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Revisão taxonômica das espécies dos gêneros Epialtus H. Milne Edwards, 1834 e Acanthonyx Latreille, 1828 (Brachyura: Majoidea: Epialtidae) do Brasil / Taxonomic revision of the species of the genera Epialtus H. Milne Edwards, 1834 and Acanthonyx Latreille, 1828 (Brachyura: Majoidea: Epialtidae) from BrazilGomes, Ana Francisca Tamburus 29 April 2013 (has links)
A superfamília Majoidea é dividida em seis famílias: Epialtidae, Hymenosamatidae, Inachidae, lnachoididae, Majidae e Oregoniidae. A família Epialtidae engloba 76 gêneros, dentre eles Acanthonyx e Epialtus com 17 e 11 espécies, respectivamente. No litoral brasileiro, ocorrem três espécies do gênero Acanthonyx, A. dissimulatus, A. scutiformis e A. petiverii; e duas de Epialtus, E. bituberculatus e E. brasiliensis. As dúvidas quanto à sistemática destes gêneros, a diversidade de formas de seus indivíduos e a escassez de revisões abordando-os, destaca a necessidade de uma revisão taxonômica das espécies brasileiras combinando diferentes ferramentas metodológicas como morfologia e análise molecular. Uma lista de caracteres foi analisada e apresentada nas descrições de A. dissimulatus, A. petiverii, A. scutiformis, E. bituberculatus e E. brasiliensis. Adicionalmente, exemplares das cinco espécies reportadas para o Brasil, oriundas de diferentes localidades, tiveram DNA amplificado usando marcadores para os genes mitocondriais 16S e COI. As sequências resultantes foram comparadas no sistema BLAST para confirmação de suas identidades, editadas e alinhadas em CIustal W no programa BioEdit. As distâncias genéticas foram calculadas no programa MEGA5 e representadas por meio de matrizes. Os filogramas foram construídos pelo método de Máxima Verossimilhança na plataforma online CIPRES. As redes de haplótipos foram obtidas pelo Median-Joining no programa Network. As três espécies de Acanthonyx são muito semelhantes e difíceis de identificar. Os filogramas e as redes de haplótipos mostraram que E. brasiliensis inseriu-se no grupo de E. bituberculatus, e que A. dissimulatus e A. scutiformis se inserem em A. petiverii, permitindo questionar a validade taxonômica destas espécies. Os dados moleculares corroboraram a morfologia de Acanthonyx; a divisão dos espécimes de A. petiverii em dois grupos distintos e bem suportados indicou que há diferenças genéticas entre estas populações, mas que ainda ocorre fluxo gênico. Entre as espécies de Epialtus, não houve alta divergência genética e o compartilhamento de haplótipos indicou fluxo gênico entre E. brasiliensis e E. bituberculatus, indicando a presença de uma única espécie no Brasil. Dessa forma, pode ser que a presença ou ausência do espinho proximal ventral nos últimos pares de pernas locomotoras seja um caráter plástico em relação ao meio em que vivem. Nos filogramas e nas redes de haplótipos, os espécimes de Epialtus separaram-se em Caribe e Brasil, mas não foram distinguidos morfologicamente. Por fim, sugere-se a sinonimização de A. dissimulatus e A. scutiformis com A. petiverii, e a ocorrência de E. bituberculatus no Caribe e E. brasiliensis no Brasil. / The Superfamily Majoidea consists of six families: Epialtidae, Hymenosamatidae, Inachidae, Inachoididae, Majidae and Oregoniidae. The family Epialtidae includes 76 genera, among them Acanthonyx and Epialtus with 17 and 11 valid species, respectively. In the Brazilian coast there are three Acanthonyx species, A. dissimulatus, A. scutiformis and A. petiverii; and two Epialtus, E. bituberculatus and E. brasiliensis. Doubts about the systematic of these genus, the high diversity of forms and the lack of revisions addressing them, highlight the necessity for a taxonomic revision of the Brazilian species using different methodological tools such as morphology and molecular analysis together. A list of characters was analyzed and descriptions were made for A. dissimulatus, A. petiverii, A. scutiformis, E. bituberculatus and E. brasiliensis. For molecular data, DNA of specimens from different localities was amplified using markers for the mitochondrial genes 16S and COI. AII sequences were confirmed in BLAST system; they were edited and aligned using Clustal W with interface to BioEdit. Genetic distances were calculated in the program Mega5 and represented through matrices. The construction of the trees was performed using Maximum Likelihood in the online platform CIPRES. Haplotype networks were based on Median-Joining analysis and performed in the program Network. The three species of Acanthonyx were similar morphologically and could not be separated. Trees and the haplotype network showed that E. brasiliensis was into the group of E. bituberculatus; and A. dissimulatus and A. scutiformis were within A. petiverii branch, which means that taxonomic status of these species may be questioned. There is a correspondence between morphologic and molecular data among the three species of Acanthonyx; the division in two distinct groups observed in specimens of A. petiverii was weII supported and indicated that there are genetic differences between these populations, but gene flow still occurs. Between both species of Epialtus, the results from molecular markers were in conflict with the morphological classification, and sharing of haplotypes indicated gene flow between E. brasiliensis and E. bituberculatus, which means that there is only one species in Brazil. Hence, the presence or absence of the spine on the propodus\'s ventral surface in the Iast ambulatory pereopods can be related to ecological plasticity developed in response to the environment where these crabs Iive. Phylograms and the haplotype network showed that specimens of Epialtus were separated in two groups, Caribbean and Brazil, but they were not distinguished morphologically. In this way, we propose that A. dissimulatus and A. scutiformis as junior synonyms of A. petiverii; and the occurrence of E. bituberculatus in the Caribbean and E. brasiliensis in Brazil.
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Revisão taxonômica das espécies dos gêneros Epialtus H. Milne Edwards, 1834 e Acanthonyx Latreille, 1828 (Brachyura: Majoidea: Epialtidae) do Brasil / Taxonomic revision of the species of the genera Epialtus H. Milne Edwards, 1834 and Acanthonyx Latreille, 1828 (Brachyura: Majoidea: Epialtidae) from BrazilAna Francisca Tamburus Gomes 29 April 2013 (has links)
A superfamília Majoidea é dividida em seis famílias: Epialtidae, Hymenosamatidae, Inachidae, lnachoididae, Majidae e Oregoniidae. A família Epialtidae engloba 76 gêneros, dentre eles Acanthonyx e Epialtus com 17 e 11 espécies, respectivamente. No litoral brasileiro, ocorrem três espécies do gênero Acanthonyx, A. dissimulatus, A. scutiformis e A. petiverii; e duas de Epialtus, E. bituberculatus e E. brasiliensis. As dúvidas quanto à sistemática destes gêneros, a diversidade de formas de seus indivíduos e a escassez de revisões abordando-os, destaca a necessidade de uma revisão taxonômica das espécies brasileiras combinando diferentes ferramentas metodológicas como morfologia e análise molecular. Uma lista de caracteres foi analisada e apresentada nas descrições de A. dissimulatus, A. petiverii, A. scutiformis, E. bituberculatus e E. brasiliensis. Adicionalmente, exemplares das cinco espécies reportadas para o Brasil, oriundas de diferentes localidades, tiveram DNA amplificado usando marcadores para os genes mitocondriais 16S e COI. As sequências resultantes foram comparadas no sistema BLAST para confirmação de suas identidades, editadas e alinhadas em CIustal W no programa BioEdit. As distâncias genéticas foram calculadas no programa MEGA5 e representadas por meio de matrizes. Os filogramas foram construídos pelo método de Máxima Verossimilhança na plataforma online CIPRES. As redes de haplótipos foram obtidas pelo Median-Joining no programa Network. As três espécies de Acanthonyx são muito semelhantes e difíceis de identificar. Os filogramas e as redes de haplótipos mostraram que E. brasiliensis inseriu-se no grupo de E. bituberculatus, e que A. dissimulatus e A. scutiformis se inserem em A. petiverii, permitindo questionar a validade taxonômica destas espécies. Os dados moleculares corroboraram a morfologia de Acanthonyx; a divisão dos espécimes de A. petiverii em dois grupos distintos e bem suportados indicou que há diferenças genéticas entre estas populações, mas que ainda ocorre fluxo gênico. Entre as espécies de Epialtus, não houve alta divergência genética e o compartilhamento de haplótipos indicou fluxo gênico entre E. brasiliensis e E. bituberculatus, indicando a presença de uma única espécie no Brasil. Dessa forma, pode ser que a presença ou ausência do espinho proximal ventral nos últimos pares de pernas locomotoras seja um caráter plástico em relação ao meio em que vivem. Nos filogramas e nas redes de haplótipos, os espécimes de Epialtus separaram-se em Caribe e Brasil, mas não foram distinguidos morfologicamente. Por fim, sugere-se a sinonimização de A. dissimulatus e A. scutiformis com A. petiverii, e a ocorrência de E. bituberculatus no Caribe e E. brasiliensis no Brasil. / The Superfamily Majoidea consists of six families: Epialtidae, Hymenosamatidae, Inachidae, Inachoididae, Majidae and Oregoniidae. The family Epialtidae includes 76 genera, among them Acanthonyx and Epialtus with 17 and 11 valid species, respectively. In the Brazilian coast there are three Acanthonyx species, A. dissimulatus, A. scutiformis and A. petiverii; and two Epialtus, E. bituberculatus and E. brasiliensis. Doubts about the systematic of these genus, the high diversity of forms and the lack of revisions addressing them, highlight the necessity for a taxonomic revision of the Brazilian species using different methodological tools such as morphology and molecular analysis together. A list of characters was analyzed and descriptions were made for A. dissimulatus, A. petiverii, A. scutiformis, E. bituberculatus and E. brasiliensis. For molecular data, DNA of specimens from different localities was amplified using markers for the mitochondrial genes 16S and COI. AII sequences were confirmed in BLAST system; they were edited and aligned using Clustal W with interface to BioEdit. Genetic distances were calculated in the program Mega5 and represented through matrices. The construction of the trees was performed using Maximum Likelihood in the online platform CIPRES. Haplotype networks were based on Median-Joining analysis and performed in the program Network. The three species of Acanthonyx were similar morphologically and could not be separated. Trees and the haplotype network showed that E. brasiliensis was into the group of E. bituberculatus; and A. dissimulatus and A. scutiformis were within A. petiverii branch, which means that taxonomic status of these species may be questioned. There is a correspondence between morphologic and molecular data among the three species of Acanthonyx; the division in two distinct groups observed in specimens of A. petiverii was weII supported and indicated that there are genetic differences between these populations, but gene flow still occurs. Between both species of Epialtus, the results from molecular markers were in conflict with the morphological classification, and sharing of haplotypes indicated gene flow between E. brasiliensis and E. bituberculatus, which means that there is only one species in Brazil. Hence, the presence or absence of the spine on the propodus\'s ventral surface in the Iast ambulatory pereopods can be related to ecological plasticity developed in response to the environment where these crabs Iive. Phylograms and the haplotype network showed that specimens of Epialtus were separated in two groups, Caribbean and Brazil, but they were not distinguished morphologically. In this way, we propose that A. dissimulatus and A. scutiformis as junior synonyms of A. petiverii; and the occurrence of E. bituberculatus in the Caribbean and E. brasiliensis in Brazil.
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Revisão das Espécies de Morion Latreille, 1810 das Américas (Carabidae: Harpalinae: Morionini) / Revision of the Morion Latreille, 1810 from the Americas (Carabidae: Harpalinae: Morionini)Guilherme Ide Marques dos Santos 22 March 2007 (has links)
Este trabalho trata da revisão taxonômica das espécies de Morion do Continente Americano (M. arida, M. boliviensis, M. brasiliensis, M. cordata, M. costigera, M. cycloma, M. lafertii, M. monilicornis e M. simplex), sendo que apenas uma não ocorre na região Neotropical (M. monilicornis). Foi realizado um estudo morfológico detalhado de todas as espécies, visando encontrar novos caracteres diagnósticos para testar a hipótese taxonômica vigente e para facilitar a identificação das espécies. Não foram identificadas espécies novas e as nove spécies mostraram-se válidas. A análise de novas estruturas, além de revelar características antes não estudadas (como braquipteria em M. brasiliensis) deu mais robustez à hipótese existente. Também foram confeccionados mapas de distribuição geográfica de todas as espécies, o que revelou que algumas apresentam distribuição bastante restrita (principalmente as espécies braquípteras), enquanto outras têm uma distribuição bastante ampla. Uma chave dicotômica para a identificação das espécies foi preparada, visando facilitar a identificação das mesmas. / This study is a taxonomic revision of the New World Morion, which has nine valid species (M. arida, M. boliviensis, M. brasiliensis, M. cordata, M. costigera, M. ycloma, M. lafertii, M. monilicornis and M. simplex), of which, only one of them is not recorded in the Neotropical region (M. monilicornis). A detailed morphological study was done aiming for finding out new diagnostic characteristics in order to test the current taxonomic hypothesis and to make specific identification easier. These nine species were analyzed and remained valid; no new one was found. The analysis of new structures made it possible to find some characters never studied before (e.g., M. brasiliensis brachyptery) and strengthened the previous hypothesis. The maps representing the geographic distribution of all species revealed that some of them have a limited area of occurrence (mainly the flightless species), although others are widespread. A dichotomic identification key was also done to facilitate species identification.
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Revisão taxonômica e análise cladística de Ligyra s.l. (Diptera, Bombyliidae, Anthracinae, Exoprosopini) com ênfase na fauna do Novo Mundo / Taxonomic review and phylogenetic analysis of the New World species of Ligyra s.l. (Diptera, Bombyliidae, Anthracinae, Exoprosopini)Ángela Sabrina Márquez Acero 15 March 2016 (has links)
Bombyliidae é uma das maiores famílias de Diptera com mais de 4822 espécies descritas ao redor do mundo, divididas em 16 subfamílias e 18 tribos. A tribo Exoprosopini dividem-se em 11 gêneros, dos quais Exoprosopa e Ligyra tem distribuição cosmopolita. O gênero Ligyra Newman s.l. objeto deste estudo, possui 109 espécies, das quais 20 têm sido descritas no Novo Mundo. Uma revisão taxonômica das espécies neárticas e neotropicais de Ligyra é feita no presente estudo, incluindo redescrições e registros fotográficos das mesmas. Após a revisão taxonômica, quatro espécies foram sinonimizadas (L. fenestella syn. nov. e L. maracaensis syn. nov. são consideradas sinônimos júnior de Gen. nov. harpyia; L. guerinii syn. nov. foi considerado sinônimo júnior de Gen. nov. latreilli; L. klugii syn. nov. foi considerado sinônimo júnior de Gen. nov. proserpina e a subespécie Ligyra cerberus trifigurata foi considerada sinônimo júnior de Gen. nov. cerberus). Uma chave para identificação destas espécies, baseada em caracteres morfológicos diagnósticos, de fácil observação, também é apresentada. Além da revisão taxonômica uma análise cladística de Ligyra no Novo Mundo foi feita a fim de testar se essas espécies, que atualmente estão incluídas no gênero, pertencem, de fato, a este grupo ou se precisam ser realocadas em algum outro gênero de Exoprosopini ou ainda em um novo gênero. Para tal, neste estudo foi utilizada uma matriz de caracteres morfológicos disponível em literatura, que já vem sendo utilizada para inferir a filogenia dos Exoprosopini. A análise cladística contou com 92 táxons terminais e 207 caracteres morfológicos obtendo-se como resultado, após análise com algoritmos de novas tecnologias a partir do software TNT, 12 árvores mais parcimoniosas cujo consenso estrito possui L=3089, CI: 15 e RI: 49. Os resultados apontam que Ligyra s.l. forma um grupo monofilético composto pelos gêneros: Ligyra s. str. (spp. Australianas), Euligyra (spp. Afrotropicais) e Gênero novo (spp. do Novo Mundo). As espécies de Ligyra s.l. no Novo Mundo foram realocadas em um gênero novo suportado por uma sinapomorfia e quatro homoplasias. / Bombyliidae is one of the largest families of Diptera with more than 4800 species, known worldwide, divided in 16 subfamilies and 18 tribes. The tribe Exoprosopini is divided into 11 genera, of which Exoprosopa Macquart and Ligyra Newman has cosmopolitan distribution. The genus Ligyra s.l., main subject of this study, has 109 species, of which 20 were described to the New World. A taxonomic review of the Nearctic and Neotropical species of Ligyra is implemented in this study, including redescription and photographic records of them. After the taxonomic review, four species were synonymized (L. fenestella syn. nov.and L. maracaensis syn. nov. are considered junior synonym of Gen. nov. harpyia; L. guerinii syn. nov. is considered junior synonym of Gen. nov. latreilli; L. klugii syn. nov .is considered junior synonym of Gen. nov. proserpina and the subspecies Ligyra Cerberus trifigurata is considered junior synonym of Gen. nov. cerberus). An identification key for these species, based on morphological diagnostic characters, easily seen, is also presented. Besides the taxonomic revision a cladistics analysis of the New Worlds Ligyra is implemented in order to test whether these species, which are currently included in the genus, belong, in fact, to this group or if they need to be relocated at some other genus of Exoprosopini or even to a new genus. For this purpose, we used a matrix of morphological characters available in the literature, which is already being used to infer the phylogeny of Exoprosopini. The cladistic analysis included 92 terminal taxa and 207 morphological characters. After analysis with algorithms of new technologies from the software TNT, 12 more parsimonious trees, whose strict consensus has L = 3089, CI 15 and RI: 49, are obtained. The results show that Ligyra s.l. constitutes a monophyletic group composed by the following genera: Ligyra s. str. (Australian spp.), Euligyra (Afrotropical spp.) and New Genus (New World spp.). The species of Ligyra s.l. in the New World are relocated into a new genus, which monophyly is supported by one synapomorphy and four homoplasies.
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Sistemática, filogenia e morfologia de Alcantarea (Bromeliaceae) / Systematics, phylogeny, and morphology of Alcantarea (Bromeliaceae)Leonardo de Melo Versieux 15 December 2009 (has links)
Esta tese compreende a revisão taxonômica, filogenia e morfologia do gênero Alcantarea (E. Morren ex Mez) Harms, bromeliáceas rupícolas endêmicas dos afloramentos rochosos do leste do Brasil. Apresenta-se inicialmente uma caracterização geral de Bromeliaceae, os objetivos e justificativas da tese, que segue estruturada em capítulos. O capítulo 1 apresenta a caracterização morfológica e a revisão do gênero baseada nos trabalhos de campo, de herbários e bibliografia. São apresentadas as descrições para as espécies, chave para identificação, ilustrações, mapa de distribuição e estado de conservação dos táxons. Entre os resultados desse capítulo destaca-se que são reconhecidas 26 espécies, sendo cinco novas e descritas pelo autor no decorrer do projeto (A. martinellii Versieux & Wand., A. patriae Versieux & Wand., A. tortuosa Versieux & Wand., A. trepida Versieux & Wand., A. turgida Versieux & Wand.), quatro novos sinônimos são apresentados (A. brasiliana (L.B. Sm.) J.R. Grant, A. edmundoi (Leme) J.R. Grant, A. lurida Leme, A. mucilaginosa Leme) e um neótipo é designado. Em quase sua totalidade os táxons estão individualmente ilustrados em detalhe e são também apresentadas pranchas fotográficas. Amplo material foi coletado e incorporado aos herbários e uma coleção-viva foi montada no Instituto de Botânica. Apesar de geralmente formarem grandes populações em locais de difícil acesso, seis táxons são considerados ameaçados de extinção em razão de áreas de ocorrência restritas e por perda do habitat e para seis espécies não foi possível determinar o estado de conservação em razão de insuficiência de dados. No capítulo 2 é apresentada a filogenia de Alcantarea baseada em caracteres moleculares. Foram empregados dois marcadores do cloroplasto (trnK-rps16, trnC-petN), um gene nuclear de baixa cópia (Floricaula/Leafy) e também 20 loci de microssatélites nucleares. Os resultados obtidos nas análises Bayesianas e de Parcimônia apontam para o bem suportado monofiletismo de Alcantarea. Nesta análise Alcantarea surge como grupo-irmão das espécies de Vriesea do leste do Brasil. Entre os marcadores, o Floricaula/Leafy apresenta os melhores resultados e se mostra com uma região potencial para outros estudos com Bromeliaceae. Os microssatélites delimitam grupos de espécies, com forte correspondência biogeográfica e também sugerem que a hibridização interespecífica seja um fenômeno freqüente em Alcantarea, sendo observados indivíduos de uma mesma espécie aparecendo proximamente relacionados a grupos díspares. No capítulo 3 é delimitado o complexo Alcantarea extensa com ocorrência predominante no Espírito Santo e ao leste de Minas Gerais, sendo esse complexo corroborado pelos dados dos microssatélites (cap. 2). São pelo menos 10 táxons que apresentam pouca variação na morfologia floral, vegetativa e proximidade geográfica entre as populações. Ainda neste capítulo é apresentada a ocorrência de viviparidade nos frutos de Alcantarea e uma nova espécie é descrita. No capítulo 4 é apresentada a caracterização morfo-anatômica foliar. Várias das características anatômicas observadas contribuem para a sobrevivência em ambientes xéricos (campo rupestre/inselbergs). Entre elas destacam-se a epiderme com paredes espessadas, abundante cobertura de ceras epicuticulares, hipoderme mecânica, parênquima aqüífero, parênquima esponjoso preenchendo canais de ar estreitos e estômatos restritos à face abaxial. Os dados obtidos nos capítulos 1, 2 e 4 serviram de base para decisão de manter Alcantarea como gênero distinto, independente de Vriesea. Os caracteres moleculares indicam que se trata de um grupo monofilético bem suportado e irmão de Vriesea s.s. O histórico taxonômico; a morfologia das pétalas longas, liguladas, espiraladas e efêmeras; as sementes bicomosas; a posição do ovário semi-ínfero também sustentam tal segregação. Em adição, os caracteres diagnósticos disponíveis para o caso da união de Alcantarea e Vrisea são inconsistente e baseados exclusivamente em simplesiomorfias. Sugere-se o potencial dos caracteres anatômicos tais como a extensão do parênquima aqüífero, o formato dos canais de ar, a extensão das projeções das fibras do feixe vascular, que conferem nervuras mais salientes, e a presença de nectários septais mais desenvolvidos como características adicionais, facilmente observáveis e que separam tais gêneros. / This thesis comprises the taxonomic revision, phylogeny, and morphology of the genus Alcantarea (E. Morren ex Mez) Harms, composed of rupiculous bromeliads endemic to eastern Brazil rock outcrops. An overall characterization of Bromeliaceae is presented initially then followed by the objectives and justification of the thesis, which is structured in chapters. Chapter 1 presents the morphological characterization and revision of the genus based in field, herbaria and bibliography. Species descriptions, identification key, map and taxa conservation statuses are presented. The highlight results of this chapter are that 26 species are recognized, five of them being new and described by the author during the project (A. martinellii Versieux & Wand., A. patriae Versieux & Wand., A. tortuosa Versieux & Wand., A. trepida Versieux & Wand., A. turgida Versieux & Wand.), four new synonyms are presented (A. brasiliana (L.B. Sm.) J.R. Grant, A. edmundoi (Leme) J.R. Grant, A. lurida Leme, A. mucilaginosa Leme), and one neotype is designated. Almost all taxa are illustrated in detail, and photographic plates are also presented. A large number of specimens were collected and incorporated in herbaria and a living-collection was built at the Instituto de Botânica. In spite of usually forming large populations in difficult to access places six taxa are threatened of extinction due to restricted occurrence areas and habitat loss. In addition, it was not possible to determine conservation statuses for six species due to data deficiency. In Chapter 2 the molecular phylogeny of Alcantarea is presented. Two chloroplast markers (trnK-rps16, trnC-petN), one low copy nuclear gene (Floricaula/Leafy), and also 20 nuclear microsatellites loci were employed. Results point to a well supported monophyly of Alcantarea, in both bayesian and parsimony analyses. In these analyses Alcantarea emerges as the sister genus of eastern Brazilian Vriesea. Floricaula/Leafy provides better resolution and is recommended for future studies within Bromeliaceae. Microsatellites delimit species groups with strong biogeographic correspondence and also suggest that hybridization is frequent , once individuals of the same species appear closely related to different species groups. In chapter 3, a species complex predominantly from Espírito Santo and eastern Minas Gerais States is delimited and named Alcantarea extensa complex and its status as a complex is supported by microsatellite analysis (Ch. 2). At least 10 taxa that show low floral and vegetative morphological variation and posses geographic proximity among populations are included in this complex. A new species and viviparous seeds in Alcantarea fruit are also described in this chapter. Leaf anatomical characterization for nine species of Alcantarea is presented in chapter 4. Several of the observed features contribute to the survival of Alcantarea in xeric environments (campo rupestre/inselbergs) as the thick-walled epidermis, abundant covering of epicuticular waxes, mechanic hypodermis, aquiferous parenchyma, narrow air-lacunae filled up with the spongy parenchyma, and stomata restricted to the abaxial surface. Data obtained in chapters 1, 2, and 4 provided evidence to keep Alcantarea as a distinct genus, independent from Vriesea. Molecular data indicate that it is a monophyletic and well supported group sister of Vriesea s.s. The taxonomic history; the morphological distinctiveness of the long, ligulate, spiraled and ephemeron petals; seeds with basal and apical appendages and semi-inferior ovary also support this segregation. In addition, diagnostic characters available for the recognition of Alcantarea and Vrisea united are inconsistent and based on sympleisiomorphies exclusively. It is also suggested that the anatomical features such as the extension of the aquiferous parenchyma, the shape of the air channels and the extensions of the fibers bundles that forms more salient nerves and the presence of more developed septal nectaries are additional useful features to separate both taxa.
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Revisão taxonômica dos caranguejos marinhos do gênero Persephona Leach, 1817 (Decapoda, Leucosiidae) / Taxonomic Review of the marine crabs of the genus Persephona Leach, 1817Magalhães, Tatiana 29 June 2012 (has links)
O gênero Persephona Leach, 1817 é restrito a América e é constituído por dez espécies com ocorrência no Atlântico Ocidental e Pacífico Oriental, estando inserido na subfamília Ebaliinae, a qual não se encontra taxonomicamente bem estabelecida. Ao longo dos anos, este gênero foi alocado em diferentes subfamílias e sua classificação é mal definida. Além disso, existem chaves de identificação que não permitem a correta identificação das espécies dentro do gênero. Estas infomações são indicativos de uma forte necessidade de estudos enfocando Persephona, os quais podem fornecer uma melhor compreensão sobre a história evolutiva do gênero. Neste contexto, o presente estudo pretendeu realizar uma ampla revisão taxonômica do gênero Persephona, incluindo caracteres que possuem grande variabilidade dentro do gênero (número e tamanho dos espinhos, quelípodos, etc), caracteres tradicionalmente utilizados na diagnose das espécies, além de outros selecionados a partir do presente estudo (gonópodos, coloração, etc), além de incluir pela primeira vez para o gênero, análises de dados moleculares. Dois genes mitocondriais, o 16S rRNA e o Citocromo Oxidase I (COI) foram utilizados como marcadores. As análises morfológicas revelaram uma ausência de diferenças entre algumas espécies propostas para o gênero Persephona, as quais foram corroboradas pelas análises moleculares. Desta forma, são propostas modificações a respeito da taxonomia de Persephona: P. finneganae é um sinônimo júnior de P. lichtensteinii. O nome P. crinita é valido apenas para os espécimes de ocorrência no Golfo do México; os espécimes de P. mediterranea com ocorrência no Golfo do México, correspondem a P. aquilonaris e aqueles com ocorrência no Caribe e Atlântico Sul, correspondem a P. mediterranea e além do exposto, Iliacantha hancocki é um sinônimo júnior de P. subovata. / The genus Persephona Leach, 1817 is restricted to America and consists of ten species occurring in the Western Atlantic and Eastern Pacific. It belongs to the subfamily Ebaliinae, which is not taxonomically well established. Over the years, Persephona was placed in different subfamilies and its classification is still poorly defined. Also, existing identification keys do not allow a correct classification of the species within the genus. These informations are indicatives of a strong need of studies focusing on Persephona, which can provide a better understanding concerning its evolutionary history. In this context, the present study intends to undertake a broad taxonomic revision of the genus Persephona, including characters possessing great variability within the genus (number and size of the spines, cheliped, etc.), characters traditionally used in the diagnosis of the species, and others selected from the present study (gonopod, coloration, etc.), including for the first time for the genus, analyses of molecular data. As guides for the molecular analyses, two mitochondrial genes, the 16S rRNA and the Cytochrome Oxidase I (COI) were used as markers. The morphological analyses revealed an absence of differences among some species proposed for the genus Persephona, wich were corroborated by molecular and phylogenetic analysis. In this way, is propose modifications regarding Persephona taxonomy: P. finneganae is a junior synonym of P. lichtensteinii: the name P. crinita is valid only for specimens occurring in the Gulf of Mexico; the specimens of P. mediterranea with occurence in the Gulf of Mexico, correspond to P. aquilonaris and those with occurence in the Caribbean and South Atlantic correspond to P. mediterranea, moreover I. hancocki is a junior synonym of P. subovata.
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Revisão taxonômica dos caranguejos marinhos do gênero Persephona Leach, 1817 (Decapoda, Leucosiidae) / Taxonomic Review of the marine crabs of the genus Persephona Leach, 1817Tatiana Magalhães 29 June 2012 (has links)
O gênero Persephona Leach, 1817 é restrito a América e é constituído por dez espécies com ocorrência no Atlântico Ocidental e Pacífico Oriental, estando inserido na subfamília Ebaliinae, a qual não se encontra taxonomicamente bem estabelecida. Ao longo dos anos, este gênero foi alocado em diferentes subfamílias e sua classificação é mal definida. Além disso, existem chaves de identificação que não permitem a correta identificação das espécies dentro do gênero. Estas infomações são indicativos de uma forte necessidade de estudos enfocando Persephona, os quais podem fornecer uma melhor compreensão sobre a história evolutiva do gênero. Neste contexto, o presente estudo pretendeu realizar uma ampla revisão taxonômica do gênero Persephona, incluindo caracteres que possuem grande variabilidade dentro do gênero (número e tamanho dos espinhos, quelípodos, etc), caracteres tradicionalmente utilizados na diagnose das espécies, além de outros selecionados a partir do presente estudo (gonópodos, coloração, etc), além de incluir pela primeira vez para o gênero, análises de dados moleculares. Dois genes mitocondriais, o 16S rRNA e o Citocromo Oxidase I (COI) foram utilizados como marcadores. As análises morfológicas revelaram uma ausência de diferenças entre algumas espécies propostas para o gênero Persephona, as quais foram corroboradas pelas análises moleculares. Desta forma, são propostas modificações a respeito da taxonomia de Persephona: P. finneganae é um sinônimo júnior de P. lichtensteinii. O nome P. crinita é valido apenas para os espécimes de ocorrência no Golfo do México; os espécimes de P. mediterranea com ocorrência no Golfo do México, correspondem a P. aquilonaris e aqueles com ocorrência no Caribe e Atlântico Sul, correspondem a P. mediterranea e além do exposto, Iliacantha hancocki é um sinônimo júnior de P. subovata. / The genus Persephona Leach, 1817 is restricted to America and consists of ten species occurring in the Western Atlantic and Eastern Pacific. It belongs to the subfamily Ebaliinae, which is not taxonomically well established. Over the years, Persephona was placed in different subfamilies and its classification is still poorly defined. Also, existing identification keys do not allow a correct classification of the species within the genus. These informations are indicatives of a strong need of studies focusing on Persephona, which can provide a better understanding concerning its evolutionary history. In this context, the present study intends to undertake a broad taxonomic revision of the genus Persephona, including characters possessing great variability within the genus (number and size of the spines, cheliped, etc.), characters traditionally used in the diagnosis of the species, and others selected from the present study (gonopod, coloration, etc.), including for the first time for the genus, analyses of molecular data. As guides for the molecular analyses, two mitochondrial genes, the 16S rRNA and the Cytochrome Oxidase I (COI) were used as markers. The morphological analyses revealed an absence of differences among some species proposed for the genus Persephona, wich were corroborated by molecular and phylogenetic analysis. In this way, is propose modifications regarding Persephona taxonomy: P. finneganae is a junior synonym of P. lichtensteinii: the name P. crinita is valid only for specimens occurring in the Gulf of Mexico; the specimens of P. mediterranea with occurence in the Gulf of Mexico, correspond to P. aquilonaris and those with occurence in the Caribbean and South Atlantic correspond to P. mediterranea, moreover I. hancocki is a junior synonym of P. subovata.
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Revisão taxonômica das espécies sul-americanas Symplocos Jacq. seção Hopea (L.) A. DC. (Symplocaceae) / A taxonomic revision of the South American species Symplocos Jacq. section Hopea (L.) A. DC. (Symplocaceae) Hypoxic stress tolerance in soybean the effect of nitrateAranha Filho, João Luiz Mazza, 1978- 18 August 2018 (has links)
Orientadores: Angela Borges Martins, Peter Warren Fritsch, Frank Almeda / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-18T20:09:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: O presente estudo consiste de uma revisão taxonômica das espécies sul-americanas de Symplocos seção Hopea, um grupo reconhecido principalmente por apresentar flores unissexuadas (espécies dioicas) e estames e estaminódios arranjados em grupos mais ou menos alternos aos lobos da corola. No total foram reconhecidas 27 espécies da seção para o continente, sendo que destas espécies quatro já foram publicadas como novas para a ciência e outras seis foram propostas como novas. O nome Symplocos pentandra, amplamente utilizado em trabalhos florísticos, foi validado; uma espécie anteriormente considerada sinônimo de S. itatiaiae foi restabelecida (S. dasyphylla); quatro nomes com prioridade (S. arbutifolia, S. revoluta, S. estrellensis e S. oblongifolia) foram restabelecidos; novas sinonimizações foram realizadas; vários nomes foram lectotipificados; S. rizzinii, anteriormente excluída de Symplocaceae, foi considerada como pertencente à família; e o nome Symplocos sect. Hopea foi restabelecido (não Symplocos sect. Barberina). Além disso, descrições, fotos, ilustrações, comentários, chave de identificação, lista de materiais examinados, dados de distribuição, fenológicos e ecológicos foram fornecidos / Abstract: This study concerns a taxonomic revision of the South American species of Symplocos section Hopea, which can be recognized mainly by its unisexual flowers and stamens and staminodes somewhat arranged in clusters alternate with the corolla lobes. A total of 27 species of the section were recognized for the continent, four of them were already published as new to sciences and other six were proposed as new. The name Symplocos pentandra, largely used in floristic surveys, was validated; one species previously considered synonym of S. itatiaiae was re-established; four names with priority (S. arbutifolia, S. revoluta, S. estrellensis and S. oblongifolia) were re-established; new synonyms were proposed; several names were lectotypified; S. rizzinii, excluded from Symplocaceae in previous treatment, was considered as a Symplocaceae member; and the name Symplocos sect. Hopea was re-established (not Symplocos sect. Barberina). In addition, descriptions, photos, illustrations, comments, identification key, specimens studied, distribution, phenological, and ecological data were provided / Doutorado / Biologia Vegetal / Doutor em Biologia Vegetal
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