CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Analisar a apropriaÃÃo do Parque EcolÃgico do Cocà pelos agentes sociais - que diariamente dele se utilizam, buscando entender as relaÃÃes de poder existentes nesse processo e os conflitos resultantes desse contexto - à o objetivo principal desta pesquisa. O Parque do Cocà à uma Ãrea verde de grande visibilidade econÃmica, polÃtica e social dentro da cidade de Fortaleza. Fruto de lutas dos movimentos sociais em torno da defesa ambiental (que datam da dÃcada de 1970), o referido parque se legitimou enquanto Ãrea verde na cidade. Entretanto, ainda nÃo possui sua existÃncia social e legal juridicamente efetivada, havendo apenas um processo de demarcaÃÃo de seu espaÃo para futura criaÃÃo, fazendo deste campo um local de discursos variados e agentes diversos que se conflituam em torno da definiÃÃo dos rumos mais apropriados pra esse espaÃo. Usos anteriores ao processo de demarcaÃÃo (lavadeiras, pescadores, moradores das margens do rio) se relacionam com usos posteriores a este processo (caminhantes, moradores do entorno do parque e manifestantes), estabelecendo um complexo sistema de interaÃÃes e relaÃÃes nesse campo. Uma disputa pela definiÃÃo dos usos legÃtimos desse espaÃo se estabelece tambÃm na esfera pÃblica, com um histÃrico processo de disjunÃÃo entre Estado e sociedade civil (atravÃs dos movimentos sociais) nesse espaÃo, e sÃo sobre essas diversas contendas que esta pesquisa ancora sua anÃlise. A metodologia empregada foi a de etnografar os usos pesquisados, aliando esse procedimento a entrevistas semiestruturadas com sujeitos da pesquisa e observaÃÃo participante em determinados momentos de apropriaÃÃo e produÃÃo de discursos sobre o parque, tais como assembleias, fÃruns, seminÃrios, debates, manifestaÃÃes, passeatas e demais eventos, que envolvessem o Parque do CocÃ, alÃm de pesquisas bibliogrÃficas, anÃlise de documentos e jornais. Conclui-se que o referido parque reflete em si uma disputa pela cidade, que historicamente distribuiu desigualmente aos indivÃduos em seu territÃrio, reproduzindo em si relaÃÃes de poder hierarquizadas e desiguais, onde os indivÃduos providos de agÃncia ressignificam esse contexto e produzem formas cotidianas de resistÃncia. O Parque passa a representar em si uma forma de planejamento urbano, que dispÃem os indivÃduos de maneira desigual, mas que incorpora um processo de insurgÃncia diÃria, de resistÃncia a formas de imposiÃÃo e normatizaÃÃo de prÃticas.

CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Principalement basÃe sur la thÃorie de lâAnalyse Critique du Discours, notre recherche a comme objectif, celui dâanalyser comment se construisent les relations de pouvoir, à partir du texte formà par lâ interaction entre professeur-stagiaire X ÃlÃves, en salle de classe de langue portugaise de stage supervisÃ. Pour cela, nous avons utilisà un corpus composà de 10 cours de 50 minutes, ministrÃs par de futurs professeurs, câest à dire, par des ÃlÃves de la discipline Stage supervisà de langue portugaise, du cours de Lettres de lâUniversità FÃdÃrale du Cearà pendant la pÃriode 2007.2. Les donnÃes ont Ãtà recueillies dans des Ãcoles dâenseignement publiques de Fortaleza. Nous avons considÃrà que chaque cours traite un ÃvÃnement discursif (Flairclough,2001) et pour lâanalyser nous avons utilisà les catÃgories suivantes: (1) lâhÃgÃmonie (MAGALHÃES, C., 2001); (2) La distribution des rÃles des acteurs sociaux (VAN LEEUWEN, 1997) et (3) les modalisations (BRONCKART, 1999). LâhÃgÃmonie se rÃfÃre particuliÃrement à la lutte constante entre les classes dans lâintention de soutenir ou de casser les alliances et les relations de domination (MAGALHÃES, C., 2001). Les rÃles sociaux sont les attributions donnÃes aux acteurs sociaux qui sont en relation avec les reprÃsentations (VAN LEEUWEM,1997). Et, finalement, les modalisations contribuent à lâÃtablissement de la cohÃrence interactive du texte et oriente le destinataire dans lâinterprÃtation du contenu thÃmatique (BRONCKART, 1999). De plus, suivant leurs fonctions, nous pouvons les classer en: logiques, dÃontiques, apprÃciatives et pragmatiques (BRONCKART, 1999). Ainsi, nous renforÃons notre idÃe qui est lâÃtude des relations de pouvoir existantes dans le texte produit à partir de lâinteraction/communication en salle de classe de langue portugaise, car nous croyons que ce phÃnomÃne est construit à chaque cours devant diffÃrents positionnements adoptÃs par les Ãnonciateurs. / Baseada, principalmente, na teoria da AnÃlise CrÃtica do Discurso, nossa pesquisa tem como objetivo analisar como acontecem as relaÃÃes de poder, a partir do texto formado na interaÃÃo entre professor-estagiÃrio x alunos, em sala de aula de lÃngua portuguesa de estÃgio supervisionado. Para isso, utilizamos um corpus composto por 10 aulas, de 50 minutos, ministradas por futuros professores, ou seja, por alunos da disciplina EstÃgio supervisionado de lÃngua portuguesa, do curso de Letras da Universidade Federal do CearÃ, no perÃodo de 2007.2. A coleta dos dados aconteceu em escolas da rede pÃblica de ensino de Fortaleza. Consideramos que cada aula se trata de um evento discursivo (Fairclough, 2001) e, para analisÃ-lo, utilizamos as seguintes categorias: (1) a hegemonia (MAGALHÃES, C., 2001); (2) a distribuiÃÃo dos papÃis dos atores sociais (VAN LEEUWEN, 1997) e (3) as modalizaÃÃes (BRONCKART, 1999). A hegemonia refere-se a um foco de luta constante entre as classes, com o intuito de sustentar ou quebrar alianÃas e relaÃÃes de dominaÃÃo (MAGALHÃES, C., 2001). Os papÃis sociais sÃo atribuiÃÃes dadas aos atores sociais que se relacionam com as representaÃÃes (VAN LEEUWEM, 1997). E, finalmente, as modalizaÃÃes contribuem para o estabelecimento da coerÃncia interativa do texto e orientam o destinatÃrio na interpretaÃÃo do conteÃdo temÃtico (BRONCKART, 1999). AlÃm disso, segundo suas funÃÃes, podemos classificÃ-las em: lÃgicas, deÃnticas, apreciativas e pragmÃticas (BRONCKART, 1999). Assim, ressaltamos que nosso foco à o estudo das relaÃÃes de poder existentes no texto produzido a partir da interaÃÃo/comunicaÃÃo em sala de aula de lÃngua portuguesa, pois acreditamos que esse à construÃdo a cada aula diante dos diferentes posicionamentos adotados pelos enunciadores.