Spelling suggestions: "subject:"província magmático paraná"" "subject:"província magmático waraná""
1 |
Caracteristicas físicas e químicas e modelo eruptivo para os riolitos tipo Santa Maria (Província Magmática Paraná) na região de Gramado Xavier, RS / not availableGuimarães, Letícia Freitas 06 June 2014 (has links)
Os riolitos Santa Maria correspondem a uma seqüência efusiva de rochas vítreas a hipocristalinas aflorantes na porção sul da Província Magmática Paraná, sul do Brasil. Mapeamentos de detalhe na região de Barros Cassal - Gramado Xavier mostraram que eles correspondem à sequência superior do magmatismo de baixo Ti, que é caracterizado por uma sucessão de basaltos pahoehoe - basaltos rubbly - dacitos - andesitos e dacitos - riolitos. Do ponto de vista químico, os riolitos são homogêneos, com 71-73% de SiO2, 0,65-0,70% de TiO2 e enriquecidos em K2O (4-5%) e outros elementos incompatíveis (210-300 ppm Rb; 680-930 ppm Ba; ~ 350 ppm de Zr e \'Sigma\' REE ~ 300 ppm) em comparação com as unidades dacíticas precedentes. Do ponto de vista isotópico, correspondem à unidade mais evoluída, com razões \'ANTPOT.87 Sr\'/ \'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(134)\' = 0,7230 a 0,7255, razões \'ANTPOT.143 Nd\'/\'ANTPOT.\'144\' Nd IND.(134)\' = 0,51204 a 0,51205 e correspondentes valores mais negativos para \"épsilon\"\'Nd IND.(134)\' = -8,2 e -8,4. Petrograficamente, são rochas porfiríticas com microfenocristais de plagioclásio, pigeonita e Ti-magnetita. Os cristais de plagioclásio, principal fase mineral, apresentam feições de reabsorção e zonamento composicional inverso, além de razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(134)\' sistematicamente mais elevados que as obtidas para rocha total (0,7267 a 0,7280), sendo classificados como antecristais, cuja cristalização se deu, possivelmente, nas bordas do conduto. Modelamentos AFC mostram que os riolitos Santa Maria podem ter sido gerados por 30-40% de cristalização de magmas parentais com composição equivalente à composição de um andesito basáltico da Sequencia Barros Cassal e de 8-15% de assimilação de composições graníticas equivalentes à composição de granitos neoproterozóicos regionais (Granitóides Garopaba). Os magmas geradores dos riolitos Santa Maria caracterizam-se por elevadas temperaturas (média de 970°C), baixos teores de água (0,7 a 1,1% -para a fase inicial de cristalização e 0,2% para a fase final), e viscosidades da ordem de \'10 POT.5\' a \'10 POT.6\' Pa.s. Estas características permitiram uma forma de ocorrência não explosiva, que resultou em estruturas particulares de fluxos lobados e derrames de lava, corroboradas pelos resultados obtidos através de estudos de anisotropia de susceptibilidade magnética. / The Santa Maria rhyolites correspond to a sequence of effusive glassy to hipocrystalline rocks that outcrop in the southern portion of Paraná Magmatic Province, southern Brazil. Detailed field work in the Barros Cassal - Gramado Xavier region allows recognize that they correspond to the uppermost sequence of the low-Ti magmatism, which is characterized by a succession of pahoehoe basalt-rubbly basalt-dacite-dacite and andesite-rhyolite. The rhyolites are chemically homogeneous, with 71-73 wt% SiO2, 0.65-0.70 wt% TiO2 and are enriched in K2O (4-5 wt%) and other incompatible elements (210-300 ppm Rb; 680-930 ppm Ba; ~350 ppm Zr and \'Sigma\" REE ~300 ppm) when compared to the previous dacite units. Isotopically, it is the most evolved unit of all succession with the highest initial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(134)\' (0.7230 to 0.7256) and \'ANTPOT.143 Nd\'/\'ANTPOT. 144\'Nd\'IND.(134)\' = 0,51204 to 0,51205, corresponding to negative \'épsilon\'\'Nd IND.(134)\' (-8,2 to -8,4). The rhyolites are porphyritic with microphenocrysts of plagioclase, pigeonite and Ti-magnetite. The plagioclase microphenocrysts show resorption features and inverse compositional zoning, with \'ANTPOT.87 Sr\'/ \'ANTPOT.86 \'Sr IND.(134)\' higher than those obtained for whole rock, indicating that they may correspond to antecrysts which crystallized near the walls of the conduit, and were affected by crustal contamination. AFC models indicate that the Santa Maria rhyolites may be generated by 30-40% of crystallization of basaltic andesite parental magmas with 8-15% of assimilation of granitic crust similar to regional Neoproterozoic granites (Garopaba Granitoid). The rhyolite magmas are characterized by high temperatures (970°C), low water contents (0.7 to 1.1% for the initial phase and 0.2% for the final stage) and viscosities around \'10 POT.5\' to \'10 POT.6\' Pa.s. These characteristics allowed an effusive extrusion, which resulted in peculiar structures as lava-domes, as corroborated by the results of anisotropy of magnetic susceptibility.
|
2 |
Caracteristicas físicas e químicas e modelo eruptivo para os riolitos tipo Santa Maria (Província Magmática Paraná) na região de Gramado Xavier, RS / not availableLetícia Freitas Guimarães 06 June 2014 (has links)
Os riolitos Santa Maria correspondem a uma seqüência efusiva de rochas vítreas a hipocristalinas aflorantes na porção sul da Província Magmática Paraná, sul do Brasil. Mapeamentos de detalhe na região de Barros Cassal - Gramado Xavier mostraram que eles correspondem à sequência superior do magmatismo de baixo Ti, que é caracterizado por uma sucessão de basaltos pahoehoe - basaltos rubbly - dacitos - andesitos e dacitos - riolitos. Do ponto de vista químico, os riolitos são homogêneos, com 71-73% de SiO2, 0,65-0,70% de TiO2 e enriquecidos em K2O (4-5%) e outros elementos incompatíveis (210-300 ppm Rb; 680-930 ppm Ba; ~ 350 ppm de Zr e \'Sigma\' REE ~ 300 ppm) em comparação com as unidades dacíticas precedentes. Do ponto de vista isotópico, correspondem à unidade mais evoluída, com razões \'ANTPOT.87 Sr\'/ \'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(134)\' = 0,7230 a 0,7255, razões \'ANTPOT.143 Nd\'/\'ANTPOT.\'144\' Nd IND.(134)\' = 0,51204 a 0,51205 e correspondentes valores mais negativos para \"épsilon\"\'Nd IND.(134)\' = -8,2 e -8,4. Petrograficamente, são rochas porfiríticas com microfenocristais de plagioclásio, pigeonita e Ti-magnetita. Os cristais de plagioclásio, principal fase mineral, apresentam feições de reabsorção e zonamento composicional inverso, além de razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(134)\' sistematicamente mais elevados que as obtidas para rocha total (0,7267 a 0,7280), sendo classificados como antecristais, cuja cristalização se deu, possivelmente, nas bordas do conduto. Modelamentos AFC mostram que os riolitos Santa Maria podem ter sido gerados por 30-40% de cristalização de magmas parentais com composição equivalente à composição de um andesito basáltico da Sequencia Barros Cassal e de 8-15% de assimilação de composições graníticas equivalentes à composição de granitos neoproterozóicos regionais (Granitóides Garopaba). Os magmas geradores dos riolitos Santa Maria caracterizam-se por elevadas temperaturas (média de 970°C), baixos teores de água (0,7 a 1,1% -para a fase inicial de cristalização e 0,2% para a fase final), e viscosidades da ordem de \'10 POT.5\' a \'10 POT.6\' Pa.s. Estas características permitiram uma forma de ocorrência não explosiva, que resultou em estruturas particulares de fluxos lobados e derrames de lava, corroboradas pelos resultados obtidos através de estudos de anisotropia de susceptibilidade magnética. / The Santa Maria rhyolites correspond to a sequence of effusive glassy to hipocrystalline rocks that outcrop in the southern portion of Paraná Magmatic Province, southern Brazil. Detailed field work in the Barros Cassal - Gramado Xavier region allows recognize that they correspond to the uppermost sequence of the low-Ti magmatism, which is characterized by a succession of pahoehoe basalt-rubbly basalt-dacite-dacite and andesite-rhyolite. The rhyolites are chemically homogeneous, with 71-73 wt% SiO2, 0.65-0.70 wt% TiO2 and are enriched in K2O (4-5 wt%) and other incompatible elements (210-300 ppm Rb; 680-930 ppm Ba; ~350 ppm Zr and \'Sigma\" REE ~300 ppm) when compared to the previous dacite units. Isotopically, it is the most evolved unit of all succession with the highest initial \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(134)\' (0.7230 to 0.7256) and \'ANTPOT.143 Nd\'/\'ANTPOT. 144\'Nd\'IND.(134)\' = 0,51204 to 0,51205, corresponding to negative \'épsilon\'\'Nd IND.(134)\' (-8,2 to -8,4). The rhyolites are porphyritic with microphenocrysts of plagioclase, pigeonite and Ti-magnetite. The plagioclase microphenocrysts show resorption features and inverse compositional zoning, with \'ANTPOT.87 Sr\'/ \'ANTPOT.86 \'Sr IND.(134)\' higher than those obtained for whole rock, indicating that they may correspond to antecrysts which crystallized near the walls of the conduit, and were affected by crustal contamination. AFC models indicate that the Santa Maria rhyolites may be generated by 30-40% of crystallization of basaltic andesite parental magmas with 8-15% of assimilation of granitic crust similar to regional Neoproterozoic granites (Garopaba Granitoid). The rhyolite magmas are characterized by high temperatures (970°C), low water contents (0.7 to 1.1% for the initial phase and 0.2% for the final stage) and viscosities around \'10 POT.5\' to \'10 POT.6\' Pa.s. These characteristics allowed an effusive extrusion, which resulted in peculiar structures as lava-domes, as corroborated by the results of anisotropy of magnetic susceptibility.
|
3 |
O vulcanismo ácido da Província Magmática Paraná-Etendeka na região de Gramado Xavier, RS: estratigrafia, estruturas, petrogênese e modelo eruptivo / The silicic volcanism in Paraná Etendeka Magmatic Province, Gramado Xavier, RS: volcanic stratigraphy, structures, petrogenesis and eruptive modelsPolo, Liza Angelica 05 June 2014 (has links)
O mapeamento detalhado de uma área de ocorrência de rochas vulcânicas na borda sul da Provincia Magmática Paraná Etendeka (PMPE), entre as cidades de Gramado Xavier e Barros Cassal, RS, permitiu estabelecer a relação estratigráfica de três sequências vulcânicas ácidas geradas por eventos eruptivos associados a magmas-tipo quimicamente distintos. A sequência Caxias do Sul corresponde à primeira manifestação de vulcanismo ácido e é formada por diversos fluxos de lava e lava-domos, emitidos de forma continua, sem intervalos significativos entre as erupções, o que resultou em um espesso pacote de até 140 m de espessura. O final do magmatismo se deu de forma intermitente, com a deposição de arenito entre os últimos derrames. Estas rochas têm composição dacítica (68-70% SiO2) e textura inequigranular hipohialina afanítica a fanerítica fina, sendo compostas por microfenocristais (<2,3 mm) e micrólitos de plagioclásio (\'An IND.55-67\"), piroxênios (hiperstênio, pigeonita e augita) e Ti-magnetita imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. Modelos de fracionamento sugerem que seu magma parental pode ter evoluído a partir de um líquido fracionado de basaltos tipo Gramado. As assinaturas geoquímicas e isotópicas (\'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(i)\' 0,7192-0,7202) indicam que a evolução pode ter ocorrido em um sistema fechado, com participação, ao menos localmente, de um contaminante crustal mais oxidado. Estima-se que, previamente à erupção, apresentavam temperaturas próximas ao liquidus, de 980-1000ºC, 2% de H2O, fO2 \'10 POT.10,4\' bar, e devem ter residido em reservatórios localizados na crosta superior, a P~3 kbar. Um evento de recarga na câmara pode ter disparado o início da ascensão, que ocorreu com um gradiente dP/dT de 100bar/ºC e velocidades de 0,2 a 0,5 cm \'s POT.-1\' , propiciando a nucleação e crescimento de feno e microfenocristais. O magma teria alcançado a superfície a temperaturas de ~970ºC e viscosidades de \'10 POT.4\' a \'10 POT .5\' Pa.s. A segunda sequência vulcânica, aqui denominada Barros Cassal, é composta por diversos fluxos de lavas andesito basálticas, andesíticas e dacíticas (54-56; 57-58 e 64-66% SiO2, respectivamente), com frequentes intercalações de arenito, que atestam o comportamento intermitente deste evento. Estas rochas apresentam uma textura hipohialina a hipocristalina afanítica a fanerítica fina, cor preta a cinza escura e proporções variadas de vesículas e amígdalas. Todas são compostas por microfenocristais (<0,75 mm) de plagioclásio, augita e Ti-magnetita subédricos, anédricos ou esqueléticos, imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. As assinaturas isotópicas das rochas que compõem esta sequência (e.g., \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\' IND.(i)\' = 0,7125-0,7132) encontram-se dentro do campo dos basaltos toleíticos tipo Gramado, que pode ter sido o magma parental a partir do qual derivaram por cristalização fracionada. Estimativas baseadas nas condições de equilíbrio cristal-líquido indicam que os magmas mais evoluídos da sequência Barros Cassal, de composição dacítica, apresentavam temperaturas de 990 a 1010 ºC, 1,4 a 1,8% de H2O e viscosidades de \'10 POT.4\' Pa.s. As pequenas dimensões dos cristais e cálculos barométricos indicam que a cristalização se deu durante a ascensão, entre 2 e 3 km de profundidade (0,5 a 0,7 kbar de pressão), enquanto o magma ascendia a uma velocidade de 0,12 cm \'s POT.-1\' . Com o fim deste evento vulcânico, desenvolveu-se regionalmente uma expressiva sedimentação imatura (espessura >10 m) de arenitos arcosianos e conglomerados. O último evento vulcânico corresponde à sequência Santa Maria, composta por fluxos de lava e formação de lava domos de composição riolítica (70-73% SiO2), que atingiram espessuras totais de 150 a 400 m. Na base ocorrem feições de interação lava-sedimento (peperitos) e autobrechas (formadas na base e carapaça dos derrames, que constituem lobos nas porções mais distais). Obsidianas bandadas e outras feições indicativas de fluxo coerente são características da unidade. No centro da pilha, a sequência de riolitos constitui uma camada mais monótona de rochas dominantemente cristalinas com marcante disjunção vertical que correspondem à parte central de corpos de lava-domos, no topo predominam as disjunções horizontais. Estas rochas contém < 6% de fenocristais e microfenocristais (<1,2 mm) de plagioclásio (An40-60), Ti- magnetita e pigeonita imersos em matriz vítrea ou cristalina (maciça ou bandada) com até 20% de micrólitos. Modelos de fracionamento são consistentes com modelos em que o magma parental do riolito Santa Maria teria composição similar ao dacito Barros Cassal. As variações nas razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'ind.(i)\' (0,7230-0,7255) sugerem evolução em sistema aberto, envolvendo contaminação crustal. O magma teria evoluído em câmaras magmáticas localizadas a <12 km de profundidade (<3 kbar), a temperaturas entre 970 e 1000ºC, com fO 2 de ~\'10 POT.10-11\' bar e até 1% de H2O. A cristalização, que se iniciou dentro do reservatório, teria prosseguido durante a ascensão, que ocorreu em gradientes dP/dT de 100 bar/ºC e velocidades médias de 0,2 cm \'s POT.-1\' . O processo de nucleação de micrólitos ocorreu quando o magma ultrapassou o limite de solubilidade a 200 bar de pressão, apresentando temperaturas de 940-950ºC e viscosidades de \'10 POT.5\' a \'10 POT.7\' Pa.s. A alimentação por condutos fissurais, associada a altas taxas de extrusão, teriam elevado a tensão cisalhante próximo às paredes do conduto, gerando bandamentos com distintas concentrações de água. As bandas hidratadas funcionaram como superfícies de escorregamento, diminuindo a viscosidade efetiva, favorecendo a desgaseificação e aumentando a eficiência do transporte do magma desidratado até a superfície. A identificação de estruturas associadas à efusão de lavas, como dobras de fluxo, fluxos lobados, auto-brechas, além da identificação de estruturas de lava domos, contraria interpretações que propõem origem dominantemente piroclástica para o vulcanismo ácido na região, a partir de centros efusivos localizados em Etendeka, na África. / The detailed mapping of an area in the southern edge of the Paraná Etendeka Magmatic Province (PEMP), between the cities of Gramado Xavier and Barros Cassal, Rio Grande do Sul, Brazil, revealed three stratigraphic sequences generated by silicic volcanic eruptions associated to chemically distinct magma-types. The Caxias do Sul sequence corresponds to the first volcanic manifestation of silicic magmatism in the PMPE. It consists of several lava flows and lava domes which erupted continuously, without significant gaps between the events, and resulted in a thick deposit of up to 140 m. The deposition of layers of sandstone between the last lava flows show the intermittent ending of this volcanic event.. These rocks present dacitic composition (~68 wt% SiO2) and hipohyaline to phaneritic texture with microphenocrysts (<2.3 mm) and microlites of plagioclase (\'An IND.55-67\'), pyroxene (hypersthene, pigeonite and augite) and Ti-magnetite surrounded by vitreous or devitrified matrix. The fractionation models suggest that their parental magma may have evolved from a liquid which fractionated from Gramado-type basalts. Geochemical and isotopic signatures ( \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\' IND.(i)\' 0.7192 to 0.7202) indicate that evolution may have occurred in a closed system, with the participation, at least locally, of a more oxidized crustal contaminant. It is estimated that prior to the eruption the magma might have reached a near-liquidus temperature (980-1000°C), with 2%H2O, fO2 \'10 POT.10.4\' bar, in the reservoirs located in the upper crust, at P~3 kbar. A recharge event in the camera may have triggered the ascension, which occurred with a dP/dT gradient of 100bar/°C and speeds from 0.2 to 0.5 cm.\'s POT.-1\' , leading to nucleation and growth of pheno and microphenocrysts. The magma may have reached the surface at a temperature of ~970 °C and viscosity of \'10 POT.4\' -\'10 POT.5\' Pa.s. The second volcanic sequence, Barros Cassal, is composed of several andesite basaltic, andesitic and dacitic lava flows (54-56, 57-58 and 64-66% SiO2, respectively), with frequent intercalations of sandstone, proving the intermittent behavior of this event. These rocks present aphanitic hipohyaline to hipocrystaline phaneritic texture, black to dark gray color and varied proportions of vesicles. They are all composed of microphenocrysts (<0.75 mm) of plagioclase, augite and subhedral, anhedral or skeletal Ti-magnetite, immersed in glassy or devitrified matrix. The isotopic signatures of the rocks that make up this sequence (eg. \'ANTPOT.87 Sr\'/\'86 ANTPOT. \'Sr IND.(i)\' = 0.7125 to 0.7132) are within the field of tholeiitic Gramado- type basalts, which may have been the parental magma from which they derived by fractional crystallization. Estimates based on the conditions of crystal-liquid equilibrium indicate that the most evolved magmas of the Barros Cassal Sequence, of dacitic composition, reached a temperature of 990-1010°C, 1.4 to 1.8% H2O, and viscosity of \'10 POT.4\' Pa.s. The small size of the crystals and the barometric models indicate that crystallization occurred during the rise, between 2 and 3 km depth (0.5 to 0.7 kbar pressure), while the magma ascended at a speed of 0.12 cm \'s POT.-1\' . With the end of this volcanic event, a significant immature sedimentation (thickness> 10 m) of feldspathic sandstone and conglomerates developed regionally. The last sequence corresponds to Santa Maria, composed of lava flows and lava domes of rhyolitic composition (70-73% SiO2). These deposits can be 150-400 m thick. Features as lava-sediment interaction (peperites) and autobreccias (formed at the base of the flows, which are lobated in the more distal portions) are common in the base of the volcanic pile. banded obsidian and other distinctive features of effusive flows are common in this unit. In the center of the stack, a more monotonous body flow predominates, with hipocrystalline textures and vertical disjunction (corresponding to the central portion of the lava dome). on the top, horizontal disjunctions predominate. These rocks contain <6 % of microphenocrysts and phenocrysts (<1.2 mm) of plagioclase (\'An IND.40-60\'), Ti-magnetite and up to 20% of pigeonite microlites. all these mineral phases occur immersed in glassy or crystalline (massive or banded) matrix. The fractionation models are consistent with models in which the parental magma of the Santa Maria rhyolite and the dacites of Barros Cassal Sequence have similar composition. Variations in \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86\'Sr IND.(i)\' (0.7230 to 0.7255) suggest open-system evolution, involving crustal contamination. The magma might have evolved into dacitic composition in magma chambers located at a depth of <12 km (< 3 kbar), at temperatures between 970 and 1000°C, fO2 of ~\'10 POT.10\'-\'10 POT.11\' bar and 1% of H2O. The crystallization began in the reservoir and might have continued during the ascent, which occurred in dP/dT gradients of 100 bar/°C, with average speeds of 0.2 cm s -1 . The microlites nucleation process occurred when the magma exceeded the solubility limit at 200 bar and displayed a temperature of 940-950°C and viscosity of 10 5 -10 7 Pa.s. The feeding through fissure conduits, associated to high- rate extrusion, might have increased the shear stress near the conduit walls, generating banding with different concentrations of water. Hydrated bands acted as slip surfaces, decreasing the effective viscosity, favoring degassing and increasing the efficiency of transport of dry magma to the surface. The identification of structures associated with lava effusion - like folds of flow, lobed flows, autobreccias, as well as lava dome structures - contradicts the current interpretation, which proposes one single pyroclastic origin, eruptive centers located in Etendeka, Africa, for all deposits of silicic composition in the PEMP.
|
4 |
O vulcanismo ácido da Província Magmática Paraná-Etendeka na região de Gramado Xavier, RS: estratigrafia, estruturas, petrogênese e modelo eruptivo / The silicic volcanism in Paraná Etendeka Magmatic Province, Gramado Xavier, RS: volcanic stratigraphy, structures, petrogenesis and eruptive modelsLiza Angelica Polo 05 June 2014 (has links)
O mapeamento detalhado de uma área de ocorrência de rochas vulcânicas na borda sul da Provincia Magmática Paraná Etendeka (PMPE), entre as cidades de Gramado Xavier e Barros Cassal, RS, permitiu estabelecer a relação estratigráfica de três sequências vulcânicas ácidas geradas por eventos eruptivos associados a magmas-tipo quimicamente distintos. A sequência Caxias do Sul corresponde à primeira manifestação de vulcanismo ácido e é formada por diversos fluxos de lava e lava-domos, emitidos de forma continua, sem intervalos significativos entre as erupções, o que resultou em um espesso pacote de até 140 m de espessura. O final do magmatismo se deu de forma intermitente, com a deposição de arenito entre os últimos derrames. Estas rochas têm composição dacítica (68-70% SiO2) e textura inequigranular hipohialina afanítica a fanerítica fina, sendo compostas por microfenocristais (<2,3 mm) e micrólitos de plagioclásio (\'An IND.55-67\"), piroxênios (hiperstênio, pigeonita e augita) e Ti-magnetita imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. Modelos de fracionamento sugerem que seu magma parental pode ter evoluído a partir de um líquido fracionado de basaltos tipo Gramado. As assinaturas geoquímicas e isotópicas (\'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'IND.(i)\' 0,7192-0,7202) indicam que a evolução pode ter ocorrido em um sistema fechado, com participação, ao menos localmente, de um contaminante crustal mais oxidado. Estima-se que, previamente à erupção, apresentavam temperaturas próximas ao liquidus, de 980-1000ºC, 2% de H2O, fO2 \'10 POT.10,4\' bar, e devem ter residido em reservatórios localizados na crosta superior, a P~3 kbar. Um evento de recarga na câmara pode ter disparado o início da ascensão, que ocorreu com um gradiente dP/dT de 100bar/ºC e velocidades de 0,2 a 0,5 cm \'s POT.-1\' , propiciando a nucleação e crescimento de feno e microfenocristais. O magma teria alcançado a superfície a temperaturas de ~970ºC e viscosidades de \'10 POT.4\' a \'10 POT .5\' Pa.s. A segunda sequência vulcânica, aqui denominada Barros Cassal, é composta por diversos fluxos de lavas andesito basálticas, andesíticas e dacíticas (54-56; 57-58 e 64-66% SiO2, respectivamente), com frequentes intercalações de arenito, que atestam o comportamento intermitente deste evento. Estas rochas apresentam uma textura hipohialina a hipocristalina afanítica a fanerítica fina, cor preta a cinza escura e proporções variadas de vesículas e amígdalas. Todas são compostas por microfenocristais (<0,75 mm) de plagioclásio, augita e Ti-magnetita subédricos, anédricos ou esqueléticos, imersos em matriz vítrea ou desvitrificada. As assinaturas isotópicas das rochas que compõem esta sequência (e.g., \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\' IND.(i)\' = 0,7125-0,7132) encontram-se dentro do campo dos basaltos toleíticos tipo Gramado, que pode ter sido o magma parental a partir do qual derivaram por cristalização fracionada. Estimativas baseadas nas condições de equilíbrio cristal-líquido indicam que os magmas mais evoluídos da sequência Barros Cassal, de composição dacítica, apresentavam temperaturas de 990 a 1010 ºC, 1,4 a 1,8% de H2O e viscosidades de \'10 POT.4\' Pa.s. As pequenas dimensões dos cristais e cálculos barométricos indicam que a cristalização se deu durante a ascensão, entre 2 e 3 km de profundidade (0,5 a 0,7 kbar de pressão), enquanto o magma ascendia a uma velocidade de 0,12 cm \'s POT.-1\' . Com o fim deste evento vulcânico, desenvolveu-se regionalmente uma expressiva sedimentação imatura (espessura >10 m) de arenitos arcosianos e conglomerados. O último evento vulcânico corresponde à sequência Santa Maria, composta por fluxos de lava e formação de lava domos de composição riolítica (70-73% SiO2), que atingiram espessuras totais de 150 a 400 m. Na base ocorrem feições de interação lava-sedimento (peperitos) e autobrechas (formadas na base e carapaça dos derrames, que constituem lobos nas porções mais distais). Obsidianas bandadas e outras feições indicativas de fluxo coerente são características da unidade. No centro da pilha, a sequência de riolitos constitui uma camada mais monótona de rochas dominantemente cristalinas com marcante disjunção vertical que correspondem à parte central de corpos de lava-domos, no topo predominam as disjunções horizontais. Estas rochas contém < 6% de fenocristais e microfenocristais (<1,2 mm) de plagioclásio (An40-60), Ti- magnetita e pigeonita imersos em matriz vítrea ou cristalina (maciça ou bandada) com até 20% de micrólitos. Modelos de fracionamento são consistentes com modelos em que o magma parental do riolito Santa Maria teria composição similar ao dacito Barros Cassal. As variações nas razões \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\'ind.(i)\' (0,7230-0,7255) sugerem evolução em sistema aberto, envolvendo contaminação crustal. O magma teria evoluído em câmaras magmáticas localizadas a <12 km de profundidade (<3 kbar), a temperaturas entre 970 e 1000ºC, com fO 2 de ~\'10 POT.10-11\' bar e até 1% de H2O. A cristalização, que se iniciou dentro do reservatório, teria prosseguido durante a ascensão, que ocorreu em gradientes dP/dT de 100 bar/ºC e velocidades médias de 0,2 cm \'s POT.-1\' . O processo de nucleação de micrólitos ocorreu quando o magma ultrapassou o limite de solubilidade a 200 bar de pressão, apresentando temperaturas de 940-950ºC e viscosidades de \'10 POT.5\' a \'10 POT.7\' Pa.s. A alimentação por condutos fissurais, associada a altas taxas de extrusão, teriam elevado a tensão cisalhante próximo às paredes do conduto, gerando bandamentos com distintas concentrações de água. As bandas hidratadas funcionaram como superfícies de escorregamento, diminuindo a viscosidade efetiva, favorecendo a desgaseificação e aumentando a eficiência do transporte do magma desidratado até a superfície. A identificação de estruturas associadas à efusão de lavas, como dobras de fluxo, fluxos lobados, auto-brechas, além da identificação de estruturas de lava domos, contraria interpretações que propõem origem dominantemente piroclástica para o vulcanismo ácido na região, a partir de centros efusivos localizados em Etendeka, na África. / The detailed mapping of an area in the southern edge of the Paraná Etendeka Magmatic Province (PEMP), between the cities of Gramado Xavier and Barros Cassal, Rio Grande do Sul, Brazil, revealed three stratigraphic sequences generated by silicic volcanic eruptions associated to chemically distinct magma-types. The Caxias do Sul sequence corresponds to the first volcanic manifestation of silicic magmatism in the PMPE. It consists of several lava flows and lava domes which erupted continuously, without significant gaps between the events, and resulted in a thick deposit of up to 140 m. The deposition of layers of sandstone between the last lava flows show the intermittent ending of this volcanic event.. These rocks present dacitic composition (~68 wt% SiO2) and hipohyaline to phaneritic texture with microphenocrysts (<2.3 mm) and microlites of plagioclase (\'An IND.55-67\'), pyroxene (hypersthene, pigeonite and augite) and Ti-magnetite surrounded by vitreous or devitrified matrix. The fractionation models suggest that their parental magma may have evolved from a liquid which fractionated from Gramado-type basalts. Geochemical and isotopic signatures ( \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 \'Sr\' IND.(i)\' 0.7192 to 0.7202) indicate that evolution may have occurred in a closed system, with the participation, at least locally, of a more oxidized crustal contaminant. It is estimated that prior to the eruption the magma might have reached a near-liquidus temperature (980-1000°C), with 2%H2O, fO2 \'10 POT.10.4\' bar, in the reservoirs located in the upper crust, at P~3 kbar. A recharge event in the camera may have triggered the ascension, which occurred with a dP/dT gradient of 100bar/°C and speeds from 0.2 to 0.5 cm.\'s POT.-1\' , leading to nucleation and growth of pheno and microphenocrysts. The magma may have reached the surface at a temperature of ~970 °C and viscosity of \'10 POT.4\' -\'10 POT.5\' Pa.s. The second volcanic sequence, Barros Cassal, is composed of several andesite basaltic, andesitic and dacitic lava flows (54-56, 57-58 and 64-66% SiO2, respectively), with frequent intercalations of sandstone, proving the intermittent behavior of this event. These rocks present aphanitic hipohyaline to hipocrystaline phaneritic texture, black to dark gray color and varied proportions of vesicles. They are all composed of microphenocrysts (<0.75 mm) of plagioclase, augite and subhedral, anhedral or skeletal Ti-magnetite, immersed in glassy or devitrified matrix. The isotopic signatures of the rocks that make up this sequence (eg. \'ANTPOT.87 Sr\'/\'86 ANTPOT. \'Sr IND.(i)\' = 0.7125 to 0.7132) are within the field of tholeiitic Gramado- type basalts, which may have been the parental magma from which they derived by fractional crystallization. Estimates based on the conditions of crystal-liquid equilibrium indicate that the most evolved magmas of the Barros Cassal Sequence, of dacitic composition, reached a temperature of 990-1010°C, 1.4 to 1.8% H2O, and viscosity of \'10 POT.4\' Pa.s. The small size of the crystals and the barometric models indicate that crystallization occurred during the rise, between 2 and 3 km depth (0.5 to 0.7 kbar pressure), while the magma ascended at a speed of 0.12 cm \'s POT.-1\' . With the end of this volcanic event, a significant immature sedimentation (thickness> 10 m) of feldspathic sandstone and conglomerates developed regionally. The last sequence corresponds to Santa Maria, composed of lava flows and lava domes of rhyolitic composition (70-73% SiO2). These deposits can be 150-400 m thick. Features as lava-sediment interaction (peperites) and autobreccias (formed at the base of the flows, which are lobated in the more distal portions) are common in the base of the volcanic pile. banded obsidian and other distinctive features of effusive flows are common in this unit. In the center of the stack, a more monotonous body flow predominates, with hipocrystalline textures and vertical disjunction (corresponding to the central portion of the lava dome). on the top, horizontal disjunctions predominate. These rocks contain <6 % of microphenocrysts and phenocrysts (<1.2 mm) of plagioclase (\'An IND.40-60\'), Ti-magnetite and up to 20% of pigeonite microlites. all these mineral phases occur immersed in glassy or crystalline (massive or banded) matrix. The fractionation models are consistent with models in which the parental magma of the Santa Maria rhyolite and the dacites of Barros Cassal Sequence have similar composition. Variations in \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86\'Sr IND.(i)\' (0.7230 to 0.7255) suggest open-system evolution, involving crustal contamination. The magma might have evolved into dacitic composition in magma chambers located at a depth of <12 km (< 3 kbar), at temperatures between 970 and 1000°C, fO2 of ~\'10 POT.10\'-\'10 POT.11\' bar and 1% of H2O. The crystallization began in the reservoir and might have continued during the ascent, which occurred in dP/dT gradients of 100 bar/°C, with average speeds of 0.2 cm s -1 . The microlites nucleation process occurred when the magma exceeded the solubility limit at 200 bar and displayed a temperature of 940-950°C and viscosity of 10 5 -10 7 Pa.s. The feeding through fissure conduits, associated to high- rate extrusion, might have increased the shear stress near the conduit walls, generating banding with different concentrations of water. Hydrated bands acted as slip surfaces, decreasing the effective viscosity, favoring degassing and increasing the efficiency of transport of dry magma to the surface. The identification of structures associated with lava effusion - like folds of flow, lobed flows, autobreccias, as well as lava dome structures - contradicts the current interpretation, which proposes one single pyroclastic origin, eruptive centers located in Etendeka, Africa, for all deposits of silicic composition in the PEMP.
|
5 |
Stratigraphy and eruptive model of the dacitic volcanism in the region of São Marcos (South Paraná Magmatic Province) / not availableGuimarães, Letícia Freitas 22 March 2019 (has links)
Voluminous silicic volcanic rocks from the Paraná-Etendeka Magmatic Province are exposed in the southern Brazil, where a regional synformal structure (Torres Syncline) allowed the deposition and favored the preservation of a thick sequence of these units. In the São Marcos region (Rio Grande do Sul state) the volcanic sequence comprises basaltic rubbly pahoehoe flows (Vale do Sol Fm.) overlapped by dacitic deposits (Caxias do Sul sub-type), both intruded by basaltic dykes (Esmeralda Fm.). The genetic correlation between the Caxias do Sul dacites and the Vale do Sol basalts by an AFC process, already well described in the literature, is confirmed here; the fractionation of the basaltic magmas (with the extraction of plagioclase, pyroxene and Ti-magnetite) is clear through the patterns of major and trace elements, whereas the assimilation of crust is evidenced by variations in the traces elements ratios such as Rb/Ba and Th/U. Part of the chemical variations observed in the Caxias do Sul dacites were interpreted as primary, revealing the existence of two distinct groups of samples, with subtle variations in trace elements contents (Ce, Sm, Y and Th/U), suggestive of different sources and/or variations in the assimilated crustal component. Sub-parallel to the axis of the Torres Syncline, a NW-SE-trending zone constituted by the alignment of complex structures was interpreted as the feeding system of silicic volcanism, characterized as fissural. Detailed mapping allowed the description of distinct morphological domains, designated as \"breccia domain\", \"fragmentation domain\", \"regular domain\" and \"filaments domain\", the first domain being recognized as the host rock (together with underlying banded dacites) of the intrusive flow represented by the latter. The vertical intrusive flow exhibits two preferential directions: NW, ranging from N272° to N 355°, and NE, varying from N20° to N85°. The stratigraphy of the dacitic sequence can be defined, from the base to the top, as: banded deposits, classified as rheoignimbrites, and volcanic breccias locally intruded by the dacitic feeder system referred to above, followed by hybrid deposits (characterized by synchronous volcanic breccias and lobated lavas) which gradually give place to lavas flows and finally to massive deposits. Macroscopic quantitative textural analysis (including size distribution and shape parameters analysis of fragments and vesicles) of the volcanic breccias indicate that these deposits were generated under low eruptive energy and comparative studies support the hypothesis that they correspond to block and ash deposits. An eruptive model is proposed as follows: high temperature volatile-poor dacitic magma raised in a fissural conduit system with no significant crystallization. The low content (or even absence) of crystals and high temperatures inhibited the drastic increases in the viscosity of the shallow magmatic system. A magmatic rise fast enough to inhibit intense crystallization may have led to late-stage bubble growth and, together with high magma outflow rates, to boiling over eruptions responsible for the generation of PDCs (rheoignimbrites) related either to low-explosivity events or magma fountains. This first pyroclastic phase may have allowed efficient magma degassing and viscosity increase, and was succeeded by dome extrusions. The dome structure reduced the permeability and degassing of the system, leading to a new overpressure and causing the collapse of the dome structure and originating block and ash deposits. Additionally, the fissural architecture of the feeding system possibly permitted magma migration along an extended and variably open/closed fissure, leading to the occurrence of isolated magma batches evolving differently in terms of viscosity and degassing. This condition would be responsible for the occurrence of active and inactive vents, or vents with distinct eruptive dynamics spatially and/or temporally separated along the fissure system. Over time, the dome extrusion evolved towards new explosive events as relatively gas-rich magma ascent through the active shallow plumbing system or lava dome collapse caused rapid decompression and fragmentation. Finally, a gradual loss of eruptive energy and the widening of the active vent may have led to the explosive-effusive transition responsible for the generation of the hybrid deposits and lava flows. / Grandes volumes de rochas vulcânicas ácidas relacionadas à Província Magmática Paraná Etendeka afloram na região sul do Brasil, onde uma estrutura sinformal regional, o Sinclinal de Torres, permitiu a colocação e favoreceu a preservação de espessas sequências vulcânicas. Na região de São Marcos (Rio Grande do Sul) a sequência vulcânica compreende derrames basálticos tipo rubbly pahoehoe (Fm. Vale do Sol) sobrepostos por depósitos dacíticos (sub-tipo Caxias do Sul), além de diques basálticos (Fm. Esmeralda) intrudindo todo o pacote. A correlação genética entre os dacitos Caxias do Sul e os basaltos Vale do Sol, através de processos de AFC, já bem definida na literatura, é aqui confirmada; o fracionamento dos basaltos (com extração de plagioclásio, piroxênio e ti-magnetita) fica claro através dos padrões de elementos maiores e traço, enquanto que a assimilação crustal é evidenciada pelas variações observadas nas razões de elementos traço como Rb/Ba e Th/U. As variações químicas observadas nas amostras de dacito foram caracterizadas como primárias e revelam a existência de dois grupos distintos, com variações sutis no conteúdo de elementos traço como Ce, Sm, Y e nas razões Th/U, sugerindo variações de fonte e/ou do componente crustal assimilado. Sub-paralela ao eixo do Sinclinal de Torres, com uma direção NW-SE, uma zona marcada pelo alinhamento de estruturas complexas foi interpretada como o sistema alimentador do vulcanismo ácido, caracterizado como fissural. O mapeamento de detalhe de tais estruturas permitiu o reconhecimento de domínios morfológicos distintos, denominados como \"domínio de brecha\", \"domínio de fragmentação\", \"domínio regular\" e \"domínio de filamentos\", sendo o primeiro reconhecido como a rocha encaixante (juntamente com os depósitos dacíticos bandados subjacentes) do fluxo intrusivo caracterizado pelos últimos domínios. O fluxo intrusivo vertical exibe duas direções: NW - variando de N272° a N355°, e NE, variando de N20° a N85°. A estratigrafia dos depósitos dacíticos pode ser definida, da base para o topo, em: depósitos bandados, interpretados como reoignimbritos, e brechas vulcânicas, ambos localmente intrudidos pelo sistema alimentador descrito anteriormente. O conjunto é sobreposto por depósitos híbridos (caracterizados pela ocorrência síncrona de brechas vulcânicas e lavas lobadas) que transicionam para derrames de lava e depósitos maciços. Análise textural quantitativa macroscópica das brechas vulcânicas (incluindo freqüência de distribuição de tamanho e parâmetros de forma tanto dos fragmentos quanto das vesículas) indica que tais depósitos foram gerados em eventos de baixa energia e um estudo comparativo dá suporte ao modelo de depósitos tipo block and ash. O seguinte modelo eruptivo para o vulcanismo ácido da região é proposto: um magma dacítico de altas temperaturas e relativamente empobrecido em voláteis ascendeu por um conduto fissural sem cristalização significativa. O baixo conteúdo de cristais e as elevadas temperaturas inibiram o aumento da viscosidade do sistema raso. Uma ascensão suficientemente rápida para inibir intensa cristalização permitiu uma nucleação e crescimento de vesículas tardio que, juntamente com elevada taxa de extrusão, possivelmente acarretaram a ocorrência de erupções tipo boiling over, responsáveis pela geração dos PDCs (reoignimbritos), relacionados a eventos de baixa explosividade ou a magma fountain. Esta fase inicial piroclástica permitiu uma desgaseificação eficiente e um consequente aumento na viscosidade do magma, resultando em uma fase de extrusão de corpos dômicos. A estrutura dômica gerada reduziu a permeabilidade e a degaseificação do sistema, resultando em uma nova sobrepressão, levando ao colapso da estrutura e gerando os depósitos block and ash. Ademais, a arquitetura fissural do sistema alimentador possivelmente permitiu a movimentação lateral do magma em ascensão ao longo de fissuras extensas e variavelmente abertas e fechadas, permitindo a ocorrência de corpos de magma isolados evoluindo distintamente em termos de viscosidade e desgaseificação. Esta condição favoreceu a ocorrência de vents ativos e inativos, ou mesmo com dinâmicas eruptivas distintas, espacial e temporalmente lado a lado ao longo do sistema de fissuras. Ao longo do tempo, a extrusão sob a forma de domos evoluiu para nova fase explosiva conforme novos fluxos magmáticos relativamente enriquecidos em voláteis ascenderam pelo conduto ativo ou o colapso do domo causou rápida descompressão e fragmentação do magma subjacente. Finalmente, a perda gradual da energia eruptiva, junto ao alargamento do vent ativo, levou à ocorrência dos depósitos híbridos e derrames de lavas.
|
6 |
Sequência vulcânica ácida da região de São Joaquim-SC: reoignimbritos ou lavas?BESSER, Marcell Leonard January 2017 (has links)
Submitted by Teresa Cristina Rosenhayme (teresa.rosenhayme@cprm.gov.br) on 2017-10-17T14:25:49Z
No. of bitstreams: 1
Tese Marcell L. Besser.pdf: 26010964 bytes, checksum: a9834adf566ddb70c42cc10b3dc9c6b8 (MD5) / Approved for entry into archive by Jéssica Gonçalves (jessica.goncalves@cprm.gov.br) on 2017-10-18T07:58:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese Marcell L. Besser.pdf: 26010964 bytes, checksum: a9834adf566ddb70c42cc10b3dc9c6b8 (MD5) / Approved for entry into archive by Jéssica Gonçalves (jessica.goncalves@cprm.gov.br) on 2017-10-18T08:18:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Tese Marcell L. Besser.pdf: 26010964 bytes, checksum: a9834adf566ddb70c42cc10b3dc9c6b8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-18T08:18:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese Marcell L. Besser.pdf: 26010964 bytes, checksum: a9834adf566ddb70c42cc10b3dc9c6b8 (MD5)
Previous issue date: 2017 / Os fluxos vulcânicos ácidos da Província Magmática do Paraná no flanco norte da
Calha de Torres, no planalto sul de Santa Catarina, compreendem o topo de uma sequência
vulcânica cretácea de 750 m de espessura e marcada por três episódios magmáticos: (1)
extensivo vulcanismo intermediário a básico; (2) vulcanismo ácido; (3) magmatismo intrusivo
raso de composição básica. Os derrames sotopostos à unidade ácida são em sua
predominância do tipo rubbly pahoehoe e andesitos basálticos composicionalmente
semelhantes aos magmas do tipo Gramado e localmente ao tipo Esmeralda. A sucessão
ácida abrange rochas do Tipo Palmas, subtipo Caxias do Sul na base e Anita Garibaldi
preferencialmente no topo. As rochas ácidas se distribuem em platôs separados por lacunas
erosivas. O Platô de São Joaquim (PSJ) é o objeto principal deste estudo e estende-se por
270 km², tem espessura máxima de ≅150 m e apresenta volume estimado em ≅27 km³ de
dacitos. A sequência vulcânica mergulha suavemente para SW e tem a base situada a ≅1.000
m de altitude no extremo SW do platô e a ≅1.450 m na extremidade NE. A arquitetura
interna das unidades vulcânicas ácidas, construídas com base em litofácies de campo e
petrografia, permite a identificação de no mínimo oito mesas vulcânicas interdigitadas e por
vezes sobrepostas, com espessura máxima individual de 125 m e comprimento máximo
estimado em 40 km. Estas dimensões refletem altas razões de aspecto, semelhantes as de
lavas basálticas. As correlações com o Grupo Etendeka seriam as seguintes: a unidade
vulcânica basal do PSJ é correlacionada com a Formação Wêreldsend e pode ser classificada
como do subtipo Caxias do Sul Médio. As outras unidades vulcânicas do platô são
correlacionadas com a Formação Grootberg e podem ser classificadas como do subtipo
Caxias do Sul Superior. As rochas do Platô de Santa Bárbara, localizado próximo à escarpa da
Serra Geral, são do subtipo Caxias do Sul Superior (unidade basal) e do subtipo Anita
Garibaldi (unidade do topo), sendo o último correlacionado com a Formação Beacon. A
origem das rochas vulcânicas ácidas é atribuída a erupções contínuas de grandes volumes de
magma em altas temperaturas que extravasaram sobre o relevo plano e que com
alimentação ininterrupta de lavas criaram fluxos com alta retenção de calor, originando
mesas vulcânicas muito extensas. As seguintes características são observadas nas rochas do
PSJ: (1) geometria tabular das unidades vulcânicas com margens lobadas e línguas de lavas
envelopadas por camadas de vidro vulcânico; (2) gradação de zonas maciças no núcleo das
unidades para zonas muito amigdaloidais com geodos no topo; (3) margens das unidades
limitadas por camadas de vidro vulcânico amigdaloidal com fluxo de amígdalas desviando
fragmentos rochosos; (4) presença rara e localizada de brechas autoclásticas, as quais teriam
sido digeridas pelo fluxo da lava de alta temperatura; (5) margens íngremes; (6) presença de
cristais de plagioclásio com hábitos esqueletais; (7) orientação preferencial de fenocristais
de piroxênio e plagioclásio e (8) ausência de feições piroclásticas, inclusive nas porções
basais das unidades e, ausência de zonas menos ou não soldadas. Estas características
corroboram a hipótese de que as rochas ácidas do PSJ são remanescentes de extensas mesas
vulcânicas coalescidas. Estas mesas teriam se originado por meio de erupções de fontes
fumegantes a partir de feixes de fissuras extremamente compridas pelas quais extravasavam
lavas na forma efusiva ou então alimentadas localmente por aspersão.
|
Page generated in 0.0541 seconds