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Gestão, produção e experiência do tempo no teletrabalhoAlves, Daniela Alves de January 2008 (has links)
Este estudo trata da relação entre tempo e trabalho em atividades de teletrabalho. Teletrabalho, na sua definição mais enxuta, seria trabalho realizado a distância com utilização de tecnologias informacionais. O objetivo do estudo é analisar a produção, gestão e experiência do tempo no teletrabalho, partindo de entrevistas semi-estruturadas com teletrabalhadores no Brasil e em Portugal, analisadas por meio da metodologia da “análise da fala”. Para a análise dos resultados divide-se o grupo de entrevistados em dois subgrupos conforme a relação maior ou menor de dependência no trabalho, o grupo dos teletrabalhadores por conta própria (empresários, autônomos e informais) e o grupo dos assalariados. Aborda-se o surgimento e definição do teletrabalho em um contexto de transformações sociotécnicas que são ao mesmo tempo sociais, organizacionais e tecnológicas, em especial a flexibilidade no e do trabalho e a expansão da utilização de tecnologias informacionais. Analisam-se as práticas e discursos contemporâneos sobre a flexibilidade e a individualização no trabalho e como se expressam no teletrabalho. Além disso, analisam-se as relações sociais em que estão envolvidos teletrabalhadores, com clientes ou chefias e familiares. Analisam-se também as experiências singulares do tempo no teletrabalho, que depende da situação socioprofissional atual e do percurso profissional de cada teletrabalhador. Como resultado deste estudo, mostra-se que a relação entre tempo e trabalho, no teletrabalho; pressupõe o engajamento subjetivo dos teletrabalhadores, que denominamos engajamento individualizante. Esse tipo de engajamento implicaria a associação entre uma gestão do tempo baseada no autocontrole (de si) e na autodisciplina (do tempo) e a produção do tempo como matéria elástica, que, conforme a necessidade, poderia ser “estendida”, revertendo-se em sobretrabalho ou disponibilidade integral para o trabalho, ou “encurtada”, no sentido da predominância da lógica do curto prazo. / This study is about the relation between time and work in teleworking activities. Teleworking, in its most concise definition, would be the work done from a distance utilizing informational technologies. The objective of the study is to analyze the production, management and experience of time in teleworking, starting with semi-structured interviews with teleworkers in Brazil and in Portugal, analyzed through the “conversation analysis” method. For result analysis, a group of interviewees is divided into two subgroups according to a greater or smaller relation to work dependency, the group of self-employed teleworkers (entrepreneurs, freelances and informal workers) and the group of wage-earners. The appearance and definition of teleworking are approached in a context of sociotechnical transformations, which are at the same time social, organizational and informational. The contemporary practices and discourses on work flexibility and individualization are analyzed, as well as how they express themselves in teleworking. In addition, the social relations in which teleworkers are involved with clients or bosses and family members are analyzed, as are the singular experiences concerning time in teleworking, which depend on each teleworker’s current socioprofessional situation and the professional course. As a result of this study, it is shown that the relation between time and work in teleworking assumes subjective engagement from teleworkers, which we call individualizing engagement. This sort of engagement would imply an association between time management based on self-control (of one’s self) and on selfdiscipline (of time) and the production of time as elastic matter, which according to its necessity, could be “extended”, reverting to overwork or full-time availability for work, or “shortened”, in the sense of the logical predominance of a short-term lifestyle.
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Gestão, produção e experiência do tempo no teletrabalhoAlves, Daniela Alves de January 2008 (has links)
Este estudo trata da relação entre tempo e trabalho em atividades de teletrabalho. Teletrabalho, na sua definição mais enxuta, seria trabalho realizado a distância com utilização de tecnologias informacionais. O objetivo do estudo é analisar a produção, gestão e experiência do tempo no teletrabalho, partindo de entrevistas semi-estruturadas com teletrabalhadores no Brasil e em Portugal, analisadas por meio da metodologia da “análise da fala”. Para a análise dos resultados divide-se o grupo de entrevistados em dois subgrupos conforme a relação maior ou menor de dependência no trabalho, o grupo dos teletrabalhadores por conta própria (empresários, autônomos e informais) e o grupo dos assalariados. Aborda-se o surgimento e definição do teletrabalho em um contexto de transformações sociotécnicas que são ao mesmo tempo sociais, organizacionais e tecnológicas, em especial a flexibilidade no e do trabalho e a expansão da utilização de tecnologias informacionais. Analisam-se as práticas e discursos contemporâneos sobre a flexibilidade e a individualização no trabalho e como se expressam no teletrabalho. Além disso, analisam-se as relações sociais em que estão envolvidos teletrabalhadores, com clientes ou chefias e familiares. Analisam-se também as experiências singulares do tempo no teletrabalho, que depende da situação socioprofissional atual e do percurso profissional de cada teletrabalhador. Como resultado deste estudo, mostra-se que a relação entre tempo e trabalho, no teletrabalho; pressupõe o engajamento subjetivo dos teletrabalhadores, que denominamos engajamento individualizante. Esse tipo de engajamento implicaria a associação entre uma gestão do tempo baseada no autocontrole (de si) e na autodisciplina (do tempo) e a produção do tempo como matéria elástica, que, conforme a necessidade, poderia ser “estendida”, revertendo-se em sobretrabalho ou disponibilidade integral para o trabalho, ou “encurtada”, no sentido da predominância da lógica do curto prazo. / This study is about the relation between time and work in teleworking activities. Teleworking, in its most concise definition, would be the work done from a distance utilizing informational technologies. The objective of the study is to analyze the production, management and experience of time in teleworking, starting with semi-structured interviews with teleworkers in Brazil and in Portugal, analyzed through the “conversation analysis” method. For result analysis, a group of interviewees is divided into two subgroups according to a greater or smaller relation to work dependency, the group of self-employed teleworkers (entrepreneurs, freelances and informal workers) and the group of wage-earners. The appearance and definition of teleworking are approached in a context of sociotechnical transformations, which are at the same time social, organizational and informational. The contemporary practices and discourses on work flexibility and individualization are analyzed, as well as how they express themselves in teleworking. In addition, the social relations in which teleworkers are involved with clients or bosses and family members are analyzed, as are the singular experiences concerning time in teleworking, which depend on each teleworker’s current socioprofessional situation and the professional course. As a result of this study, it is shown that the relation between time and work in teleworking assumes subjective engagement from teleworkers, which we call individualizing engagement. This sort of engagement would imply an association between time management based on self-control (of one’s self) and on selfdiscipline (of time) and the production of time as elastic matter, which according to its necessity, could be “extended”, reverting to overwork or full-time availability for work, or “shortened”, in the sense of the logical predominance of a short-term lifestyle.
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Gestão, produção e experiência do tempo no teletrabalhoAlves, Daniela Alves de January 2008 (has links)
Este estudo trata da relação entre tempo e trabalho em atividades de teletrabalho. Teletrabalho, na sua definição mais enxuta, seria trabalho realizado a distância com utilização de tecnologias informacionais. O objetivo do estudo é analisar a produção, gestão e experiência do tempo no teletrabalho, partindo de entrevistas semi-estruturadas com teletrabalhadores no Brasil e em Portugal, analisadas por meio da metodologia da “análise da fala”. Para a análise dos resultados divide-se o grupo de entrevistados em dois subgrupos conforme a relação maior ou menor de dependência no trabalho, o grupo dos teletrabalhadores por conta própria (empresários, autônomos e informais) e o grupo dos assalariados. Aborda-se o surgimento e definição do teletrabalho em um contexto de transformações sociotécnicas que são ao mesmo tempo sociais, organizacionais e tecnológicas, em especial a flexibilidade no e do trabalho e a expansão da utilização de tecnologias informacionais. Analisam-se as práticas e discursos contemporâneos sobre a flexibilidade e a individualização no trabalho e como se expressam no teletrabalho. Além disso, analisam-se as relações sociais em que estão envolvidos teletrabalhadores, com clientes ou chefias e familiares. Analisam-se também as experiências singulares do tempo no teletrabalho, que depende da situação socioprofissional atual e do percurso profissional de cada teletrabalhador. Como resultado deste estudo, mostra-se que a relação entre tempo e trabalho, no teletrabalho; pressupõe o engajamento subjetivo dos teletrabalhadores, que denominamos engajamento individualizante. Esse tipo de engajamento implicaria a associação entre uma gestão do tempo baseada no autocontrole (de si) e na autodisciplina (do tempo) e a produção do tempo como matéria elástica, que, conforme a necessidade, poderia ser “estendida”, revertendo-se em sobretrabalho ou disponibilidade integral para o trabalho, ou “encurtada”, no sentido da predominância da lógica do curto prazo. / This study is about the relation between time and work in teleworking activities. Teleworking, in its most concise definition, would be the work done from a distance utilizing informational technologies. The objective of the study is to analyze the production, management and experience of time in teleworking, starting with semi-structured interviews with teleworkers in Brazil and in Portugal, analyzed through the “conversation analysis” method. For result analysis, a group of interviewees is divided into two subgroups according to a greater or smaller relation to work dependency, the group of self-employed teleworkers (entrepreneurs, freelances and informal workers) and the group of wage-earners. The appearance and definition of teleworking are approached in a context of sociotechnical transformations, which are at the same time social, organizational and informational. The contemporary practices and discourses on work flexibility and individualization are analyzed, as well as how they express themselves in teleworking. In addition, the social relations in which teleworkers are involved with clients or bosses and family members are analyzed, as are the singular experiences concerning time in teleworking, which depend on each teleworker’s current socioprofessional situation and the professional course. As a result of this study, it is shown that the relation between time and work in teleworking assumes subjective engagement from teleworkers, which we call individualizing engagement. This sort of engagement would imply an association between time management based on self-control (of one’s self) and on selfdiscipline (of time) and the production of time as elastic matter, which according to its necessity, could be “extended”, reverting to overwork or full-time availability for work, or “shortened”, in the sense of the logical predominance of a short-term lifestyle.
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As relações profissionais no processo de mentoriaJuer, Mariana 13 October 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T16:45:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Mariana Juer.pdf: 2033360 bytes, checksum: 31d29721b6891e710823849d1f47f9c3 (MD5)
Previous issue date: 2008-10-13 / This project intends to better understand the relationship between mentor and mentee
in the organizational mentoring processes and the role of mentoring as an actual
organizational demand. Therefore this dissertation considered the bibliography on
mentoring evolution, the relationships characteristics, how diversity can influence the
processes, possible disfunctions and the participants´ roles, considering their
expectations and premises. In order to observe these relationships in a real situation,
this project investigates the mentees´ expectations and the mentors´ premises
regarding the mentoring functions, as well as the investigation on the confidence
level existing among the involved in the Whirlpool´s formal mentoring program for
young talents. The hypotheses established according to the theory for the case were:
H1a: The career functions are considered the most important issue by the mentees in
the case studied. Not confirmed. H1b: The career functions are considered the most
important issue by the mentors in the case studied. Not confirmed. H1c: The
mentees´ expectations are aligned to the mentors´ premises, regarding the mentoring
functions. Not confirmed. H2: Confidence is present among the program´s
participants. Confirmed. H3: The expectations among the mentees vary according to
the gender regarding the mentoring functions. Confirmed. H4: The program´s
relationships are healthful. Confirmed. The dissertation concludes the necessity of
complementarity , empathy and confidence between mentor and mentee to assure
the relationship success. More than this, a formal program must guarantee that its
objectives are clear to all the participants in order to align all expectations and
premises. Additionally it must be very well structured to ideally match mentor and
mentee, concerning their needs and characteristics as well as to follow up the formed
pairs to assure a prompt decision to any kind of disfunctions arised / Este projeto busca melhor compreender as relações entre mentor e mentoreado nos
processos de mentoria nas organizações e o entendimento da mentoria como uma
demanda organizacional atual. Esta dissertação contempla, então, bibliografia sobre a
evolução desse conceito, sobre as características dessas relações, questões de
diversidades que influenciam os processos, as possíveis disfunções e os papéis das
partes envolvidas, com suas premissas e expectativas. A fim de observar essas
relações em uma situação real, este projeto investiga as expectativas dos
mentoreados e as premissas dos mentores quanto às principais funções da mentoria,
além do nível de confiança existente nas duplas participantes do programa formal de
mentoria para jovens talentos da Whirlpool S.A. As hipóteses estabelecidas para o
estudo na empresa, de acordo com a teoria levantada, foram: H1a: As funções de
carreira são as mais valorizadas pelos mentoreados participantes do programa de
mentoria da Whirlpool S.A. para jovens talentos. Não confirmada. H1b: As funções
de carreira são as mais valorizadas pelos mentores participantes do programa de
mentoria da Whirlpool S.A. para jovens talentos. Não confirmada. H1c: As
expectativas dos mentoreados estão de acordo com as premissas dos mentores, no
que tange às funções da mentoria. Não confirmada. H2: Existe relação de confiança
entre os participantes do programa de mentoria da Whirlpool S.A. Confirmada. H3:
Mulheres e homens mentoreados têm expectativas diferentes em relação às funções
de mentoria. Confirmada H4: As relações entre mentores e mentoreados no programa
de mentoria formal da Whirlpool S.A. são saudáveis. Confirmada. Ao final desta
dissertação, fica evidente a necessidade de existir complementaridade, empatia e
confiança entre ambas as partes para o sucesso da relação. Mais que isso, um
programa formal precisa deixar muito claro aos participantes qual o papel do
processo, a fim de alinhar as expectativas dos envolvidos. É também necessário que
seja muito bem estruturado tanto para formar duplas, através de um forte
embasamento sobre as necessidades e características dos participantes, quanto no
acompanhamento do processo para assegurar rapidez nas tomadas de ações no caso
de possíveis disfunções
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A interpretação de conferências no Brasil: história de sua prática profissional e a formação de intérpretes brasileiros / Conference interpreting in Brazil: a history of its professional practice and the training of Brazilian interpretersPagura, Reynaldo José 03 December 2010 (has links)
Embora o ato de traduzir a interação oral entre duas ou mais pessoas seja algo infinitamente antigo, a interpretação de conferências, como profissão, remonta ao início do Século XX, com as Conferências de Paz realizadas em Paris, ao final da Primeira Guerra Mundial. A profissão se consolida com a criação da Liga das Nações e, posteriormente, da Organização das Nações Unidas e com o aumento do número de congressos e reuniões científicas internacionais, além da criação de diversos organismos internacionais após a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a interpretação desponta como profissão na segunda metade da década de 40 do século passado e vai-se consolidando aos poucos, ao longo das décadas seguintes. O presente trabalho tem como objetivo narrar e analisar criticamente a história da profissão no Brasil, a partir de depoimentos de seus diversos participantes, a saber intérpretes de conferência e formadores de intérpretes. O arsenal teórico que subsidia a coleta e análise das entrevistas parte de pressupostos da História Oral, sem, contudo, se limitar a tal abordagem teórica, inserindo-se na grade área de Estudos da Tradução, utilizando a visão do pesquisador insider proposta por Koskinen (2008). O ecletismo da metodologia abrange, ainda, a análise crítica de elementos da mídia, de correspondências por correio eletrônico e de informações de websites de alguns cursos de formação. A pesquisa inclui os primeiros eventos importantes e a criação da Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC), em 1971, em relato de sua idealizadora e primeira presidente, Ulla Schneider e das demais fundadoras vivas. O trabalho, tentando suprir uma lacuna nos Estudos da Interpretação no Brasil e em língua portuguesa como um todo, inclui ainda outras questões contemporâneas pertinentes à profissão, tais como o relacionamento entre intérpretes e desses com agenciadores e organizadores de eventos, além de apresentar uma visão de como a mídia brasileira vê os intérpretes. Inclui também uma panorâmica de grandes eventos internacionais realizados no Brasil, na voz de uma das principais coordenadoras de intérpretes, Simone Troula. Todo um capítulo é dedicado à formação de intérpretes no Brasil, não só em seu aspecto histórico, mas também no que tange à formação hoje em dia, comparando e contrastando os programas existentes no Brasil a seus congêneres internacionais. O trabalho finaliza com uma breve visão de possíveis cenários da profissão, a partir de novos elementos como a interpretação remota, a realização de eventos monolíngues, sobretudo em inglês, e a atuação cada vez maior de agenciadores de intérpretes. Conclui-se o estudo com algumas sugestões para pesquisas futuras em relação à área de estudo abordada. / Although oral translation between people interacting in different languages has existed since times immemorial, conference interpreting as a profession appears in the beginning of the 20th century, with the Paris Peace Conferences, at the end of the First World War. The profession develops at the League of Nations and, later, at the United Nation Organization. It is also fostered by the multiplication of international conferences and technical meetings, as well as the creation of a myriad international organizations, after the Second World War. In Brazil, conference interpreting appears as a profession in the 1940s and slowly grows in the following decades. This research aims at critically narrating the history of this profession in Brazil, from interviews given by its participants, namely conference interpreters and interpreter trainers. Interviews were carried out and analyzed under the light of Oral History methods. This work, however, does not confine itself to the Oral History methodology but rather fits into the field of Translation Studies, relying also on Koskinens (2008) view of the insider researcher. The several sources of data for this study also include samples from the press, e-mail correspondence and information gathered from websites of training institutions. This dissertation deals with the first interpreted events in Brazil and the creation of the Professional Association of Conference Interpreters (APIC), in 1971, from interviews by its main creator and first president, Ulla Schneider, and the other living founders. Trying to bridge a gap in Interpreting Studies in Brazil and in the Portuguese language in general, this work includes other present issues relating to the profession, such as relationships between interpreters and between them and translation agencies and event organizers, as well as a brief analysis of how the Brazilian press sees interpreters. It also includes an overview of some important international conferences held in Brazil through the voice of one of the most important chief interpreters in these events, Simone Troula. A whole chapter is dedicated to interpreter training in Brazil, covering not only its history but other issues pertaining interpreting training these days, comparing and contrasting Brazilian programs with their international counterparts. The work concludes with a brief view of possible future scenarios for the profession, focusing on new elements such as remote interpreting, monolingual conferences, held mostly in English, and the ever-growing role played by translation agencies and professional conference organizers. It closes with some suggestions for further research in interpreting as a field of study.
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A interpretação de conferências no Brasil: história de sua prática profissional e a formação de intérpretes brasileiros / Conference interpreting in Brazil: a history of its professional practice and the training of Brazilian interpretersReynaldo José Pagura 03 December 2010 (has links)
Embora o ato de traduzir a interação oral entre duas ou mais pessoas seja algo infinitamente antigo, a interpretação de conferências, como profissão, remonta ao início do Século XX, com as Conferências de Paz realizadas em Paris, ao final da Primeira Guerra Mundial. A profissão se consolida com a criação da Liga das Nações e, posteriormente, da Organização das Nações Unidas e com o aumento do número de congressos e reuniões científicas internacionais, além da criação de diversos organismos internacionais após a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a interpretação desponta como profissão na segunda metade da década de 40 do século passado e vai-se consolidando aos poucos, ao longo das décadas seguintes. O presente trabalho tem como objetivo narrar e analisar criticamente a história da profissão no Brasil, a partir de depoimentos de seus diversos participantes, a saber intérpretes de conferência e formadores de intérpretes. O arsenal teórico que subsidia a coleta e análise das entrevistas parte de pressupostos da História Oral, sem, contudo, se limitar a tal abordagem teórica, inserindo-se na grade área de Estudos da Tradução, utilizando a visão do pesquisador insider proposta por Koskinen (2008). O ecletismo da metodologia abrange, ainda, a análise crítica de elementos da mídia, de correspondências por correio eletrônico e de informações de websites de alguns cursos de formação. A pesquisa inclui os primeiros eventos importantes e a criação da Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC), em 1971, em relato de sua idealizadora e primeira presidente, Ulla Schneider e das demais fundadoras vivas. O trabalho, tentando suprir uma lacuna nos Estudos da Interpretação no Brasil e em língua portuguesa como um todo, inclui ainda outras questões contemporâneas pertinentes à profissão, tais como o relacionamento entre intérpretes e desses com agenciadores e organizadores de eventos, além de apresentar uma visão de como a mídia brasileira vê os intérpretes. Inclui também uma panorâmica de grandes eventos internacionais realizados no Brasil, na voz de uma das principais coordenadoras de intérpretes, Simone Troula. Todo um capítulo é dedicado à formação de intérpretes no Brasil, não só em seu aspecto histórico, mas também no que tange à formação hoje em dia, comparando e contrastando os programas existentes no Brasil a seus congêneres internacionais. O trabalho finaliza com uma breve visão de possíveis cenários da profissão, a partir de novos elementos como a interpretação remota, a realização de eventos monolíngues, sobretudo em inglês, e a atuação cada vez maior de agenciadores de intérpretes. Conclui-se o estudo com algumas sugestões para pesquisas futuras em relação à área de estudo abordada. / Although oral translation between people interacting in different languages has existed since times immemorial, conference interpreting as a profession appears in the beginning of the 20th century, with the Paris Peace Conferences, at the end of the First World War. The profession develops at the League of Nations and, later, at the United Nation Organization. It is also fostered by the multiplication of international conferences and technical meetings, as well as the creation of a myriad international organizations, after the Second World War. In Brazil, conference interpreting appears as a profession in the 1940s and slowly grows in the following decades. This research aims at critically narrating the history of this profession in Brazil, from interviews given by its participants, namely conference interpreters and interpreter trainers. Interviews were carried out and analyzed under the light of Oral History methods. This work, however, does not confine itself to the Oral History methodology but rather fits into the field of Translation Studies, relying also on Koskinens (2008) view of the insider researcher. The several sources of data for this study also include samples from the press, e-mail correspondence and information gathered from websites of training institutions. This dissertation deals with the first interpreted events in Brazil and the creation of the Professional Association of Conference Interpreters (APIC), in 1971, from interviews by its main creator and first president, Ulla Schneider, and the other living founders. Trying to bridge a gap in Interpreting Studies in Brazil and in the Portuguese language in general, this work includes other present issues relating to the profession, such as relationships between interpreters and between them and translation agencies and event organizers, as well as a brief analysis of how the Brazilian press sees interpreters. It also includes an overview of some important international conferences held in Brazil through the voice of one of the most important chief interpreters in these events, Simone Troula. A whole chapter is dedicated to interpreter training in Brazil, covering not only its history but other issues pertaining interpreting training these days, comparing and contrasting Brazilian programs with their international counterparts. The work concludes with a brief view of possible future scenarios for the profession, focusing on new elements such as remote interpreting, monolingual conferences, held mostly in English, and the ever-growing role played by translation agencies and professional conference organizers. It closes with some suggestions for further research in interpreting as a field of study.
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