta freqüência em recursos hídricos na região do Pantanal Mato-grossense. Assim, devido aos riscos que a atrazina pode trazer à ictiofauna da região, foi proposta deste trabalho determinar a CL50 da atrazina em alevinos de pacu (Piaractus mesopotamicus). A determinação da CL50 em 96 h em sistema estático, realizada em duplicata, foi conduzida em aquários de vidro com 8 peixes cada, de peso médio de 5,06±0,31g, avaliando-se as seguintes concentrações nominais de atrazina: 0; 13,2; 17,6; 22,0; 26,4; 30,8; 35,2; 39,6 mg L-1, realizando-se também análise comportamental e análise anatomopatológica. Experimento de intoxicação aguda foi realizado em duplicata, nas mesmas condições do anterior, com a concentração da CL50 obtida (28,58 mg L-1), sendo empregados 6 exemplares de peso médio 6,68±0,36g. Amostras hepáticas e mesonéfricas foram colhidas e processadas para análise de microscopia de luz (ML), realizando-se nestas amostras análise semi-quantitativa das alterações encontradas, e para análise de microscopia eletrônica de transmissão (MET). Quanto à avaliação comportamental, foram observados nos grupos tratados: o escurecimento da pigmentação da pele, várias alterações na intensidade do movimento, perda de equilíbrio e presença da ação de boquejamento. Na avaliação anatomopatológica, foram observadas nos grupos tratados: dilatação da região ventral, exoftalmia, protrusão labial, hiperemia no opérculo e em todas as nadadeiras, presença de ar e/ou água no estômago e ascite sanguinolenta. Quanto à análise histopatológica, o grupo controle apresentou a típica morfologia hepática e renal para a espécie. No grupo tratado, severas alterações histopatológicas foram observadas em ML, a mais significativa em fígado foi a presença de inclusões hialinas no citoplasma dos hepatócitos e em rim a degeneração do túbulo proximal. À MET demonstrou que a atrazina causou severas alterações de organelas membranosas, sugestivas de estresse oxidativo e peroxidação lipídica, sendo as alterações mais freqüentes no fígado: inclusão lipídica nuclear e citoplasmática, tumefação do retículo endoplasmático rugoso e de mitocôndrias, degeneração do canalículo biliar com redução na quantidade de microvilos, e em rim, no túbulo proximal (TP): vacúolos citoplasmáticos e aumento do espaço intercelular na porção basolateral, figuras de mielina, tumefação mitocondrial, e, raramente, degeneração do TP. Estas alterações são compatíveis com intoxicação química, demonstrando que estes órgãos são bons biomarcadores de contaminação aquática em peixes. E por fim, o valor da CL50 sugere que a atrazina é levemente tóxica para o pacu, porém pelos demais resultados observados se inferem que só analisar a mortalidade não é o suficiente para determinar o dano causado por agrotóxicos em peixes, assim, recomenda-se o emprego de vários biomarcadores, tais como: análises comportamentais, histopatológicas, bioquímicas, etc. / Abstract: Atrazine is a widely used herbicide in intensive agriculture and a frequent contaminant of waterways in the Pantanal region of Brazil. In view of the potential risks of atrazine to the ichthyofauna of this region, in this work we examined the LC50 of atrazine in pacu (Piaractus mesopotamicus) fingerlings. For this study, fish (5.06 ± 0.31g; mean±SD) were housed eight per glass aquarium and exposed to various concentrations of atrazine (0, 13.2, 17.6, 22.0, 26.4, 30.8, 35.2 and 39.6 mg L-1) for 96 h in static system and this experiment was performed in duplicate, after which the LC50 was determined. Changes in fish behavior and anatomopathological analysis were monitored throughout the experiment. The histopathological alterations caused by atrazine were examined in six fish (6.68 ± 0.36g; mean±SD) using the LC50 (28.58 mg L-1) calculated from the concentration-response curve obtained above. This experiment was done in 96h in static system and performed in duplicate. Liver and mesonephric samples were processed for light microscopy (LM), performing in these samples the semi-quantitative analysis of the changes found, and for transmission electron microscopy (TEM) analysis. Exposure to atrazine caused darkening of the skin, alterations in the intensity of movements, loss of balance and an increase in the frequency of gasping. Anatomopathological assessment revealed dilation of the ventral region, exophthalmia, lip protrusion, skin hyperemia in the opercular region and in all fins, the presence of air and/or water in the stomach, and bloody ascites after the herbicide exposition. The histopathological analysis revealed the typical hepatic and renal morphology for the specie, in control group. Several histopathological changes were observed in exposed fish, but the changes most significant were: in liver, the presence of hyaline inclusions in the cytoplasm of hepatocytes, and proximal tubule (PT) degeneration in the kidney. The ultrastructure showed that the atrazine caused several membrane alterations suggestive of oxidative stress and lipid peroxidation. The most frequent in liver, TEM findings, were: nuclear and cytoplasmic lipid inclusions, swollen rough endoplasmic reticulum and mitochondria, degeneration in the bile canaliculi with a loss in the number of microvilli, and for kidney: an increase in the intercellular space of the basolateral region, myelin figures, swollen mitochondria, and, rarely, degeneration of PT. These lesions are consistent with chemical intoxication and indicate that the liver and kidney are good biomarkers of aquatic contamination in pacu. And, finally, the LC50 value suggests that atrazine is not highly toxic to pacu, however, use of mortality index in acute toxicity as the sole marker in ecotoxicological assays is inadequate and should be completed with other biomarkers such as behavioral, histopathology, biochemistry analyses, etc. / Mestrado / Histologia / Mestre em Biologia Celular e Estrutural
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Efeitos da exposição à fração solúvel da gasolina em parâmetros bioquímicos e fisiológicos de Prochilodus lineatusSimonato, Juliana Delatim 19 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:29:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
3129.pdf: 1211425 bytes, checksum: fe662cd2f2192794e3ea63b146284d10 (MD5)
Previous issue date: 2010-05-19 / Universidade Federal de Sao Carlos / The aim of this work was to evaluate the effects of the water-soluble fraction of gasolina (WSFG) to the Neotropical fish Prochilodus lineatus. The WSFG was prepared by adding gasoline to water (1:4) this mixture was then exposed to intense sunlight for 6h, simulating a gasoline spill in tropical conditions. After that the upper insoluble phase was discharged and the WSFG was collected. Fish were exposed for 6, 24 and 96h to the WSFG diluted to 5% (EXP group) or only to water (control group or CTR). The following parameters were analyzed: biochemical (antioxidants and EROD) of gills and liver, hematologic, osmo-ionic, metabolic, endocrine (cortisol) besides the density and distribution of chloride cells (CC) and the activity of gills Na+/K+-ATPase (NKA). The increased in ethoxyresorufin-O-deethylase (EROD) and glutathione-S-transferase (GST) activity indicated phase I and II biotransformation of the compounds present in the WSFG in both organs. The activation of CYP1A in the gills pointed out the importance of this organ in the biotransformation of xenobiotics. The liver showed an increase in reduced glutathione (GSH) content at 24 and 96 h exposure to WSFG and the increase in the activity of catalase (CAT) and glutathione peroxidase (GPx) after 96 h exposure. The gills showed an activation of the antioxidant defenses with an increased CAT activity soon after 6h exposure and an increase in GSH content after 24h exposure. However, for both organs the antioxidants defense was not enough to prevent oxidative damage, as shown by the occurrence of lipid peroxidation in liver and gills after 6 and 96h of exposure, respectively. The WSFG also promoted hemolysis, as indicated by the changes in the hematological parameters analyzed and an increase in plasma K+. Fish showed a secondary stress response, noted by the occurrence of hyperglycemia in all the periods of exposure, despite no significant increase in plasma cortisol. The WSFG also lead to an increase in the density of CC, in the activity of NKA, in plasma concentrations of Na+ and in the osmolarity in fish exposed to WSFG for 24h. Taken together these results showed that the compounds present in the WSFG interfere on the functioning of vital organs such as liver and gills of Prochilodus lineatus. / O objetivo deste trabalho foi avaliar os possíveis efeitos da fração solúvel da gasolina (FSG) em alguns parâmetros bioquímicos e fisiológicos do peixe neotropical Prochilodus lineatus. A FSG foi preparada misturando-se gasolina em água (1:4), essa mistura foi exposta à radiação solar intensa durante 6 h, simulando um derrame de gasolina em condições tropicais. Após, a FSG foi coletada e a fração insolúvel foi descartada. Os animais foram expostos por 6, 24 e 96 h à FSG diluída 5 % (grupo EXP) ou apenas à água (grupo controle ou CTR). Foram analisados parâmetros bioquímicos (antioxidantes e indução da CYP1A) em brânquia e fígado, hematológicos, osmo-iônicos, metabólicos, endócrino (cortisol) além da densidade e distribuição de células-cloreto (CC) e a atividade da enzima Na+/K+-ATPase (NKA) nas brânquias. O aumento na atividade da etoxiresorufina-O-desetilase (EROD) e da glutationa-S-transferase (GST) indicou a estimulação das vias de biotransformação de fase I e II dos compostos da FSG em ambos os órgãos. A ativação das enzimas de detoxificação nas brânquias ressaltou a importância deste órgão na biotransformação de xenobióticos. O fígado apresentou aumento na concentração de glutationa reduzida (GSH) após 24 h e 96 h de exposição à FSG e aumento na atividade catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx) após 96 h de exposição. As brânquias mostraram uma ativação das vias antioxidantes com o aumento da CAT logo após 6 h de exposição, e da concentração de GSH após 24 h de exposição. No entanto, para ambos os órgãos estudados, a ativação das defesas antioxidantes não foi suficiente para impedir os danos oxidativo, como indicado pela ocorrência de peroxidação lipídica (LPO) no fígado e nas brânquias após 6 e 96 h de exposição, respectivamente. A FSG também provocou hemólise comprovada pela diminuição dos parâmetros hematológicos analisados, seguido pelo aumento do K+ plasmático. Os peixes mostraram uma resposta secundária de estresse visualizado pela ocorrência da hiperglicemia em todos os períodos de exposição, apesar da ausência de diferenças significativas na concentração plasmática do cortisol. A FSG também provocou aumento na densidade das CC, na atividade da NKA, nas concentrações plasmáticas do Na+ e osmolaridade nos animais expostos durante 24 h. Esses resultados em conjunto indicam que os compostos presentes na FSG afetaram de maneira significativa órgãos vitais como o fígado e as brânquias do Prochilodus lineatus.
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