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As contribuições da espiritualidade e da Pastoral católicas no desenvolvimento da resiliência, em jovens de 18 a 29 anos

Susana María Rocca Larrosa 14 January 2011 (has links)
O trabalho analisa as contribuições da espiritualidade e da Pastoral católicas no desenvolvimento da resiliência, em jovens de 18 a 29 anos. Define-se a resiliência como o processo comportamental ou psíquico, de superação de situações adversas e traumáticas. Pode ser motivado, impulsionado e ajudado a continuar desenvolvendo-se mediante a promoção dos fatores de proteção (externos), assim como dos pilares de resiliência (internos) do próprio jovem. Estudam-se algumas características da religiosidade/espiritualidade na juventude, no tempo atual, e discutem-se as contribuições da religiosidade/espiritualidade e da Pastoral católicas no desenvolvimento da resiliência, vinculando os elementos priorizados em publicações pastorais da Igreja Católica, com os fatores de proteção e os pilares descritos na literatura sobre resiliência. Para a pesquisa qualitativa foram escolhidos 13 jovens residentes em São Leopoldo/RS, de 21 a 29 anos de idade, católicos e com alta resiliência. A maioria esteve exposta a fatores de risco e passou por uma constelação de situações críticas e/ou traumáticas. Na literatura, os fatores de proteção que favorecem o processo de resiliência são dois: a aceitação incondicional de pelo menos uma pessoa e as redes de apoio social, formais e informais (por exemplo: família, amigos, instituições educativas, sociais, grupos e comunidades de Igreja, rede de saúde, etc.). Os pilares de resiliência possíveis de serem promovidos são: a auto-estima; algumas aptidões e competências pessoais específicas; o senso de humor; e a religiosidade/espiritualidade ou o sentido da vida. Na pesquisa de campo os jovens se autodefinem como católicos e salientam que a ajuda de Deus e da família é essencial para poderem superar situações adversas e traumáticas. Não aparecem mencionadas como significativas nem autoridades, nem lideranças católicas, e sim alguns grupos de Igreja. A maioria dos entrevistados não têm prática institucional coletiva na Igreja Católica após a Primeira Comunhão. Porém, vários frequentam outras Igrejas, sem entrar em conflito com a sua pertença católica. A oração pessoal, espontânea, nas suas casas é uma prática privilegiada e frequente. A dimensão pessoal, subjetiva e emocional é um traço da sua religiosidade/espiritualidade. O estudo analisa como a resiliência pode ser promovida através de pessoas, grupos e instituições e através das propostas pastorais, assim como as possibilidades, as perspectivas e os desafios que o tema da resiliência traz para a reflexão e o trabalho que a Igreja Católica realiza junto aos jovens, visando tanto a prevenção quanto a superação de situações adversas ou traumáticas. / The study analyses how Catholic spirituality and Catholic pastoral work contribute to the development of resilience in young people between 18 and 29 years old. Resilience is defined as a behavioural or psychological process, which entails the overcoming of adverse and traumatic situations. The promotion of the protective factors (external) and the resilience pillars (internal) of the very same youngster can motivate, prompt or help the process to continue. Some of the characteristics of current young religiosity/spirituality are studied, and the contributions to the development of resilience made by Catholic religiosity/spirituality and Catholic pastoral work are discussed, linking the elements to which the pastoral publications of the Catholic Church have given priority with the protection factors and pillars described in literature regarding resilience. For the qualitative investigation, 13 young, catholic and highly- resilience, São Leopoldo/RS residents, between 18 and 29 years old, were selected. Most of them have been exposed to risk factors and undergone a constellation of critical and/or traumatic situations. According to literature, the protection factors that favour the process of resilience are two: the unconditional acceptance of at least one person and the social support networks, formal or informal (for instance, family, friends, educational and social institutions, Church groups and communities, health network, etc.). The resilience pillars that can be promoted are: self-esteem, some specific personal abilities and competencies, sense of humour, and the religiosity/spirituality or meaning of life. In field investigation, the youngsters define themselves as Catholics and state that help from God and their families is essential to overcome adverse and traumatic situations. Catholic authorities or leaders are not mentioned as significant, but some Church groups are. Most of those interviewed do not have any collective institutional practice at the Catholic Church after the First Communion. However, many frequent other churches, without coming into conflict with their catholic identity. Personal and spontaneous prayer at home is a privileged and common practice. Personal, subjective and emotional dimension is one feature of their religiosity/spirituality. The study analyses how people, groups, institutions and pastoral proposals can promote resilience, along with the possibilities, perspectives and challenges resilience posits to the reflection and work the Catholic Church does with the young, covering both the prevention and the overcoming of adverse and traumatic situations.

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