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Práticas discursivas sobre atuação psicológica em HIV-aids: sentidos produzidos no cotidiano dos serviços públicos de saúde em uma cidade da BahiaGomes, Emilly Sales Sala 11 July 2018 (has links)
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Dissertação_Emilly Sales.pdf: 1326284 bytes, checksum: 4977be2f6c5f3dc75ebe7e93975d04fd (MD5) / CAPES / Esta dissertação objetivou compreender as práticas discursivas de psicólogas/os
sobre a atuação psicológica na abordagem às IST/HIV-aids em serviços especializados em
uma cidade da Bahia. Para tanto, inspiradas teórico-metodologicamente na perspectiva da
psicologia social construcionista, realizamos nove entrevistas semiestruturadas com
profissionais ligadas/os a serviços da rede municipal e estadual de saúde pública, entre maio
de 2017 e janeiro de 2018. As entrevistas foram audiogravadas, transcritas integralmente e
analisadas por meio da análise categorial temática. As/os psicólogas/os destacaram
dificuldades e desafios diversos na operacionalização das práticas psicológicas nos serviços
de IST/HIV-aids. Essas incitações estão mais relacionadas à apropriação de saberes e fazeres
do campo da saúde pública/coletiva do que aos conhecimentos e práticas do núcleo da
psicologia. Relacionam-se, especificamente, às desafiações impostas à formação em
psicologia para atender às necessidades das pessoas e às finalidades dos programas e
políticas; às dificuldades do trabalho em equipe e das características dos serviços de saúde
pública; ao cuidado e atenção à subjetividade em um contexto permeado por normativas e
prescrições para efetivação da promoção da saúde e prevenção de doenças; por fim, ao
contexto político atual, que impõe desafios específicos aos/às profissionais de saúde para
efetivação das ações e objetivos do SUS. Em alguma medida, eles estão fomentando revisões
e (re)invenções das práticas e as/os profissionais têm desenvolvido estratégias para contornálos.
Dessa maneira, as instigações também têm forçado a ampliação da perspectiva de
atuação profissional, sinalizando uma tendência à abertura na construção de uma clínica
psicológica ampliada. Assim, elementos das dimensões social e biológica, e não apenas
subjetiva, da clientela dos serviços de saúde têm encontrado espaço de escuta e intervenções
psicológicas, em maior ou menor grau a depender das características das/os profissionais e da
perspectiva teórica adotada. Apresentamos, portanto, uma discussão em torno da ampliação
do objeto, objetivo e meios de intervenção da clínica psicológica nos serviços de IST/HIVaids.
Concluímos que a ampliação da clínica psicológica no contexto da saúde
pública/coletiva apresenta-se como um processo em construção, mesmo dentro da trajetória
de cada profissional. Isso porque, um/a única/o profissional, em diferentes momentos, realiza
ações e assume posturas que a/o aproxima ou distancia da proposta da clínica ampliada em
saúde. Não existiram dicotomias em que um/a profissional assumiu apenas uma postura
restrita e outra/o somente uma postura ampliada da clínica. Apesar disso, alguns repertórios
linguísticos apontaram para trajetórias profissionais mais sensíveis às demandas e propostas
do contexto de atuação e à construção de atuações mais afeitas/adequadas a essas
necessidades. Dessa forma, a construção da clínica ampliada em psicologia se dá entre
aproximações e recuos do que seria uma prática clínica mais contextualizada e comprometida
com as características do campo de atuação. / This dissertation aimed to understand the discursive practices of psychologists on
psychological action in the approach to STI/HIV-aids in specialized services in a city of
Bahia. In order to do so, inspired theoretically and methodologically from the perspective of
social constructionist psychology, we conducted nine semi-structured interviews with
professionals connected to municipal and state public health services between May 2017 and
January 2018. The interviews were audio-taped, fully transcribed and analyzed through
thematic categorical analysis. Psychologists highlighted several difficulties and challenges in
the operationalization of psychological practices in STI/HIV-AIDS services. These incentives
are more related to the appropriation of knowledge and practices of the field of
public/collective health than to the knowledge and practices of the core of psychology. They
relate specifically to the challenges posed to training in psychology to meet people's needs
and the purposes of programs and policies; the difficulties of teamwork and the
characteristics of public health services; care and attention to subjectivity in a context
permeated by regulations and prescriptions for effective health promotion and disease
prevention; and finally, to the current political context, which imposes specific challenges on
health professionals to implement SUS actions and objectives. To some extent, they are
fostering revisions and (re)inventions of practices and practitioners have developed strategies
to bypass them. In this way, the instigations have also forced the expansion of the perspective
of professional performance, signaling a tendency to openness in the construction of an
expanded psychological clinic. Thus, elements of the social and biological dimensions, not
only subjective, of the clientele of health services have found listening space and
psychological interventions, to a greater or lesser extent depending on the characteristics of
the professionals and the theoretical perspective adopted. We present, therefore, a discussion
about the magnification of the object, objective and means of intervention of the
psychological clinic in the services of STI/HIV-aids. We conclude that the expansion of the
psychological clinic in the context of public/collective health presents itself as a process
under construction, even within the trajectory of each professional. This is because, a single
professional, at different moments, performs actions and assumes positions that approach or
distances the proposal of the expanded health clinic. There were no dichotomies in which one
professional took only one restricted posture and another only an extended position of the
clinic. Nevertheless, some interpretive repertoires pointed to professional trajectories more
sensitive to the demands and proposals of the context of action and to the construction of
actions that are more responsive to these needs. Thus, the construction of the expanded clinic
in psychology occurs between approximations and retreats of what would be a more
contextualized clinical practice and committed to the characteristics of the field of action.
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