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Efeitos da microcistina-LR sobre parâmetros cardiorrespiratórios e biomarcadores do estresse oxidativo de duas espécies de teleósteos neotropicais, traíra, Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) e matrinxã, Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829)Martins, Nathan Dias 10 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Cyanobacteria, under favorable conditions can form large superficial masses of green
color called blooms. Some genera of cyanobacteria are toxins producers, and during
the bloom, there may be risks of water bodies contamination and thus of those
organisms that depends on this. Among the toxins produced by cyanobacteria, stands
the microcystin. This type of toxin has pronounced effects on the liver, although it can
exhibit its effects in several organs. Moreover, it is the cyanotoxin which is more widely
distributed in various types of ecosystems. In addition to the phosphatases inhibition,
microcystins may also affect DNA repair systems and gene expression, and appear to
interact with the mitochondria of animal tissues leading to oxidative stress and
apoptosis. The aim of this study was to evaluate the cardiorespiratory responses during
graded hypoxia and also the biomarkers of oxidative stress in two species of
Neotropical teleost, traíra, Hoplias malabaricus, and matrinxã, Brycon amazonicus in
control condition and 48 h after of an intraperitoneal injection of lyophilized extract
containing microcystin -LR (MC-LR - 100 μg.Kg-1 body weight). The results indicate
that exposure to MC-LR induced oxidative stress in liver and gills, and changed the
cardiorespiratory responses of both species. In traíra, the exposure to MC-LR
increased PCO2 values, caused hyperventilation, increased metabolic rate, increased
heart rate values and decreased oxygen extraction, it was also observed oxidative
stress in the gill tissue. In matrinxã was observed hyperventilation, increased metabolic
rate and PCO2, and reduction in oxygen extraction. This specie was more sensitive to
the effects of MC-LR, due to the occurrence of oxidative stress in both tissues (gills and
liver), and the death of some animals during the development of graded hypoxia.
Therefore, our results indicate that exposure to MC-LR has harmful effects on the two
species analyzed, both in cardiorespiratory responses, as in the establishment of
oxidative stress, however the magnitude of this effect appears to be species-specific
indicating major susceptibility of the specie Brycon amazonicus to the effect of this
cyanotoxin. / As cianobactérias, em condições favoráveis podem formar grandes massas
superficiais de coloração verde intensa, denominadas florações. Alguns gêneros de
cianobactérias são produtoras de toxinas, e durante as florações, pode haver riscos de
contaminação da água e consequentemente dos organismos dependentes desta.
Dentre as toxinas produzidas pelas cianobactérias, destaca-se a microcistina. Esse
tipo de toxina apresenta efeitos pronunciados sobre o fígado, embora possa exibir
seus efeitos em diversos órgãos. Ademais, é a cianotoxina que se encontra mais
amplamente distribuída nos mais variados tipos de ecossistemas. Além da inibição das
fosfatases, as microcistinas podem também afetar os sistemas de reparo de DNA e
expressão de genes, e parecem poder interagir com as mitocôndrias de tecidos
animais e causar estresse oxidativo e apoptose celular. O objetivo deste estudo foi
avaliar as respostas cardiorrespiratórias durante hipóxia gradual e os biomarcadores
do estresse oxidativo em duas espécies de teleósteos Neotropicais, a traíra, Hoplias
malabaricus e o matrinxã Brycon amazonicus em situação controle e após 48 h de
injeção intraperitoneal de extrato liofilizado contendo microcistina-LR (MC-LR - 100
μg.Kg-1 de massa corpórea). Os resultados indicam que a exposição à MC-LR induziu
ao estresse oxidativo em fígado e brânquias, bem como alterou as respostas
cardiorrespiratórias de ambas as espécies. Na traíra a exposição a MC-LR aumentou
os valores de PcO2, causou hiperventilação, aumento da taxa metabólica, aumento
dos valores de frequência cardíaca e redução da extração de oxigênio, também foi
observado estresse oxidativo no tecido branquial. Em matrinxã foi observada
hiperventilação, aumento da taxa metabólica e da PcO2, e redução na extração de
oxigênio. Essa espécie se mostrou mais sensível ao efeito da MC-LR, devido a
ocorrência de estresse oxidativo em ambos os tecidos analisados (brânquias e fígado)
e a morte de alguns animais durante o desenvolvimento da hipóxia gradual. Portanto,
nossos resultados indicam que a exposição à MC-LR tem efeitos prejudiciais sobre as
duas espécies analisadas, tanto nas respostas cardiorrespiratórias, quanto no
estabelecimento de estresse oxidativo, entretanto a magnitude desse efeito parece ser
espécie-específica com indicação de maior susceptibilidade da espécie Brycon
amazonicus ao efeito dessa toxina.
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