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Igreja e serviço de saúde mental : um estudo das narrativas de evangélicos, usuários de CAPSHenriques, Halline Iale Barros 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / FACEPE / Estudos têm mostrado uma necessidade de repensar as práticas “psi”, no tocante à
predominância de um modelo explicativo no processo saúde/doença, no qual a ênfase é na
esfera físico-orgânica/natural em detrimento de outras formas de abordagem. Nesse sentido,
deve-se olhar atentamente para outras explicações culturalmente e socialmente construídas
tentando compreender os significados veiculados não só no processo saúde/doença, como
também nas noções de cura e adoecimento. Neste trabalho fazemos isso em relação a um
grupo específico, os usuários evangélicos de serviços de saúde mental (CAPS). O objetivo
geral da pesquisa é identificar quais os significados utilizados pelos usuários evangélicos para
falar de suas vivências de cura/adoecimento. Os objetivos específicos são os seguintes: quais
os repertórios interpretativos eles usam para falar do universo religioso do qual fazem parte e
de temas como cura e adoecimento psíquicos; como se dão, em seus discursos, as relações
entre as práticas terapêuticas e as práticas religiosas, no cotidiano de um sistema
“substitutivo” como o CAPS; que tipos de estratégias discursivas são utilizadas por eles para
lidar com esta questão. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo, tendo como respaldo
teórico-metodológico a abordagem da Psicologia Social Discursiva, perspectiva em que os
discursos são vistos, fundamentalmente, como formas de ação social. Para tanto foram
realizadas nove entrevistas narrativas e uma roda de conversa com usuários de CAPS na
cidade de Campina Grande-PB. Como resultados, identificamos o uso de um vocabulário
religioso típico das igrejas neopentecostais quando os usuários constroem discursos sobre “as
guerras” contra o mal, representado pelo diabo/demônio; e um vocabulário mais próximo do
universo pentecostal, no qual o gozo espiritual associado à fé tem mais destaque do que a
guerra contra o demônio. Além disso, os participantes também fazem descrições de Deus e
utilizam termos e expressões como “aceitei Jesus”, “estar convertido”, “coisas do mundo”,
“desviar” e “testemunho” para falar da experiência da conversão e da relação desses sujeitos
com as coisas mundanas. Os significados das noções de cura e adoecimento aparecem através
de descrições, explicações e experiências sobre a cura e o adoecimento. Chama-nos a atenção
a sobrevalorização do caráter terapêutico promovido pela religiosidade quando estes fiéis
descrevem, explicam e se remetem as experiências vivenciadas neste campo. Relatos de tais
experiências frequentemente são reprimidos pelo discurso psiquiátrico dominante nesses
serviços de atenção psicossocial. O discurso religioso é excluído nesses serviços, contrariando
o caráter democrático do discurso disseminado pela reforma psiquiátrica. Esta contradição nos
leva a proporcionar discussões em torno da relação entre as práticas terapêuticas e as práticas
religiosas, à medida que os usuários acabam transitando entre os diferentes serviços, tanto
médicos quanto religiosos.
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A violência e a escola: produções discursivas de pais e alunos da comunidade do CoquePatrícia da Silva, Simone 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Na década de 80 a vinculação entre a violência e a pobreza tornou-se uma verdade incontestável no país, sendo disseminada nos meios midiáticos, em discursos políticos ou nas conversações cotidianas. Tal associação possibilitou a construção de vários estereótipos em relação aos sujeitos provenientes de camada popular, que passaram a ser percebidos como uma classe social da qual provinham criminosos, pessoas ignorantes, etc. Essas construções sociais também circulam na escola que, em geral, fomenta o preconceito contra esses sujeitos responsabilizando-os pela violência que ocorre no âmbito escolar. Nesse sentido, partindo do pressuposto que as construções discursivas sobre tais indivíduos interferem na forma como eles definem, entendem e veem e o mundo e na forma como constroem suas identidades, nós questionamos que significados esses sujeitos constroem a respeito da violência na escola. Dessa forma, desenvolvemos uma pesquisa cujo objetivo principal é analisar as construções discursivas sobre a violência na escola em discursos de pais e alunos de escolas públicas da comunidade do Coque. Nesse sentido, procuramos investigar como tais indivíduos mobilizam repertórios interpretativos, narrativas e descrições para explicar a ocorrência de tal fenômeno no âmbito escolar. Para efetivar a pesquisa realizamos entrevistas semiestruturadas com pais e alunos de escolas públicas da comunidade do Coque. Entre os alunos as idades variavam de quatorze a dezessete anos, sendo seis do sexo masculino e cinco do sexo feminino. Quanto aos pais, as idades variavam de vinte e seis a setenta e dois anos, sendo dois homens e seis mulheres. Na análise dos dados adotamos a abordagem teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, cuja ênfase está na função, variabilidade e efeitos do discurso e que traz como principais teóricos Jonathan Potter, Margaret Wetherell, Michael Billig e Derek Edwards. Percebemos que prevalece entre os pais termos que se referem aos aspectos físicos da violência. O mesmo não ocorre nos discursos dos alunos, que definem o fenômeno a partir de termos que aludem aos aspectos físicos, psicológicos e verbais. Quando falam sobre as causas da violência no âmbito escolar é prevalecente entre os pais explicações que salientam fatores microssociais, caraterísticas individuais ou argumentos de cunho psicologizante. Entre os alunos não são focalizados, apenas, argumentos individualizantes, mas também são mobilizadas explicações nas quais os determinantes sociais são ressaltados. É recorrente entre os sujeitos o uso de categorizações para combater os discursos que estereotipam o bairro e seus moradores como sendo violentos. Entretanto, a inserção de outros bairros populares na mesma categoria revelam a dificuldade de tais indivíduos em transcender os discursos dominates, apenas reproduzindo-os. As falas também deixam evidente a dificulade dos pais em identificar a violência exercida pela instituição contra o aluno. O mesmo não acontece com os alunos, que conseguem perceber os insultos de professores e punições como sendo ações de violência. Ressaltamos, ainda, que os indivíduos entrevistados mobilizam conhecimentos e repertórios interpretativos adquiridos em várias instituições das quais participam. Contudo, a apropriação destes não garantem ao indivíduo superar os discursos historicamente construídos sobre as camadas populares. Em muitos casos eles são usados pelos sujeitos para reproduzir preconceitos e estereótipos. Por outro lado, outros indivíduos usam tais conhecimentos para criar novas versões da realidade
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A produção discursiva da identidade social no contexto de uma torcida jovem organizadaSANTOS, Vanessa Conceição Alves dos 31 January 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-04T12:15:21Z
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Previous issue date: 2013 / Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais / O esporte é, historicamente, um dos fenômenos socioculturais mais importantes e presentes na humanidade, mobilizando um grande número de pessoas devido a sua capacidade de evocar as mais diversas manifestações. Ao enfocar o futebol, modalidade desportiva mais popular do mundo, e no Brasil em particular, como o desporto detentor de grande fascínio para a sociedade, observa-se que o torcedor não se reconhece mais, apenas, como um mero espectador de uma partida de futebol. Notoriamente conhecidas como Torcidas Organizadas, estas associações têm se destacado nos últimos anos, como um fenômeno crescente em torno de organizações desportivas comumente avaliadas como responsáveis pela difusão de novas dimensões culturais e simbólicas no comportamento dos envolvidos. De acordo com a literatura, o compartilhamento de idéias de um determinado grupo contribui para o sentimento de pertença a esse grupo. A partir do instante que se identifica com os ideais do grupo, o jovem tende a expressar, em alguns casos de forma extrema, seus sentimentos de pertencimento em um grupo que o acolhe. É nessa perspectiva que comumente as torcidas organizadas têm sido associadas a atos de violência, em especial pela mídia impressa. Considerando que a formação de uma identidade grupal geralmente é materializada por sinais visíveis de afiliação, bem como o entendimento que os marcadores de pertencimento vão além de características externas, há de se considerar ainda o discurso empregado e disseminado por esses grupos. Nesse sentido, é que esse estudo buscou relativizar a violência como única forma de caracterização desses jovens torcedores e se propôs a investigar a produção discursiva da identidade social, no contexto de uma torcida jovem organizada da cidade do Recife - PE. A pesquisa caracterizou-se por uma análise descritivo-exploratória com abordagem qualitativa onde se adotou enquanto instrumento de geração de dados, a observação participante, análise documental, em especial dos cânticos e entrevistas individuais do tipo semiestruturada. Participaram do estudo, 15 (quinze) associados à Torcida Jovem do Sport. Na análise dos dados, utilizou-se o referencial teórico-metodológico da Análise do Discurso proposto pela Psicologia Social Discursiva. Dessa forma, através dos discursos construídos pelos jovens torcedores identificamos várias explicações para a entrada na torcida. Uma delas atribui o desejo de ingressar na torcida à performance da mesma, dentro do estádio. Outras narrativas acrescentam às anteriores a importância dos familiares nesse processo, em especial da figura masculina. Vale ressaltar, que o desejo de pertença e fidelidade clubística foram mencionados recorrentemente pelos participantes. Os resultados da pesquisa revelaram ainda, tendência a atribuir valorização negativa aos membros das outras torcidas, através do uso de termos pejorativos e desqualificadores. Percebeu-se, na análise dos cânticos, o uso de um repertório que destaca o poder, superioridade e a força da torcida em estudo, por meio de metáforas e imagens que remetem a guerras e batalhas e que, por conseguinte, provocam o acirramento da rivalidade entre os times locais. Por fim, destacou-se ao longo da pesquisa, a divulgação das ações sociais promovidas pela torcida, visando desqualificar a imagem de violência divulgada pela mídia.
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A construção das relações de gênero na mídia da Igreja Universal do Reino de DeusOliveira Filho, Paulo Gilberto de 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-06T16:23:11Z
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Previous issue date: 2012 / CAPES / O Brasil passou por uma drástica mudança nos últimos anos: embora ainda componha a
maioria da população, desde a década de 1950 o catolicismo tem declinado de maneira rápida,
dando lugar ao pentecostalismo. Este movimento religioso é bastante plural, e pode ser
dividido em três gerações de igrejas que, mesmo com semelhanças, possuem características
específicas. As primeiras gerações são marcadas pelo sectarismo e pelo ascetismo, cujo efeito
é um afastamento do fiel das coisas do mundo, à espera de uma recompensa em outra vida. A
terceira geração, porém, nasceu sob um processo de liberalização dos costumes baseada na
Teologia da Prosperidade, que prega que o fiel deve ter “vida em abundância” ainda nesta
existência, e assim rompe com o antigo sectarismo e ascetismo pentecostal. A sociedade
brasileira igualmente vivenciou nas décadas passadas uma profunda transformação nas
relações de gênero, no caminho de forte questionamento do patriarcalismo e um movimento
de emancipação da mulher em relação a seus antigos posicionamentos. Tendo nascido já sob
tais transformações, a Igreja Universal do Reino de Deus foi o objeto desta pesquisa. Seus
objetivos foram analisar como a instituição constrói práticas discursivas sobre as relações de
gênero e sobre as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passa nesse quesito. A Igreja
Universal do Reino de Deus apresenta dentro de si as contradições encontradas na sociedade
como um todo: por um lado mantem aspectos das relações de gênero do pentecostalismo de
gerações anteriores; por outro lado, leva adiante mudanças no sentido de adaptação às
demandas feministas, embora retire parte do seu caráter contestador. Dessa forma, a Igreja
Universal promove repertórios que ao mesmo tempo posicionam mulheres em novos lugares,
anteriormente interditados, como o mundo político e do trabalho, mas em outros momentos
posicionam em lugares tradicionais, como por exemplo de mãe e esposa submissa ao marido.
O homem é posicionado majoritariamente como trabalhador e pai de família. A Psicologia
Social Discursiva serviu de aporte teórico-metodológico, por considerar o discurso como uma
forma de ação e possibilitar a compreensão da variabilidade e do caráter funcional do
discurso. De acordo com esta abordagem, a compreensão que temos da realidade é construída
discursivamente. O gênero não deixaria de ser diferente, sendo mais uma construção
discursiva produzida coletivamente que uma realidade biológica. A Igreja Universal, contudo,
produz práticas discursivas que essencializam o gênero, atribuindo as características
supostamente femininas e masculinas à biologia humana e à criação divina. Tal discurso
contribui para a manutenção de posicionamentos subalternos para a mulher, que é incentivada
a manter-se num lugar submisso à vontade masculina.
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Retratos da educação pública brasileira em relatos da mídia impressaSILVA, Simone Patrícia da 23 February 2016 (has links)
Submitted by Irene Nascimento (irene.kessia@ufpe.br) on 2017-05-09T18:50:57Z
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Previous issue date: 2016-02-23 / Capes / Esta tese tem como objetivo analisar as representações da educação pública e de seus diferentes atores em textos da revista Veja e Folha de São Paulo, nos quais a educação pública emerge como um problema de ordem nacional. Partimos do pressuposto de que esses veículos, alinhados com os discursos da reestruturação produtiva, iniciada na década de 1990, produzem relatos nos quais a educação pública é desqualificada, e mobilizam para isso recursos retóricos e estratégias discursivas que procuram desconstruir a proposta de educação própria do Estado do bem-estar social, enaltecendo o pensamento neoliberal. Nesses relatos, diferentes atores são recorrentemente responsabilizados pela qualidade da educação pública brasileira e construídos como obstáculos, que devem ser removidos, à reforma liberalizante que fará a educação brasileira avançar. Dessa forma, potencializa-se o discurso de controle e governamento da educação, com fins de enquadrar seus atores na nova ordem mundial. Baseado nessa premissa, este trabalho tem os seguintes objetivos específicos: identificar e analisar nos veículos midiáticos supracitados as teorias mobilizadas para explicar os problemas da educação pública brasileira; as representações sobre os distintos atores coletivos envolvidos com a educação; e os procedimentos e dispositivos retórico-discursivos mobilizados na construção dos relatos. Para efetivar a pesquisa, realizamos a análise das matérias veiculadas sobre educação pública no Jornal Folha de S. Paulo e revista Veja, entre 2011 e 2013. Tomamos como aporte teórico-metodológico a Psicologia Social Discursiva, que enfatiza a função, construção e natureza retórica do discurso e cujos principais representantes são Jonathan Potter, Margaret Wetherell, Michael Billig e Derek Edwards. Nas elaborações produzidas pela mídia, foram detectados recorrentemente os seguintes determinantes dos problemas educacionais: formação dos docentes, ausência de políticas que favoreçam o mérito individual e competitividade, ausência de um Estado avaliador e controlador, autonomia das universidades, ação sindical e gestão ineficiente. A Folha de S. Paulo e a revista Veja defendem um modelo de formação docente de caráter funcional e tecnicista e atacam a estrutura dos cursos superiores de formação, acusando-os de manterem um currículo baseado em teorias antiquadas. Naturaliza-se, dessa forma, a desintelectualização do docente, enfatizando apenas as habilidades práticas da profissão. Quanto ao Estado, as descrições produzem sua ineficácia acusando-o de não garantir uma escola eficiente, voltada para a produtividade e competitividade. Em relação à construção da identidade dos professores e do grupo sindical, predominaram descrições nas quais os docentes e sindicatos são caracterizados como ineficientes, corporativistas, despreparados e ideológicos. Em outras palavras, são relatos que usam os mesmos termos encontrados no discurso da reforma, relatos orientados por organismos internacionais e usados para justificar o modo neoliberal de organizar a educação. / This thesis aims to analyze the representations of public education and its different actors in magazine texts as of Veja and Folha de S. Paulo, in which public education emerges as a national order problem. We assume that these vehicles, in line with the speeches of corporate restructuring, started in the 1990s, produce reports in which public education is disqualified, and mobilize for this rhetorical devices and discursive strategies that seek to deconstruct the proposal of own State education of social welfare, praising the neoliberal thought. In these reports, different actors are recurrently liable for the quality of Brazilian public education and built as obstacles that should be removed, to the liberalizing reform that will make the Brazilian education progress. Thus it is potentiated the discourse of control and government of education for the purpose of framing its actors in the new world order. Based on this premise, this work has the following specific objectives: to identify and analyze in the aforementioned media vehicles the mobilized theories to explain the problems of Brazilian public education; the representations of the different collective actors involved in education; and procedures and rhetorical-discursive devices mobilized in the construction of reports. To perform the search, we conducted the analysis of articles published on public education in the newspaper Folha de S. Paulo and Veja magazine between 2011 and 2013. We took as a theoretical and methodological support the Discursive social psychology, which emphasizes the function, construction and rhetorical nature of the speech and whose main representatives are Jonathan Potter, Margaret Wetherell, Michael Billig and Derek Edwards. In the elaborations produced by the media, it was recurrently detected the following determinants of educational problems: training of teachers, lack of policies favoring the individual merit and competitiveness, lack of an appraiser and controlling State, autonomy of universities, trade union action and inefficient management. Folha de S. Paulo and Veja magazine defend a teacher training model of functional character and technicalities and attack the structure of higher education training, accusing them of maintaining a curriculum based on outdated theories. Naturalising, this way, the teaching desintellectualization, emphasizing only the practical skills of the profession. As for the state, the descriptions produce its ineffectiveness accusing him of not guaranteeing an efficient school, focused on productivity and competitiveness. Regarding to the construction of the identity of the teachers and the union group, there were predominant descriptions in which teachers and unions are characterized as inefficient, corporatist, unprepared and ideological.
In other words, they are accounts that use the same terms found in the reform speech, reports guided by international organizations and used to justify the neoliberal way of organizing education.
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Direitos Humanos para quem? Uma análise de discursos jornalísticos em Pernambuco e São Paulo (1987 e 1997)Maria Rosato, Cássia 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / O presente trabalho estuda os sentidos atribuídos aos Direitos Humanos pela mídia
impressa no Brasil, em dois jornais de ampla circulação no país: Jornal do
Commercio (Pernambuco) e Folha de São Paulo. Para tanto, inicialmente é
apresentado o campo dos Direitos Humanos tal como foi constituído no plano
internacional e, posteriormente, no Brasil, desde uma perspectiva moderna,
ocidental e baseando-se na noção de universalidade e indivisibilidade de direitos. O
estudo almeja identificar como a ideia de Direitos Humanos foi difundida por parte da
imprensa escrita, no período da redemocratização brasileira. Trata-se de uma
pesquisa qualitativa que teve como referencial teórico a Psicologia Social Discursiva,
a Análise Crítica do Discurso e alguns conceitos de Michel Foucault. Desse modo,
procedeu-se à análise das notícias selecionadas, totalizando 83 matérias
jornalísticas, na qual se priorizou textos opinativos. Os principais achados revelam a
existência de uma dicotomia no modo como os Direitos Humanos são
compreendidos e difundidos no país. Significa dizer que, de um lado, sobretudo em
contextos que envolvem crime e violência, os Direitos Humanos podem ser
relativizados. Nesse sentido, há discursos que veiculam o entendimento de que
determinados segmentos populacionais não devem ter seus direitos assegurados,
inclusive podendo tê-los violados. De outro lado, no plano internacional, foram
identificados discursos jornalísticos que propagam uma noção mais ampliada de
Direitos Humanos, na qual o conceito de universalidade não é questionado
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Um espelho para se contemplar: a adolescência em discursos de adolescentes da zona ruralRaposo Diniz, Larissa 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Sabemos que o estereótipo da adolescência como uma idade conturbada, marcada pela rebeldia e instabilidade emocional, como proposta no início do século passado, ainda circula pela sociedade, e configura, de certa forma, as caracterizações ainda presentes nos estudos contemporâneos sobre essa etapa da vida. Entendendo o rural como um contexto social e econômico distinto e que guarda em si uma grande diversidade interna, e partindo do pressuposto que a realidade na qual estamos inseridos influencia a construção da nossa subjetividade, nos questionamos como adolescentes de zona rural vivem essa fase da vida que ainda insiste em ser percebida como universal. Desse modo, desenvolvemos pesquisa cujo objetivo geral foi analisar as construções discursivas sobre a adolescência realizadas por adolescentes do meio rural pernambucano, objetivando, especificamente, identificar e analisar a mobilização de termos, definições, descrições e teorias sobre a adolescência nesses discursos. Para tanto, escolhemos trabalhar com adolescentes da zona rural do referido estado, realizando entrevistas semi-estruturadas com quatorze (14) adolescentes residentes na zona rural do município de Santa Terezinha, localizado no Alto Sertão do Pajeú (PE). Desses, sete (07) eram do sexo feminino e sete (07) do sexo masculino, com idades que variaram entre treze (13) e dezoito (18) anos. Norteamo-nos, neste trabalho, pela perspectiva teórico-metodológica da Psicologia Social Discursiva, na qual a linguagem não é considerada apenas como um instrumento de comunicação, mas sim como profundamente implicada nos processos de pensar e raciocinar. Pudemos observar que nos discursos dos entrevistados o fenômeno da adolescência está associado à idéia de passagem, de estágio e de período de maturação. Expressões como período de transformaç~o , de transiç~o e de preparaç~o para vida adulta aparecem quando descrevem a adolescência. É significada ainda como um tempo de intenso aprendizado, quando não são mais crianças, mas ainda não têm condições de assumir plenamente as responsabilidades de um adulto. Há também a imagem da adolescência como uma idade conturbada, marcada por uma rebeldia e instabilidade emocional, por uma série de lutos e conflitos internos. Veiculam a imagem do adolescente, por sua vez, bastante vinculada à agressividade, à rebeldia, à irresponsabilidade, à impulsividade, como também à inconsequência. De modo geral, quando a descrição da adolescência se aproximava mais de um ideal de adolescente, aquele que está em processo de formação, que é responsável, que respeita os pais e se dedica aos estudos e à formação profissional, eles se posicionavam de maneira a se aproximar desse ideal, enquanto que, por outro lado, quando a descrição remetia a uma imagem de adolescente associada àquele estereótipo do aborrecente , eles tendiam a se afastar. Há, portanto, nos discursos dos entrevistados, uma clara tentativa de construir imagens de si próprios que se distanciam dessa representação do adolescente com conflitos em sua relação consigo mesmo e com o social. Diante do exposto, podemos concluir que é evidente a reprodução das concepções sobre adolescência produzidas principalmente pelo discurso da psicologia do desenvolvimento e que se encontram disseminadas pelo cotidiano, bem como do estereótipo de adolescência que continua a caracterizá-la como a idade das crises
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Relações raciais e ações afirmativas em textos jornalísticos da cidade do RecifeConceição Costa, Maria 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / O presente trabalho procurou abordar o significado das relações raciais no Brasil, a
partir as ações afirmativas para negros. Interessou-nos observar como os discursos
presentes em textos jornalísticos na cidade do Recife foram construídos, bem como
quais os principais argumentos mobilizados para defender ou combater a política de
cotas raciais. Deste modo, analisamos as estratégias discursivas presentes na
construção da imagem do negro e das relações raciais no Brasil. Tratou-se de um
estudo de pesquisa qualitativa, embasado no referencial da Análise do Discurso,
tendo como perspectiva teórico-metodológica na psicologia social denominada de
Psicologia Social Discursiva, desenvolvida nos últimos 25 anos por um grupo de
psicólogos sociais ingleses, a saber, Potter (1987), Wetherell (1992), Billig (1988),
Dereck (1990). Optamos por pesquisar em textos jornalísticos impressos, do
período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009, nos dois principais jornais locais,
ou seja, no Diário de Pernambuco e no Jornal do Comercio, nos quais analisamos
textos exclusivamente referentes às cotas raciais. Foram colhidos 25 textos como
amostra. O recorte temporal não se deu ao acaso, mas devido ao amplo debate
sobre o tema nesse período, ganhando cada vez mais visibilidade nos últimos
tempos, sem que passasse um período sequer nos últimos dois anos em que não
tenha saído algo sobre o tema das cotas raciais na mídia. Os textos analisados
foram as reportagens e os artigos de opinião. Um ponto a considerar que a
proposição das cotas raciais para o ingresso de jovens negros à universidade
possibilitou que o debate sobre raça, racismo e, portanto, sobre as relações raciais
brasileiras ganhassem um destaque público tanto na mídia quanto na sociedade
fortalecendo-se como uma questão nacional importante
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Discurso e medicalização: O significado do TDAH para pais e mães de alunos do Ensino FundamentalAraujo, Wilma Fernandes de 28 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-28 / The objective of this research is to identify and analyze the meaning of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) on reports from parents of children who received this diagnosis. Since the late twentieth century, more precisely the last thirty years, the number of ADHD diagnoses has been increasing as part of a growing process of pathologization and medicalization of behaviors. In this process, the school appears as the primary targeting agent of children for health professionals, confirming reports that link the educational space as a player of the scientific-medical discourse, without a proper consideration, contributing to maintain the separation and discrimination between those considered normal and "abnormal", those who distance themselves from their standards. To carry out this research, we conducted twelve semi-structured interviews with parents of primary I school students, from public schools and a private clinic for specialized treatment. It is a qualitative research oriented theoretically and methodologically by Social Discursive Psychology, which emphasizes the importance of language and discourse in understanding the psychosocial processes, developed by English authors such as Jonathan Potter and Margareth Wetherell. The majority of respondents passively accepted, without question, medical diagnosis attributed to their children and the use of psychotropic medications as a means of eliminating the learning and behavioral problems of their children, a fact that highlights the value and power of the medical discourse in our social context. / O objetivo desta pesquisa é identificar e analisar o significado do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H) em relatos de pais e mães de filhos que receberam este diagnóstico. Desde o final do século XX, mais precisamente nos últimos trinta anos, tem sido crescente o número de diagnósticos de TDA/H como parte de um crescente processo de patologização e medicalização dos comportamentos. Nesse processo, a escola aparece como principal agente encaminhador de crianças para profissionais da área da saúde, confirmando os relatos que apontam o espaço educacional como reprodutor do discurso médico-científico, sem uma reflexão própria, contribuindo para manter a exclusão e a discriminação entre os considerados normais e os “anormais”, aqueles se distanciam de seus padrões. Para efetivar esta pesquisa, realizamos doze entrevistas semiestruturadas com pais e mães de alunos do ensino fundamental I, de escolas públicas e de uma clínica particular para tratamento especializado. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, orientada teórica e metodologicamente pela Psicologia Social Discursiva, que enfatiza a importância da linguagem e do discurso na compreensão dos processos psicossociais, desenvolvida por autores ingleses como Jonathan Potter e Margareth Wetherell. Os entrevistados, em sua maioria, aceitam passivamente, sem questionar, o diagnóstico médico atribuído a seus filhos e o uso de medicamentos psicotrópicos como meio de eliminar os problemas de aprendizagem e comportamentais de seus filhos, fato que evidencia o valor e poder do discurso médico em nosso contexto social.
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As artimanhas do discurso : a construção discursiva da identidade religiosa no jornal folha universalOLIVEIRA, Francisco Barbosa de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Desde o final da década de 1970 o campo religioso brasileiro tem sofrido grandes mudanças
com o crescimento do pentecostalismo e o surgimento do movimento neopentecostal. Esse
movimento de expansão se intensificou no início dos anos de 1990 tendo como sua principal
expoente a Igreja Universal do Reino de Deus IURD. O destaque e interesse de
pesquisadores do campo das ciências sociais especialmente entre a Sociologia, Ciências da
Religião e Antropologia pela IURD, tem se dado pela forma como esta instituição tem
imprimido uma nova dinâmica no campo religioso, produzindo e reproduzindo sentidos que
possibilitam o estabelecimento de novas relações dos sujeitos com suas crenças, valores e
com o mundo. Neste sentido o principal destaque dessa nova forma de se relacionar com as
crenças e com a fé que a IURD vem construindo ao longo dos seus mais de trinta anos,
apoiando-se numa proposta evangelística baseada na teologia da prosperidade e num discurso
carregado de sentidos de que a prosperidade e as bênçãos de Deus devem ser conquistadas
aqui na terra (o que contraria as posturas do pentecostalismo clássico), é sem dúvida a
utilização das mídias na propagação de seu discurso, principalmente a mídia impressa. Neste
sentido, nosso objetivo aqui é entender como os discursos produzidos pelo Jornal Folha
Universal principal meio de comunicação impressa da IURD tem produzido, termos,
definições e descrições que constroem e mobilizam sentidos sobre a identidade religiosa dos
fieis da própria igreja e como descrevem e posicionam outros grupos religiosos. Para efetivar
esse objetivo, coletamos e utilizamos treze exemplares do jornal que é composto por trinta e
duas páginas e correspondem a três meses de publicação do semanário, sendo estes os meses
de Janeiro, Fevereiro e Março de 2010. Na análise dos dados utilizamos a Psicologia Social
Discursiva, cuja ênfase é dada na função, variabilidade e efeitos do discurso, e que
apresentam como principais representantes os teóricos Jonathan Potter, Margaret Wetherell,
Michael Billig e Derek Edwards. Identificamos durante a análise que prevalece o uso de
termos e descrições sobre a identidade do sujeito iurdiano que enfatizam uma relação deste
com a igreja, como principal meio pelo qual o sujeito conseguirá adquirir as conquistas
financeiras, espirituais, amorrosas e familiares. Quando o jornal descreve e posiciona a
instituição IURD em seu discurso prevalece o uso de descrições que colocam a igreja numa
posição de destaque frente a outros grupos religiosos, estas expressões apontam a igreja como
uma instituição de prestígio e sucesso no cenário religioso nacional e internacional. Ainda são
anexados descrições que identificam a igreja como estando em constante crescimento e
avanço. As narrativas também deixam evidentes no discurso do jornal (um discurso que
busca evitar posicões explícitas, que evidenciam velhos entraves religiosos, doutrinários e
teológicos, ou seja, uma forma não direta de posicionar o outro) a forma como a IURD busca
posicionar outros grupos religiosos. Expressões como magia negra, maldade, dor e crueldade
são organizadas retoricamente para produzir categorizações negativas contra as religiões de
matriz-afro, ou seja, ao passo que o jornal produz descrições e narrativas sobre fatos
jornalísticos, o mesmo fabrica verções da realidade que objetivam desacreditar outros
discuros de segmentos e instituições religiosas diversas, promovendo assim uma certa disputa
no que chamamos de mercado religioso
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