Submitted by William Paiva (williampaiva17@hotmail.com) on 2015-04-07T16:52:16Z No. of bitstreams: 1 Adriana Guimarães Antunes.pdf: 474039 bytes, checksum: aa728a53861e1dad0d703d8ce73b89e9 (MD5) / Approved for entry into archive by Vitor de Carvalho (vitor_carvalho_im@hotmail.com) on 2015-04-10T16:56:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Adriana Guimarães Antunes.pdf: 474039 bytes, checksum: aa728a53861e1dad0d703d8ce73b89e9 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-10T16:56:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Adriana Guimarães Antunes.pdf: 474039 bytes, checksum: aa728a53861e1dad0d703d8ce73b89e9 (MD5) Previous issue date: 2013 / Este trabalho propõe-se a investigar como o linguajear e o emocionar da docência modificam-se no início da carreira. O estudo foi desencadeado pelo desconforto que a metodologia do ensino de Matemática, baseada em sua maioria na apresentação do conteúdo e na realização de exercícios, causava tanto nos estudantes quanto na professora. A situação vivenciada nos primeiros anos da docência indicava a necessidade de estabelecer outro linguajear e emocionar com os estudantes, que favorecesse suas aprendizagens e não mais os negasse enquanto sujeitos aprendentes. Escolhemos a metodologia de Projetos de Aprendizagem como proposta facilitadora da aprendizagem, o que demandou a construção do saber no coletivo. Para conhecermos as transformações no linguajear e no emocionar foi necessário utilizar um instrumento de acompanhamento das atividades docente. Escolhemos o diário de aula como instrumento para o registro da experiência vivida no ensino de Matemática, de junho a dezembro de 2012, com os alunos do sexto e sétimo anos, de uma escola da rede pública de ensino. Analisamos e discutimos a narrativa presente no “Diário de uma professora iniciante” a partir da Investigação Narrativa, que se constitui tanto como fenômeno que se investiga quanto método de investigação. O conversar no diário mostrou uma professora iniciante com muitas inquietações em relação ao seu fazer docente, trazendo indicadores da insatisfação com a metodologia de ensino utilizada e o quanto o trabalho na perspectiva reprodutiva refletia-se na falta de desejo de aprender dos estudantes. Revelou também um emocionar de conflito com as certezas relacionadas aos processos de ensinar e aprender. Na experiência, aprendemos a respeitar os diferentes sujeitos e aceitá-los na sua singularidade, a refletir na ação e a tomar decisões a respeito do que já estava determinado de antemão (sistema escolar, ambiente físico, relações sociais, finalidades e objetivos educativos) que normalmente não questionávamos. Refletir na e sobre a ação permitiu-nos compreender os fundamentos de um fazer que emergiu da constituição docente que, em sua maioria, ocorre pela incorporação de um modo de viver. Estar em constante processo de formação foi o que nos mobilizou e forneceu subsídios para realizarmos a reflexão e, consequentemente, modificarmos as condutas estabelecidas com os estudantes. Problematizar a própria ação e as questões que permeiam a profissão docente possibilitou-nos questionar e compreender as razões pelas quais definimos nosso linguajear e emocionar no espaço de sala de aula e qual cultura de escola queremos gerar com os alunos. Tomamos a reflexão sobre a reflexão na ação como estratégia que nos permitirá fazer a docência na objetividade-entre-parênteses e gerar uma cultura que legitime a ação de todos os sujeitos como protagonistas dos processos de ensinar e aprender, de forma recíproca e igualmente válida. / This study aims to investigate how the language and the emotion of teaching are modified in teacher's early career. The study was triggered by the discomfort that the methodology of teaching Mathematics, based mostly on the presentation of content and exercises, caused both the students and the teacher. The situation experienced in the early years of teaching indicated the need to establish another language and emotion with the students, which may favor their learning and no longer deny them as learners. We chose the Learning Projects methodology as learning facilitator proposal, which required the collective construction of knowledge. To find out the changes in language and emotion, it was necessary to use a monitoring tool for teaching activities. We chose the diary as a tool to record the experience in teaching Mathematics, from June to December 2012, with students of the sixth and seventh years of a public school education. We analyze and discuss the narrative present in "Diary of a beginning teacher" from Narrative Research perspective, which is both a phenomenon that is being investigated and an investigation method. The conversation in the diary showed a beginner teacher with many concerns regarding their teaching. It brings indicators of dissatisfaction with the teaching methodology applied and how the work in reproductive perspective was reflected in the students' lack of learning desire. It also revealed an emotion of conflict about the certainties of the teaching and learning processes. In this experiment, we've learned to respect the different subjects and accept them in their uniqueness; to reflect in the course of action and to make decisions about what was in advance already determined (school system, physical environment, social relationships, educational goals and objectives), which normally there were no questioning about. Reflecting in the course and about the action has allowed us to understand the acting bases, which has emerged from the teacher's constitution, which mostly occurs by the incorporation of a way of living. Being in a constant process of study mobilized us and provided subsidies to accomplish a strong reflection about our practices and, as a result, a modified behavior with the students. Problematizing the action itself and the issues that underlie the teaching profession enabled us to question and understand the reasons why we define our language and emotion in the classroom space and which school culture we want to create with the students. We take the reflection about the reflection in course of action as a strategy that will allow us to make the objectivity- between-parenthesis teaching and to generate a culture that legitimizes the action of all the subjects as protagonists of the processes of teaching and learning, in a reciprocal and equally way.