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Corredores exclusivos de transportes coletivos: uma análise sob a ótica das políticas ambientais, a experiência CaxangáRoberto Suliano Monteiro, Cícero January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O presente trabalho dissertativo se constitui num exercício acadêmico que tem como
objetivo a pesquisa sobre o Sistema de Transportes Público de Passageiros da Região
Metropolitana do Recife, mais especificamente no que se refere à questão dos
mecanismos de priorização no Sistema Viário do Recife voltados para a circulação do
modal ônibus, cuja análise se dá a partir da perspectiva das Políticas Ambientais. A crise
urbana, deflagrada desde o crescimento desordenado da cidade região do Recife nas
últimas cinco décadas, ensejada por dois principais fenômenos complementares, o da
migração inter-regional e o do crescimento demográfico, o primeiro associado ao êxodo
rural fruto da falta de políticas de fixação do homem no campo e o segundo originado da
ausência de controle de natalidade, acabou por conformar uma configuração territorial
cornurbada, institucionalizada como Metropolitana e hoje representada por um tecido de
pequenas manchas prósperas rodeadas de uma imensa mancha tingida de pobreza e
miséria. O núcleo central desse cenário, o município do Recife, que ainda exerce grande
influência sobre os outros 13 municípios, servindo como pólo gerador de viagens, dispõe
de 344,74 km de vias por onde circula a frota de ônibus do STPP/ RMR, dos quais,
apenas 12,35 km, ou seja, 3,5% têm algum tipo de exclusividade para o referido modal, e
desses destaca-se a Avenida Caxangá com 5,9 km de faixa exclusiva, aqui entendido e
pesquisado como uma experiência pioneira e estratégica em face da sua importância no
contexto da mobilidade dos fluxos entre a Zona Oeste, formada por Bairros da Região
Politico-Administrativa 4 do Recife, os municípios de Camaragibe e São Lourenço e o
Centro Expandido do Recife, principalmente, considerando que por ali trafegam
diariamente 70.000 veículos, dos quais 375 são ônibus, responsáveis pelo transporte de
220.000 passageiros, enquanto àqueles primeiros transportam 105.000. A relação de
consumo do espaço de circulação entre um modal e outro, a queda na demanda do
sistema coletivo e a tendência para o aumento do transporte particular e as consequentes
deseconomias, representadas pela poluição do ar e sonora, pela degradação do espaço
construido, pelos acidentes de trânsito, são considerados aqui como desafios a serem
superados por práticas e ações de gestão urbana através de intervenções no meio físico
viário que visem mitigar impactos ambientais. A adoção de instrumentos de planejamento
que buscam intermediar padrões de equidade, mobilidade e acessibilidade na produção
do espaço urbano passam aqui, a serem avaliados como elementos de uma políticaambiental na medida em que contribui, entre outros, para criar as condições de um
programa maior de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
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