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Um entomólogo chamado Costa Lima: a consolidação de um saber e a construção de um patrimônio científico.Rangel, Marcio Ferreira January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O objetivo da tese um entomólogo chamado Costa Lima: a construção de um saber e a consolidação de um patrimônio científico é o estudo do desenvolvimento e consolidação da entomologia agrícola no Brasil da primeira metade do século XX. Mais especificamente, estudamos a relação deste cientista com a entomologia agrícola e as ações que dela resultaram: de um lado, a criação de diversas instituições federais para a questão agrícola e o estabelecimento de metodologias de combate às pragas das principais lavouras econômicas do país e, de outro lado, a formação de uma coleção, constituída principalmente por insetos de importância agrícola, considerada patrimônio científico, e a publicação de um monumental tratado sobre a fauna entomológica brasileira denominado Insetos do Brasil. A análise de sua trajetória, através dos artigos científicos, da vasta correspondência gerada entre seus pares, relatórios, livros e vida funcional nos diferentes institutos em que trabalhou, revelaram-nos a estreita relação entre a sua prática científica, o desenvolvimento da entomologia agrícola e o esforço do governo brasileiro em modernizar a agricultura nacional. Neste processo de modernização, a diversificação da lavoura é um dos principais discursos do Ministério da Agricultura. É neste quadro conjuntural, de expansão da lavoura, da necessidade de se pesquisarem as diferentes pragas entomológicas e, consequentemente, de uma agenda científica mais abrangente, que Costa Lima constrói sua carreira.
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Ciência nos cafezais: a campanha contra a broca do café em são Paulo(1924-1929)Silva, André Felipe Cândido da January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O presente trabalho analisa as decorrências sociais, políticas e institucionais da broca do café (coffee berry borer), praga que atacou os cafeeiros paulistas e levou à constituição de uma comissão científica para combatê-la. Noticiada pela imprensa paulista em 1924, a broca levou à convocação de Arthur Neiva e Costa Lima para identificação do parasita, no qual confirmaram tratar-se da mesma praga que devastara a cafeicultura nas colônias holandesas do sudeste asiático. Um debate tomou lugar na imprensa sobre a responsabilidade pela introdução do inseto originário da África, culpa que recaiu sobre o Instituto Agronômico de Campinas e seu diretor, Arthaud Berthet. A gravidade e ameaça representadas pela praga fizeram com que o governo paulista nomeasse a Comissão de Estudo e Debelação da Praga Cafeeira, que conduziria a campanha contra a broca. Esta incluiu a determinação de medidas que incidiram sobre a dinâmica da produção cafeeira e a implementação de vigoroso aparato de fiscalização aliado à ampla campanha de divulgação científica. Por meio da divulgação, a Comissão procurou atingir todos os segmentos da economia cafeeira, desde os latifundiários aos pequenos sitiantes analfabetos. Face ao alargamento das atribuições da Comissão e persistência da praga, o governo paulista criou, em 1927, o Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, centro de pesquisas voltado à defesa sanitária da agropecuária paulista. O recrudescimento da broca no ano seguinte fez com que a instituição recém fundada adotasse como método de combate o controle biológico. Em 1929 foi enviada uma missão à Uganda para importar os inimigos naturais do inseto, ano marcante pela crise que abalou a economia cafeeira. Através desse estudo observamos a importância da broca do café como episódio da história das ciências e da economia, ao suscitar a utilização de meios inovadores na divulgação científica, ocasionar a fundação de uma instituição científica e implantar método pioneiro no controle de pragas agrícolas.
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