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Estudo da contribuição molecular e celular do periósteo na craniossinostose da síndrome de Apert / Study of the molecular and cellular contribution of the periosteum to the craniosynostosis in Apert syndromeYeh, Erika 04 August 2011 (has links)
O crânio é composto de estruturas que interagem entre si formando um sistema complexo, como os ossos da caixa craniana unidos por tecido fibroso (sutura), o qual exerce função importante durante o desenvolvimento do indivíduo até a idade adulta. Ao fenômeno de fusão prematura das suturas dá-se o nome de craniossinostose que, em 32% dos casos com diagnóstico molecular, são causados por mutações no gene FGFR2. A via de sinalização por FGF já foi implicada tanto em processos biológicos mitogênicos, regulatórios, morfológicos quanto em processos endócrinos. A síndrome de Apert representa 4% de todos os casos de craniossinostose e as duas mutações mais frequentes encontradas nestes pacientes, S252W (64%) e P253R (26%), aumentam a afinidade de ligação dos receptores das isoformas epiteliais e mesenquimais do receptor por quase todos os FGFs e levam à perda de especificidade aos ligantes. Entretanto, a literatura acerca das características celulares aberrantes causadas por mutações desta síndrome é controversa. Atualmente, muitos estudos têm apontado a importância do periósteo, tecido fibroso rico em células que recobre os ossos, na regeneração óssea, não só através de sinalização parácrina, mas também como fonte de células osteoprogenitoras. Neste contexto, há poucos trabalhos na literatura. Nossa hipótese principal é verificar se o periósteo contribui para a fusão, prematura e pós-cirúrgica, das suturas coronais na Síndrome de Apert. Neste caso, a nossa expectativa é as células que compõem este tecido, como por exemplo, fibroblastos e células-tronco mesenquimais, tenham funções celulares como proliferação, migração e diferenciação anômalas em resposta a vias de sinalização intracelulares alteradas. Assim sendo, nossos objetivos foram verificar se a mutação S252W tem um efeito funcional/celular semelhante em duas diferentes potenciais células osteoprogenitoras: fibroblasto e células-tronco mesenquimais; e verificar se diferentes ligantes a FGFR2, os FGFs, atuam diferentemente nas funções destas mesmas células com mutação S252W. De forma geral, nossos resultados revelaram as diferenças funcionais entre fibroblastos e células-tronco mesenquimais (MSCs) provenientes de pacientes com síndrome de Apert, sendo que as funções dos fibroblastos mutados estão mais comprometidas do que as funções das MSCs. Além disso, os fibroblastos S252W têm efeito positivo sobre as MSCs, selvagem ou mutadas, enquanto que o oposto não ocorre. A inibição da fosforilação da JNK anula o efeito da mutação no processo de diferenciação osteogênica atípica de fibroblastos. Também mostramos que FGF2, FGF10 e FGF19 têm diferentes influências sobre o fenótipo de células com a mutação, que também difere entre os tipos celulares. O FGF19 é o fator que mais interfere no processo de ossificação nas células S252W. Nossa análise de perfil de expressão gênica mostrou que os FGFs modulam diferentes vias de sinalização em fibroblastos de pacientes com síndrome de Apert: o FGF2 está ligado a genes do sistema nervoso central, corroborado pelo estudo no modelo animal; o FGF10, a resposta imune e o FGF19 à ossificação. O estudo de células com mutação atípica mostra que a expressão ectópica da isoforma epitelial de FGFR2 está associada ao fenótipo clínico da Síndrome de Apert e parece ser também responsável pelo fenótipo atípico associado à transição epitélio-mesenquimal. Estes resultados nos possibilitaram inferir que o periósteo contribui para o processo de reossificação das suturas na Síndrome de Apert, e que tanto fibroblastos como células-tronco mesenquimais podem estar envolvidos neste processo. / The skull is composed of structures that interact with each other forming a complex system, sucha as the bones of the skull that are united by fibrous tissue (suture), which plays important role during the development of the individual until adulthood. The phenomenon of premature fusion of sutures is named as craniosynostosis, which are caused by mutations in the FGFR2 gene in 32% of the cases with molecular diagnosis. The FGF signaling pathway has been implicated in both mitogenic biological processes, regulatory, morphological and endocrine processes. Apert syndrome accounts for 4% of all cases of craniosynostosis and the two most frequent mutations found in these patients, S252W (64%) and P253R (26%), increase the binding affinity in mesenchymal and epithelial isoforms of the receptor for nearly all FGFs and lead to loss of ligand specificity. However, literature concerning the aberrant cellular characteristics caused by Apert syndrome mutations is controversial. Currently, many studies have highlighted the importance of the periosteum (a fibrous tissue rich in cells that covers the bones) in bone regeneration, not only through paracrine signaling, but also as a source of osteoprogenitor cells. In this regard, there are few studies in literature. Our main hypothesis is to verify whether the periosteum contributes to premature and post-surgical fusion of the coronal sutures in Apert syndrome. In this case, we expect that the cells that compose this tissue, such as fibroblasts and mesenchymal stem have abnormal cell functions such as proliferation, migration and differentiation in response to altered intracellular signaling pathways. Our objectives were to verify if the S252W mutation has a similar functional/cellular effect in two different potential osteoprogenitor cells: fibroblasts and mesenchymal stem cells; and to verify whether different ligands to FGFR2, the FGFs, act differently in these cells with S252W mutation. Overall, our results reveal functional differences between fibroblasts and mesenchymal stem cells (MSCs) from patients with Apert syndrome, and that these functions are more impaired in the mutant fibroblasts. Moreover, the S252W fibroblasts have positive effect on the osteogenic differentiation of MSCs (wild-type and mutant) whereas the opposite does not occur. Inhibition of JNK phosphorylation nullifies the effect of atypical osteogenic differentiation of mutant fibroblasts. We also show that FGF2, FGF10 and FGF19 have different influences on the phenotype of mutant cells, which also differs between cell types. The FGF19 is the main factor that interferes with the process of ossification of S252W cells. Our analysis of gene expression profile showed that FGFs modulate different signaling pathways in fibroblasts from Apert syndrome patients: while FGF2 gene is linked to the central nervous system, supported by studies in animal model, FGF10 is associated to immune response and FGF19, to ossification. The study of cells with atypical mutation shows that the ectopic expression of the epithelial isoform of FGFR2 generates the clinical phenotype of Apert syndrome, but also leads to an atypical phenotype associated with epithelial-mesenchymal transition. These results enabled us to infer that the periosteum contributes to the process of suture reossification in Apert syndrome, and that both fibroblast and mesenchymal stem cells may be involved in this process.
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Estudo funcional de células derivadas do periósteo portadoras da mutação p.S252W em FGFR2: alterações fenotípicas e moleculares / Functional analysis of periosteum derived cells bearing the FGFR2 p.S252W mutation: phenotypical and molecular alterationsToledo, Rodrigo Atique Ferraz de 15 February 2012 (has links)
Mutações do tipo ganho de função em FGFR2 causam a síndrome de Apert, uma doença rara caracterizada por craniossinostose e defeitos ósseos nos membros devidos a anormalidades na diferenciação e remodelamento ósseos. Apesar do periósteo ser uma importante fonte de células durante o remodelamento ósseo, seu papel nas craniossinostoses ainda é pouco conhecido. A S. de Apert é causada por mutações (p.S252W ou p.P253R) que levam a perda de especificidade de FGFR2 por seus ligantes e causam a ativação exacerbada do mesmo. Sabe-se que FGFR2 ativa vias de sinalização intracelulares como MEK/ERK, PI3-K e PLC. Nossa hipótese é que as células tronco mesenquimais (MSCs) e fibroblastos de pacientes com S. de Apert tem fenótipos celulares e vias de sinalização alterados que contribuem para o fechamento recorrente das suturas coronais. MSCs e fibroblastos foram obtidos do periósteo de pacientes portadores da S. de Apert (S252W) e indivíduos controles (WT). Nós analisamos a proliferação, migração e diferenciação osteogênica dessas células. A mutação S252W teve efeitos opostos em tipos celulares diferentes: MSCs S252W proliferaram menos que as S252W controle, enquanto fibroblastos S252W proliferaram mais que fibroblastos controle, além de terem aumento da migração. A presença da mutação S252W aumentou a diferenciação osteogênica in vitro e in vivo em ambos os tipos celulares estudados. Esse aumento de diferenciação osteogênica foi revertido pela inibição de JNK. Nós demonstramos que fibroblastos S252W podem induzir a diferenciação osteogênica em MSCs de periósteo, porém não em MSCs de outras fontes. Trabalhos anteriores mostraram que o gene da fosfatase DUSP2 está mais expresso em fibroblastos do periósteo de pacientes portadores da S. de Apert do que em controles. DUSP2 é capaz de desfosforilar membros das MAPKs, dentre estes p-JNK. Nesse trabalho mostramos que a ativação de FGFR2 regula os níveis proteicos de DUSP2 tanto em pacientes quanto em controles, porém por vias diferentes em cada caso, e que DUSP2 está regulando negativamente a fosforilação de JNK.Nós propomos que células do periósteo tem um papel mais importante no fechamento precoce das suturas cranianas do que se imaginava anteriormente e que moléculas da via JNK são fortes candidatas para o tratamento de pacientes da S. de Apert. / Apert Syndrome is cause by gain of Function mutations in FGFR2, a rare condition characterized by craniosynostosis and bone limb defects due to abnormalities in osteogenic differentiation and cone remodeling. Even though the periosteum acts as an important cell source during bone remodeling, its role in craniosynostosis is yet unknown. Apert syndrome is caused by one of two mutations (p.S252W or p.P253R) leading to loss of specificity of FGFR2 by its ligands leading to increased activation of the receptor. It is known that FGFR2 activates the MEK/ERK, PI3-K and PLC signaling pathways. Our hypothesis is that Apert syndrome patients\'\' Mesenchimal Stem Cells (MSCs) and fibroblasts have altered cellular phenotye and signaling pathways which may contribute to the premature closure of the coronal sutures. MSCs and fibroblasts were obtained from the periosteum of Apert syndrome patients bearing the p.S252W mutation and from wild-type (WT) individuals. The p.S252W mutation had opposite effects on different cell types: MSCs p.S252W proliferated less than WT, while p.S252W fibroblasts showed increased proliferation and migration when compared to WT fibroblasts. The presence of the p.S252W mutation increased the osteogenical differentiation in vitro and in vivo in both cell types. We also demonstrated that p.S252W fibroblasts can increase the osteogenic differentiation of MSCs from the periosteum, but not from other sources. is negatively controlling the phosphorylation of JNK. We propose that cells from the periosteum have a more significant role in the premature closure of the cranial sutures than previously thought and that molecules of the JNK pathway are strong candidates for the treatment of Apert syndrome. Previous works have shown that the DUSP2 gene had increased expression in periosteum derived fibroblasts of Apert syndrome patients then in WT. DUSP2 is a phosphatase capable of dephosphorylate members of the MAPK family, including p-JNK. In this work we have shown that FGFR2 activation regulates the proteic levels of DUSP2 in both patients and control derived fibroblasts, however this control is exercised by different pathways in each case. We also demonstrated that DUSP2
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Estudo funcional de células derivadas do periósteo portadoras da mutação p.S252W em FGFR2: alterações fenotípicas e moleculares / Functional analysis of periosteum derived cells bearing the FGFR2 p.S252W mutation: phenotypical and molecular alterationsRodrigo Atique Ferraz de Toledo 15 February 2012 (has links)
Mutações do tipo ganho de função em FGFR2 causam a síndrome de Apert, uma doença rara caracterizada por craniossinostose e defeitos ósseos nos membros devidos a anormalidades na diferenciação e remodelamento ósseos. Apesar do periósteo ser uma importante fonte de células durante o remodelamento ósseo, seu papel nas craniossinostoses ainda é pouco conhecido. A S. de Apert é causada por mutações (p.S252W ou p.P253R) que levam a perda de especificidade de FGFR2 por seus ligantes e causam a ativação exacerbada do mesmo. Sabe-se que FGFR2 ativa vias de sinalização intracelulares como MEK/ERK, PI3-K e PLC. Nossa hipótese é que as células tronco mesenquimais (MSCs) e fibroblastos de pacientes com S. de Apert tem fenótipos celulares e vias de sinalização alterados que contribuem para o fechamento recorrente das suturas coronais. MSCs e fibroblastos foram obtidos do periósteo de pacientes portadores da S. de Apert (S252W) e indivíduos controles (WT). Nós analisamos a proliferação, migração e diferenciação osteogênica dessas células. A mutação S252W teve efeitos opostos em tipos celulares diferentes: MSCs S252W proliferaram menos que as S252W controle, enquanto fibroblastos S252W proliferaram mais que fibroblastos controle, além de terem aumento da migração. A presença da mutação S252W aumentou a diferenciação osteogênica in vitro e in vivo em ambos os tipos celulares estudados. Esse aumento de diferenciação osteogênica foi revertido pela inibição de JNK. Nós demonstramos que fibroblastos S252W podem induzir a diferenciação osteogênica em MSCs de periósteo, porém não em MSCs de outras fontes. Trabalhos anteriores mostraram que o gene da fosfatase DUSP2 está mais expresso em fibroblastos do periósteo de pacientes portadores da S. de Apert do que em controles. DUSP2 é capaz de desfosforilar membros das MAPKs, dentre estes p-JNK. Nesse trabalho mostramos que a ativação de FGFR2 regula os níveis proteicos de DUSP2 tanto em pacientes quanto em controles, porém por vias diferentes em cada caso, e que DUSP2 está regulando negativamente a fosforilação de JNK.Nós propomos que células do periósteo tem um papel mais importante no fechamento precoce das suturas cranianas do que se imaginava anteriormente e que moléculas da via JNK são fortes candidatas para o tratamento de pacientes da S. de Apert. / Apert Syndrome is cause by gain of Function mutations in FGFR2, a rare condition characterized by craniosynostosis and bone limb defects due to abnormalities in osteogenic differentiation and cone remodeling. Even though the periosteum acts as an important cell source during bone remodeling, its role in craniosynostosis is yet unknown. Apert syndrome is caused by one of two mutations (p.S252W or p.P253R) leading to loss of specificity of FGFR2 by its ligands leading to increased activation of the receptor. It is known that FGFR2 activates the MEK/ERK, PI3-K and PLC signaling pathways. Our hypothesis is that Apert syndrome patients\'\' Mesenchimal Stem Cells (MSCs) and fibroblasts have altered cellular phenotye and signaling pathways which may contribute to the premature closure of the coronal sutures. MSCs and fibroblasts were obtained from the periosteum of Apert syndrome patients bearing the p.S252W mutation and from wild-type (WT) individuals. The p.S252W mutation had opposite effects on different cell types: MSCs p.S252W proliferated less than WT, while p.S252W fibroblasts showed increased proliferation and migration when compared to WT fibroblasts. The presence of the p.S252W mutation increased the osteogenical differentiation in vitro and in vivo in both cell types. We also demonstrated that p.S252W fibroblasts can increase the osteogenic differentiation of MSCs from the periosteum, but not from other sources. is negatively controlling the phosphorylation of JNK. We propose that cells from the periosteum have a more significant role in the premature closure of the cranial sutures than previously thought and that molecules of the JNK pathway are strong candidates for the treatment of Apert syndrome. Previous works have shown that the DUSP2 gene had increased expression in periosteum derived fibroblasts of Apert syndrome patients then in WT. DUSP2 is a phosphatase capable of dephosphorylate members of the MAPK family, including p-JNK. In this work we have shown that FGFR2 activation regulates the proteic levels of DUSP2 in both patients and control derived fibroblasts, however this control is exercised by different pathways in each case. We also demonstrated that DUSP2
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Estudo da contribuição molecular e celular do periósteo na craniossinostose da síndrome de Apert / Study of the molecular and cellular contribution of the periosteum to the craniosynostosis in Apert syndromeErika Yeh 04 August 2011 (has links)
O crânio é composto de estruturas que interagem entre si formando um sistema complexo, como os ossos da caixa craniana unidos por tecido fibroso (sutura), o qual exerce função importante durante o desenvolvimento do indivíduo até a idade adulta. Ao fenômeno de fusão prematura das suturas dá-se o nome de craniossinostose que, em 32% dos casos com diagnóstico molecular, são causados por mutações no gene FGFR2. A via de sinalização por FGF já foi implicada tanto em processos biológicos mitogênicos, regulatórios, morfológicos quanto em processos endócrinos. A síndrome de Apert representa 4% de todos os casos de craniossinostose e as duas mutações mais frequentes encontradas nestes pacientes, S252W (64%) e P253R (26%), aumentam a afinidade de ligação dos receptores das isoformas epiteliais e mesenquimais do receptor por quase todos os FGFs e levam à perda de especificidade aos ligantes. Entretanto, a literatura acerca das características celulares aberrantes causadas por mutações desta síndrome é controversa. Atualmente, muitos estudos têm apontado a importância do periósteo, tecido fibroso rico em células que recobre os ossos, na regeneração óssea, não só através de sinalização parácrina, mas também como fonte de células osteoprogenitoras. Neste contexto, há poucos trabalhos na literatura. Nossa hipótese principal é verificar se o periósteo contribui para a fusão, prematura e pós-cirúrgica, das suturas coronais na Síndrome de Apert. Neste caso, a nossa expectativa é as células que compõem este tecido, como por exemplo, fibroblastos e células-tronco mesenquimais, tenham funções celulares como proliferação, migração e diferenciação anômalas em resposta a vias de sinalização intracelulares alteradas. Assim sendo, nossos objetivos foram verificar se a mutação S252W tem um efeito funcional/celular semelhante em duas diferentes potenciais células osteoprogenitoras: fibroblasto e células-tronco mesenquimais; e verificar se diferentes ligantes a FGFR2, os FGFs, atuam diferentemente nas funções destas mesmas células com mutação S252W. De forma geral, nossos resultados revelaram as diferenças funcionais entre fibroblastos e células-tronco mesenquimais (MSCs) provenientes de pacientes com síndrome de Apert, sendo que as funções dos fibroblastos mutados estão mais comprometidas do que as funções das MSCs. Além disso, os fibroblastos S252W têm efeito positivo sobre as MSCs, selvagem ou mutadas, enquanto que o oposto não ocorre. A inibição da fosforilação da JNK anula o efeito da mutação no processo de diferenciação osteogênica atípica de fibroblastos. Também mostramos que FGF2, FGF10 e FGF19 têm diferentes influências sobre o fenótipo de células com a mutação, que também difere entre os tipos celulares. O FGF19 é o fator que mais interfere no processo de ossificação nas células S252W. Nossa análise de perfil de expressão gênica mostrou que os FGFs modulam diferentes vias de sinalização em fibroblastos de pacientes com síndrome de Apert: o FGF2 está ligado a genes do sistema nervoso central, corroborado pelo estudo no modelo animal; o FGF10, a resposta imune e o FGF19 à ossificação. O estudo de células com mutação atípica mostra que a expressão ectópica da isoforma epitelial de FGFR2 está associada ao fenótipo clínico da Síndrome de Apert e parece ser também responsável pelo fenótipo atípico associado à transição epitélio-mesenquimal. Estes resultados nos possibilitaram inferir que o periósteo contribui para o processo de reossificação das suturas na Síndrome de Apert, e que tanto fibroblastos como células-tronco mesenquimais podem estar envolvidos neste processo. / The skull is composed of structures that interact with each other forming a complex system, sucha as the bones of the skull that are united by fibrous tissue (suture), which plays important role during the development of the individual until adulthood. The phenomenon of premature fusion of sutures is named as craniosynostosis, which are caused by mutations in the FGFR2 gene in 32% of the cases with molecular diagnosis. The FGF signaling pathway has been implicated in both mitogenic biological processes, regulatory, morphological and endocrine processes. Apert syndrome accounts for 4% of all cases of craniosynostosis and the two most frequent mutations found in these patients, S252W (64%) and P253R (26%), increase the binding affinity in mesenchymal and epithelial isoforms of the receptor for nearly all FGFs and lead to loss of ligand specificity. However, literature concerning the aberrant cellular characteristics caused by Apert syndrome mutations is controversial. Currently, many studies have highlighted the importance of the periosteum (a fibrous tissue rich in cells that covers the bones) in bone regeneration, not only through paracrine signaling, but also as a source of osteoprogenitor cells. In this regard, there are few studies in literature. Our main hypothesis is to verify whether the periosteum contributes to premature and post-surgical fusion of the coronal sutures in Apert syndrome. In this case, we expect that the cells that compose this tissue, such as fibroblasts and mesenchymal stem have abnormal cell functions such as proliferation, migration and differentiation in response to altered intracellular signaling pathways. Our objectives were to verify if the S252W mutation has a similar functional/cellular effect in two different potential osteoprogenitor cells: fibroblasts and mesenchymal stem cells; and to verify whether different ligands to FGFR2, the FGFs, act differently in these cells with S252W mutation. Overall, our results reveal functional differences between fibroblasts and mesenchymal stem cells (MSCs) from patients with Apert syndrome, and that these functions are more impaired in the mutant fibroblasts. Moreover, the S252W fibroblasts have positive effect on the osteogenic differentiation of MSCs (wild-type and mutant) whereas the opposite does not occur. Inhibition of JNK phosphorylation nullifies the effect of atypical osteogenic differentiation of mutant fibroblasts. We also show that FGF2, FGF10 and FGF19 have different influences on the phenotype of mutant cells, which also differs between cell types. The FGF19 is the main factor that interferes with the process of ossification of S252W cells. Our analysis of gene expression profile showed that FGFs modulate different signaling pathways in fibroblasts from Apert syndrome patients: while FGF2 gene is linked to the central nervous system, supported by studies in animal model, FGF10 is associated to immune response and FGF19, to ossification. The study of cells with atypical mutation shows that the ectopic expression of the epithelial isoform of FGFR2 generates the clinical phenotype of Apert syndrome, but also leads to an atypical phenotype associated with epithelial-mesenchymal transition. These results enabled us to infer that the periosteum contributes to the process of suture reossification in Apert syndrome, and that both fibroblast and mesenchymal stem cells may be involved in this process.
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Estudo quantitativo das fibras nervosas do periósteo acetabular em cães / A quantitative study of actabular periosteum nerve fibers in dogsSchmaedecke, Alexandre 17 June 2004 (has links)
A displasia coxo-femoral tem sido descrita como moléstia de origem genética, caracterizada por incongruência articular, com alterações dos tecidos conectivos da articulação. Podendo afetar qualquer raça, é particularmente prevalente em raças grandes e gigantes e está apontada como a principal causa do desenvolvimento de osteoartrite em cães. Muitas técnicas são apontadas para o tratamento destes quadros, e novas pesquisas têm sido desenvolvidas no intuito de se obter técnicas mais eficazes e menos cruentas, diminuindo também o tempo de recuperação. Destas, a denervação da articulação coxo-femoral surge como técnica simples e eficaz que recupera a atividade funcional dos membros afetados em tempo significativamente menor em relação às demais. Esta técnica consiste em remoção do periósteo acetabular, eliminando as fibras nervosas sensitivas da região com conseqüente promoção da analgesia. Este estudo visou quantificar as fibras nervosas presentes na região descrita, relacionando a densidade encontrada com a técnica cirúrgica, na intenção de torná-la mais precisa e eficaz. Foram utilizados 30 acetábulos, provenientes de 15 cães, machos e fêmeas, com peso variando entre 22,0 Kg e 62,0 Kg. A dissecção macroscópica revelou simetria bilateral com variação individual da enervação regional, com ramos originados dos nervos glúteo cranial, isquiático e femoral. A enervação do periósteo acetabular foi estudada por método de impregnação pela prata e os resultados obtidos apontam uma diferença estatística significativa entre a densidade (fibras/mm2) da região crânio-lateral em relação à região caudo-lateral do acetábulo. Demonstraram ainda haver simetria entre os antímeros estudados. As fibras nervosas apresentam disposição quase vertical no periósteo acetabular, em direção à cápsual articular, o que sugere a densidade nervosa também presente na região. / Hip dysplasia has been described as a genetic disease, caracterized by articular incongruence with alterations in the articular connective tissues. It may affect all breeds, prevailing in large and very large ones and it is supposedly the main cause in the development of osteoarthrites in dogs. Many techniques are indicated for the treatment of this disease, and new researches are being developed in the meaning of obtaining more efficient and less traumatic techniques, keeping the post operative time as short as possible. Among these, the denervation of the hip joint capsule comes as a simple and effective technique, that recovers the functional activity of the affected limbs in significantly less time then the others. This surgical procedure consists in removing the acetabular periosteum, eliminating the nervous fibers with consequent analgesy This study tried to quantify the nervous fibers present in the mentioned region, relating the density found with the surgical technique, intending to make it more efficient. Thirty acetabular fragments, from 15 dogs, both male and female, weighting between 22,0 and 62,0 Kg, were used. Macroscopic dissection showed bilateral symmetry, with individual variation of regional innervation, and branches from the cranial gluteal, ischiaticus and femoral nerves. The acetabular periosteal innervation was studied by silver staining and the results showed a significatn difference between the nervous fiber density (fibers/mm2) of the cranial lateral portion and caudal lateral portions of the acetabulum. They also showed both antimeres are symmetric. Nervous fibers are positioned almost in a vertical position in the acetabular periosteum, running directed to the joint capsule, suggesting nervous density also in that region.
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Estudo quantitativo das fibras nervosas do periósteo acetabular em cães / A quantitative study of actabular periosteum nerve fibers in dogsAlexandre Schmaedecke 17 June 2004 (has links)
A displasia coxo-femoral tem sido descrita como moléstia de origem genética, caracterizada por incongruência articular, com alterações dos tecidos conectivos da articulação. Podendo afetar qualquer raça, é particularmente prevalente em raças grandes e gigantes e está apontada como a principal causa do desenvolvimento de osteoartrite em cães. Muitas técnicas são apontadas para o tratamento destes quadros, e novas pesquisas têm sido desenvolvidas no intuito de se obter técnicas mais eficazes e menos cruentas, diminuindo também o tempo de recuperação. Destas, a denervação da articulação coxo-femoral surge como técnica simples e eficaz que recupera a atividade funcional dos membros afetados em tempo significativamente menor em relação às demais. Esta técnica consiste em remoção do periósteo acetabular, eliminando as fibras nervosas sensitivas da região com conseqüente promoção da analgesia. Este estudo visou quantificar as fibras nervosas presentes na região descrita, relacionando a densidade encontrada com a técnica cirúrgica, na intenção de torná-la mais precisa e eficaz. Foram utilizados 30 acetábulos, provenientes de 15 cães, machos e fêmeas, com peso variando entre 22,0 Kg e 62,0 Kg. A dissecção macroscópica revelou simetria bilateral com variação individual da enervação regional, com ramos originados dos nervos glúteo cranial, isquiático e femoral. A enervação do periósteo acetabular foi estudada por método de impregnação pela prata e os resultados obtidos apontam uma diferença estatística significativa entre a densidade (fibras/mm2) da região crânio-lateral em relação à região caudo-lateral do acetábulo. Demonstraram ainda haver simetria entre os antímeros estudados. As fibras nervosas apresentam disposição quase vertical no periósteo acetabular, em direção à cápsual articular, o que sugere a densidade nervosa também presente na região. / Hip dysplasia has been described as a genetic disease, caracterized by articular incongruence with alterations in the articular connective tissues. It may affect all breeds, prevailing in large and very large ones and it is supposedly the main cause in the development of osteoarthrites in dogs. Many techniques are indicated for the treatment of this disease, and new researches are being developed in the meaning of obtaining more efficient and less traumatic techniques, keeping the post operative time as short as possible. Among these, the denervation of the hip joint capsule comes as a simple and effective technique, that recovers the functional activity of the affected limbs in significantly less time then the others. This surgical procedure consists in removing the acetabular periosteum, eliminating the nervous fibers with consequent analgesy This study tried to quantify the nervous fibers present in the mentioned region, relating the density found with the surgical technique, intending to make it more efficient. Thirty acetabular fragments, from 15 dogs, both male and female, weighting between 22,0 and 62,0 Kg, were used. Macroscopic dissection showed bilateral symmetry, with individual variation of regional innervation, and branches from the cranial gluteal, ischiaticus and femoral nerves. The acetabular periosteal innervation was studied by silver staining and the results showed a significatn difference between the nervous fiber density (fibers/mm2) of the cranial lateral portion and caudal lateral portions of the acetabulum. They also showed both antimeres are symmetric. Nervous fibers are positioned almost in a vertical position in the acetabular periosteum, running directed to the joint capsule, suggesting nervous density also in that region.
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Retalho ósseo de gálea e periósteo preenchido com pó de osso : estido em coelhos /Brock, Ryane Schmidt. January 2012 (has links)
Orientador: Fausto Viterbo de Oliveira Neto / Banca: Aristides Augusto Palhares Neto / Banca: Jayme Adriano Farina Junior / Resumo: Defeitos ósseos decorrentes de traumas, ressecções de tumores ou mesmo malformações congênitas, são encontrados com freqüência na prática médica. O tratamento destas deformidades é feito mediante reconstruções cirúrgicas, principalmente na cirurgia plástica, proporcionando aos pacientes melhor qualidade de vida. Os defeitos ósseos são corrigidos preferencialmente com enxertos ósseos autológos por não causarem rejeição, mas estes apresentam como desvantagens a morbidade das áreas doadoras e a grande porcentagem de absorção dos enxertos, com diminuição ou perda do resultado final. Outros métodos de reconstrução, como o uso de materiais aloplásticos, são utilizados mas, muitas vezes, evoluem com rejeição e extrusão ou infecção, e necessitam ser retirados. Retalhos livres, compostos de osso com músculo ou derme e subcutâneo, em casos graves, representam a melhor opção. Entretanto, este método requer preparo específico da equipe cirúrgica, maior tempo de cirurgia e, muitas vezes, apresenta trombose vascular e perda do retalho. Avaliar a viabilidade e a formação óssea em retalho gáleoperiostal preenchido com pó de osso em calota craniana de coelhos. Foram estudados 40 coelhos divididos em dois grupos, o primeiro com retalho gáleo-periostal e o segundo com o mesmo retalho, porém preenchido com pó de osso. Os resultados demonstraram neoformação óssea em ambos, mas com diferenças na estrutura e conformação óssea. O retalho gáleo-periosteal preenchido com pó de osso em calota craniana de coelhos é viável. A formação óssea ocorreu em ambos os grupos, preenchido ou não com pó de osso. A maturidade do tecido ósseo foi maior nos retalhos preenchidos com pó de osso / Abstract: Osseus defects from traumas, tumor ressections or congenital malformations are usual in medical practice. The treatment of these deformities has been made with reconstructive surgeries, specially in plastic surgery, to give the patients better quality of life. The osseus defects are usually corrected with autologous bone grafts. These grafts are used because they do not cause rejection. However, they have disadvantages like the donnor site morbidity, the high number of absorption of these grafts and the final result partial or total lost. Other reconstruction methods like alloplastic materials are used, but they have high percentage of rejection and extrusion or even infection of these materials, which need to be taken off. Flaps of bone and muscle or dermis and subcutaneous are considered the best choice in difficult cases. However, this method needs specific training of the medical group, longer surgeries and, sometimes, presents the flap necrosis after vascular thrombosis. To study the viability and bone neoformation in a vascularized galea and periosteum flap filled with bone fragments. Fourty rabbits were studied, and divided into two groups. One had a simple galea and periosteum flap done and the other had the same flap done but filled with bone fragments of the calvaria. The results demonstrated bone formation in both groups, but with differences in the bone form and structure. The galea-periosteum flap filled with bone dust at rabbit's calvaria is viable. The bone formation happened in both groups, with or without bone dust. Bone maturity was higher in the flaps filled with bone dust / Mestre
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Terapia de defeito crítico em crânio de ratos pela associação de xenoenxerto bovino e células derivadas de periósteo autógeno /Paulo, Anderson de Oliveira. January 2009 (has links)
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação de células derivadas de periósteo autógeno (CDPA) e xenoenxerto de hidroxiapatita e colágeno I (HA/Col) no reparo de defeito crítico de crânio de ratos. CDPA de 10 ratos Wistar foram semeadas na densidade de 1,0x106 células sobre discos de HA/Col (8x2mm) em DMEM:HAMF12 com 10% soro fetal bovino e dexametazona, ácido ascórbico e glicerofosfato por 6 dias. Ensaio funcional comparou efeito de coágulo sanguíneo (G1), osso autógeno (G2), HA/Col (G3) e HA/Col+CDPA (G4) preenchendo defeito de 8 mm de crânio de ratos (n=40) em 1 e 3 meses. A análise radiográfica não exibiu variação temporal, tendo G1 e G2 discreto novo osso marginal; radiopacidade dos materiais em G2, G3 e G4 impediu confirmar osteogênese central. A análise histológica dos grupos mostrou em G1 tecido conjuntivo denso e ilhas de ossificação (1-3m), em G2 coalescência do material e osteogênese (1-3m), em G3 ossificação intramembranosa (1m) e novo osso homogêneo ao redor e substituindo HA (3m) e em G4 abundante tecido conjuntivo frouxo permeando material (1m) e novo osso heterogêneo (3m); não houve necrose, inflamação crônica ou exuberância de células gigantes tipo corpo estranho. As análises histomorfométrica e estatística mostraram diferença signif icativa (p<0,05) para biomaterial (1m) de G2 (23,3%) com G3 (44,6%) e G4 (47,5%) e para ganho ósseo (3m) de G2 (10,9%) com G1 (4,6%) e G4 (5,1%), tendo G3 (8,5%) neoformação óssea próxima a G2. Conclui-se que CDPA não aumentam formação óssea se associadas a HA/Col. / Abstract: The aim of this study was evaluate the association of autogenous periosteum derived cells (APDC) and xenograf t made up hydroxyapatite and collagen I (HA/Col) in repair of critical size defect in rat calvaria. APDC of 10 Wistar rats were seeded with density of 1,0x106 cells above discs of HA/Col (8x2mm) in DMEM:HAMF12 with 10% fetal bovine serum and dexamethasone, ascorbic acid and glicerophosphate until 6 days. Functional assay compared ef fect of blood clot (G1), autogenous bone (G2), HA/Col (G3) and HA/Col+CDPA (G4) f illing the 8mm-defect in rat skull (n=40) at 1 and 3 months. Radiographic analysis did't have time variation, with G1 and G2 showing mild peripheral new bone; radiopacity of materials in G2, G3 and G4 didn't enable to conf irm central osteogenesis. Histologic analysis of groups showed in G1 dense connective tissue and bone islets (1-3m), in G2 fusion of material and osteogenesis (1-3m), in G3 intramembranous ossification (1m) and homogeneous new bone around and substitute HA (3m) and in G4 abundant loose connective tissue permeating the material (1m) and heterogeneous new bone (3m); there is not necrosis, chronic inf lammation or exuberance of giant cell like foreign body reaction. Histomorphometric and statistic analysis showed signif icative dif ferences (p<0.05) for biomaterial (1m) f rom G2 (23,3%) to G3 (44,6%) and G4 (47,5%) and for bone gain (3m) f rom G2 (10,9%) to G1 (4,6%) and G4 (5,1%), with G3 (8,5%) showing new bone formation closer to G2. It's possible to conclude that APDC don't increase bone formation if associate to HA/Col. / Orientador: Idomeo Bonetti Filho / Coorientador: José Mauro Granjeiro / Banca: Mário Tanomaru Filho / Banca: Fábio Luiz Camargo Villela Berbert / Banca: Manoel Eduardo de Lima Machado / Banca: Arlindo Di Spagna Souza / Doutor
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