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A resiliência em pessoas com lesão medular que estão no mercado de trabalho: uma abordagem psicossomáticaMasiero, Cristina Martins Torres 24 October 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-10-24 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Introduction: Paraplegia may be caused by physical deficiency as a result of a spinal cord
injury, often being necessary the use of wheelchair for locomotion by the injured person. On
top of reduced mobility and other clinical consequences, people with spinal cord injury might
have to deal with emotional and social impacts. Epidemiological studies show that most of
spinal cord injury patients are young male adults, what makes returning to work an extremely
important topic. Furthermore, the relevance of this study is justified/highlighted by the recent
movement for inclusion of handicapped people in the work environment, as outlined in the
quote law in Brazil. Reduced mobility, as well as some environmental barriers (physical
barriers and society s atittudes) may be risk factors that could negatively affect the
development of these young adults, once they could alter their roles in their families and in
the society (socially and professionally). There comes the importance of studying these
people s resilience which involves the ability to cope and positively adapt when dealing with
adversities, and their capacity to learn from these situations. Returning to work might
represent the re-start of their personal development after the spinal cord injury has occurred.
Objectives: to collect social-demographics and resilience characteristics of 60 participants
with spinal cord injury, to compare these characteristics between 30 worker with 30 nonworker
participants, and to collect the psychological aspects of this study sample from the
resilience results. Method: A Social-Demographic Questionnaire and the Questionário de
Resiliência Adulto Reivich-Shatté/Barbosa were used to collect the data. The data statistical
analysis showed the social-demographic and resilience characteristics of the study sample, as
well as the comparison of these characteristics between the two groups. From the data
analysis, it was possible to collect some psychological aspects of the study sample. Results:
the study sample showed similar characteristics to the epidemiological studies done with
spinal cord injury population as it relates to sex, age and how the spinal cord injury was
acquired. When comparing the two groups, no significant differences were found for the
resilience factors. However, the data showed that environmental factors (physical barriers and
society s attitude), and the difficulty to have autonomy are factors that could make it more
challenging for people with spinal cord injury to return to work. It also was possible to collect
some psychological aspects of the sample based on the resilience factors results. That showed
the importance of the psychologists in helping people with spinal cord injury to deal with
their emotions and to better develop their resilience factors. This would allow them to return
to their personal development, including their capacity to rebuild a new professional identity / Introdução: A aquisição de uma deficiência física por lesão medular, pode ocasionar o
quadro de paraplegia, exigindo, muitas vezes, o uso de cadeira de rodas para locomoção.
Além da mobilidade reduzida e de outras conseqüências clínicas, as pessoas com lesão
medular podem ter que lidar com os impactos emocional e social da aquisição dessa
deficiência. Estudos epidemiológicos apontam que a maioria das pessoas que sofrem a lesão
medular são jovens adultos, do sexo masculino, fazendo com que o retorno ao trabalho seja
um tema de extrema importância. Para justificar a relevância deste trabalho, soma-se à última
informação, o atual movimento pela inclusão profissional de pessoas com deficiências,
promovido pela lei de cotas . A mobilidade reduzida e a existência de barreiras físicas e
atitudinais podem constituir-se como fatores de risco para o desenvolvimento esperado para
esses adultos, uma vez que podem sofrer alterações nos seus papéis familiares, sociais e
profissionais. Nessa perspectiva, torna-se importante o estudo da resiliência dessas pessoas,
que envolve os recursos de enfrentamento de adversidades e a habilidade de adaptação
positiva, que traduzem a capacidade de algumas pessoas de lidarem com as adversidades e
aprenderem com elas. O retorno ao trabalho pode representar a retomada do processo do
desenvolvimento pessoal, após a aquisição da lesão medular. Objetivos: levantar as
características sócio-demográficas e de resiliência de uma amostra de 60 pessoas com lesão
medular, comparar essas características entre os 30 participantes da amostra que estavam
trabalhando e os 30 que não estavam e levantar os aspectos psicológicos da amostra, a partir
dos resultados dos fatores de resiliência. Método: para a coleta de dados utilizamos um
Questionário de Dados Sócio-demográficos e o Questionário de Resiliência Adultos
Reivich-Shatté/Barbosa . Os dados foram submetidos a análise estatística permitindo a
descrição das características sócio-demográficas e de resiliência da amostra, bem como a
comparação dessas características nos dois grupos. A partir da análise desses dados, pudemos
levantar alguns aspectos psicológicos da amostra. Resultados: A amostra apresentou
características condizentes com os estudos epidemiológicos sobre a população de pessoas com
lesão medular, com relação ao sexo, faixa etária e forma de aquisição da lesão. Os resultados
para os fatores de resiliência permitiram levantar alguns aspectos psicológicos da amostra. Na
comparação entre os grupos, não encontramos diferenças significantes para os fatores de
resiliência, contudo, os dados apontaram que as barreiras físicas, as barreiras atitudinais e a
dificuldade para autonomia são fatores que dificultam o retorno dessas pessoas ao trabalho.
Encontramos indicativos que sugerem a importância do trabalho do psicólogo em auxiliar
essas pessoas a elaborarem suas emoções para desenvolverem melhor os fatores de resiliência
e conseguirem retomar seu percurso de desenvolvimento pessoal, incluindo a capacidade da
construção de uma nova identidade profissional
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