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Composições Esperpênticas: o grotesco como estratégia de desestabilização do feminino

Flick, Milena 25 March 2013 (has links)
Submitted by Glauber Assunção Moreira (glauber.a.moreira@gmail.com) on 2018-08-29T14:01:42Z No. of bitstreams: 1 Milena Flick PDF Final.pdf: 5677152 bytes, checksum: c007af9fe28469632f1f99182975eb16 (MD5) / Approved for entry into archive by Ednaide Gondim Magalhães (ednaide@ufba.br) on 2018-08-30T13:49:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Milena Flick PDF Final.pdf: 5677152 bytes, checksum: c007af9fe28469632f1f99182975eb16 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-30T13:49:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Milena Flick PDF Final.pdf: 5677152 bytes, checksum: c007af9fe28469632f1f99182975eb16 (MD5) / A presente dissertação é um estudo vinculado a processos artísticos no campo das artes cênicas, especialmente do teatro, e pretende investigar a atuação do grotesco como estratégia cênico-dramatúrgica na desestabilização da categoria nomeada “feminino”. Esta investigação parte da hipótese de que o grotesco, como uma estratégia estética que joga com a hipérbole, o estranhamento, a ironia e o paradoxo, quando associado ao feminino, poderia colocar em tensão e desconforto a suposta estabilidade dessa categoria do corpo, apresentando estratégias artísticas para a sua subversão. Objetivase, portanto, investigar processos artísticos que se utilizem do grotesco em suas composições estéticas produzindo uma crítica às padronizações que normatizam e definem os corpos ditos “femininos” dentro das estruturas de poder dominantes e que apontem possibilidades de expansão destes corpos para além das fronteiras que as categorizações engendram. Para tanto, adotam-se os esperpentos valleinclanianos, suas propostas artísticas e articulações com processos de criação contemporâneos, como território cênico no qual se articulam as investigações em questão. Nessa conjuntura, o trabalho concentra-se na atuação do grotesco como estratégia cênico-dramatúrgica presente em composições artísticas esperpênticas, no que concerne, sobretudo, às proposições que potencializariam suas características subversivas de maneira a desestabilizar configurações normativas do feminino. Para discutir a hipótese levantada, estabelece diálogos com estudos feministas, notadamente em sua vertente pós-estruturalista, numa problematização da relação entre feminino e grotesco, para chegar à proposição do termo “femininos grotescos” como sugestão de abordagem analítica. Finalmente, discute as articulações teóricas do trabalho e suas contaminações em processos artísticos, apresentando atravessamentos que foram e estão sendo ecoados em práticas do grupo Panacéia Delirante. / La presente tesis es un estudio vinculado a procesos artísticos en el campo de las artes escénicas, especialmente del teatro, y pretende investigar la actuación del grotesco como estrategia escénico-dramatúrgica en la desestabilización de la categoría denominada “femenino”. Esta investigación parte de la hipótesis de que el grotesco, como una estrategia estética que juega con la hipérbole, el distanciamiento, la ironía y la paradoja, cuando se asocia a lo femenino, podría colocar en tensión e incomodidad la supuesta estabilidad de esa categoría del cuerpo, presentando estrategias para la subversión del mismo. Se pretende, por tanto, investigar procesos artísticos que utilicen el grotesco en sus composiciones estéticas produciendo una crítica a los patrones que normativizan y definen los cuerpos dichos “femeninos” dentro de las estructuras de poder dominantes y que apunten posibilidades de expansión para estos cuerpos más allá de las fronteras que las categorizaciones engendran. Para esto, se adoptaron los esperpentos valleinclanianos, sus propuestas artísticas y articulaciones con procesos de creación contemporáneos, como territorio escénico en el cual se articulan las investigaciones en cuestión. En esta conjetura, el trabajo se concentra en la actuación del grotesco como estrategia escénico-dramatúrgica presente en composiciones artísticas esperpénticas, en lo que concierne, sobretodo, a las proposiciones que potencializan sus características subversivas de manera que se desestabilicen configuraciones normativas del femenino. Para discutir la hipótesis levantada, se establecen diálogos con estudios feministas, notablemente en su vertiente pos-estructuralista, en una problematización de la relación entre femenino y grotesco, para llegar a la proposición del término “femeninos grotescos” como sugestión de abordaje analítico. Finalmente, discute las articulaciones teóricas del trabajo y sus contaminaciones en procesos artísticos, presentando los cruces que fueron y están haciendo eco en prácticas del grupo Panacéia Delirante.

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