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Direitos humanos e teatro do oprimido [manuscrito] : uma aproximação dialógicaSousa, Rogério Newton de Carvalho 11 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research shows the thread of Ariadne which links human rights and the theater of the
Oppressed. It chooses to place them in the world of life using the tragedies of the century of
Pericles and the Law visions of Flores, Bobbi ,Ost and Dworki , in search of the political
dimension of human experience and the political and social character of the judicial
phenomenon. The human rights are presented in the historical context of modernity in
connection with the enlightenment thought. Pursuing the contagion between the Law and
the historical aspects of individual and collective experiences, one of the main theoretical axes
is a critical and realist theory of the human rights of Flores. Starting with Boal s assertion that
every theater is political, and that a citizen is not only the one who lives in society, but the one
who transforms it, this study visits its critical revision of the Western theater from Aristotle
to Brecht as a reflexive base for identifying the main political and cultural ideas that guided
the creation of the Oppressed Aesthetics : Impure Ganga - the theater of the Oppressed is
inserted in the historical context that presided its genesis, evidencing the political engagement
of the left side. The influences about the pedagogical character are captured in authors such as
Marx, Freire and Brecht. Originated in the society, human rights and the theater of the
oppressed are attracted to each other but by the critical capacity of the theater and literature,
they also repel each other under the sign of non acceptance . The dialogue between both
elects the political aspect as theme and counter hegemonic theory and practice. It presents the
plurality of routes as methodological place in which the distinctive conception of human
dignity and rights are legitimate. This fact points to a joint authorship instead of an
exclusive affiliation to the Western modernity. The art is taken as a measuring criterion of
axiological progress or retrocess. The a priori universalism of the Universal human rights
declaration is questioned through the perspective that such rights are historical constructed
and not given artifacts. Resistance to oppression, political participation and democratic
transitivity are common characteristics of human rights and of the theater of the Oppressed.
The idea of revolution is revisited under the counter -hegemonic prism in the visions of Flores
and in the joint revolution of Morin. A society without the oppressed and the oppressors
and an ethical horizon are very dear characteristics to the human rights and to the theater of
the oppressed evidencing the responsibility as the ethics by excellence of both. / A pesquisa procura o fio de Ariadne que liga direitos humanos e Teatro do Oprimido. Opta
por situá-los no mundo da vida, recorrendo às tragédias do século de Péricles e às visões do
direito de Flores, Bobbio, Ost e Dworkin, em busca do caráter político e social da experiência
humana e do fenômeno jurídico. Os direitos humanos são apresentados no contexto histórico
da modernidade em conexões com o pensamento iluminista. Perseguindo o contágio entre o
direito e os aspectos históricos das experiências individuais e coletivas, um dos eixos teóricos
principais é a teoria critica e realista dos direitos humanos de Flores. Partindo da assertiva de
Boal de que todo teatro é político e que cidadão não é apenas quem vive em sociedade mas
quem a transforma, o estudo visita sua revisão crítica do teatro ocidental, de Aristóteles a
Brecht, base reflexiva para identificação das principais ideias políticas e culturais que
nortearam a criação da Estética do Oprimido. Ganga impura , o Teatro do Oprimido é
inserido no contexto histórico que presidiu sua gênese, evidenciando-se o engajamento
político de esquerda. As influências sobre o caráter pedagógico são capturadas em autores
como Marx, Freire e Brecht. Originados na sociedade, direitos humanos e Teatro do Oprimido
se atraem mas, pela capacidade crítica do teatro e da literatura, se repelem sob o signo do não
acolhimento . O diálogo entre ambos elege o político como teoria e prática contrahegemônicas.
Apresenta a pluralidade de vias como lugar metodológico em que legítimas
são as distintas concepções de dignidade humana e de direitos humanos que apontam para
uma autoria conjunta , ao invés da filiação exclusiva à modernidade ocidental. Toma a arte
como critério aferidor de progresso ou retrocesso axiológico. O universalismo a priori da
Declaração Universal dos Direitos Humanos é questionado pela perspectiva de que tais
direitos são artefatos históricos construídos e não dados. Resistência à opressão, participação
política e transitividade democrática são características comuns dos direitos humanos e do
Teatro do Oprimido. A ideia de revolução é revisitada sob o prisma contra-hegemônico, nas
visões de Flores e de Boal e na de revolução de conjunto , de Morin. Uma sociedade sem
oprimidos e opressores e o horizonte ético são características bastante caras aos direitos
humanos e ao Teatro do Oprimido, evidenciando-se a responsabilidade como a ética por
excelência de ambos.
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