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Flórula fanerogâmica das restingas do Estado do Pará: leguminosae-mimosoideae

SOUSA, Júlio dos Santos de January 2008 (has links)
This study deals with the taxonomic treatment of Mimosoideae in the coastal sandbanks of Pará State, since they are poorly known under that aspect. The methodology includes the analysis of botanical material originated from new collections and specimens from the herbaria MG and IAN, beyond specialized literature. In the results, identification key, descriptions, and illustrations of the taxa are given, as well as further data concerning geographical distribution, additional comments, flowering and fructification period, and habitat of the species. The fruit was the character of larger prominence in the separation of taxa. The results pointed out the presence of seven species {Calliandra surinamensis Benth. Chloroleucon acacioides (Ducke) Barneby & J. W. Grimes, Inga cayennensis Sagot ex Benth., Inga heterophylla Willd., Ingapilosula (Rich.) J.F. Macbr., Inga splendens Willd. and Mimosa candollei R. Grether), three varieties {Aharema cochleata (Willd.) Barneby & Grimes var. cochleata, Entadapolystachya (L.) DC. var. Polystachya and Mimosapudica var. unijuga (Walp. & Duchass.) Griseb.) and one subspecie {Inga thibaudiana DC. subsp. thihandiand), distributed in six genera and two tribes. Inga cayennensis, Inga thibaudiana subsp. thibaudiana e Mimosa candollei are new records for the sand coast of Pará. The genus Inga Mill. was the most representative with five species. Entada polystachya var. polystachya and specially Chloroleucon acacioides presented the widest distribution, and forest formation was the ecosystem which had the largest number of species. / Este trabalho consiste no tratamento taxonômico de Mimosoideae nas restingas do litoral paraense, uma vez que estas são pouco conhecidas sob esse aspecto. A metodologia desse estudo abrangeu a análise do material proveniente de coletas e amostras de exsicatas dos herbários MG e IAN, além de literatura especializada. Nos resultados são apresentadas chave de identificação, descrições e ilustrações dos táxons, bem como dados adicionais sobre distribuição geográfica, comentários, período de floração e frutificação e hábitat das mesmas. O fruto foi o caráter de maior destaque na separação dos táxons. Os resultados evidenciaram a presença de sete espécies {Calliandra surinamensis Benth., Chloroleucon acacioides (Ducke) Barneby & J. W. Grimes, Inga cayennensis Sagot ex Benth., Inga heterophylla Willd., Inga pilosula (Rich.) J.F. Macbr., Inga splendens Willd. e Mimosa candollei R. Grether), três variedades {Aharema cochleata (Willd.) Barneby & Grimes var. cochleata, Entada polystachya (L.) DC. var. Polystachya e Mimosa pudica var. unijuga (Walp. & Duchass.) Griseb.) e uma subespécie (Inga thihaudiana DC. subsp. thihandiana), distribuídas em seis gêneros e duas tribos. Inga thihaudiana subsp. thihaudiana e Mimosa candollei, são novos registros para o litoral do Pará. O gênero Inga Mill. foi o mais representativo com cinco espécies. Entada polystachya var. polystachya e principalmente Chloroleucon acacioides apresentaram distribuição mais ampla e a formação de mata foi o ecossistema que apresentou o maior número de espécie.
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Apocynaceae Juss. s.l. das restingas do estado do Pará.

PEREIRA, Ivete da Silva January 2009 (has links)
This research consists on the taxonomic treatment of the Apocynaceae s.l. from the restingas of Pará. Results presented consist on the elaboration of descriptions, illustrations and dycotomic keys of the species occurring within the study area, aiming to make their identification easier. In addition to that, there are information about geographic distribution, taxonomic commentary, flowering and fructification period, and species habitat. Apocynaceae s.l. from the restingas of Pará are represented by twelve species distributed among three subfamilies, eleven genera and seven tribes, presented here: Allamanda cathartica L., Blepharodon pictum (Vahl) W.D. Stevens, Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton, Ditassa hispida (Vell.) Fontella, Funastrum clausum (Jacq.) Schltr., Himatanthus articulatus (Vahl.) Woodson, Mandevilla hirsuta (Rich.) K. Schum, Mandevilla scabra (Hoffmanns, ex Roem. & Schult.) K. Schum., Marsdenia macrophylla (Humb. & Bonpl. ex Schult) E. Fourn., Odontadenia nitida (Vahl) Müll. Arg., Rhabdadenia biflora (Jacq.) Müll. Arg., and Tabernaemontana angulata Mart. ex Müll. Arg. The most representative subfamily with five species was Asclepideae R. Br. Ex Burnett, followed by Apocynoideae Burnett with four species and Rauvolfioideae Kostel, with three species. The most representative genus was Mandevilla Lindl, with two species. Himatanthus articulatus shows the highest number of samples and Calotropis procera and Allamanda cathartica are invasive species, the former being exotic and the latter being a new register for the restingas of Pará. The highest number of species was harvested within formation campo de dunas, followed by formation aberta de moitas. / Este trabalho consiste no tratamento taxômico das Apocynaceae s.l. das restingas paraenses. Os resultados apresentados consistem na elaboração de descrições, ilustrações e chaves dicotômicas das espécies ocorrentes na área de estudo, com a finalidade de facilitar a identificação das mesmas. Além disso, são fornecidas informações adicionais sobre distribuição geográfica, comentários taxonômicos, período de floração e frutificação e hábitat das espécies. As Apocynaceae s.l., nas restingas do estado do Pará estão representadas por 12 espécies distribuídas em 11 gêneros, sete tribos e três subfamílias, apresentadas a seguir: Allamanda cathartica L., Blepharodon pictum (Vahl) W.D. Stevens, Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton, Ditassa hispida (Vell.) Fontella, Funastrum clausum (Jacq.) Schltr., Himatanthus articulatus (Vahl) Woodson, Mandevilla hirsuta (Rich.) K. Schum., Mandevilla scabra (Hoffmanns. ex Roem. & Schult.) K. Schum., Marsdenia macrophylla (Humb. & Bonpl. ex Schult.) E. Fourn., Odontadenia nitida (Vahl) Müll. Arg., Rhabdadenia biflora (Jacq.) Müll. Arg., e Tabernaemontana angulata Mart. ex Müll. Arg. A subfamília mais representativa com cinco espécies foi a Asclepiadoideae R. Br. ex Burnett, seguida da Apocynoideae Burnett, com quatro e Rauvolfioideae Kostel, com três. O gênero mais representativo foi Mandevilla Findl., com duas espécies. Himatanthus articulatus é a espécie que mais se destaca em número de amostras e Calotropis procera e Allamanda cathartica são espécies invasoras, sendo a primeira exótica e a segunda, novo registro para as restingas do estado do Pará. Na formação vegetal Campo de Dunas foi coletado o maior número de espécies, seguida da Formação aberta de moitas.
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Estratégias de estabelecimento da espécie exótica Furcraea foetida (L.) Haw (Agavaceae) e interferências na comunidade vegetal de restinga frontal

Barbosa, Cristiana January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T01:50:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 295289.pdf: 1115790 bytes, checksum: 18b9ef41449b33848276d957405ad2cf (MD5) / Furcraea foetida é reconhecida como Espécie Exótica Invasora no Estado de Santa Catarina e este estudo objetivou caracterizar a situação de invasão e estratégia de propagação da espécie em ambiente de restinga. O estudo foi desenvolvido na restinga da praia Mole e da Armação do Pântano do Sul, Ilha de Santa Catarina, SC. Na comunidade de restinga frontal da praia Mole, foram analisadas a estrutura populacional de F. foetida, o estágio de invasão, as características da comunidade vegetal nos sítios ocupados e a interferência causada pela espécie exótica na vegetação associada no intervalo de um ano. Foi registrado um total de 67 indivíduos de F. foetida na área de estudo distribuidos de maneria agregada (Morisita: Id =18,4). O estágio de desenvolvimento predominante foi de jovens grandes que representaram (50,7%), seguido de juvenil pequeno (29,8%), adulto potencialmente reprodutivo (11,9%) e bulbilho (7,5%). Devido ao fato de não haver indivíduos reprodutivos, sugere-se que a espécie encontra-se em fase de colonização na comunidade de restinga avaliada. A ocorrência da espécie esteve mais associada a sítios com maior valor de cobertura e altura da vegetação. É possivel que as condições mais amenas de habitat destes sítios, além da pressão de propágulos gerada pelo cultivo da espécie para uso ornamental e cercas-vivas em construções existentes nesta comunidade, tenham favorecido o processo de colonização da espécie. As variáveis riqueza e diversidade não apresentaram relação clara com a ocorrência de F. foetida. De 2009 a 2010 os indivíduos de F. foetida cresceram e houve uma perda significativa da cobertura de espécies associadas, sendo sugerida uma competição por espaço físico. Para analisar o padrão de dispersão de bulbilhos em função da distância à planta mãe, da direção de queda e o sucesso de estabelecimento, foram avaliados três indivíduos reprodutivos na praia Mole e dois na praia da Armação do Pântano do Sul no período de 2009 a 2010. Avaliou-se também se a cobertura de bulbilhos reduz a cobertura vegetal das outras espécies. Houve uma maior concentração a um metro da planta mãe (449 bulbilhos/m2), com menor densidade a três e quatro metros de distância (46 e 33 bulbilhos/m2, respectivamente). Com o aumento da distância observou-se que o peso individual dos bulbilhos aumentou significativamente. Houve diferença significativa de densidade em função da direção de queda, evidenciando que a dispersão não ocorre de forma homogênea ao redor da planta mãe. De 2.374 bulbilhos registrados em 2009 em 38 m2 amostrados, apenas 501 foram registrados um ano após o evento de queda. A redução no número de bulbilhos ocorreu com maior importância em parcelas mais densas, próximas à planta mãe. A cobertura vegetal estabelecida pelos bulbilhos apresentou correlação negativa à de espécies associadas. Apesar de um único indivíduo de F. foetida produzir milhares de bulbilhos, devido à estratégia de dispersão gravitacional da espécie, há baixo estabelecimento da prole decorrente de um efeito de mortalidade, dependente da densidade, atuando ao redor da planta mãe.
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RELAÇÕES TRÓFICAS EM ASSEMBLÉIAS DE FORMIGAS E LAGARTOS EM ÁREAS DE RESTINGA DA BAHIA

Oliveira, Magno Lima Travassos January 2011 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-18T01:31:07Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Magno.pdf: 2120284 bytes, checksum: 4867df9e950ef17be8ae8c3fead9f3be (MD5) / Approved for entry into archive by Vilma Conceição (vilmagc@ufba.br) on 2014-01-20T13:06:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Magno.pdf: 2120284 bytes, checksum: 4867df9e950ef17be8ae8c3fead9f3be (MD5) / Made available in DSpace on 2014-01-20T13:06:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Magno.pdf: 2120284 bytes, checksum: 4867df9e950ef17be8ae8c3fead9f3be (MD5) / Capes, Lacerta Ambiental / A composição de uma comunidade pode ser influenciada por uma única espécie, através da competição interespecífica. Cada espécie pode servir de recursos para outras, sendo consumida ou parasitada, ocupando a posição de produtor, consumidor ou decompositor (BEGON et al., 2007). Desta forma, a posição de um organismo dentro da comunidade pode ser definida em termos de utilização dos recursos e de interações com organismos que utilizam os mesmos recursos (PUTMAN, 1994). Essa idéia abstrata da posição que um organismo ocupa dentro da comunidade e suas relações, está expressa no conceito de nicho ecológico (PUTMAN, 1994). O termo nicho é amplamente utilizado na ecologia e apresenta diversas definições e abordagens. O primeiro a propor um conceito de nicho ecológico foi Grinnell, em 1917, onde ele enfatizou a relação entre uma espécie de pássaro e variáveis ambientais, buscando entender a distribuição desta espécie, formulando o conceito de NICHO ESPACIAL (GRINNELL, 1917). Em 1927, Elton propõe, no livro Animal Ecology, um conceito de nicho que enfatiza o papel das interações ecológicas, referindo-se à posição de um organismo dentro de uma cadeia alimentar (predador, consumidor ou decompositor): NICHO TRÓFICO (ELTON, 1927). Assim, os conceitos propostos por Grinnell (considerando o habitat) e Elton (a função ecológica) são complementares. Em 1957, Hutchinson une os dois conceitos de nicho, e cria a idéia de NICHO HIPERVOLUMETRICO, onde os organismos interagem com o meio biótico e abiótico ao longo de n dimensões. No mesmo estudo, ele estabelece a diferença entre nicho fundamental e nicho realizado. O primeiro seria o volume total de condições favoráveis à existência da espécie. O nicho realizado seria uma fração do nicho fundamental onde as interações bióticas permitam efetivamente o desenvolvimento da espécie (HUTCHINSON, 1957). A quantificação de nicho é expressa por uma noção de amplitude e sobreposição, segundo as quais as espécies se estabelecem dentro das comunidades ecológicas partilhando entre si recursos disponíveis. Este fator é determinante da diversidade de espécies coexistentes (PIANKA, 1974). A abordagem centrada no nicho é frequentemente utilizada em estudos de partição de recursos (MAY & MACARTHUR, 1972; PIANKA, 1973, 1974; VITT & PIANKA, 2005), competição (MAY & MACARTHUR, 1972; TILMAN, 2004), estrutura de comunidade (MESQUITA & COLLI, 2003; TILMAN, 2004) e coexistência de espécies (DUNHAM, 1983; VITT, 2000). Uma das premissas dessa abordagem é que as espécies coexistentes devem diferir nas suas exigências ecológicas, em pelo menos uma quantidade mínima, seja na utilização de um único gradiente de recurso ou, na dimensão total de nicho realizado, para evitar a exclusão competitiva (PIANKA, 1974). Estudos com comunidades de lagartos sugerem que subdividam o acesso aos recursos sob três formas principais: diferem quanto ao que comem (trófico) (PIANKA, 1974; VITT et. al., 2003; VITT, 2004; VITT & PIANKA, 2005), onde e como forrageiam (espacial) (PIANKA, 1974; COLLI & PAIVA, 1997; VITT et al., 2003; VITT, 2004; VITT & PIANKA, 2005), e período de atividade (temporal) (PIANKA, 1974; COLLI & PAIVA, 1997; VITT et al., 2003; VITT, 2004). Nos lagartos, os mecanismos que modulam as relações tróficas estão entre os mais importantes na organização das comunidades ecológicas (ROCHA, 1994; PIANKA & VITT, 2003; VITT & CALDWELL, 2009). Assim, a determinação da dieta para este grupo é uma atividade complexa, que envolve aspectos relacionados à história evolutiva, ao tamanho corpóreo, especialização relacionada ao microhabitat e disponibilidade de alimento (PIANKA & VITT, 2003). Este último aspecto é relacionado com a produtividade primária, pois existe uma relação positiva entre produtividade primária e secundária, onde o aumento da densidade dos consumidores pode estar relacionado com o aumento da densidade dos produtores (BEGON et al., 2007), estabelecendo uma maior disponibilidade de recursos e, consequentemente, alterando sua dinâmica populacional. Por outro lado, a distribuição e abundância de recursos alimentares podem resultar, não apenas da disponibilidade, mas também das condições ecológicas exibidas naquele ambiente. Quanto às estratégias de forrageio os lagartos dividem-se em dois grupos: i) os “senta-e-espera” (Iguania) que capturam principalmente presas ativas; a detecção é visual, e a apreensão da presa é feita com auxílio da língua; e ii) os forrageadores ativos (Scleroglossa) que se movimentam em busca de suas presas, alimentam-se em sua maioria de indivíduos sésseis ou móveis, que são detectados através de órgãos quimiorreceptores e capturadas por apreensão mandibular (PIANKA & VITT, 2003; VITT & PIANKA, 2005; VITT et al., 2008). Essa dicotomia sugere que as características associadas a dieta destes animais tenham uma base filogenética (PIANKA & VITT, 2003). Algumas guildas de lagartos apresentam na sua dieta eletividade por formigas. Esse caractere foi verificado por Tinôco (2004) em um estudo na Mata Atlântica do extremo sul da Bahia, na região de Porto Seguro. Da mesma maneira, Dias e colaboradores (1998) encontraram formigas e aranhas como principais itens na dieta de quatro espécies de lagartos na Caatinga. Neste mesmo Bioma, Tropidurus psammonastes Rodrigues, Kasahara & Yonenaga-Yasuda, 1988 apresentou uma alta eletividade por formigas (ROCHA & RODRIGUES, 2005), assim como a dieta de Tropidurus torquatus Wied, 1820 está majoritariamente (85,7%) constituída por estes organismos (TEIXEIRA & GIOVANELLI, 1999). Desta forma, as comunidades de lagartos e formigas estão intimamente relacionadas entre si, sugerindo que, como elemento chave na dieta de alguns lagartos, a distribuição das formigas poderia influenciar a dos lagartos (PIANKA & VITT, 2003; TINÔCO, 2004). Os efeitos dessas interações sob a organização de comunidades ecológicas dos lagartos ainda exigem estudos empíricos. Lagartos e formigas são considerados ótimos modelos em estudos ecológicos, em decorrência de serem grupos bastante diversos e apresentarem grande variação morfológica, etológica e ecológica (PIANKA & VITT, 2003, VITT & CALDWELL, 2009). Além disso, ocupam diversos habitats e são frequentemente abundantes, de detecção e amostragem relativamente fácil (SANTOS et al., 1999; PIANKA & VITT, 2003; ROCHA & VAN SLUYS, 2007; VITT et al., 2008). Por isso, são amplamente usados para testar teorias ecológicas (PIANKA, 1974; HARMON, 2005) como também em estudos de indicadores ambientais (DIAS e ROCHA, 2005; VARGAS, et al., 2007; SANTOS et al., 1999). Ambos os grupos apresentam características em comum, principalmente fisiológicas, como é o caso da ectotermia e diversos tipos de comportamentos, tais como a estratégia de forrageio e o período de atividade (HÖLLDOBLER & WILSON 1990; VITT & PIANKA, 2003), que lhes permitem ocupar ambientes de vegetação aberta. A restinga é um ecossistema inserido no domínio de Mata Atlântica, típico das planícies litorâneas, formadas por sedimentos quaternários originados pelas ultimas transgressões marinhas decorrentes de mudanças paleoambientais (SILVA, 1990; ROCHA, 2000; FRAGA & PEIXOTO, 2004; MENEZES, 2007). A predominância de áreas abertas nos habitats de restinga, somada ao solo arenoso, resulta na maior percolação da água pluvial, acarretando em uma relativa limitação de água livre, encontrada com maior frequência nos pontos de afloramento do lençol freático, rios, lagos e, também, em bromélias tanques (Bromeliaceae) que têm a peculiaridade de reter água devido à disposição espiralada de suas folhas (ROCHA, 2000; COGLIATTI-CARVALHO et al., 2001). Além disso, a restinga é um ambiente que recebe uma alta incidência de luz solar, com elevadas amplitudes térmicas e baixa umidade (ROCHA & VAN SLUYS, 2007). Ao longo da costa brasileira, a restinga possui acentuadas variações na sua fitofisionomia, isto é, na sua estrutura e composição florística (ROCHA, 2000; DIAS & ROCHA, 2005; MENEZES, 2007). Em consequência, a restinga apresenta diferentes formações vegetais, que variam desde formações herbáceas, passando por formações arbustivas, abertas ou fechadas, chegando a florestas com dossel variável que, em geral, não ultrapassam 20 metros (SILVA, 1990; MENEZES, 2007). Podem-se distinguir quatro formações principais na planície costeira: Praial – Graminóide, formação de Moita, Zona úmida e Mata de Restinga (SILVA, 1990; MENEZES, 2007). Desta maneira e em razão de sua posição geográfica e condições climáticas favoráveis à ocupação humana, ecossistemas como a restinga estão sob constante ameaça de degradação. Há riscos de perda da biodiversidade local, principalmente através da fragmentação e perda de habitat, e do comprometimento de padrões e processos ecológicos. Isso decorre da localização da restinga na região litorânea, principalmente porque está situada na porção do País com maior densidade populacional, onde grandes interesses econômicos estão em jogo (DIAS & ROCHA, 2005). O presente estudo visa avaliar padrões e processos ecológicos em comunidades de lagartos nas restingas, assim como do recurso alimentar (formigas). De maneira mais específica visa testar a hipótese de que lagartos mirmecófagos simpátricos partilhando, a priori, os mesmo recursos, devam diferir (ao menos um mínimo) na sua utilização (com alteração no consumo de espécies de formigas) bem como na dimensão do nicho usado. / Salvador
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Sucessão secundária inicial em restinga após retirada de plantio de Pinus elliottii Engelm., uma espécie exótica invasora no Brasil

Gonçalves, Aline de Oliveira January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:34:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 328256.pdf: 1654590 bytes, checksum: c994fa466f3013cc81c4a87b14469b28 (MD5) Previous issue date: 2014 / A vegetação de restinga se estabelece em substrato arenoso e se estende desde a praia até a floresta pluvial atlântica, com espécies de alta plasticidade ecológica. A supressão da vegetação nativa para plantio de espécies exóticas, como as do gênero Pinus, é comum na restinga. Estes plantios alteram o ambiente e impõem limitações à regeneração das espécies, sendo incentivada sua remoção em áreas associadas à Unidades de Conservação devido seu potencial invasor. Este estudo avaliou a regeneração inicial da vegetação de restinga após a remoção de plantio de 20 anos de Pinus elliottii, no Parque Municipal da Lagoa do Peri (Florianópolis, SC) e verificou o efeito da serapilheira na germinação de sementes e emergência de plântulas de espécies nativas. Para avaliar a regeneração, 161 parcelas fixas de 1m x 1m foram distribuídas aleatoriamente em 1 ha. Essas parcelas foram demarcadas e avaliadas no primeiro e segundo ano após a remoção (Pinus foi removido em julho de 2011). Para entender o efeito da serapilheira de P.26elliottii na regeneração das espécies nativas foram feitos experimentos em casa de vegetação, utilizando substrato arenoso e deposição de camadas de acículas com 5 e 10 cm sobre as sementes. Cem espécies (ou morfo-espécies) distribuídas em 69 gêneros e 42 famílias botânicas foram registradas. O estabelecimento por rebrota foi o menos representativos, contribuindo com menor riqueza e cobertura vegetal de plantas regenerantes. Para plantas estabelecidas por germinação, os maiores valores de riqueza e abundancia de indivíduos ocorreram em parcelas com menores espessuras de serapilheira. Entre os anos de estudo, ocorreu aumento na riqueza de espécies e altura da vegetação,mas não em cobertura vegetal e na abundância de plântulas. No experimento com serapilheira, quatro das cinco espécies analisadas apresentaram inibição ou ausência de emergência de plântulas no tratamento de maior espessura de serapilheira (10 cm). Myrcia palustris e Guapira opposita não apresentaram indivíduos emergindo apenas neste tratamento, Handroanthus chrysotrichus apresentou emergência de plântulas apenas na ausência de serapilheira e Dodonaea viscosa mostrou maior emergência apenas no tratamento com espessura intermediária de serapilheira (5 cm) em comparação com o tratamento sem serapilheira.<br> / Abstract : The restinga grows up in a sand substract and is extending from the beach to the Atlantic rain forest with species of high ecological plasticity. The suppression of native species for planting exotic ones, as Pinus genus, is notorius in restinga. These plantings change the environment and limit the species regeneration, being recommended the remotion in Conservations Units areas because the invader potential. This study avaluated the inicial regeneration of restinga vegetation after the remotion of the plantation of twenty yared Pinus elliottii, Lagoa do Peri Municipal Park (Florianópolis, SC) and verified the effect of litter of Pinus elliottii in seed germination and emergence of seedling of native species. In order to understand the regeneration of vegetation were used 161 fixed installments of 1 m² (1 m x 1 m), randomly distributed in nearly one hectare (1 ha). These plots were demarcated and evaluated in the first and second year after removal (Pinus were removed in july 2011). To understand the effect of litter of Pinus elliottii upon the seeds of native species was conducted an experiment in a greenhouse of the Department of Botany, Federal University of Santa Catarina(Florianópolis, SC). We used sandy substrate containing or not containing litter of Pinus elliottii with different thicknesses (5cm and 10cm) upon seeds of native species. A total of 100 species and morpho-species, distributed in 69 genera and 42 botanical families, were recorded throughout the study of regeneration. Regarding the mechanisms of establishing the regrowth was the lowest value in terms of species richness and vegetation cover. It was also observed that plots with higher richness and abundance of germination, were also plots with28smaller thick amounts of litter. Between the years of study, there was an increase in species richness and vegetation height, but not in vegetation cover and abundance of seedlings. In the experiment with litter of Pinus elliottii four of the five species analyzed showed inhibition or absence of seedling emergence in the treatment of major accumulation of litter. As with individuals of Myrcia palustris and Guapira opposita who did not emerged only in treating ten inches of litter, Handroanthus chrysotrichus that showed seedling emergence only in the absence of litter and Dodonaea viscosa that showed greatest emergency only with 5cm of litter , in comparison with the treatment without litter.
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Ectomicorrizas tropicais

Vanegas León, Mary Luz January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-07-25T04:11:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 346930.pdf: 3675368 bytes, checksum: 363fa96eeb7a2aa2be27a80230deadd8 (MD5) Previous issue date: 2017 / As micorrizas são as relações simbiótica mutualísticas entre os fungos e as raízes das plantas. Os principais tipos de micorrizas são as arbusculares (MA) e as ectomicorrizas (EcM). Os fungos ectomicorrízicos são essenciais para o desenvolvimento de aproximadamente 10% das famílias de plantas. As EcM têm sido muito estudadas em ambientes temperados e boreais mas recentemente as pesquisas nos trópicos começaram a ser feitas. A Mata Atlântica é um ecossistema altamente diverso e estudos que incluam a análise de raízes micorrizadas são escassos. O objetivo deste trabalho foi contribuir para ampliar o conhecimento das associações ectomicorrízicas da mata nativa do sul do Brasil. Basidiomas e raízes foram coletados e analisados molecularmente por meio do sequenciamento da região ITS e rbcL. Foram obtidas 29 sequências de raízes (23 ITS e 6 rbcL), sete de Ascomycota e 16 de Basidiomycota, e 40 sequências de espécimes (basidiomas). O grupo mais representativo foi Russulaceae, uma família tipicamente ectomicorrízica, que foi encontrada associando-se a Nyctaginaceae e Moraceae. Para Trechispora, um gênero que ainda não foi descrito como ectomicorrízico, foram encontradas evidências moleculares e morfológicas de algumas espécies do gênero como formadoras de ectomicorrizas. Alguns gêneros só foram encontrados nos basidiomas ou só nas raízes. Portanto é muito importante continuar as pesquisas na Mata Atlântica onde possivelmente existem fungos e plantas ectomicorrízicas ainda não descritos.<br> / Abstract : Mycorhizae is a symbiotic relationship between fungi and the plant roots. The main types of mycorrhizae are the arbuscular mycorrhizae (AM) and the ectomycorrhizae (EcM). Ectomycorrhizal fungi play an important role in the development of 10% of plant families worldwide. The EcM have been well documented in temperate regions for several decades and only recently have started to be studied in tropical regions. The Mata Atlantica is a highly diverse ecosystem where the EcM are poorly studied. The main objective of this study was to contribute to increase the knowledge about the EcM associations in native forest ecosystems in Southern Brazil. Basidiomes and roots were collected and were molecularly analyzed through sequences of the ITS region. Twenty three EcM sequences were obtained from the roots, seven from Ascomycota and 16 from Basidiomycota. Forty-six sequences were obtained from basidiomes. The best represented group was Russulaceae, a well documented family as EcM forming fungi. Russulaceae was found in association with Nyctaginaceae and Moreaceae. Trechispora is a genus in the Hydnodontaceae family not previously documented as EcM forming fungi, but in the present study molecular and morphological evidences show that some species from Trechispora form EcM associations were found. Some genera were found only above soil (basidiomes) and others were only found in the roots. Therefore, it is very important to continue the research in the Atlantic Forest where there are possibly ectomycorrhizal fungi and plants not yet described.
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Vriesea friburgensis (bromeliaceae) como planta-berçário de espécies vegetais de restinga

Tsuda, Érica Tiemi January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Ecologia, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-12-06T00:39:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 318987.pdf: 829540 bytes, checksum: 51ff3ac14548114c62763988e307d673 (MD5) Previous issue date: 2013 / As interações positivas entre plantas possuem papel fundamental em locais com condições ambientais extremas, como nas restingas, onde o estabelecimento de muitas espécies é limitado pelas altas temperaturas, baixa disponibilidade de água e nutrientes no solo, dentre outros. As bromélias possuem características para atuar como planta-berçário de outras espécies vegetais, fornecendo a elas condições mais favoráveis e proporcionando um incremento na germinação, no crescimento e/ou no estabelecimento das espécies beneficiadas. Este estudo objetivou analisar o potencial da bromélia Vriesea friburgensis como planta-berçário de espécies vegetais de restingas, comparando esta interação entre restingas herbáceas e arbustivas, localizadas na Ilha de Santa Catarina, SC. Para tal, foram coletados juvenis associados à V. friburgensis (n=50 em cada área), dentro dos tanques e sob os indivíduos e comparados em abundância, altura e riqueza com juvenis coletados de uma parcela adjacente de 0,25m² colocada 30 cm de cada bromélia. Além disso, foi realizado um monitoramento de médio prazo com 16 indivíduos de Clusia criuva para verificar o crescimento, sobrevivência e o sucesso no estabelecimento de plântulas que estavam associadas à V. friburgensis. A frequência de bromélias que apresentaram juvenis associados à seus tanques foi de 29% na vegetação herbácea e de 69% na vegetação arbustiva. Foi obtido um total de 1.280 juvenis, classificados em 57 morfo-espécies. A abundância e a riqueza dos juvenis coletados na fitofisionomia herbácea foram maiores nas parcelas adjacentes, porém, as alturas dos juvenis foram maiores quando associados às bromélias e este resultado não foi influenciado pela presença de espécies com hábito de vida arbustivo e arbóreo. Na fitofisionomia arbustiva, a abundância, riqueza e altura de juvenis não diferiram entre os sítios. A análise de similaridade (ANOSIM) mostrou que a composição de espécies nas bromélias difere da composição das áreas adjacentes, indicando que há espécies que interagem mais com as plantas-berçário, e outras que não se desenvolvem em associação, porém a análise de correspondência (CA) mostrou que esta diferença foi menor nas áreas de vegetação arbustiva. Através da análise de espécies indicadoras (IndVal), Clusia criuva foi considerada característica de locais associados às bromélias, nas duas vegetações, mostrando grande especificidade à esta interação. O monitoramento dos indivíduos de C. criuva mostrou que o efetivo estabelecimento no solo ocorre, com crescimento irregular entre eles, ou seja, alguns crescendo mais que os outros, provavelmente pela condição de alto recrutamento na mesma bromélia. Com esses resultados, pode-se concluir que V. friburgensis atua como planta-berçário de restingas herbáceas e arbustivas, auxiliando no crescimento desses juvenis, porém a interação positiva ocorre apenas para poucas espécies vegetais, principalmente C. criuva, a qual apresentou alto grau de especificidade com a bromélia <br> / Abstract: Positive interactions between plants play a fundamental role inenvironments with extreme conditions, such as restingas, where theestablishment of many species is limited by high temperature, lowavailability of water and nutrients in the soil, among others. Thebromeliads can act as nurse-plants for other species, providing moresuitable conditions and an increment in germination, growth and/orestablishment of beneficiary species. This study aimed to analyze thepotential of bromeliad Vriesea friburgensis as a nurse-plant for plantspecies, comparing this interaction between herbaceous restinga andshrubby restinga, in Ilha de Santa Catarina, SC. Therefore, juvenilesassociated with V. friburgensis (n=50 bromeliad in each area) werecollected, within and under bromeliad tanks, and compared inabundance, height and richness with juveniles collected on adjacentplots of 0,25m² placed beside each bromeliad. Moreover, a medium termmonitoring was carried out to verify the growth, survivorship andestablishment success of 16 Clusia criuva seedlings that were associatedwith V. friburgensis. The frequency of bromeliads with associatedjuveniles was 29% in herbaceous vegetation and 69% in shrubbyvegetation. In total 1.280 juveniles were collected, classified in 57morpho-species. Abundance and richness of juveniles collected inherbaceous vegetation were higher in adjacent areas, however, height ofjuveniles were higher when associated with bromeliads, and this resultwas not influenced by the presence of shrub and tree species. In theshrubby vegetation, abundance, richness and height of juveniles had nosignificant difference. Analysis of similarity (ANOSIM) showed thatspecies composition in bromeliad differed from species composition onadjacent areas, indicating that there are species that interact more withnurse-plants, whereas others do not develop when associated withbromeliad, however correspondence analysis (CA) showed thisdifference was smaller in shrubby vegetation areas. Through indicatorspecies analysis (IndVal), Clusia criuva was considered characteristic ofplaces associated to bromeliads, in both vegetations, showing highspecificity to this interaction. The monitoring of C. criuva individualsrevealed that the effective establishment in the soil does occur, withirregular growth, that is, some of them grew more than others, probablydue to high recruitment in the same bromeliad. With these results, wecan conclude that V. friburgensis acts as a nurse-plant in herbaceous andshrubby restingas, assisting in the growth of juveniles, but the positive interaction occurs for few species, mainly to C. criuva, which showedhigh specificity with bromeliad.
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Fatores envolvidos no processo de facilitação pelo arbusto guapira opposita em ambientes de restinga

Sánchez Dalotto, Cecilia Elena January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-01-24T03:12:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 343638.pdf: 2214313 bytes, checksum: 088de16b414eb7594de7c40fcd978da4 (MD5) Previous issue date: 2016 / Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de entender o processo de facilitação ecológica sob a copa da espécie Guapira opposita em áreas de restinga. O estudo foi realizado no Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis ? SC. O primeiro capítulo teve como objetivo avaliar se os arbustos de G. opposita aumentam a riqueza e abundância de espécies lenhosas sob sua influência e como o porte do arbusto e outros fatores ambientais influenciam este processo de facilitação. A hipótese testada foi de que a abundância e a riqueza de espécies lenhosas seriam maiores sob a copa de G. opposita do que em áreas expostas, e que estes parâmetros seriam afetados positivamente pela área da copa e altura do arbusto, além da distância aos corpos d?água doce, e negativamente com o aumento da distância à manchas de vegetação arbórea e ao mar. Foram selecionados 35 indivíduos de G. opposita e amostradas todas as espécies lenhosas e bromélias com altura mínima de 10cm sob sua copa. Para cada indivíduo foram coletados as medidas de altura, dois diâmetros da copa, distância ao corpo d?água mais próximo e as coordenadas de localização geográficas. Foram demarcadas áreas de mesma dimensão em ambiente adjacentes fora da influência das copas, onde também foram amostrados todos os indivíduos lenhosos e bromélias com altura mínima de 10cm. Posteriormente foram obtidas a distância às manchas de e ao mar de cada arbusto por imagens de satélite. Foram analisadas a diferença na abundância e riqueza sob e fora da copa (GLM) e a dissimilaridade de espécies (Jaccard e de Bray Curtis). Para testar quais fatores influenciavam a riqueza e abundância de plantas sob a copa de G. opposita, foram utilizados dois GLMs com a altura, área de copa, distância à vegetação, ao mar e aos corpos d?água como variáveis explicativas e com o índice da facilitação relativa (RII) da abundância e riqueza como variáveis resposta. Das 770 plantas amostradas, 537 (69.7%) foram encontradas sob a copa e 233 (30.3%) nas áreas expostas adjacentes. A riqueza e abundância foram maiores sob a copa do arbusto do que fora (z=-4,85, df= 68, p<0,01; z=-11,14, df= 68, p<0,01). A dissimilaridade entre os locais foi de Sj=0,63, e B=0,77. Os modelos escolhidos como os melhores ajustes para explicar a abundância e riqueza foram ambos os que consideraram a área, altura e distância às manchas de vegetação, explicando 22% e 28% da variação dos dados encontrados. O segundo capítulo teve como objetivo investigar a10importância da microbiota do solo e do microclima no processo de facilitação de espécies gerais da restinga promovido por este arbusto. A hipótese testada foi de que a estrutura das comunidades microbianas depende da cobertura vegetal, sendo que em faixas contínuas de vegetação as comunidades microbianas são mais complexas e facilitam a germinação e estabelecimento de mais espécies. Foi desenvolvido um experimento comparando a abundância, biomassa e riqueza de plantas germinadas sob arbustos isolados em áreas abertas (n=10) e sob arbustos em faixas contínuas de vegetação arbórea de restinga (n=10), denominadas áreas fechadas. O experimento envolveu translocação de parcelas de solo e adição de extrato com microbiota do solo de cada local, tendo-se sob cada arbusto quatro bandejas com: 1) solo da área aberta e extrato da área aberta; 2) solo da área aberta e extrato da área fechada; 3) solo da área fechada e extrato da área fechada; 4) solo da área fechada e extrato da área aberta. Para analisar as condições e tratamentos que influenciam a emergência de plantas foi utilizado um GLMM com as réplicas de arbustos como fatores aleatórios. Foi realizada uma análise metagenômica de amostras de solo aberto e fechado para comparar a diversidade de microrganismos presentes. O modelo que teve o melhor ajuste para explicar os dados de biomassa e riqueza foi o que considerou a microbiota inoculada (extratos), sendo esses dois maiores nas bandejas regadas com extratos da área fechada. Para a abundância, o modelo que teve o melhor ajuste foi o que considerou a interação entre os locais (microclima) e a microbiota inoculada (extratos), sendo a abundância maior em locais sob a influência do microclima e extratos da área fechada. A metagenômica indicou que os solos de ambientes fechados possuem uma maior abundância e diversidade de microrganismos, o que induziria uma maior taxa de emergência nas espécies facilitadas. Estes resultados reforçam a ideia que G. opposita atua como planta berçário facilitando o estabelecimento de diversas espécies de restinga e apontam a importância nas interações planta-solo na estrutura e dinâmica das comunidades de restingas.<br> / Abstract : The purpose of this study was to understand the ecological facilitation process under Guapira opposita canopy in a restinga area. The study was developed at the Parque Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, Florianópolis ? SC. The first chapter aimed to evaluate if G. opposita shrubs increases abundance and richness of woody species under its influence and how its height, canopy area and others environmental factors influence the facilitation process. The hypothesis tested was that abundance and richness of woody species would be greater under the G. opposita canopy than in exposed areas. These parameters would be positively affected by the canopy area, height and distance to small lakes, and negatively with increasing distance to the sea and to the woody vegetation. Were selected 35 G. opposita individuals and sampled all woody species and bromeliads with a minimum height of 10 cm under its canopy. For each shrub were taken the height, canopy area, distance to the lakes and geographic coordinates. Same size areas were marked in an exposed sand ground, which were also sampled all woody plants and bromeliads with a minimum height of 10 cm. Subsequently, they were obtained the distance to the arboreal vegetation and to the sea by satellite images. A GLM were used to examined the statistical differences between the abundance and richness under shrub and outside areas. Jaccard and Bray Curtis tests were used to analyze species dissimilarity. To test which factors influenced the richness and abundance of plants under the canopy of G. opposita, we used two GLMs with height, canopy area, distance to woody vegetation, to the sea and to the small lakes as explanatory variables, and the Relative Interaction Index (RII) for abundance and richness as response variables. Were sampled a total of 770 plants, which 537 (69.7%) were found under the shrub canopy and 233 (30.3%) were found in exposed areas. Plant abundance and richness were higher under the canopy (z=-4,85, df= 68, p<0,01; z=-11,14, df= 68, p<0,01) and dissimilarity between the sites was Sj = 0.63 and B = 0.77. The best fitted model to the facilitation of abundance and richness was those that considered the canopy area, plant height and distance to the vegetation, explaining 22% and 28% of the variance. The second chapter aimed to investigate the importance of soil microbiota and microclimate conditions in facilitation process promoted by G. opposita. The hypothesis tested was that the structure of microbial communities12depends on the vegetation cover. In continuous vegetation areas, microbial soil communities are more complex and facilitate more species if compared to isolated shrubs. An experiment was conducted comparing abundance and richness of germinated plants under isolated shrubs in open areas (n = 10) and under shrubs in continuous vegetation areas (n = 10). A translocation experiment was developed where two soil blocks from the understory of isolated patches were moved to forest patches and vice versa, leaving two additional soil blocks under each shrub as control. One block in each pair received soil extracts from its own soil and the other one extracts from the opposite habitat. To analyze conditions and treatments it was used a GLMM. A metagenomic analysis was performed to compare the diversity of microorganisms in open and forest areas. The best fitted models were those that considered the inoculated microorganisms (extracts) to explain biomass and richness variation. These factors were higher in soils watered with extracts of continuous vegetation areas. For abundance, the best fitted models were those that considered the interaction between inoculated microorganisms (extracts) and microclimatic conditions. The abundance was higher in soils under continuous vegetation areas and watered with extracts of these same areas also. The metagenomic analyses indicated that the soils in forest areas have a greater variety of microbes, which induce a higher germination rate in facilitated species. The results presented show that G. opposita acts as nursery plant facilitating the establishment of several species under its canopy and point out the importance of plant-soil interactions affecting the structure and dynamics of restinga communities.
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O papel do banco de sementes na restauração de restinga sob talhão de Pinus elliottii Engelm

Vieira, Neide Koehntopp January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-21T22:33:23Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O Parque Florestal do Rio Vermelho teve 487 ha plantados com Pinus na década de 60 e atualmente tem cerca de 750 ha da restinga com plantações e invasões de Pinus spp. Visando a restauração da restinga do Parque, foi implantada uma Unidade Demonstrativa de Restauração Ambiental (UD) onde foram desenvolvidos diversos estudos, como este que teve o objetivo de caracterizar quantitativamente e qualitativamente o banco de sementes do solo, avaliar o potencial de formação de banco de sementes do Pinus e estimar a capacidade nucleadora da técnica da transposição de solo. Para a avaliação do banco de sementes foram coletadas amostras de serapilheira e solo, levadas para a casa de vegetação e avaliadas quinzenalmente pelo método de emergência de plântulas. O banco de sementes de Pinus spp. foi avaliado mensalmente através da emergência de plântulas na casa de vegetação, após as sementes serem mantidas enterradas por 3, 6, 9 e 12 meses no Parque. A transposição de solo foi realizada através da coleta de amostras de solo da restinga conservada adjacente e posterior transposição destas na UD do Parque. A avaliação foi mensal pelo método de emergência de plântulas. Os estudos demonstraram que a restinga do parque apresenta potencial de restauração natural através do banco de sementes. Este apresentou uma riqueza e abundância de espécies nativas, com capacidade para germinar e iniciar o processo sucessional na área. Também apresentou uma quantidade considerável da espécie exótica Pinus elliottii, que demonstrou formar banco de sementes transitório, não se mantendo viável no solo por mais de nove meses. Apesar do potencial de restauração natural apresentado pela restinga, este processo pode ser acelerado através de técnicas nucleadoras, como a transposição de solo, que se mostrou eficiente na formação de núcleos de diversidade capazes de se irradiar por toda a área. As amostras de solo transpostas no parque apresentaram espécies distintas das encontradas no banco de sementes, indicando que a técnica, além de contribuir com novas espécies, aumentando a diversidade local, também contribui com o fluxo gênico, aumentando a variabilidade genética da área.
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Plasticidade fenotípica e diversidade funcional de comunidades florísticas em gradiente edáfico na restinga do Parque Estadual do Acaraí, São Francisco do Sul/SC

Melo Júnior, João Carlos Ferreira de January 2015 (has links)
Orientadora : Profª Drª Maria Regina Torres Boeger / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação. Defesa: Curitiba, 11/02/2015 / Inclui referências / Resumo: As comunidades de restinga são formações florística e fisionomicamente distintas, de caráter pioneiro, que ocupam as planícies arenosas, em função do gradiente edáfico, como o remanescente de restinga da planície costeira de São Francisco do Sul/SC. Nossa hipótese é de que os fatores edáficos influenciam na riqueza e na estrutura das fisionomias da restinga estudada, além de provocarem respostas plásticas em espécies vegetais coocorrentes e produzir convergências em atributos foliares e da madeira em espécies dominantes. Para o levantamento florístico utilizou-se o método de caminhamento, enquanto a estrutura da comunidade foi determinada pelo método de parcelas. Amostras de solo de cada fisionomia para análise de macronutrientes, matéria orgânica, umidade e espessura da serapilheira foram coletadas e processadas de acordo com as técnicas de análise de rotina. Para verificar as diferenças entre as comunidades em função das variáveis edáficas, realizou-se o teste de Mantel. Para visualizar as diferenças, as parcelas foram ordenadas em relação às variáveis de solo por PCA e às espécies por NMDS. Respostas plásticas foram estudadas em três espécies lenhosas coocorrentes utilizando-se os atributos foliares. As médias dos atributos quantitativos foliares foram comparadas por análise multivariada (ANOVA). Os atributos funcionais que maximizam a convergência entre as espécies dominantes, os índices de diversidade de Gini-Simpson e funcional foram avaliados por meio do software SYNCSA. A flora, composta por 319 espécies, possui 244 espécies exclusivas nas formações, sendo 63 espécies na restinga herbácea (Rh), 32 na restinga arbustiva (Ra), 46 na restinga arbustivo-arbórea (Raa) e 103 na floresta de transição (Ft). As demais espécies são compartilhadas em uma ou mais fisionomias. Variações morfológicas e anatômicas entre espécies e entre formações em função das condições microambientais foram observadas. A PCA indicou que a distribuição das espécies e estrutura de cada formação foram influenciados por fatores edáficos, como matéria orgânica, potássio, alumínio, a capacidade de troca catiônica e espessura da serapilheira, sendo esses determinantes da flora característica de cada formação. As respostas plásticas observadas nas espécies coocorrentes também foram relacionadas aos atributos edáficos das restingas. As espécies dominantes apresentaram atributos foliares lenhosos convergentes. A diversidade funcional mostrou-se mais baixa em Rh, evidenciando o filtro ambiental atuante e a maior redundância entre as espécies. Palavras-chave: morfo-anatomia funcional, relações planta-solo, restinga / Abstract: The restinga communities are distinct floristic, physiognomic and pioneer formations, occupying the sandy plains, depending on the soil gradient such as the remaining salt marsh of the coastal plain of São Francisco do Sul/SC. Our hypothesis is that the edaphic factors influence the structure of the studied physiognomies and, also, induce plastic responses in plant species, producing convergences in leaf and wood attributes at dominant species. For the floristic survey the wide patrolling method was used, while the community structure was determined through the phytosociological method. Soil samples of each physiognomy were collected and processed according to routine analysis techniques, for macronutrient analysis, organic material and water content, and litter thickness. The Mantel test was conducted in order to verify the differences between the communities due to edaphic variables. The differences among sites were evidenced through soil variables by PCA and the species by NMDS. Plastic responses were studied in three co-occurring wood species using the leaf attributes. The measurements of the quantitative leaf attributes were compared by the analysis of variance (ANOVA). The functional attributes that maximize the convergence between the dominant species, the Gini-Simpson diversity and functional indices were evaluated through SYNCSA software. The floristic survey, composed of 319 species, included 244 species in exclusive formations, with 63 species in the herbaceous restinga (Rh), 32 in the shrubby restinga (Ra), 46 shrubby and wooded restinga (Raa) and 103 in the transition forest (Ft). The other species occurred into one or more physiognomies. Morphological and anatomical variations among species and formations due to micro environmental conditions were observed. The PCA indicated that the distribution of the species and the structure of each formation were influenced by edaphic factors, such as organic material, potassium, aluminum, cation exchange capacity and litter thickness, with these determining the flora characteristics of each formation. The plastic responses observed in the co-ocurrent species were also related to the edaphic attributes of the restinga. The dominant species presented convergent woody leaf attributes. The functional diversity was found to be lower in Rh, underlining the active environmental filter and greater redundancy among the species. Key words: functional morpho-anatomy, plant-soil ratios, restinga

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