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A construção das relações de gênero na mídia da Igreja Universal do Reino de DeusOliveira Filho, Paulo Gilberto de 31 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012 / CAPES / O Brasil passou por uma drástica mudança nos últimos anos: embora ainda componha a
maioria da população, desde a década de 1950 o catolicismo tem declinado de maneira rápida,
dando lugar ao pentecostalismo. Este movimento religioso é bastante plural, e pode ser
dividido em três gerações de igrejas que, mesmo com semelhanças, possuem características
específicas. As primeiras gerações são marcadas pelo sectarismo e pelo ascetismo, cujo efeito
é um afastamento do fiel das coisas do mundo, à espera de uma recompensa em outra vida. A
terceira geração, porém, nasceu sob um processo de liberalização dos costumes baseada na
Teologia da Prosperidade, que prega que o fiel deve ter “vida em abundância” ainda nesta
existência, e assim rompe com o antigo sectarismo e ascetismo pentecostal. A sociedade
brasileira igualmente vivenciou nas décadas passadas uma profunda transformação nas
relações de gênero, no caminho de forte questionamento do patriarcalismo e um movimento
de emancipação da mulher em relação a seus antigos posicionamentos. Tendo nascido já sob
tais transformações, a Igreja Universal do Reino de Deus foi o objeto desta pesquisa. Seus
objetivos foram analisar como a instituição constrói práticas discursivas sobre as relações de
gênero e sobre as mudanças pelas quais a sociedade brasileira passa nesse quesito. A Igreja
Universal do Reino de Deus apresenta dentro de si as contradições encontradas na sociedade
como um todo: por um lado mantem aspectos das relações de gênero do pentecostalismo de
gerações anteriores; por outro lado, leva adiante mudanças no sentido de adaptação às
demandas feministas, embora retire parte do seu caráter contestador. Dessa forma, a Igreja
Universal promove repertórios que ao mesmo tempo posicionam mulheres em novos lugares,
anteriormente interditados, como o mundo político e do trabalho, mas em outros momentos
posicionam em lugares tradicionais, como por exemplo de mãe e esposa submissa ao marido.
O homem é posicionado majoritariamente como trabalhador e pai de família. A Psicologia
Social Discursiva serviu de aporte teórico-metodológico, por considerar o discurso como uma
forma de ação e possibilitar a compreensão da variabilidade e do caráter funcional do
discurso. De acordo com esta abordagem, a compreensão que temos da realidade é construída
discursivamente. O gênero não deixaria de ser diferente, sendo mais uma construção
discursiva produzida coletivamente que uma realidade biológica. A Igreja Universal, contudo,
produz práticas discursivas que essencializam o gênero, atribuindo as características
supostamente femininas e masculinas à biologia humana e à criação divina. Tal discurso
contribui para a manutenção de posicionamentos subalternos para a mulher, que é incentivada
a manter-se num lugar submisso à vontade masculina.
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As artimanhas do discurso : a construção discursiva da identidade religiosa no jornal folha universalOLIVEIRA, Francisco Barbosa de 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Desde o final da década de 1970 o campo religioso brasileiro tem sofrido grandes mudanças
com o crescimento do pentecostalismo e o surgimento do movimento neopentecostal. Esse
movimento de expansão se intensificou no início dos anos de 1990 tendo como sua principal
expoente a Igreja Universal do Reino de Deus IURD. O destaque e interesse de
pesquisadores do campo das ciências sociais especialmente entre a Sociologia, Ciências da
Religião e Antropologia pela IURD, tem se dado pela forma como esta instituição tem
imprimido uma nova dinâmica no campo religioso, produzindo e reproduzindo sentidos que
possibilitam o estabelecimento de novas relações dos sujeitos com suas crenças, valores e
com o mundo. Neste sentido o principal destaque dessa nova forma de se relacionar com as
crenças e com a fé que a IURD vem construindo ao longo dos seus mais de trinta anos,
apoiando-se numa proposta evangelística baseada na teologia da prosperidade e num discurso
carregado de sentidos de que a prosperidade e as bênçãos de Deus devem ser conquistadas
aqui na terra (o que contraria as posturas do pentecostalismo clássico), é sem dúvida a
utilização das mídias na propagação de seu discurso, principalmente a mídia impressa. Neste
sentido, nosso objetivo aqui é entender como os discursos produzidos pelo Jornal Folha
Universal principal meio de comunicação impressa da IURD tem produzido, termos,
definições e descrições que constroem e mobilizam sentidos sobre a identidade religiosa dos
fieis da própria igreja e como descrevem e posicionam outros grupos religiosos. Para efetivar
esse objetivo, coletamos e utilizamos treze exemplares do jornal que é composto por trinta e
duas páginas e correspondem a três meses de publicação do semanário, sendo estes os meses
de Janeiro, Fevereiro e Março de 2010. Na análise dos dados utilizamos a Psicologia Social
Discursiva, cuja ênfase é dada na função, variabilidade e efeitos do discurso, e que
apresentam como principais representantes os teóricos Jonathan Potter, Margaret Wetherell,
Michael Billig e Derek Edwards. Identificamos durante a análise que prevalece o uso de
termos e descrições sobre a identidade do sujeito iurdiano que enfatizam uma relação deste
com a igreja, como principal meio pelo qual o sujeito conseguirá adquirir as conquistas
financeiras, espirituais, amorrosas e familiares. Quando o jornal descreve e posiciona a
instituição IURD em seu discurso prevalece o uso de descrições que colocam a igreja numa
posição de destaque frente a outros grupos religiosos, estas expressões apontam a igreja como
uma instituição de prestígio e sucesso no cenário religioso nacional e internacional. Ainda são
anexados descrições que identificam a igreja como estando em constante crescimento e
avanço. As narrativas também deixam evidentes no discurso do jornal (um discurso que
busca evitar posicões explícitas, que evidenciam velhos entraves religiosos, doutrinários e
teológicos, ou seja, uma forma não direta de posicionar o outro) a forma como a IURD busca
posicionar outros grupos religiosos. Expressões como magia negra, maldade, dor e crueldade
são organizadas retoricamente para produzir categorizações negativas contra as religiões de
matriz-afro, ou seja, ao passo que o jornal produz descrições e narrativas sobre fatos
jornalísticos, o mesmo fabrica verções da realidade que objetivam desacreditar outros
discuros de segmentos e instituições religiosas diversas, promovendo assim uma certa disputa
no que chamamos de mercado religioso
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