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A serenidade e a abertura para o sagrado no pensamento de Martin HeideggerRafael, Maria Aparecida 02 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nessa pesquisa busca-se desenvolver a relação entre a questão da Serenidade e
abertura para o Sagrado no pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger (1889-
2976). Partindo da articulação entre a metafísica e a questão da técnica, esta pesquisa
busca refletir em que medida a última etapa da metafísica, que, segundo Heidegger, é
caracterizada pelo domínio do ente em relação ao ser, elevou a expansão técnica ao
nível planetário, trazendo como conseqüência não só o desenraizamento da essência
humana, como também próprio ocultamento do sagrado do mundo. O máximo domínio
do ente em relação ao ser se evidencia por meio da própria hegemonia do pensamento
calculador sobre o pensamento que medita. Esse dois tipos de pensamento regem a
própria essência da técnica moderna. Ambos são importantes e necessários. No entanto,
Heidegger alerta que o pensamento calculador está se tornando absoluto e devido a isso
a Técnica se apresenta então como o único modo pelo qual o homem se realiza no
mundo. Segundo o filósofo, esse é o grande perigo da técnica. Mas, conforme diz
Hölderlin, “onde cresce o perigo, cresce também aquilo que salva”. O que salva é o
próprio pensamento que medita, que reflete sobre o sentido oculto que rege o mundo
técnico. A Serenidade, Gelassenheit, aponta para a possibilidade de superar o domínio
incondicional do ente em relação ser, na medida em que ela é “deixar-ser” sein lassen
diante do mundo técnico. “Deixar ser” não significa ter uma atitude de apatia em
relação à técnica a ponto de deixar de fazer uso dos objetos tecnológicos. Mas, trata-se
antes de ter uma atitude de desapego diante de tais objetos. A Serenidade acena para
uma nova manifestação do Sagrado do mundo, como também aponta para um novo
enraizamento da essência humana. O homem ao habitar nas proximidades do ser, se
mantém aberto à própria Ereignis, ao dar-se essencial do ser no qual se dá a comumpertença
entre homem e Ser. / In this research we seek to develop the relation between the question of the releasement
(Gelassenheit) and the openness to the holy in the thought of the German philosopher
Martin Heidegger (1889-1976). From the articulation between the metaphysics and the
question of the technique, this text investigates in what sense the last stage of the
metaphysics, which, according to Heidegger, is characterized by the dominance of the
being over the Being, took the technical expansion up to the planetary level, bringing
consequences like the uprooting of the human essence, and also the hiddenness of the
holy from the world. The very dominance of the being over the Being shows itself up
through the hegemony of the calculative thought over the meditative thought. Both
types of thought rule the essence itself of the modern technique, and they are important
and necessary. However, Heidegger warns that the calculative thought is becoming
absolute and due to this fact the technique presents itself as the only way by which the
man happens in the world. According to the philosopher, this is the great danger of the
technique. But, according to Hölderlin, “where the danger grows, also grows what
saves”. What saves is the thought itself that meditates, that thinks about the hidden
sense that rules the technical world.The releasement (Gelassenheit) points to the
possibility to overcome the unconditional dominance of the being over the Being, as it
is “letting being be” (sein lassen) before the technical world. “Letting being be” doesn’t
mean to have an attitude of apathy regarding to the technique at the point to leave of
using the technological objects, rather it assume an attitude of detachment in relation to
such objects. The releasement points out to a new manifestation of the Holy of the
world, and also to a new rooting of the human essence. While dwells in the proximities
of the Being, human being remains opened to the Ereignis itself, to the giving-itself (Es
gibt) proper of the Being, in which happens the common-appurtenance between man
and Being.
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