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Ele só chega nas últimas, quando não tem mais jeito : atenção à sexualidade e à saúde reprodutiva dos homens nos discursos de profissionais do Programa Saúde da Família em RecifeCristina Nunes Simião, Fernanda 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Essa pesquisa teve como objetivo compreender o que os profissionais de saúde do Programa
Saúde da Família (PSF) de Recife dizem acerca da atenção à sexualidade e à saúde
reprodutiva dos homens, a partir da análise do processo de construção de argumentos e das
suas funções. Identificamos nos discursos das profissionais de saúde: como elas descrevem
os homens em relação à atenção à sexualidade e à saúde reprodutiva; quais as explicações
dadas por elas a esse comportamento masculino; e quais ações são realizadas/idealizadas a
partir dessas descrições e explicações. Consideramos como base da relação entre os homens
e os serviços de saúde o modelo de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS), que
propõe ações de prevenção e promoção à saúde, por meio das estratégias PSF e Programa
de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), cujos propósitos permitem uma maior
aproximação entre os profissionais de saúde e a população. Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, fundamentada nos pressupostos do construcionismo social e na abordagem
teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, representada por autores como
Jonathan Potter e Margareth Wetherell (1987) e Michael Billig (2008). O material analisado
foi construído em um estudo de uma organização não-governamental (ONG), que contou
com a participação de sete profissionais de saúde de nível superior (três enfermeiras, duas
dentistas, uma médica e um enfermeiro) e dezoito agentes comunitárias de saúde (ACS) de
duas Unidades Saúde da Família (USF) da Região Político-Administrativa II (RPA II) da cidade
de Recife. Os instrumentos utilizados foram sete entrevistas semi-estruturadas, realizadas
com as profissionais de saúde de nível superior, e dois grupos focais, realizados com as ACS.
Todo o material foi audiogravado e transcrito minuciosamente. Não encontramos diferenças
significativas nos discursos dos dois grupos de participantes nem entre os dois tipos de
procedimentos metodológicos. A partir da análise desse material, pudemos compreender
que os argumentos construídos pelas profissionais de saúde, tanto as de nível superior,
quanto as ACS, associam a mulher ao cuidado e o homem à despreocupação/desleixo com a
saúde. Essas profissionais de saúde reproduzem em seus discursos o modelo de
masculinidade tradicional e o utilizam para explicar porque os homens frequentam menos os
serviços de saúde: não gostam de se expor, não cuidam de si, são os provedores da família,
entre outras explicações. Assim, justificam as diferenças entre homens e mulheres por meio
de explicações de ordem psico-sócio-cultural: o homem é mais fechado e a mulher é mais
aberta , o homem é o provedor e a mulher é a responsável pelo lar; explicações de ordem
socioeconômica: o homem não tem tempo porque precisa trabalhar e a mulher tem mais
tempo disponível porque fica em casa cuidando dos filhos; e explicações de ordem biológica:
as mulheres adoecem mais. Os argumentos construídos pelas profissionais de saúde
evidenciam dois pólos, homem mulher, fortemente caracterizados pelas diferenças de
gênero, com a naturalização dos comportamentos e posturas, como também expressam as
implicações da cultura e das demandas do mundo do trabalho nos sujeitos sociais. No que se
refere às ações em saúde, compreendemos que as ações desenvolvidas por essas
profissionais caracterizam-se pelo foco na doença, o que contrasta com a proposta do
modelo assistencial da atenção básica, que prioriza as ações de prevenção e promoção da
saúde
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A população em cena: O transtorno mental e suas formas de tratamento em discursos de pessoas que residem nas proximidades dos Centros de Atenção Psicossocial III do estado de PernambucoNascimento, Élida Dantas do 24 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-24 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Com a reforma psiquiátrica, serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos foram instituídos para atender as pessoas em sofrimento psíquico, contrapondo-se a qualquer perspectiva de tratamento que englobe a segregação e o preconceito. A rede de assistência em saúde mental foi criada objetivando, fundamentalmente, a aquisição da autonomia, cidadania e inserção social das pessoas em sofrimento psíquico. Dentre esses serviços que foram criados, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) têm valor estratégico para a reforma psiquiátrica brasileira. Cabe aos CAPS o acolhimento e a atenção às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território. Desse modo, a articulação entre as pessoas que constituem a comunidade e os usuários dos CAPS é fundamental para o desenvolvimento da rede de saúde mental. Assim sendo, este trabalho foi desenvolvido tendo como objetivo analisar os discursos da população que reside nas proximidades dos Centros de Atenção Psicossocial tipo III do Estado de Pernambuco sobre o transtorno mental e suas formas de tratamento. Dessa forma, a presente pesquisa foi realizada no Estado de Pernambuco nas residências das pessoas que habitam nas mediações onde os CAPS III foram implantados. O cenário atual do Estado é composto por cinco CAPS III, sendo dois localizados na cidade do Recife, um em Abreu e Lima, um em Paulista e um em Caruaru. Para tanto, foi aplicada a metodologia qualitativa, tendo como instrumento a entrevista semiestruturada. Participaram desse estudo, 52 pessoas, sendo: 20 residentes na cidade do Recife - 10 que moram no bairro Ipsep e 10 que residem no bairro Barro; 11 que habitam em Caruaru; 10 que moram em Abreu e Lima e 11 que vivem em Paulista. Dentre os entrevistados, 14 são do sexo masculino e 38 são do sexo feminino; com idades que variam de 18 a 76 anos. E o tempo que essa população reside nos bairros onde os CAPS III foram implantados varia de 04 meses a 71 anos. Para a análise das entrevistas, foi utilizada a orientação teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, que concebe o discurso como uma forma de ação social. Através dessa abordagem, foi possível analisar as diversas formas que os entrevistados utilizaram para se posicionarem diante de cada pergunta que foi realizada. No decorrer dos seus discursos, os participantes da pesquisa mobilizaram um variado repertório para nomear e descrever o sofrimento psicológico e as pessoas em sofrimento: “pessoas com deficiência”, pessoas com “doença psíquica”, “problema psíquico”; pessoas que usam “drogas”; pessoas com “problema mental”; pessoas com “distúrbio”, “necessitados”, pessoas com “doença mental”, “transtorno mental”, pessoas "inconvenientes", “pessoas agressivas”, dentre outras. Em relação aos discursos que foram construídos sobre o tratamento oferecido, em geral, os entrevistados apontam que houve alguma melhoria na forma de tratar o sofrimento psicológico. No entanto, há aqueles que ainda defendem as antigas práticas asilares. Através do material discursivo produzido pelos participantes do estudo, foi possível observar que mesmo com as novas formas de tratamento proporcionadas pela reforma psiquiátrica, as questões referentes à exclusão e à rejeição das pessoas com transtorno mental ainda são destacadas pelos entrevistados, e os mesmos reproduzem estereótipos seculares sobre essas pessoas. O discurso dos entrevistados indica que o advento da reforma e os novos dispositivos que foram criados para atender as pessoas com transtorno mental não foram, ainda, capazes de provocar mudanças significativas em sua relação com a sociedade.
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Retratos da violência contra a criança : as produções discursivas de cuidadoras que frequentam uma instituição de atendimentoPaulo Viana Figueiredo, Pedro 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Trata-se de um trabalho que tem como foco de interesse os discursos que cuidadoras de crianças que sofreram violência produzem sobre a violência doméstica. A pesquisa foi realizada numa organização não-governamental (ONG) da cidade do Recife que atende crianças e adolescentes vítimas de violência. A partir das intervenções profissionais na instituição de reuniões de orientação, oficinas, capacitações, cursos, palestras etc. as cuidadoras têm contato com conceitos acerca da violência que não tinham anteriormente. Tais conceitos, porém, podem não ser bem aceitos, havendo resistências em serem adotados já que não fazem parte de suas vivências ou até mesmo contradizem práticas e conceitos antigos. É relevante, portanto, explorar os discursos sobre a violência doméstica que as cuidadoras produzem para compreender que atos/eventos passam a ser entendidos como violência em suas trajetórias de vida e na relação com seus/suas filhos/as a partir da intervenção institucional. Este é um trabalho de natureza qualitativa que teve como participantes cinco cuidadoras (mulheres) que frequentam o atendimento desta ONG. Duas entrevistas com grupos focais foram utilizadas como instrumento de geração de material discursivo, sendo gravadas para posterior transcrição, e tiveram duração média de 2h15min cada. O material foi analisado a partir da psicologia social de natureza discursiva desenvolvida por autores como Jonathan Potter, Margareth Wetherell, Derek Edwards e Michael Billig, que enfatizam o caráter retórico do discurso (como as pessoas argumentam sobre eventos e fenômenos), sua função (ação e consequências do discurso) e variabilidade. Os relatos dessas mulheres focalizam, em sua maioria, suas experiências pessoais. Nesses relatos cada participante deu ênfase a características ou eventos distintos que envolveram a violência contra seus/suas filhos/as. Foram também produzidos discursos que descrevem experiências anteriores de violência sofridas geralmente na infância por essas mulheres. Essas experiências, e outras experiências do cotidiano familiar dessas mulheres, influenciaram, segundo elas, no reconhecimento, ou na ignorância, da violência que seus/suas filhos/as estariam sofrendo, pois forneceram repertórios que determinavam os atos que poderiam ser classificados ou não como atos violentos. Relatam a importância das intervenções na instituição para que compreendessem a violência doméstica e pudessem reconhecê-la, bem como significar eventos passados a partir de novos referenciais fornecidos pela instituição. Também discutem como, em um primeiro momento, o apoio (ou a falta de apoio) da família e/ou de grupos religiosos tornou-se essencial no momento de decidir sobre como proceder para impedir a continuação daquilo que passaram a reconhecer como violência contra seus/suas filhos/as. Através de seus relatos, podemos compreender exemplos de conceitos e práticas que foram apropriadas pelas participantes a partir de repertórios sobre o fenômeno da violência doméstica fornecidos pela instituição. Estes repertórios permitiram que elas passassem a nomear e significar eventos recentes e antigos que antes não eram reconhecidos como sendo violentos
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