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O amadurecimento do bebê e a linguagem: uma leitura a partir de Winnicott e Benveniste / The maturational processes and language: a reading from Winnicott and BenvenisteKruel, Cristina Saling 26 February 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This thesis aimed to deepen the concept of mother-infant mutuality experience, demonstrating how it is expressed in semiotic systems, whether verbal or non-verbal, in order to favor the emergence of symbolism and sustain the process of language acquisition by the baby, based on the approximation of the Winnicott theory and semiotic principles found in enunciative theory of Benveniste. A secondary objective was to analyze the relationship between the semiotic principles found from qualitative and quantitative evidences in maternal and child behaviors between one and four months of development, and do the analysis of the transition of an interpersonal development for intersubjective in a baby from four to seven months. Another objective was also to analyze in qualitative and quantitative terms the kind of language addressed to the baby in the first months, especially in differentiating between presence and absence of manhês. Therefore, there were two key developments: the theoretical reading of selected texts of Winnicott and Benveniste, and a longitudinal empirical study of four babies and people who care them, in this study, the biological mothers of babies. It was, therefore, a collective case study that involved four phases of collection, occurring the first 20 to 30 days old babies, the second between 80 and 90 days of babies, the third between 110 and 120 days when infants completed four months of age. Just for one baby was possible to validate and analyze the collection for the fourth stage, when she was next at 7 months of age. The collections were at home, in a day and the most convenient time for the family. In the four steps a film breastfeeding scene was performed, starting at least five minutes before the start of breastfeeding, ending five minutes after. The recordings were transcribed and data analysis, were thought two studies. The first study consisted of qualitative analysis of the transcripts to identify aspects of the baby's maturity, in the light of Winnicott's theory, related, from the idea of a theoretical outer, the enunciation principles linked to the baby's body semiotic system related with maternal language, namely, the principles of interpretância, homology and no redundancy. The second study was conducted through three-minutes analysis of the recordings with the ELAN software for identification of declared categories and maternal and child behaviors based on a social cognition protocol. The analysis showed that the association of mother-infant experience proposed by Winnicott can be observed through benvenisteana idea of semiotic, verbal and nonverbal systems, by the mother and the baby, and in the way they are related. This experience is evident at times when the mother gives sense, interprets and translates the baby signs, filling his place of enunciation, by translation of his/her words in demand, establishing a homology relationship between baby‟s semiotic non verbal system and his verbal semiotic system, through interpretância. In addition, the data shows that, in that the object moves from subjective to objectively perceived, over baby ripening process, communication with it becomes explicit, a fact that indicates the transition from a interpersonal for intersubjective development , which is evident in reducing the use of manhês, and presence of intersubjectivity as a category of social cognition in the second half of life. Finally, it is emphasized that the semiotic principles proposed in this Thesis appear numerically in the behavior of dyads analyzed and, therefore, can be proposed as operative principles in the process of extreme dependence of the maturation process, when the baby still does not speak. / Esta Tese teve como objetivo aprofundar o conceito de experiência mãe-bebê de mutualidade, demonstrando como ele se expressa em sistemas semióticos, sejam eles verbais ou não verbais, de modo a favorecer a emergência do simbolismo e sustentar o processo de apropriação linguística pelo bebê, partindo da aproximação entre a teoria de Amadurecimento Pessoal de Winnicott e princípios semióticos encontrados na teoria enunciativa de Benveniste. Como objetivos secundários teve-se a análise da relação entre os princípios semióticos encontrados, a partir de evidências qualitativas e numéricas descritivas nos comportamentos materno-infantil entre um e quatro meses de idade do bebê, análise de evidências da transição de um desenvolvimento interpessoal para intersubjetivo, em um bebê entre quatro e sete meses. Outro objetivo ainda foi analisar em termos qualitativos e numéricos descritivos o tipo de linguagem dirigido ao bebê nos primeiros meses, sobretudo, na diferenciação entre presença e ausência de manhês. Para tanto, foram realizados dois empreendimentos fundamentais: a leitura de textos selecionados de Winnicott e Benveniste, e um estudo empírico longitudinal com quatro bebês e as pessoas que realizam o cuidado de tipo materno neste estudo, as mães biológicas dos bebês, desde um mês até quatro meses de idade dos bebês. Tratou-se, portanto, de um estudo de caso coletivo que abrangeu quatro etapas de coleta, tendo ocorrido à primeira entre 20 e 30 dias de vida dos bebês, a segunda entre 80 e 90 dias dos bebês, a terceira entre 110 e 120 dias, quando os bebês completaram quatro meses de idade. Apenas para um bebê foi possível validar e analisar a coleta para a quarta etapa, quando estava próxima aos 7 meses de idade. As coletas foram domiciliares, em dia e horário mais conveniente para a família e, nas quatro etapas foi realizada uma filmagem da cena de amamentação, iniciando pelo menos cinco minutos antes do início da amamentação, finalizando cinco minutos depois. As filmagens foram transcritas e, para análise de dados, foram realizados dois estudos. O primeiro estudo consistiu na análise qualitativa das transcrições para a identificação de aspectos do amadurecimento do bebê, à luz da teoria winnicottiana, relacionando, a partir da ideia de um exterior teórico, aos princípios enunciativos atrelados ao sistema semiótico corporal do bebê a linguagem materna, a saber: os princípios da interpretância e homologia. Já o segundo estudo foi realizado por meio de dois procedimentos de análise de três minutos de filmagem com o software ELAN para identificação de categorias enunciativas e dos comportamentos materno-infantis com base em protocolo de cognição social. A análise demonstrou que a experiência mãe-bebê de mutualidade proposta por Winnicott pode ser observada por meio da ideia benvenisteana de sistemas semióticos, verbais e não verbais da mãe e do bebê e, pelo modo como se relacionam. Tal experiência torna-se evidente nos momentos em que a mãe atribui sentido, interpreta e traduz os sinais do bebê, preenchendo o lugar enunciativo dele, pela tradução da sua demanda em palavras, estabelecendo uma relação de homologia entre os sistemas semióticos não verbais do bebê e o seu sistema semiótico verbal, por meio da interpretância. Além disso, os dados demonstraram que, na medida em que o objeto passa de subjetivo para objetivamente percebido, ao longo do processo de amadurecimento do bebê, a comunicação com ele passa a ser explícita e, este fato, indica a transição de um desenvolvimento interpessoal para intersubjetivo, evidenciado pela redução do uso do manhês, e pela presença da intersubjetividade como categoria de cognição social, no segundo semestre de vida do bebê. Por fim, destaca-se que os princípios semióticos propostos nesta Tese são, numericamente, evidenciáveis nos comportamentos das díades analisadas e que, portanto, podem ser propostos como princípios operantes em fase de extrema dependência do processo de amadurecimento, em que o bebê ainda não fala.
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A agressividade na psicanálise winnicottianaGarcia, Roseana Moraes 14 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-14 / It is the purpose of this work to present in an ordered way, the human
nature aggression and destructiveness from the winnicottian psychoanalytic
perspective. Starting from very clear Winnicott criticism on the theme as it was
treated by Freud and Klein, a counterpoint to both authors is introduced to
express the difference between traditional and winnicottian psychoanalytic
propositions, which, in accordance to Khun model, establishes a paradigmatic
change. Taking Winnicott personal maturation theory as a reference, the
maturation of aggression is studied from its very start point where it is nothing
but motility and spontaneity, until it is completely integrated into the individual
whole, stressing that, for Winnicott, aggression is always linked to its roots from
the separation moment of the me/not-me and that it is valuable, whenever
integrated, either for individual psych health and for social psych health. The
paper goes on to describe how the pathologies related to aggression are
generated longwise maturation as well as the importance of this awareness for
psychoanalytic clinical purposes. At last, it is shown how Winnicott used his
agression theory to study non-clinic phenomena, enlarging it to social ones like
democracy, dictatorship and wars / O objetivo deste trabalho é apresentar de maneira organizada o conceito
de agressividade e de destrutividade na natureza humana, da perspectiva da
psicanálise winnicottiana. Inicialmente, partindo-se de críticas explícitas
relativas ao tema, feitas por Winnicott tanto à psicanálise freudiana quanto à
kleiniana, é apresentado um contraponto com esses dois autores expondo-se
as diferenças entre a psicanálise tradicional e a psicanálise winnicottiana, o que
caracteriza uma mudança paradigmática na psicanálise, segundo os moldes
kuhnianos. Tomando-se como referencial a teoria do amadurecimento pessoal
elaborada por Winnicott estuda-se o amadurecimento da agressividade desde
as suas raízes, nas quais ela nada mais é do que motilidade e espontaneidade
até a sua integração na personalidade total do indivíduo, ressaltando que a
agressividade está sempre ligada, desde as suas raízes à separação do eu
não-eu e que tem valor, quando integrada, tanto para a saúde psíquica
individual quanto para a saúde psíquica social. Em seguida, descrevem-se
como as diversas patologias relativas à agressividade são geradas ao longo do
amadurecimento e a importância desse conhecimento para a clínica
psicanalítica. Finalmente, mostra-se como Winnicott usou a sua teoria da
agressividade para estudar fenômenos não clínicos, expandindo-a para
fenômenos sociais, como a democracia, as ditaduras e as guerras
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