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Veja : há 40 anos construindo a imagem das mulheres na políticaAzambuja, Kátia Carolina Meurer 03 November 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, 2014. / Submitted by Ruthléa Nascimento (ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-07-06T18:39:56Z
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2014_KatiaCarolinaMeurerAzambuja.pdf: 1000001 bytes, checksum: 96456a5506a5cef85276759f965f633f (MD5) / Esta dissertação analisa 316 reportagens publicadas na revista Veja que abordam a atuação das mulheres no campo político, nacional e internacional, entre 1969 e 2010. A mídia participa da reprodução das representações de gênero e das representações sobre o papel social de mulheres e homens. Nas sociedades contemporâneas, a mídia tem impacto na produção das preferências políticas. Por isso é importante compreender como um dos principais veículos de informação do Brasil, a revista Veja, vem representando a imagem das mulheres, ao longo de quatro décadas. A divisão convencional dos papéis de gênero organiza as posições na sociedade, de mulheres e homens, de forma hierárquica e patriarcal, pois é uma hierarquia valorativa e externa, associada, a priori, ao valor preponderante do gênero masculino universal. A mídia pode contribuir com os obstáculos estruturais que dificultam a presença das mulheres nos espaços de poder ao propagar visões de mundo que tendem a reforçar a naturalização dessas hierarquias. A fim de detalhar elementos que compõem os estereótipos de gênero da representação das mulheres pela Veja e que facilitam a reprodução dessa naturalização, propõe-se apresentá-los por meio de três categorias de análise. A primeira, corporalidade, trata das representações estetizantes e corporificadas; a segunda, ethos feminino, detalha a ideia da representação por uma 'feminilidade' universalizante; e a terceira categoria, vida privada, discute como elementos da esfera privada da vida dessas mulheres são expostos publicamente. Observando também quais são os elementos que compõem os estereótipos de gênero mobilizados pela Veja, e como eles são (re) arranjados nos textos publicados pela revista, busca-se colocar em discussão sua interferência, no contexto brasileiro, sobre a construção da imagem da mulher na política. Conclui-se que as referências às mulheres que atuam no campo político seguem constantes durante o período analisado, de modo a corporificá-las, a dar destaque a suas vidas privadas e a insinuar a existência de uma ‘feminilidade’ universal dentro da qual elas deveriam atuar. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This master thesis analyses 316 articles published at Veja Magazine regarding the performance of women on the national and international political field between 1960 and 2010. The press acts in the sense of reproducing the gender representation and the social role representation of women and men. On the contemporary societies, the press has influence on the political preferences. For that reason it is relevant to understand how one of the main Brazilian channels of communication, Veja Magazine, has been representing the image of the women within four decades. The conventional division of the gender roles organizes the society status of women and men in a hierarchical and patriarchal way, that happens because it is an external appraisal hierarchy, associated, a priori, with the dominating value of the universal masculine gender.
The press may contribute with the structural obstacles which harm the presence of women in the power spaces by spreading worldviews that tend to reinforce and become these hierarchies common. In order to detail the aspects which compose the gender stereotypes of women representation by Veja and that facilitates the spreading of it, it is proposed to present them by three categories of analysis. The first, corporeal, regards to esthetic and corporeal representations; the second, ethos feminine, details the idea of representation by a universal ‘femininity”; and the third category, private life, argues how the elements of the private life of those women are publicly exposed. Also observing which are the elements that compose the gender stereotypes promoted by Veja, and how they are (re)arranged on the texts published by the magazine, it is sought to discuss its interfering, in the Brazilian context, of the image building of the women in politics. It is concluded that the references about the women who act on the political field remain constant within the period analyzed, in a way to corporealize them, to highlight their private lives and suggest the existence of a universal ‘femininity’ in which they should act.
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Violência não faz meu gênero : representações sociais da violência contra a mulher por alunos e professores do ensino médio de uma escola públicaSantos, Karine Brito dos 30 March 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Curso de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2012. / Submitted by Elna Araújo (elna@bce.unb.br) on 2012-07-05T22:13:10Z
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2012_KarineBritodosSantos.pdf: 1887551 bytes, checksum: 40dc2ae44554662b5c912cf8e5a52aff (MD5) / A violência contra a mulher é um fenômeno de alta magnitude no Brasil. A literatura tem apontado essa questão como um problema mundial de saúde pública, uma violação de direitos humanos, situando-a no âmbito da judiciarização e criminalização dos conflitos interpessoais. Diversos autores têm dedicado esforços para compreender a etiologia da violência de gênero e seus efeitos nas vítimas, havendo, no entanto, uma escassez de trabalhos situados para além da perspectiva da vitimização. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou identificar as possíveis representações sociais da violência contra a mulher elaboradas por alunos e professores do ensino médio de uma escola pública. Para alcançar tal objetivo foram realizados dois estudos. No estudo 1, com a participação de 238 alunos, os dados foram coletados por meio de um questionário de evocação e a análise realizada através dos softwares EVOC e ALCESTE. O estudo 2 contou com a participação de 8 professores, mediante realização de um grupo focal, com posterior análise de dados pelo ALCESTE. Os resultados dessa pesquisa apontam para a existência de conteúdos comuns e divergentes nas representações sociais da violência contra a mulher. Quanto aos aspectos comuns, pode-se dizer que ambos, alunos e professores, consideram a violência contra a mulher como uma construção sociocultural, uma violência baseada no gênero, notadamente conjugal, perpetrada pelo marido contra a mulher, e localizada no âmbito doméstico e intrafamiliar. Dentre os aspectos divergentes, os alunos significam essa violência em função das diferenças de gênero, e caracterizam-na como uma violação dos direitos humanos. Já os professores, significam a violência contra a mulher em razão das relações de poder construídas e legitimadas por ambos os sexos e da educação familiar, e apontam barreiras para falar e/ou lidar com esse tipo de violência na escola. A partir dos resultados encontrados, foi possível identificar que alunos e professores construíram representações sociais da violência contra a mulher. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Violence against women is a phenomenon of high magnitude in Brazil. The literature has pointed to this as a worldwide public health problem, a human rights violation, situated as a matter of judicialization and criminalization of interpersonal conflicts. Several authors have dedicated efforts to understand the etiology of gender violence and its effects on victims, having, however, a shortage of works located beyond the perspective of victimization. Accordingly, this study aimed to identify possible social representations of violence against women identified by students and teachers in a public high school. In order to achieve this goal, two studies were performed. In one study, involving 238 students, data were collected through a evocation questionnaire and the analysis were performed using the software EVOC and ALCESTE. The second study had the participation of 8 teachers by conducting a focus group, with subsequent data analysis by ALCESTE. These survey results point out to the existence of common and divergent content in the social representations of violence against women. As the common aspects, it can be said that both students and teachers consider violence against women as a social and cultural construction, a gender-based violence, especially conjugal perpetrated by a husband against his wife, and located domestic and intrafamily. Among the different aspects, the students signify that violence on the basis of gender differences, and characterized it as a violation of human rights. Regarding the teachers, they signify violence against women as a matter of power relations constructed and legitimated by both genders and family education, and pointed out barriers to talking and / or dealing with this kind of violence at school. From the results it was found that students and teachers built the social representations of violence against women.
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Representações sobre gênero e política no Distrito FederalRamos, Daniela Peixoto 05 May 2014 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2014. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2014-09-19T14:13:12Z
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2014_DanielaPeixotoRamos.pdf: 1824495 bytes, checksum: 7c461a5e1a5374f06d3c03502c1d37ac (MD5) / Buscou-se compreender como papéis de gênero, em interação com as clivagens de classe e idade/geração, moldam formas de pensar e se inserir politicamente. A desigualdade de gênero marginaliza as mulheres em termos de acesso a recursos políticos e as leva a desenvolver representações e vivências da política distintas das masculinas porque marcadas pela localização estrutural de gênero. Supondo que a divisão sexual do trabalho é determinante de identidades de gênero e de perspectivas sociais que têm impacto políticos, tratou-se de captar representações sobre gênero e política por meio de entrevistas qualitativas com mulheres e homens residentes em bairros de classe média e popular no Distrito Federal. A partir deste estudo de caso, analisaram-se assunções de gênero que estão na base dos discursos sobre política e variações que podem ser atribuídas a gênero (e à combinação entre gênero, classe e idade/geração), nas formas de pensar e vivenciar a política apresentadas por mulheres e homens. Argumenta-se, assim, que a compreensão das representações sobre política requer a análise de como está organizada a construção social de gênero e suas representações. A importância da socialização de gênero para o entendimento de como se articulam os discursos políticos fica evidenciada pela forma como a casa e a política se interrelacionam, isto é, como papéis e valores familiares/morais são usados para pensar a política. Os princípios de gênero da divisão sexual do trabalho são guias não apenas para relações familiares, mas para todo o mundo social. Como consequência, a participação política das mulheres é vista sob a lente de estereótipos, relacionados a uma suposta superioridade moral decorrente da maternidade. A feminilidade, tal como entendida predominantemente, impõe obstáculos ao ingresso da mulher no campo político, mas também lhe proporciona recursos que podem ser usados politicamente, a começar pela maternidade, que está na base da identidade feminina. Vista de forma estereotipada, como virtuosa, a feminilidade tende a ser entendida tanto como capaz de transformar a política quanto passível de ser desvirtuada por um campo político estruturalmente corrupto. Os diferentes tipos de discurso sobre feminilidade e política, porém, coincidem em considerar que gênero não é um critério legítimo para balizar a escolha eleitoral. A socialização de gênero, em conjunção com o funcionamento do campo político, podem explicar a produção e disseminação de desigualdades que continuam, por meio de mecanismos que são revelados pelos discursos, a se reproduzir e a prejudicar as mulheres. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation has aimed at understanding how gender roles, interacting with the cleavages of class and age/generation, can shape ways of thinking and getting politically involved. Gender inequality marginalizes women in terms of access to political resources and leads them to develop their own representations of politics, which are different from men’s, because of the unique structural location of women in society. Assuming that the sexual division of labor is a determinant of both gender identities and social perspectives which carry political impacts, this research has captured representations on gender and politics through qualitative interviews with a group of men and women who live in different neighborhoods of Brasilia/Distrito Federal – one middle and one lower class. Based on this case study, the analysis has focused on gender assumptions that are present in political discourses. It has also attempted to untangle the variations that may be attributed to gender (and the combination of gender, class, and age/generation) in the forms women and men think and interact with politics. Therefore, it is argued that understanding representations on politics requires analyzing how gender social construction and gender representations are patterned. The importance of gender socialization for analyzing political discourses is evidenced by the way house and politics are interrelated, that is, how moral/family roles are used to think of politics. The gender principles of the sexual division of labor are guidelines not only to family relations but also to the entire social world. As a consequence, the political participation of women is seen under the lens of stereotypes, which are related to an assumed female moral superiority stemming from maternity. Femininity, as it is usually regarded, presents obstacles to women’s entrance into the political field even though it also provides them resources that may be politically used, beginning from maternity, which is at the basis of female identity. Stereotipically viewed, as virtuous, femininity is understood both as capable of transforming politics and as prone to be denatured by a structurally corrupt political field. However, the different types of speech on femininity and politics coincide in considering that gender is not a legitimate criterium to be used for voting. Gender socialization, along with the working of the political field, may explain the production and dissemination of inequalities that continue, through mechanisms that are revealed by discourses, to reproduce and harm women.
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