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Caracterização imuno-histoquímica e molecular dos pacientes com suspeita clínica de Síndrome de Lynch / Immunohistochemical and molecular characterization of patients with clinical suspicion of Lynch SyndromeFreitas, Isabella Nicacio de 17 November 2014 (has links)
Suspeita-se da Síndrome de Lynch (SL) a partir da história pessoal e familial do indivíduo. Posteriormente, os dados histopatológicos, imuno-histoquímicos e moleculares podem ser utilizados para aprimorar o diagnóstico da doença. Entretanto, um grande desafio no diagnóstico da Síndrome de Lynch é a baixa acurácia dos critérios clínicos utilizados. OBJETIVOS: Avaliar a frequência de SL em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por câncer colorretal e com história familial de câncer. Avaliar quais dos critérios clínicos e/ou moleculares seriam mais informativos no diagnóstico desta Síndrome na população brasileira. PACIENTES E MÉTODOS: Estudaram-se 458 casos de câncer colorretal (CCR), do Serviço de Coloproctologia do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas - FMUSP, de janeiro de 2005 a dezembro de 2008. História familial (HF) positiva para CCR ocorreu em 118 pacientes. Promoveu-se a revisão das lâminas para critérios histopatológicos de MSI (diretrizes de Bethesda), avaliação imuno-histoquímica (IHC) para as proteínas MLH1, MSH2, MSH6, PMS2, através do complexo avidina-biotina-peroxidase e instabilidade de microssatélites (MSI) (BAT-25, BAT-26, NR-21, NR-24 e MONO-27). Realizada a análise da mutação somática para o BRAF em todos os casos com MSI positiva. RESULTADOS: Dos 118 pacientes com HF, 61 (51,69%) preencheram pelo menos um dos critérios de Bethesda revisados. 36 eram do sexo feminino (59%), média de idade de 53,2 anos. Nove (14,7%) pacientes apresentaram todos os critérios de Amsterdam I. Cinquenta e dois tumores localizaram-se no cólon esquerdo. Os componentes histopatológicos de MSI incluíram: linfócitos intratumoral (47,5%), característica expansiva do tumor (29,5%) e o componente mucinoso (27,8%) (componentes histopatológicos de MSI instável) em 44 (72%). A IHC estava alterada em oito (13%) e a MSI em 12 pacientes (20%). Houve associação entre os critérios de Amsterdam I e MSI e na IHC com MLH1 e PMS2. Houve associação entre os critérios de Bethesda revisados com o sexo, na histopatologia com o componente mucinoso e a reação Crohn like; com a MSI e na IHC com o MLH1 e PMS2. O BRAF foi realizado nos 12 casos com MSI positiva e em todos os casos foram negativos. Os indivíduos que apresentaram o critério 4 de Bethesda revisado (CCR ou câncer associado a SL, diagnosticado em um ou mais parentes de primeiro grau, desde que uma das neoplasias tenha ocorrido antes dos 50 anos de idade), tiveram uma chance 10,6 vezes maior de apresentar MSI positiva. Propôs-se um escore para caracterizar pacientes com SL baseado nas variáveis estudadas nesta pesquisa. CONCLUSÕES: A frequência de Síndrome de Lynch nos pacientes submetidos a ressecção por câncer e com história familial foi de 20%. O critério 4 de Bethesda revisado associou-se mais fortemente à presença de instabilidade de microssatélites na população estudada. O escore desenvolvido neste estudo contribui como uma ferramenta prática na ampliação diagnóstica da Síndrome de Lynch / Lynch Syndrome is suspected due to the personal and familial history of the individual. Subsequently, histopathological, immunohistochemical and molecular data can be used to improve diagnosis of the disease. However, a major challenge in the diagnosis of Lynch Syndrome is the low accuracy of clinical criteria. OBJECTIVES: To assess the frequency of Lynch Syndrome in patients with familial cancer history submitted to colorectal cancer resection. To assess what clinical and / or molecular criteria would be the most informative in the diagnosis of this syndrome in Brazilian population. PATIENTS AND METHODS: 458 colorectal cancer (CRC) cases were studied, from the Coloproctology Unit of the Department of Gastroenterology, Hospital das Clinicas - USP, from January 2005 to December 2008. Positive family history (FH) for CRC occurred in 118 patients. The pathologic slides were reviewed for histological criteria for MSI (Bethesda guidelines), immunohistochemical analysis (IHC) for MLH1, MSH2, MSH6, PMS2 proteins, through the avidin-biotin-peroxidase complex, and microsatellite instability (MSI) (BAT-25, BAT-26, NR-21, NR-24 and MONO-27). BRAF somatic mutation was analyzed in all cases with positive MSI. RESULTS: Of the 118 patients with HF, 61 (51.69%) met at least one of the revised Bethesda criteria. Thirty-six were female (59%), and the mean age was 53.2 years. Nine (14.7%) patients presented all Amsterdam criteria I. Fifty-two tumors were located in the left colon. MSI histopathological components included: intratumoral lymphocytes (47.5%), expansive characteristics of the tumor (29.5%) and mucinous component (27.8%) (Histological unstable components of MSI) in 44 (72%). IHC was abnormal in eight (13%) and MSI in 12 patients (20%). There was an association between the Amsterdam criteria I and MSI; and between IHC with MLH1 and PMS2. There was an association with the revised Bethesda criteria with: sex, mucinous histology and Crohn\'s like reaction; with MSI and IHC with PMS2 and MLH1. BRAF was performed in 12 patients with MSI positive, and all were negative. Patients who presented the revised Bethesda criteria 4 (CRC or cancer associated with SL, diagnosed in one or more first-degree relatives, with one of the neoplasms occurred before 50 years of age), had a 10.6 increased chance to display positive MSI. Based on the studied variables, we proposed a score to characterize the Lynch Syndrome. CONCLUSIONS: The frequence of Lynch Syndrome in patients who were submitted to cancer resection, and had a cancer familial history was 20%. The criterion 4 Revised Bethesda was associated more strongly with the presence of microsatellite instability in the studied population. The developed score contributes as a practical tool in the diagnosis of Lynch Syndrome
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Avaliação anatomoclínica e molecular do melanoma cutâneo em pacientes jovens (idade 18-30 anos) / Clinicopathologic and molecular evaluation of cutaneous melanoma in young patients (age 18-30)Estrozi, Bruna 28 January 2015 (has links)
A incidência do melanoma cutâneo em pacientes adultos jovens tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Há, contudo, carência de conhecimentos clinicopatológicos e moleculares sobre os melanomas que ocorrem nessa faixa etária. O presente estudo teve por objetivo avaliar 132 casos de melanoma cutâneo primário em pacientes com idade entre 18 e 30 anos, com ênfase no estudo das características clínicas, histopatológicas e avaliação molecular das mutações nos genes BRAF, NRAS e KIT. Em relação aos achados clínicos e histopatológicos, houve predomínio de indivíduos do sexo feminino (61,4%), sendo o tronco o sítio anatômico mais comumente envolvido (44,3%) e o melanoma extensivo superficial o tipo histológico predominante (79,5%). A mutação V600E no gene BRAF (BRAFV600E) foi analisada em 93 casos, utilizando-se a técnica de RT-PCR. Essa mutação foi identificada em 38,7% (36/93) e, estatisticamente, associada à fase vertical de crescimento (p = 0,01), infiltrado inflamatório discreto (p = 0,02) e presença de mitose intradérmica (p = 0,004). Houve, ainda, forte indício de associação com a presença de ulceração (p = 0,05). Todas essas variáveis apresentaram associação com pior prognóstico do melanoma cutâneo. Observou-se predomínio da mutação BRAFV600E em regiões anatômicas relacionadas à exposição solar intermitente. Nenhum caso de melanoma com fenômeno de regressão apresentou mutação BRAFV600E (p < 0,05). Não houve associação significativa entre BRAFV600E e sexo, tipo histológico, nível de Clark, índice de Breslow, elastose solar, invasão angiolinfática e perineural, satelitose, nevo melanocítico coexistente e sobrevida. A pesquisa de mutações NRAS, pela técnica de RT-PCR, detectou frequência de 3,95% (3/76). As três mutações encontradas foram do tipo 61K e ocorreram em pacientes do sexo masculino e em região de cabeça e pescoço. As mutações BRAFV600E e NRAS, quando presentes, eram mutuamente exclusivas. A frequência de mutações KIT, analisadas por sequenciamento, foi de 11,1% (3/27). As três mutações identificadas estavam localizadas no éxon 9 (G510, G498S e 489I). Houve concomitância de casos com mutação KIT tanto com NRAS, como com BRAFV600E. Devido ao pequeno número de casos com mutação em KIT e NRAS, não foi possível estabelecer correlações clínicas e histopatológicas com esses genes. Este estudo é o primeiro a descrever as mutações G510D e G498S no gene KIT em melanomas cutâneos. No presente estudo, a mutação BRAFV600E, em melanomas cutâneos de adultos jovens, correlacionou-se com características anatomoclínicas de pior prognóstico em relação aos melanomas selvagens para BRAFV600E / The incidence of cutaneous melanoma in young adults has dramatically increased in recent years. However, there is scarce data about the clinicopathological and molecular characteristics on the melanomas occurring at this age group. The present study aimed to evaluate 132 patients aged between 18 and 30 years with primary cutaneous melanoma with emphasis on the study of clinical, histopathological characteristics and molecular evaluation of mutations in BRAF, NRAS and KIT genes. Regarding the clinical and histopathological findings, the following results were found: female predominance (61.4%), trunk was the most commonly anatomical site involved (44.3%) and superficial spreading melanoma, was the most common histological type (79.5 %). The V600E mutation in BRAF (BRAFV600E) gene was analyzed in 93 cases, using RT-PCR. It was present in 38.7% (36/93) and statistically related to the vertical growth phase (p = 0.01), mild inflammatory infiltration (p = 0.02) and the presence of intradermal mitosis (p = 0.004). There was, also, strongly evidence of an association with the presence of ulceration (p = 0.05). Worse prognosis was associated with these variables. There was a predominance of BRAFV600E mutation in anatomical regions related to intermittent sun exposure. No cases of melanoma with BRAFV600E mutation showed regression phenomenon (p < 0.05). There was no significant association between BRAFV600E and gender, histological type, Clark level, Breslow thickness, solar elastosis, angiolymphatic and perineural invasion, sattelitosis, coexisting melanocytic nevus and survival. The presence of a mutation in NRAS, by RT-PCR was seen in 3.95% (3/76) of the cases. All these three mutations were of type 61K, occurred in male patients and the head and neck region. BRAFV600E and NRAS mutations, when present, were mutually exclusive. The frequency of KIT mutations, analyzed by sequencing, was 11.1% (3/27). The three mutations identified in this gene were located in exon 9 (G510, G498S and 489I). Concomitant mutations were found between KIT and NRAS and BRAFV600E. Due to the small number of KIT and NRAS mutated cases, it was not possible to establish clinical and histopathological correlations and mutation status in these genes. This study was the first to describe the G510D and G498S mutations in KIT gene in cutaneous melanomas. In the present study, BRAFV600E mutation in cutaneous melanoma of young adults correlated with anatomic and clinical features of worse prognosis compared to wild type
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Caracterização imuno-histoquímica e molecular dos pacientes com suspeita clínica de Síndrome de Lynch / Immunohistochemical and molecular characterization of patients with clinical suspicion of Lynch SyndromeIsabella Nicacio de Freitas 17 November 2014 (has links)
Suspeita-se da Síndrome de Lynch (SL) a partir da história pessoal e familial do indivíduo. Posteriormente, os dados histopatológicos, imuno-histoquímicos e moleculares podem ser utilizados para aprimorar o diagnóstico da doença. Entretanto, um grande desafio no diagnóstico da Síndrome de Lynch é a baixa acurácia dos critérios clínicos utilizados. OBJETIVOS: Avaliar a frequência de SL em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por câncer colorretal e com história familial de câncer. Avaliar quais dos critérios clínicos e/ou moleculares seriam mais informativos no diagnóstico desta Síndrome na população brasileira. PACIENTES E MÉTODOS: Estudaram-se 458 casos de câncer colorretal (CCR), do Serviço de Coloproctologia do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas - FMUSP, de janeiro de 2005 a dezembro de 2008. História familial (HF) positiva para CCR ocorreu em 118 pacientes. Promoveu-se a revisão das lâminas para critérios histopatológicos de MSI (diretrizes de Bethesda), avaliação imuno-histoquímica (IHC) para as proteínas MLH1, MSH2, MSH6, PMS2, através do complexo avidina-biotina-peroxidase e instabilidade de microssatélites (MSI) (BAT-25, BAT-26, NR-21, NR-24 e MONO-27). Realizada a análise da mutação somática para o BRAF em todos os casos com MSI positiva. RESULTADOS: Dos 118 pacientes com HF, 61 (51,69%) preencheram pelo menos um dos critérios de Bethesda revisados. 36 eram do sexo feminino (59%), média de idade de 53,2 anos. Nove (14,7%) pacientes apresentaram todos os critérios de Amsterdam I. Cinquenta e dois tumores localizaram-se no cólon esquerdo. Os componentes histopatológicos de MSI incluíram: linfócitos intratumoral (47,5%), característica expansiva do tumor (29,5%) e o componente mucinoso (27,8%) (componentes histopatológicos de MSI instável) em 44 (72%). A IHC estava alterada em oito (13%) e a MSI em 12 pacientes (20%). Houve associação entre os critérios de Amsterdam I e MSI e na IHC com MLH1 e PMS2. Houve associação entre os critérios de Bethesda revisados com o sexo, na histopatologia com o componente mucinoso e a reação Crohn like; com a MSI e na IHC com o MLH1 e PMS2. O BRAF foi realizado nos 12 casos com MSI positiva e em todos os casos foram negativos. Os indivíduos que apresentaram o critério 4 de Bethesda revisado (CCR ou câncer associado a SL, diagnosticado em um ou mais parentes de primeiro grau, desde que uma das neoplasias tenha ocorrido antes dos 50 anos de idade), tiveram uma chance 10,6 vezes maior de apresentar MSI positiva. Propôs-se um escore para caracterizar pacientes com SL baseado nas variáveis estudadas nesta pesquisa. CONCLUSÕES: A frequência de Síndrome de Lynch nos pacientes submetidos a ressecção por câncer e com história familial foi de 20%. O critério 4 de Bethesda revisado associou-se mais fortemente à presença de instabilidade de microssatélites na população estudada. O escore desenvolvido neste estudo contribui como uma ferramenta prática na ampliação diagnóstica da Síndrome de Lynch / Lynch Syndrome is suspected due to the personal and familial history of the individual. Subsequently, histopathological, immunohistochemical and molecular data can be used to improve diagnosis of the disease. However, a major challenge in the diagnosis of Lynch Syndrome is the low accuracy of clinical criteria. OBJECTIVES: To assess the frequency of Lynch Syndrome in patients with familial cancer history submitted to colorectal cancer resection. To assess what clinical and / or molecular criteria would be the most informative in the diagnosis of this syndrome in Brazilian population. PATIENTS AND METHODS: 458 colorectal cancer (CRC) cases were studied, from the Coloproctology Unit of the Department of Gastroenterology, Hospital das Clinicas - USP, from January 2005 to December 2008. Positive family history (FH) for CRC occurred in 118 patients. The pathologic slides were reviewed for histological criteria for MSI (Bethesda guidelines), immunohistochemical analysis (IHC) for MLH1, MSH2, MSH6, PMS2 proteins, through the avidin-biotin-peroxidase complex, and microsatellite instability (MSI) (BAT-25, BAT-26, NR-21, NR-24 and MONO-27). BRAF somatic mutation was analyzed in all cases with positive MSI. RESULTS: Of the 118 patients with HF, 61 (51.69%) met at least one of the revised Bethesda criteria. Thirty-six were female (59%), and the mean age was 53.2 years. Nine (14.7%) patients presented all Amsterdam criteria I. Fifty-two tumors were located in the left colon. MSI histopathological components included: intratumoral lymphocytes (47.5%), expansive characteristics of the tumor (29.5%) and mucinous component (27.8%) (Histological unstable components of MSI) in 44 (72%). IHC was abnormal in eight (13%) and MSI in 12 patients (20%). There was an association between the Amsterdam criteria I and MSI; and between IHC with MLH1 and PMS2. There was an association with the revised Bethesda criteria with: sex, mucinous histology and Crohn\'s like reaction; with MSI and IHC with PMS2 and MLH1. BRAF was performed in 12 patients with MSI positive, and all were negative. Patients who presented the revised Bethesda criteria 4 (CRC or cancer associated with SL, diagnosed in one or more first-degree relatives, with one of the neoplasms occurred before 50 years of age), had a 10.6 increased chance to display positive MSI. Based on the studied variables, we proposed a score to characterize the Lynch Syndrome. CONCLUSIONS: The frequence of Lynch Syndrome in patients who were submitted to cancer resection, and had a cancer familial history was 20%. The criterion 4 Revised Bethesda was associated more strongly with the presence of microsatellite instability in the studied population. The developed score contributes as a practical tool in the diagnosis of Lynch Syndrome
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Avaliação anatomoclínica e molecular do melanoma cutâneo em pacientes jovens (idade 18-30 anos) / Clinicopathologic and molecular evaluation of cutaneous melanoma in young patients (age 18-30)Bruna Estrozi 28 January 2015 (has links)
A incidência do melanoma cutâneo em pacientes adultos jovens tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Há, contudo, carência de conhecimentos clinicopatológicos e moleculares sobre os melanomas que ocorrem nessa faixa etária. O presente estudo teve por objetivo avaliar 132 casos de melanoma cutâneo primário em pacientes com idade entre 18 e 30 anos, com ênfase no estudo das características clínicas, histopatológicas e avaliação molecular das mutações nos genes BRAF, NRAS e KIT. Em relação aos achados clínicos e histopatológicos, houve predomínio de indivíduos do sexo feminino (61,4%), sendo o tronco o sítio anatômico mais comumente envolvido (44,3%) e o melanoma extensivo superficial o tipo histológico predominante (79,5%). A mutação V600E no gene BRAF (BRAFV600E) foi analisada em 93 casos, utilizando-se a técnica de RT-PCR. Essa mutação foi identificada em 38,7% (36/93) e, estatisticamente, associada à fase vertical de crescimento (p = 0,01), infiltrado inflamatório discreto (p = 0,02) e presença de mitose intradérmica (p = 0,004). Houve, ainda, forte indício de associação com a presença de ulceração (p = 0,05). Todas essas variáveis apresentaram associação com pior prognóstico do melanoma cutâneo. Observou-se predomínio da mutação BRAFV600E em regiões anatômicas relacionadas à exposição solar intermitente. Nenhum caso de melanoma com fenômeno de regressão apresentou mutação BRAFV600E (p < 0,05). Não houve associação significativa entre BRAFV600E e sexo, tipo histológico, nível de Clark, índice de Breslow, elastose solar, invasão angiolinfática e perineural, satelitose, nevo melanocítico coexistente e sobrevida. A pesquisa de mutações NRAS, pela técnica de RT-PCR, detectou frequência de 3,95% (3/76). As três mutações encontradas foram do tipo 61K e ocorreram em pacientes do sexo masculino e em região de cabeça e pescoço. As mutações BRAFV600E e NRAS, quando presentes, eram mutuamente exclusivas. A frequência de mutações KIT, analisadas por sequenciamento, foi de 11,1% (3/27). As três mutações identificadas estavam localizadas no éxon 9 (G510, G498S e 489I). Houve concomitância de casos com mutação KIT tanto com NRAS, como com BRAFV600E. Devido ao pequeno número de casos com mutação em KIT e NRAS, não foi possível estabelecer correlações clínicas e histopatológicas com esses genes. Este estudo é o primeiro a descrever as mutações G510D e G498S no gene KIT em melanomas cutâneos. No presente estudo, a mutação BRAFV600E, em melanomas cutâneos de adultos jovens, correlacionou-se com características anatomoclínicas de pior prognóstico em relação aos melanomas selvagens para BRAFV600E / The incidence of cutaneous melanoma in young adults has dramatically increased in recent years. However, there is scarce data about the clinicopathological and molecular characteristics on the melanomas occurring at this age group. The present study aimed to evaluate 132 patients aged between 18 and 30 years with primary cutaneous melanoma with emphasis on the study of clinical, histopathological characteristics and molecular evaluation of mutations in BRAF, NRAS and KIT genes. Regarding the clinical and histopathological findings, the following results were found: female predominance (61.4%), trunk was the most commonly anatomical site involved (44.3%) and superficial spreading melanoma, was the most common histological type (79.5 %). The V600E mutation in BRAF (BRAFV600E) gene was analyzed in 93 cases, using RT-PCR. It was present in 38.7% (36/93) and statistically related to the vertical growth phase (p = 0.01), mild inflammatory infiltration (p = 0.02) and the presence of intradermal mitosis (p = 0.004). There was, also, strongly evidence of an association with the presence of ulceration (p = 0.05). Worse prognosis was associated with these variables. There was a predominance of BRAFV600E mutation in anatomical regions related to intermittent sun exposure. No cases of melanoma with BRAFV600E mutation showed regression phenomenon (p < 0.05). There was no significant association between BRAFV600E and gender, histological type, Clark level, Breslow thickness, solar elastosis, angiolymphatic and perineural invasion, sattelitosis, coexisting melanocytic nevus and survival. The presence of a mutation in NRAS, by RT-PCR was seen in 3.95% (3/76) of the cases. All these three mutations were of type 61K, occurred in male patients and the head and neck region. BRAFV600E and NRAS mutations, when present, were mutually exclusive. The frequency of KIT mutations, analyzed by sequencing, was 11.1% (3/27). The three mutations identified in this gene were located in exon 9 (G510, G498S and 489I). Concomitant mutations were found between KIT and NRAS and BRAFV600E. Due to the small number of KIT and NRAS mutated cases, it was not possible to establish clinical and histopathological correlations and mutation status in these genes. This study was the first to describe the G510D and G498S mutations in KIT gene in cutaneous melanomas. In the present study, BRAFV600E mutation in cutaneous melanoma of young adults correlated with anatomic and clinical features of worse prognosis compared to wild type
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