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O conhecimento do mundo como geografia filosófica e filosofia geográfica em Immanuel KantLopes, Jecson Girão 30 August 2018 (has links)
Immanuel Kant (1724-1804), a philosopher who became known for the change in the direction of Western philosophical thought, for what he called the awakening of dogmatic sleep, or even the Copernican revolution of thinking, critical philosophy, taught geography at the University of Königsberg of the years of 1756, began his teaching career until 1796, ending his official teaching activities at the university, making a total of 49 geography courses over 40 years of teaching. Geography, therefore, goes through all stages of development of academic teaching and its philosophy, from the pre-critical period before 1781 to the critical period of criticism of the Pure Reason (1781A/1787B), the Practical Rationale (1788) and the Faculty of Judge (1790), showing the irreplaceable role that geography played in the development of its teaching and philosophical activities, to the point of being considered as the knowledge of the world without which one did not advance in critical philosophical, but enlightened and mundane, given space-temporally. Kant, in this sense, develops a close relationship between a philosophy that manifests itself geographically and an eminently philosophical geography. Thus the relation between philosophy and geography and of philosophy with the philosophy of geography professor and philosopher of Königsberg, as well as the nuances that emerge from this relationship, is the central objective of our research endeavor, which will be evidenced by the complexity that geography for Kant is becoming over time, because it is the science that concatenates the relationship between the human being and nature, grounding the human-natural relations within the limits of the frontiers of humanly valid scientific knowledge, the phenomenal, both from the point of view universal and singular view. In the development of the research, we go through works that extend from the years 1755 to the post-Third Critical period of 1790, showing that the spatio-temporal, geographical, natural-human relationship of Kant's world knowledge is established by a dynamic, which results in a systematicity and an organicity that is not only mechanical-causal but also teleological, which lacks observation, description and explanation, therefore, of a geographical philosophy and a philosophical geography, without which one does not learn to philosophize, therefore, it does not become clarifies and does not become a geographical citizen of the world. / Immanuel Kant (1724-1804), filósofo que ficou conhecido pela mudança nos rumos do pensamento filosófico ocidental, por aquilo que ele chamou de “despertar do sono dogmático”, ou ainda de “revolução copernicana do pensar”, a filosofia crítica, lecionou geografia na universidade de Königsberg dos anos de 1756, início de sua carreira docente, até 1796, fim de suas atividades oficiais de docência na universidade, perfazendo um total de 49 cursos de geografia ao longo de 40 anos de ensino. A geografia, portanto, passa por todas as etapas de desenvolvimento docente acadêmico e de sua filosofia, desde o período chamado de pré-crítico, antes de 1781, ao período crítico, das críticas da Razão Pura (1781A/1787B), da Razão Prática (1788) e da Faculdade de Julgar (1790), mostrando o papel insubstituível que a geografia teve no desenvolvimento de suas atividades docentes e filosóficas, ao ponto de ser considerada como o conhecimento do mundo sem o qual não se avançava ao filosofar crítico, não escolar, mas esclarecido e mundano, dado espaço-temporalmente. Kant, nesse sentido, desenvolve uma relação estreita entre uma filosofia que se manifesta geograficamente e uma geografia eminentemente filosófica. Assim, a relação entre filosofia e geografia e desta com a filosofia no pensamento do professor de geografia e filósofo de Königsberg, bem como as nuances que dessa relação emergem, é o objetivo central de nossa empreitada investigativa, que será evidenciada pela complexidade que a geografia para Kant vai se tornando ao longo do tempo, por ser a ciência que concatena a relação entre o ser humano e a natureza, fundamentando as relações humano-naturais dentro dos limites das fronteiras do conhecimento científico humanamente válido, o fenomênico, tanto do ponto de vista universal quanto singular. No desenvolvimento da pesquisa, passamos por obras que se estendem dos anos de 1755 ao período pós Terceira Crítica de 1790, mostrando que a relação espaço-temporal, geográfica, natural-humana, do conhecimento do mundo em Kant se estabelece por uma relação dinâmica, que resulta em uma sistematicidade e uma organicidade que é não só mecânico-causal, mas também teleológica, que carece de observação, descrição e explicação, portanto, de uma filosofia geográfica e de uma geografia filosófica, sem a qual não se aprende a filosofar, logo, não se esclarece e não se torna um cidadão geográfico, do mundo. / São Cristóvão, SE
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